quarta-feira, 14 de março de 2012

Elba Ramalho fez apresentação no Teatro Municipal de Niterói

Cantora levou para a Cidade Sorriso no último final de semana show intimista e repleto de sucessos da carreira. Confira a entrevista com a intérprete para O FLUMINENSE

Quando se fala em Elba Ramalho, a grande maioria das pessoas pensa logo em festa, animação, dança, avidez. Mas toda essa explosão de energia que o público está acostumado a ver no palco é transformada em intimismo no show acústico da cantora. E é uma Elba mais serena que os niteroienses poderam conferir pela primeira na sexta e no domingo no Teatro Municipal de Niterói. Acompanhada por Marcos Arcanjo (revezando-se entre violão e guitarra) e Mestrinho (sanfona), a paraibana lembrou seus grandes sucessos, atendeu aos pedidos da plateia e lembrou da sua estreia, trinta anos antes, quando era atriz.

A cantora começou o espetáculo com O Meu Amor, música que dividia em cena com Marieta Severo em Ópera do Malandro. Após reviver seus momentos de atriz, ela relembrou hits como Gostoso Demais, Ai Que Saudade de Ocê, Dia Branco, Chão de Giz, Canção da Despedida, Banho de Cheiro e Veja (Margarida). A apresentação fez parte do projeto Circuito Cênico MPB da empresária Rita Vilani. A seguir, Elba Ramalho fala um pouco mais sobre o show acústico e seus projetos.

ENTREVISTA

Elba Ramalho

Você é sempre muito enérgica em seus shows. Como é para você fazer um show acústico? Está sentindo muita diferença?
Não sinto muita diferença não. Um show é sempre um compromisso importante com a plateia. A minha obrigação é oferecer o melhor que posso ao público, para aquela pessoa que saiu de casa e pagou para ver um bom espetáculo. Tenho que atender à expectativa da plateia. As características são diferentes, mas a empolgação é a mesma. Como também sou atriz, cantar em um teatro maravilhoso como o Teatro Municipal de Niterói é um prazer.

Como foi a preparação desse show ao lado de Marcos Arcanjo e Erivaldo de Oliveira? Como foi feita a seleção do repertório?
Já apresentamos este show em outras ocasiões. O curioso é que não tínhamos a intenção de montar um show acústico, aconteceu de forma natural. Dentro do meu show de carreira, já tínhamos um momento acústico. Aquela hora especial para atender determinados pedidos e cantar canções como Dia Branco, Chorando e Cantando, Eternas Ondas, Vida de Gado, Veja Margarida e etc. A cada show, a parte acústica ficava maior. Então, decidimos fazer pra valer.

No show intimista, há mais interação com o público? Como o público vem reagindo aos shows? A plateia se torna cúmplice. Eu converso muito, conto várias situações do meu início de carreira e o público simplesmente adora. A reação é sempre muito positiva.

Entre as músicas que você vai cantar, está “O meu amor”. Quais são as lembranças mais fortes que vêm a sua memória quando canta ela? O que o espetáculo “Ópera do Malandro” significa para você?
Chico Buarque é um dos maiores nomes da história da nossa música. Tive a grande felicidade de me tornar cantora por intermédio do Chico. É uma honra imensa cantar Chico Buarque. As letras são densas e tem uma carga dramática muito forte. A Ópera do Malandro marca o início da minha carreira como cantora.

Ao longo de mais de 30 anos de carreira, qual momento mais marcante pretende relembrar no palco?
Esta é uma pergunta que me fazem com frequência, mas sempre penso muito antes de responder. É difícil definir o que é mais marcante. Os grandes shows no exterior? Cantar no Olympiá, em Paris? No Madison, em NYC? Bater recordes de shows no Canecão? Vender muitos discos? Ter ganho dois Grammys latinos em anos consecutivos? Sinceramente, acho que o conjunto da minha obra é consistente. Tenho orgulho da minha trajetória.

Tem alguma história com a cidade de Niterói? O público niteroiense é diferente? Tenho profunda simpatia e muitas recordações do início de carreira, quando tinha amigos que moravam em Niterói e nos reuníamos para cantar na orla. O público de Niterói é carioca. Sempre muito receptivo e participativo.

Tem algum novo projeto ou pretende realizar algum sonho profissional em breve?
Muitas ideias! Não sei bem ao certo por onde começar. É bem provável que o primeiro passo seja o lançamento de um disco que já está pronto, que se chama Forró Brasileiro.

Fonte: O Fluminense

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