quarta-feira, 13 de maio de 2009

O Balaio de Amor de Elba

Elba Ramalho lança álbum em parceria com o namorado, o músico Cezinha, para celebrar os seus 30 anos de carreira e fala sobre a adoção da terceira filha, Paulinha, de seis anos

O novo disco de Elba Ramalho, de 57 anos, celebra não apenas as três décadas de carreira da cantora, mas também seu casamento musical com o acordeonista Cezar Oliveira, o Cezinha, que assina também a produção e os arranjos do álbum batizado de Balaio de Amor. O músico pernambucano de 24 anos, que namora Elba há cerca de oito meses, foi determinante na concepção da obra. "O Cezar me apresentou praticamente o repertório inteiro, me mostrando compositores que eu não conhecia de fato ou só conhecia superficialmente.

Ele ainda trouxe uma sonoridade nova, proveniente do seu estilo de tocar acordeão, que é um diferencial", exalta Elba. O disco foi concebido e gravado na casa da cantora, no bairro carioca do Joá, onde ela tem um estúdio e hospeda Cezinha quando ele está na cidade. O resultado, segundo Elba, espelha bem o seu estado de espírito atual. "É um disco leve, delicado e romântico. Um disco para dançar e tocar o coração. Todo mundo gosta disso, né? Somos todos carentes de afeto."

Elba e Cezinha fazem questão de frisar que são apenas namorados e não pensam em oficializar a união. "Não tem nenhum plano de casamento. A gente só se casou na música, no palco. Ela mora aqui no Rio e eu no Recife, com meus pais", diz o músico. Por conta do lançamento do disco, a cantora já vem se deixando fotografar ao lado do namorado, o que era impensável no começo da relação, iniciada em setembro do ano passado, semanas depois de ela anunciar sua separação do empresário Gaetano Lopes, com quem foi casada por 12 anos. "Meu namoro com o Cezar não tem relação alguma com minha separação. É uma história completamente diferente, uma história de muita afinidade por conta da música. Lógico que ele é um homem bonito e encantador, mas a gente prefere dizer apenas que ele toca e eu canto."

No balanço dos seus 30 anos, Elba só se altera quando lhe perguntam se ela não sente-se atualmente um pouco à margem dos holofotes em relação às cantoras de gerações mais novas da MPB. Ela argumenta que faz 15 shows por mês, sempre em casas lotadas, seja no Brasil ou no Exterior, e que nunca recebeu tantas críticas positivas quanto agora. "Talvez eu não esteja sendo a marqueteira que outras cantoras estão sendo. Mas não estou no Faustão todo domingo por opção minha. Eu poderia estar fazendo um "Banho de Cheiro" a cada ano. Seria fácil, mas não sou clichê e estou feliz com a condução da minha carreira e com o meu público, que não é nada inexpressivo." No momento, o casal e a banda vêm preparando o repertório para a maratona de festas juninas no Nordeste.

A ideia é mesclar as canções de Balaio de Amor com clássicos da própria Elba e do forró, um gênero ao qual ela não dedicava um disco desde 1998, quando lançou Flor da Paraíba. Isso é só o começo, a celebração dos 30 anos vai ser extensa, com gravação de DVD em praça pública, dois discos e uma grande festa com convidados com os quais já cantou. "Vai ser lindo levar o Chico Buarque para cantar "O Meu Amor' comigo, reunir minhas amigas de palco, como Margareth Menezes, Ivete Sangalo... os meus queridos Geraldo Azevedo, Alceu Valença e todo mundo", planeja a cantora.

Casa cheia

Além de celebrar as três décadas de estrada, Elba comemora também a integração de Paulinha, de seis anos, à família desde o final do ano passado. É a terceira filha adotiva da cantora - que já tem Maria Clara, de sete anos, e Maria Esperança, de dois anos, - e a quarta do clã, que inclui o filho Luã, de 21 anos. Elba ajudava financeiramente a família de Paula havia cinco anos, para que a mãe não a abandonasse e à irmã, Maria Eduarda. Mesmo com as contribuições mensais da cantora, as meninas foram colocadas em um orfanato e passaram um ano dizendo para as assistentes sociais que tinham a cantora como madrinha, sem serem levadas a sério. Até que em meados de 2008, uma das funcionárias do orfanato resolveu ligar para Elba e comentar a situação.

Ela não titubeou, pegou imediatamente um avião para Minas Gerais e entrou com um processo de adoção da caçula, Paulinha, enquanto uma amiga paulistana fazia o mesmo com Maria Eduarda. "Elas sofreram muito, passaram um ano chorando e já iam ser destinadas à adoção, quando eu as reencontrei", lembra. A guarda ainda não é definitiva, mas a menina já mora com Elba e frequenta a mesma escola que suas novas irmãs. "Sou apaixonada pelas meninas. E ai de quem me disser que elas não são minhas. Sou mãe com todas as letras e me orgulho das crianças", enfatiza a cantora.

Créditos: ISTOÉ Gente

Um comentário:

vani disse...

Nossa que coisa issodas meninas né, que bom que Elba as encontrou, que sejam felizes, bom Elba vai está aqui nesse são joão e eu não vou perder os shows que assisti dela foram maravilhosos
beijos