sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Discoteca: ELBA RAMALHO, "Coração Brasileiro" (Ariola, 1983)

Por Fábio Vizzoni, 26 de março de 2007

Elba Ramalho vinha de um ótimo disco (Alegria, lançado em 82), e, embalada no sucesso Bate Coração, de Ceceu, deu origem a uma bem-sucedida temporada de shows no Teatro Casa Grande, no Rio de Janeiro. Neste caminho, A Flor da Paraíba (assim definida por Caetano Veloso) lança o excelente LP Coração Brasileiro, no final de 1983.

Com o irresistível frevo Banho de Cheiro, de Carlos Fernando, Elba abria o disco e chegava ao topo das paradas de sucesso, alcançando o posto de estrela da MPB naquele ano. Em seguida, outras canções de sucesso, como Toque de Fole, de Bastinho Calixto e Ana Paula, Chororô, de Gilberto Gil, e Ai que saudade de ocê, de Vital Farias, regravada por Fábio Jr. em 1992.

O LP, produzido por Mazola, contava com a participação de Chico Buarque em Se eu fosse o teu patrão, autor da canção, cantada em dueto com Elba, E A volta dos trovões, de Bráulio Tavares e Fúba, com participação dos grupos Roupa Nova e Céu da Boca. Vida e Carnaval, de Aroldo e Moraes Moreira, tinha nas guitarras Robertinho de Recife.

Também neste disco, Elba grava Canção da Despedida, música censurada durante a ditadura. E uma curiosidade: no disco, a canção é creditada a Geraldo Azevedo e Geraldo. O segundo Geraldo é o compositor Geraldo Vandré. Segundo reza a lenda, Vandré, autor de Caminhando (pra não dizer que falei das flores), canção que lhe proporcionou inúmeros problemas durante o regime militar, optou por não ter, na época, seu nome vinculado à Canção da Despedida. Apesar de ser uma canção de amor, a letra, através do recurso da "linguagem da fresta", fazia referência aos exilados do país durante a ditadura:

Já vou embora
Mas sei que vou voltar
Amor não chora
Se eu volto é pra ficar

Amor não chora
Que a hora é de deixar
O amor agora
Pra sempre ele ficar

Eu quis ficar aqui
Mas não podia
O meu caminho a ti
Não conduzia
Um rei mau coroado
Não queria
O amor em seu reinado
Pois sabia
Não ia ser amado

E mais uma curiosidade: Coração Brasileiro, composição do mineiro Celso Adolfo que dava nome ao LP e show de Elba, era uma faixa de 15 segundos que fechava o disco. Apesar de constar no encarte com a letra completa, somente os primeiros versos eram cantados, à capela:

No meu coração brasileiro
Plantei um terreiro
Colhi um caminho
Armei arapuca
Fui pra tocaia
Fui guerrear

O LP foi editado em CD pela PolyGram no início da década de 90.


Acima, a estampa dos rótulos do LP e K7 Coração Brasileiro, lançado por Elba Ramalho em 1983.

Canções:

Banho de cheiro (Carlos Fernando)
Toque de fole (Bastinho Calixto e Ana Paula)
Ave cigana (Zé Américo e Salgado Maranhão)
Se eu fosse o teu patrão (Chico Buarque)
Chororô (Gilberto Gil)
Roendo unha (Luiz Ramalho e Luiz Gonzaga)
Batida de trem (Vicente Barreto e Carlos Pita)
Canção da despedida (Geraldo Azevedo e Geraldo Vandré)
A volta dos trovões (Bráulio Tavares e Fúba)
Ai que saudade de ocê (Vital Farias)
Vida e carnaval (Aroldo e Moraes Moreira)
Coração Brasileiro (Celso Adolfo)

Produzido por Mazola

Fonte: Música & Letra

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Elba Ramalho festeja 30 anos na música

No Rio, em show intimista, ela nega estar solteira

Mesmo com a ausência do namorado, Cezinha do Acordeon (25), durante show de seus 30 anos de carreira, no Teatro Rival, Rio, Elba Ramalho (59) desmentiu os rumores de que teria terminado o relacionamento. "Está tudo em paz. Cezinha teve um espetáculo e por isso não está aqui. Ele também tem a carreira dele", disse a cantora, no camarim.

Fonte: Caras

Elba canta na boda do sobrinho

Ela e o primogênito, Luã, abençoam união de Bruno Ramalho de Aline

A emoção deu o tom de uma apresentação muito especial para Elba Ramalho (59). No altar da Igreja Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, Rio, ela interpretou Ave Maria, de Gounod (1818-1893), durante a entrada da publicitária Aline Souza Braile (26), noiva de seu sobrinho, o consultor Bruno Ramalho Soares (29). "Aline me convidou. Já cantei em outros casamentos, por amizade, para queridos como o Murilo Rosa, por exemplo. Mas hoje foi o dia em que fiz mais bonito", afirmou a artista, que também foi uma das madrinhas, ao lado do primogênito, Luã (23), da união como ator e cantor Maurício Mattar (46). "Bruno é como um filho para mim, eu o batizei. Tenho uma ligação muito especial com ele. Sonhei que minha irmã gerava um menino antes mesmo de ela saber que estava grávida", contou Elba. "Hoje vim aqui com Luã. Cezar viajou para Recife a trabalho. Mas está tudo ótimo entre nós", completou, referindo-se ao amado, o músico Cezinha do Acordeon (25), com quem se relaciona há cerca de dois anos.

A cerimônia religiosa foi celebrada pelo padre Jorjão, que conhece Bruno, filho da produtora Vavá Ramalho (60), irmã de Elba, com o administrador Marcos Soares (64), desde a época em que ele estudava no Colégio São Paulo, em Ipanema. Foi diante da escola que os noivos começaram a ficar juntos. "Namoramos por 11 anos. Durante esse tempo, morei nos Estados Unidos. Quando voltei ao Brasil, percebemos que não queríamos mais ficar separados, desejávamos um compromisso verdadeiro. Noivamos há quatro anos e marcamos a data no começo de 2009", contou Aline, em um vestido da estilista Marie Lafayette. A chegada dela ao altar decorado com flores brancas comoveu seus pais, Esther Dantas (46) e Eduardo Braile (49), ambos empresários. A boda teve as três filhas adotivas de Elba, Maria Clara (8), Maria Paula (7) e Maria Esperança (3), como damas de honra. "A família é a menor e mais importante organização do planeta. A sociedade estaria melhor se houvesse mais cuidado com sua estrutura", analisou a cantora, rodeada dos quatro herdeiros. "Estudo música em Boston. Vim ao Brasil só para o casamento. Cresci com o Bruno", ressaltou Luã.

Ao deixar a igreja, os recémcasados recepcionaram os cerca de 200 convidados no clube Marimbás, em Copacabana. O casal entrou no salão e foi direto para a pista de dança, onde agradeceu o carinho de odos. "Fiz tudo de coração. Em cada coisa aqui botei meu dedo. Eu e Bruno estamos contentes de compartilhar nossa felicidade", discursou Aline. Em seguida, mais uma surpresa. Vestida com um longo pink da grife Twiggy, Elba anunciou a presença do músico pernambucano Geraldo Azevedo (63), que a acompanhou ao violão na romântica Dia Branco. "Já faço parte da família Ramalho e fiquei muito feliz quando a Vavá me convidou. Conheço o Bruno desde pequeno", contou ele. Depois da festa, por volta das três da manhã, Bruno e Aline seguiram para sua noite de núpcias, no hotel Copacabana Palace. A lua de mel será em Nova York e no Havaí.

Fonte: Caras

Ary Rodrigues veste família Ramalho

O estilista paraibano Ary Rodrigues foi um dos convidados para o casamento de Bruno Soares, filho de Vavá Ramalho e sobrinho da cantora Elba Ramalho.

Em grande estilo, no último sábado (02), Bruno se casou com Aline Souza em cerimônia que aconteceu na Igreja Nossa Senhora da Paz em Ipanema, no Rio de Janeiro.

Logo após o casamento, os noivos recepcionaram os convidados no Forte de Copacabana. O estilista assinou os vestidos da família Ramalho.

Ary aproveita a temporada na Cidade Maravilhosa para cumprir agenda de compromissos. Nesta terça-feira (05), acompanhou a cantora Elba Ramalho, no Prêmio Shell de Música, antes de subir ao palco, Elba recebeu os últimos ajustes do seu estilista e fiel escodeiro Ary Rodrigues. A cantora usou um vestido rendado e colares de pérolas a la Channel, que lhe rendeu muitos elogios.

Fonte: Sheilla Martins

Elba Ramalho vai a shopping com as filhas

Cantora foi fotografada com as três meninas em São Conrado, na Zona Sul do Rio.

Nesta quinta-feira, 21, Elba Ramalho foi a um shoping em São Conrado, na Zona Sul do Rio, com as três filhas, Maria Esperança, Maria Clara e Maria Paula. No dia anterior, Elba foi ao mesmo shopping para cuidar de sua vasta cabeleira.

Elba Ramalha com as filhas, Maria Esperança, Maria Clara e Maria Paula em shopping do Rio

Fonte: EGO

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Elba na festa de 20 anos da MTV

Elba Ramalho cuida dos cabelos em salão do Rio

Cantora esteve em shopping da cidade nesta quarta-feira, 20.

Elba Ramalho aproveitou a quarta-feira, 20, para curtir um momento mulherzinha. A cantora esteve no salão de um shopping do Rio para cuidar dos cabelos: ela secou a franja e deixou os cachos soltos.


Elba Ramalho: dia de cuidados

Elba deixa o shopping

Fonte: EGO

domingo, 17 de outubro de 2010

Elba Ramalho experimenta sandálias em shopping carioca

Cantora esteve no Fashion Mall nesta sexta-feira, 15.

Elba Ramalho experimenta sandálias

A cantora Elba Ramalho esteve em uma loja de calçados, na tarde desta sexta-feira, 15, no shopping Fashion Mall, em São Conrado, na Zona Sul do Rio.

Fonte: EGO

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Coração Brasileiro


A Alba de Elba é Bela
Nelson Motta
Rio, outono de 1983


É um É, é um Éle,
é um Bê, é um A,
É um Bê, é um É,
é um Lê, é um Á
(do cantador de feira e falso cego
Nelsinho da Mata Clara num repente)

Elba Ramalho, nordeste elétrico eclético e poético
na voz rascante e agreste
que cresce e que se incendeia
ao sabor dos frevos, xotes
e que se adoça em açude
nas cantigas e canções.

Elba bela, ela é alba e bole
quando canta e quando dança
iluminada pelo som
nordestino, tropical,
brasileiro sem fronteira
sertão internacional.

Atriz que canta e que dança
cantora que fala e diz
Ela é festa nordestina
em sertaneja explosão
invadindo as cidades
dançando com o corpo dourado
alegre, arisco, ágil
entre sanfonas, zabumbas,
nas guitarras em forró.

Já foi longe e mais irá
nas asas de seu cantar
na procura da beleza
dura, sêca e luminosa
que aprendeu a amar
pelos caminhos da infância
pelas estradas de sol
nas perdidas inocências
que revela a plena voz.

Elba trágica e dramática
consumida em emoção
cantando por tantos, tanto
que comove a tantos, sempre,
na voz que afinada afirma
a grandeza da paixão
que os artistas populares
abrigam no coração.

Ela ágil e nervosa, tinhosa,
moderna contradição
que se entrega e complementa
no cantar onde saúda
o novo e a tradição.

Do sertão da Parahyba
ao afeto do Brazyl
Ela sempre foi só ela,
atrevida e gentil
enérgica e destemida

Cantando dores e festas
mais ricas de tão modestas,
de seu povo, de seu tempo,
como se fôssem só dela
o que é de tantos, de nós.

A voz que afaga é a mesma que apedreja.



Coração Brasileiro
Bráulio Tavares
Outubro de 1983

Conta uma lenda que um eremita habitava uma caverna, na encosta de uma montanha altíssima. Um desmoronamento de neve isolou essa montanha por mais de duzentos anos, até que um dia um grupo de homens conseguiu subir até o local onde ele tinha vivido.Entraram na caverna e descobriram o seu corpo, coberto de gelo, e perfeitamente conservado. Quando retiravam o gelo, para sepultá-lo, um dos homens tocou no seu peito. E a lenda conclui: "Estava morto há mais de um século; mas seu coração ainda batia".
Este coração é o país mais independente que guardamos em nós; o único inconquistável; aquele para onde a gente se encaminha quando precisa das grandes e simples respostas. Ele nos ensina como enfrentar o jogo da vida: com a astúcia de quem caça, e a paciência de quem pesca.

Por causa dele, nunca perdemos a alegria e por isso nunca vamos perder a coragem; ele não deixa. É um coração cheio de passarinhos e de armadilhas, cheio de rios, sertões e minas soterradas; ele anda descalço, fundou vilas sonolentas, metrópoles confusas e maravilhosas. Ele é vasto, e imensamente aberto para o mar.

É aqui dentro dele que toca uma música, viva e quente feito o toque de uma mão. Uma música que não pára: ela salta, e brinca, e parece fugir de nós, e pousa em nosso ombro, e vira cambalhotas, e nos pede emprestado o nosso corpo quando está com vontade de dançar. Batuque, maracatu, caboclinho, afoxé, samba, ciranda, baião, frevo; e tudo aquilo que descobrimos hoje, nesta vontade de saber o mundo.

Por isso cantamos: porque os deuses de nossa raça são os últimos deuses que ainda sabem dançar. Por isso estamos aqui: queremos alegria, queremos alegrar.



Coração Brasileiro [show]
Banho de cheiro
Carlos Fernando
Toque de amor
Zé Rocha/João Lyra
Banquete de signos
José Ramalho
Essa alegria
Lula Queiroga
Batida de trem
Vicente Barreto & Carlos Pita
Quero ir a Cuba
Caetano Veloso
Aquarela nordestina
Rosil Cavalcante
Canção de despedida
Geraldo Azevedo & Geraldo Vandré
Desafio de violeiros repentistas
Bráulio Tavares
Coração brasileiro
Celso Adolfo
A volta dos trovões
Bráulio Tavares & Fuba
Se eu fosse teu patrão
Chico Buarque de Holanda
Tango do cafetão
Brecht-Weil
O meu amor
Chico Buarque de Holanda
Forró na gafieira
Rosil Cavalcante
Som da sonfana
J. do Pandeiro & K.K. do Asfalto
Bate coração
Ceceu
Roendo unha
Luiz Ramalho & Luiz Gonzaga
Toque de fole
Bastinho Calixto & Ana Paula
Caldeirão dos mitos
Bráulio Tavares



Banda Rojão
Paulo Williams - Trombone & partner
Marcelo Neves - Sax/flauta & vocal
João Carlos - Trumpete & vocal
Luciano Alves - Teclados & vocal
Zepa - Guitarra/viola & vocal
Severo - Acordeon
Santana - Contra-baixo
Rubinho - Bateria
Cidinho - Percussão
Neyla e Betina - Vocal


Equipe Técnica
Direção - Aloysio Legey & Walter Lacet
Roteiro e textos - Bráulio Tavares
Criação - Elba Ramalho & Bráulio Tavares
Cenografia e programação visual - Mauro Monteiro
Adereços - Fernando Pinto
Assistente - Adalmir Braga
Iluminação - Auro Soderi
Assistente - Antonio Antunes
Figurinos Elba - Jorge Luiz
Figurinos Músicos (Criação) - Fernando Pinto
Figurinos Músicos (Execução) - Jorge & Tania
Direção musical e arranjos - Luciano Alves, José Paulo de Souza (Zepa),Marcelo Neves, Severo & Luiz Avelar
Arranjo "Quero ir a Cuba" - Banda Rojão & Zé Américo
Direção de produção - Carlos Araújo
Coordenação de produção - Cléa Rodrigues & Acauã Produtora Ltda.
Produção Executiva - Fatima Regina Magna, Lais Martins, Ana de Fátima
Divulgação - Ivone Kassu, Gilda Mattoso & Cristina Ferreira
Supervisão Geral - L & L Produções
Maquiagem - Guilherme Pereira
Contra-Regra - Amilcar Cruz (Pimpôlho)
Assessoria (ELBA) - Amim & Gilda Valentim
Acupuntura - Masasi
Fotos - Lucia Zaremba & Lívio Campos (Photogaleria)
Visual Fachada do Canecão - Mauro Monteiro
Auxiliar de Divulgação (Cartazes) - Paulo Varella
Artista Exclusivo - Ariola
Criação do Programa - Carlão & Elba
Staff do Canecão Produção - Léo Perico
Direção de Cena - José Amandio
Maquinária - Almir Silva, Roberto L. de Souza & Carlos Alberto P. da Conceição
Camarins - Clara Santos, Edméia Barbosa & Carmen S. Freitas
Som - Gabriel Neto, Roberto Nascimento & Carlos Alberto
Iluminação - Roberto Moreira, Ricardo Moreira, José do Egito & Jubatão J. Cardoso

Agradecimentos
Jaguar (Rádio Cidade), J. C. Mello, Bruno Esperança, Cristina Ferreira, Gilda Mattoso, Mazola, Geraldo Rodolpho

Este show é dedicado ao nosso pai artístico e inesquecível amigo: Adail Lessa

Elba Ramalho acena para os paparazzi após jantar

Cantora se encontrou com uma amiga, no Rio de Janeiro

Elba Ramalho acenou para os paparazzi

Elba Ramalho exibiu energia em dobro, na noite de quarta-feira (13). Após prestigiar o show de Gilberto Gil, a cantora resolveu se encontrar com uma amiga. A dupla foi vista no restaurante Quadrucci, que fica no Leblon, Rio de Janeiro.

As duas se divertiram e colocaram a conversa em dia. Durante o programa, a cantora não se mostrou intimidada com os flashes e, simpática, acenou e sorriu para os paparazzi. Antes de sair do local, Elba voltou a cumprimentar os fotógrafos.

A cantora se divertiu com um amiga

Fonte: Quem Notícias

domingo, 10 de outubro de 2010

Homenagem a Elba Ramalho no programa Sem Censura

Cezinha, Geraldo Azevedo e Bráulio Tavares falam sobre os 30 anos de carreira da cantora

Na segunda-feira, o programa é todo dedicado à Elba Ramalho, que chamou amigos como Cezinha, Geraldo Azevedo e Bráulio Tavares pra falar um pouco sobre seus 30 anos de carreira.

Elba conversa também sobre o CD e DVD Marco Zero – Ao vivo.

Convidados:

1 – Elba Ramalho – cantora e compositora
Assunto: 30 anos de carreira; CD e DVD Marco Zero – ao vivo.
2 – Cezinha – músico
3 – Geraldo Azevedo – cantor e compositor
4 – Braulio Tavares – escritor e compositor
Assunto: Elba Ramalho.

Fonte: TV Brasil

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

A superação de Elba Ramalho

No Castelo de CARAS, cantora se revigora e fala do câncer

O aniversário foi no dia 17 de agosto, mas Elba Ramalho (59) confessa que ainda está comemorando a data e a nova idade. "Minha palavra de ordem agora é celebrar a vida todos os dias", garante ela. Pudera. Em abril, a cantora paraibana recebeu a devastadora notícia de que estava com câncer de mama. "Foi como se tivesse levado uma pancada. Você não quer aceitar, perde o rumo, mas não senti raiva. Como o diagnóstico foi feito bem no início e o nódulo era de baixa malignidade, passei por cirurgia e não precisei fazer quimioterapia", recorda ela.

Leonina feroz, Elba enfrentou a doença e exatos 14 dias após a operação já estava de volta ao batente. "Não sei ficar longe dos palcos. Para comemorar meus 30 anos de carreira, gravamos o CD e DVD Marco Zero - Ao Vivo, em uma apresentação em Recife para 200000 pessoas. Foi um trabalho muito especial, que será lançado agora em outubro. Consegui reunir grandes parceiros de estrada como Alcione, Geraldo Azevedo, Zé Ramalho e Lenine", adianta ela, sem disfarçar o entusiasmo.

Mãe de Luã (23), fruto do seu casamento com o ator Maurício Mattar (46), de Maria Clara (8) e Maria Esperança (4), que ela adotou com o segundo marido, o empresário Gaetano Lops (34), e também Maria Paula (7), que ela adotou sozinha, a cantora tem agenda atribulada também fora dos palcos. "Emendei carnaval com turnê, depois teve a história da cirurgia... E ainda sou mãe em tempo integral. Os últimos meses foram corridos e estressantes. Precisava dessa New York para descansar e colocar a cabeça em ordem", desabafa. "A tranquilidade e o verde me revigoraram", acrescenta Elba sobre a estada no Castelo de CARAS, a 40 minutos da Big Apple.

- Qual é a sua impressão sobre esta região do Castelo?
- É um lugar extremamente agradável! Foi muito bom me transportar para esta calmaria. O Castelo é lindo, tem história e uns salões imponentes. Melhor ainda foi poder passar um tempo com o Luã, que está fazendo faculdade de Música em Boston e veio para cá somente para me encontrar. Foi uma delícia.

- Como lida com o fato de ter o seu filho morando longe?
- Tenho muito orgulho, mas também muita saudade. Olho para o quarto dele e às vezes caio no choro sozinha, porém não deixo transparecer. Aos 21 anos, eu também deixei família, amigos e me mudei para o Rio de Janeiro em busca da música, do teatro, das coisas que me inspiravam. Ele está fazendo o que é correto para ele. Mesmo com toda a dor, sempre irei apoiá-lo.

- E você tem também três meninas pequenas...
- Ah, as meninas... Nossa relação é muito saudável, de muito amor. Elas são minhas filhas de coração e de alma. A gente brinca, passeia, vai ao parque. No verão, ficamos em Trancoso, na Bahia, e aí elas se esbaldam, brincam na praia, tomam banho de mar... Quando estamos no Rio, sou eu quem as leva e as busca na escola, confere e ensina a lição de casa e acompanha ao pediatra.

- Elas têm ideia do quão famosa a mãe delas é?
- As três acompanham meu trabalho, gostam de música e ficam cheias de orgulho quando alguém pergunta se elas são filhas da Elba Ramalho. Acho que as crianças têm aquela fantasia da mãe ser a melhor de todas, ser famosa... Mas quero que elas te-nham os pés no chão. Sempre.

- Você enfrentou com bravura e coragem uma doença que muita gente não gosta nem de pronunciar o nome...
- Eu também evitava, mas hoje falo, sim, câncer de mama. Sou uma pessoa muito calma, serena e acho que tenho um entendimento sobre a vida e a morte que não diria ser perfeito, porque sou humana, e por isso imperfeita, mas não tenho medo de morrer. Mesmo assim, foi um grande baque. Não sei porque a gente tem câncer... Talvez Deus queira nos dar um puxão de orelha, fazer com que acordemos para alguma coisa. Passei por dois anos turbulentos: separação, adoção de mais uma filha... Sempre cuidei bem do corpo, mas também sei que vacilei em questões emocionais. Em vez de colocar para fora, segurava tudo dentro de mim...

- E como você está hoje?
- Muito bem, quero mais é celebrar a vida! Sou uma mulher realizada. Vim de origem pobre, nasci no sertão, batalhei, atravessei rios secos e cheios para chegar até aqui e com as pedras que me atiraram construí castelos.

- Você está feliz com a sua nova idade?
- Fiz 59, mas me sinto como se tivesse 25. Minha energia é boa. Passou a fase da ansiedade, estou mais seletiva, sei o que me faz bem, o que faz mal. A gente ganha profissionalismo no viver. Envelhecer é uma forma de sabedoria. Estou um pouco mais velha na carne e muito mais sábia no espírito. Só espero sempre ter força para poder amparar meus filhos, a família, os amigos e os fãs.

- O coração também está feliz? Como é a sua relação com o Cezinha do Arcodeon?
- Cezinha é um músico extraordinário, toca na minha banda e assina a direção musical dos meus projetos. Nossa parceria maior é na música, e a partir daí acontece um relacionamento que é leve.

Fonte: Portal Caras

Dominguinhos recebe homenagem no Rio ao lado de amigos famosos

Rio - Figura importante no cenário musical brasileiro, Dominguinhos recebeu merecida homenagem no 30º Prêmio Shell de Música 2010, na noite de terça-feira, em evento realizado no Vivo Rio.

Além do troféu, o artista ganhou também o carinho de famosos que fizeram questão de dividir o palco com ele em uma ocasião tão especial. Entre os cantores que participaram da comemoração, Elba Ramalho, Gilberto Gil e Lenine empolgaram o público.

O ritmo nordestino invadiu a noite de terça-feira (5), na 30ª edição do Prêmio Shell de Música, no Vivo Rio, Zona Sul do Rio de Janeiro. Desde a decoração com balões de São João ao cardápio recheado de acarajé e caldinho de feijão, a homenagem era toda para Dominguinhos. O cantor e sanfonista pernambucano foi o escolhido deste ano e fez show com direito a convidados como Elba Ramalho, Gilberto Gil e Marcelo Mimoso.

“Hoje o prêmio homenageia a sanfona, o baião, o xote e seu mestre Dominguinhos, um grande artesão de músicas”, apresentou o cantor Lenine, em cima do palco. De terno e vestindo seu habitual chapéu de couro, Dominguinhos cantou “Baião”. “Estou duplamente feliz: primeiro estou aqui com meus amigos e agora por estar acompanhado da minha filha Liv Moraes”, declarou o músico, apresentando sua filha no palco e cantando duas músicas juntos.

Após cantar com Lenine, Dominguinhos contou histórias da sua trajetória, desde parcerias com Chico Buarque, a origem do baião e forró e a dificuldade que o gênero musical enfrentou durante os anos 60. “Muito sanfonista parou de tocar e passou para outro instrumento. Foi em 1972 que a cena melhorou e tomou força novamente. Devo a Gilberto Gil e a Gal Costa a volta da sanfona!”, relembrou Dominguinhos.

O homenageado chamou no palco Gilberto Gil e juntos, cantaram “Lamento Sertanejo” , para depois acelerar com o balanço de “Xodó”. Logo após, Dominguinhos fez questão de chamar sua “galega”, apelido carinhoso para Elba Ramalho que cantou “De volta pro aconchego” e “Gostoso Demais”. “Dominguinhos é um grande amigo. Eu posso ficar meses ou anos sem vê-lo que nunca perdemos o contato”, disse a cantora. “Ele é um ser humano incomparável, muito doce e ao mesmo tempo gênio: ninguém toca sanfona tão bem como Dominguinhos.”.

No final, todos os artistas convidados voltaram ao palco e celebraram a noite com “Isso aqui tá bom demais”. “Isso aqui vale mais que dinheiro, é o reconhecimento”, declarou Dominguinhos com o prêmio em mãos. “O show foi enxuto, ficou temperado”, sorriu.

O artista foi escolhido por um júri formado pelos jornalistas Antônio Carlos Miguel, do jornal O Globo, Marcus Preto, da Folha de São Paulo, pelo músico Edu Krieger, pelo produtor musical Alê Siqueira, pela cantora Mariana Aydar e pelo produtor cultural Pedro Seiler.

Elba homenageia Dominguinhos

Fonte: Último Segundo / O Dia Online

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Gilberto Gil e Elba Ramalho cantam juntos em prêmio de música

Dominguinhos foi homenageado na noite desta terça-feira, 5, no prêmio Shell, no Rio.

Gilberto Gil e Elba Ramalho cantam juntos em prêmio de música. Dominguinhos foi homenageado na noite desta terça-feira, 5, no prêmio Shell, no Rio.

Elba Ramalho e Gilberto Gil

Dominguinhos, Elba Ramalho e Lenine

Fonte: EGO

Elba Ramalho no Flamboyant In concert

Dona de uma das vozes mais belas e marcantes da MPB, com agudos graves e médios devidamente explorados, paraibana se apresentou na Capital. No show, cantora revisitou grandes sucessos dos 30 anos de carreira

São 30 anos de carreira, mais de seis milhões de cópias vendidas e uma consolidada trajetória na Música Popular Brasileira. Paraibana, filha de músico e expoente da cultura nordestina, a cantora Elba Ramalho, que é dona de uma das vozes mais belas da MPB, foi a atração do último dia 28 na programação do Projeto Flamboyant in concert 2010. A cantora começou a se interessar pela música na adolescência, quando ainda estava na faculdade. Atuou como atriz, bailarina e, em 1979, participou da Ópera do Malandro, de Chico Buaque. Dona de uma versatilidade única, Elba comemorou três décadas de história na música, com a gravação do terceiro DVD da carreira, no Marco Zero do Recife, símbolo da capital pernambucana. Múltipla, mas fiel às raízes, a cantora não abandona a musicalidade que herdou do pai. Os ritmos regionais como baião, maracatu, frevo, xote, caboclinhos e forró estão fortemente presentes em sua obra. Conhecida pela performance contagiante, ela já dividiu o palco com Geraldo Azevedo, Dominguinhos, Alceu Valença e com o Rei Roberto Carlos.
No show do dia 28, ela fez um passeio por toda a sua carreira e relembrou músicas que marcaram como De volta pro aconchego, Banho de cheiro e Amplidão. Em entrevista ao DM Revista, a cantora fez uma avaliação positiva de sua trajetória e destacou que ela foi marcada por períodos inesquecíveis. “Acredito que a minha carreira seja bastante digna. Participei das três edições do Rock in Rio, de inúmeros festivais pelo País e representei o Brasil mundo afora, sempre com uma recepção muito boa do público”, destaca Elba Ramalho. Ela ainda ressalta que é difícil eleger um momento marcante, diante de todos que já presenciou, mas revela que o nascimento do filho, após uma de suas apresentações, foi um acontecimento emocionante. “Um momento muito importante aconteceu em Campina Grande, em plena festa de São João. Eu estava grávida e fiz um show para uma multidão. Horas depois, entrei em trabalho de parto e o Luan nasceu”, afirma a cantora.

História
Filha do sertão nordestino e nascida em Conceição da Paraíba, Elba conviveu com o solo seco e a vegetação árida de sua região. De forma poética, ela canta as lembranças dessa terra, a história e o cotidiano do seu povo, sem deixar de lado novas formas de expressão musical, experimentando ritmos e explorando a sua vertente romântica. Após o sucesso do álbum Qual o assunto que mais lhe interessa, que lhe valeu o Grammy Latino 2008, na categoria regional contemporâneo, e do DVD Raízes e antenas, em que reuniu no mesmo palco parceiros de longa data, a cantora lançou ano passado o CD Balaio de amor. Por esse disco, ela recebeu o Grammy de melhor álbum de música de raízes brasileiras. Elba Ramalho atribuiu os prêmios à qualidade da produção. “São dois trabalhos diferentes, mas que foram muito bem elaborados. Infelizmente, o Grammy, aqui no Brasil, não tem o devido reconhecimento. O que é uma pena. Foi um grande privilégio ter ganhado por dois anos consecutivos. No próximo ano, espero lutar por mais uma premiação”, destaca.
Elba iniciou a carreira tocando bateria no conjunto As Brasas, formado somente por mulheres. Isso ocoreu em 1968, ano em que também cursava as faculdades de Economia e Sociologia. O conjunto musical se transformou em grupo teatral. Mesmo optando pelas artes cênicas, Elba continuava a cantar, participando de diversos festivais pelo Nordeste.
“Na verdade, nunca deixei a atriz de lado. Minhas performances têm grande carga dramática e a atriz sempre está presente.” Ela elogiou o projeto Flamboyant in concert e destacou que festivais que divulgam música de qualidade devem ser valorizados e aplaudidos. Elba Ramalho antecipou que cantaria aquelas músicas gravadas no imaginário dos fãs. “O show é todo especial, vou revisitar grandes sucessos da minha carreira. Não podem faltar Bate coração, Aconchego e Chão de giz”, lembra a cantora.
Segundo ela, o principal projeto para o semestre que vem é a divulgação do mais novo DVD e CD da carreira, com direção musical de Cesinha do Acordeon e direção geral da própria Elba. “Estamos preparando o lançamento desse grande projeto gravado em Recife. Depois, quero seguir com os shows, sempre com muita alegria e agradecendo a Deus por este dom”, completou Elba Ramalho, feliz de voltar a Goiânia.
O público que compareceu no no Deck Parking Sul do Shopping Flamboyant conferiu uma apresentação em formato acústico. Na banda, Marcos Arcanjo (violão e guitarras) Elder Caldas (percussão) José Durval (Zabumba) e Cezar Silveira (Sanfona e voz).
Junto com nomes consagrados como Dominguinhos, Luiz Gonzaga e Alceu Valença, a cantora Elba Ramalho é uma das responsáveis pela popularização da cultura nordestina no Brasil. O CD Cirandeira lançado em 2001 e repleto de forrós, xotes e baiões, quebrou as barreiras do regionalismo e conquistou o Sul do Brasil. Em Elba canta Luiz, de 2002, a cantora paraibana se volta para a obra do rei do baião, principal nome responsável pela divulgação dos gêneros nordestinos no eixo Rio-São Paulo. Em 2000, Elba se reuniu pela terceira vez com Geraldo Azevedo e Zé Ramalho para gravar o álbum O grande encontro – Ao vivo, durante um show no Rio de Janeiro com participações especiais de Lenine, Belchior e Moraes Moreira. Elba Ramalho só retornou ao estúdio em 2007, quando lançou o CD Qual o assunto que mais lhe interessa, em que atualizou o repertório, mantendo a coerência artística de seus projetos anteriores.

Flamboyant In concert
A temporada 2010 marca a ampliação do projeto Flamboyant in concert, que passa a ter capacidade para receber até 1.200 pessoas sentadas. Outra novidade é a diversificação de ritmos e estilos para agradar os variados públicos do shopping. Nesta edição, já passaram pelo palco os cantores Renato Teixeira, Marina Lima, Guilherme Arantes e Wando. Desde seu lançamento em 2005, a organização já promoveu 62 apresentações e atraiu um público equivalente a 60 mil pessoas. O cantor Ivan Lins é a atração que vai encerrar a programação de shows no dia 26 de outubro.

Fonte: Site do Jornal Diário da Manhã
(adaptado por Gabriel Loureiro de Lima)

Elba participa do Prêmio Shell de Música

Homenagem - O sanfoneiro Dominguinhos será homenageado na festa do Prêmio Shell de Música, hoje, no Rio de Janeiro. Quem comanda a apresentaçãoé Lenine ao lado de Gilberto Gil e Elba Ramalho.

Fonte: Diário de Pernambuco

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Elba Ramalho participou da gravação do dvd "Ensolarado" de Loalwa

Elba Ramalho, Juliano Sampaio e Loalwa

A cantora Loalwa fez a estreia mundial de seu novo show “Ensolarado” no dia 03/09, e contou com as participações especiais de Elba Ramalho, do cantor americano Richard Allen, da Escola de Samba Grande Rio e da Cia Dom, com dançarinos da comunidade do Morro do Cantagalo, na zona sul carioca. Ela aproveitou a ocasião para gravar seu primeiro DVD e CD ao vivo. “Minha música é mais que lambada, é música do mundo. Escolhi dançarinos de várias partes do Brasil, para que essa mescla continuasse, mas agora com sabor nacional”, diz.

Fonte: Link Moda By Juliano Sampaio