quinta-feira, 30 de abril de 2009

Elba passa o feriado do Dia do Trabalho... trabalhando

No dia 01 de maio, Elba participa da festa em homenagem aos trabalhadores da Baixada Fluminense em Nova Iguaçu. De acordo com o site oficial da Prefeitura Municipal de Nova Iguaçu, a Prefeitura ,em parceria com a Globo Rio, a Cufa (Central Única das Favelas) e Rádio Beat 98, promove uma grande festa em comemoração ao Dia Mundial do Trabalho. Nomes como DJ Marlboro, Elba Ramalho e o rapper MV Bill farão show no Aeroclube da cidade, no dia 1º de maio, a partir das 17h. Os shows serão comandados pela rapper Nega Gizza e pelo apresentador da Rede Globo, Serginho Groisman.


Já no dia 02 de maio, Elba voa para a cidade de Anastácio, no Mato Grosso do Sul, onde fará show na Festa da Farinha. Conforme informa o jornal local A Tribuna News , Elba Ramalho irá se apresentar na 4ª edição da Festa da Farinha, que será realizada nos dias 1° e 2 de maio em Anastácio, município distante 135 quilômetros de Campo Grande. O show com a cantora está marcado para o último dia das comemorações, 2 de maio.

Evento tradicional da cidade, a festa apresenta a Farinha do Pulador. Produzida de forma artesanal por nordestinos há 77 anos, ela é considerada a melhor de Mato Grosso do Sul.

Durante a festa, costuma ser instalada uma Casa de Farinha, para fabricar o produto que é a principal atração das comemorações.

O cardápio do evento é amplo, contendo desde pratos conhecidos, como tapioca e buchada, até o exótico brigadeiro de mandioca.

Então, é isso: se você é fã da Leoa do Nordeste e mora nas proximidades de Nova Iguaçu e de Anastácio, não perca tempo e vá logo curtir o feriadão de primeiro de maio ao som de Elba!


Créditos: Gabriel Lima

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Seria uma força da natureza?

No princípio era a nordestinidade inflamada. Canto de agudezas incabíveis. Diferente. Expressivo. Marcante. Pelas fendas dela escorriam alegria. E tome xote, xaxado, baião, forró, pandeirada, zabumbada, cintura de pilão, cabeleira volumosa, sotaque forte, muitas cores – magenta.

Tempo tanto, tantos palcos, veios d´água, a fartura e o fato: Elba Ramalho está comemorando 30 anos de carreira. Óia a paia do coqueiro quando o vento dá! Sanfoninha choradeira, chora, chora.

Assim escreveu ela no site: “Não que trinta anos sejam suficientes para contar toda a minha história nos palcos e na vida. Não! Precisariam acrescentar outros tantos e um bocado de açúcar e sal como tempero e ainda alguns espaços ficaram vazios e ocultos (ou seria ocultados!?)”.

O texto faz referência ao disco “Balaio de amor”, com o qual intérprete paraibana assinala as três décadas de trajetória. O lançamento oficial acontece nesta segunda (dia 27.04.09). Sai em parceria com a gravadora Biscoito Fino.

Em vez de retrospectiva – expediente esgotado em “Solar” (1999), aos 20 anos de música -, Elba voltou novamente os olhos para o nordeste e buscou compositores pós-Luiz Gonzaga.

Muito xote, xaxado e até choro vindos de compositores recorrentes em seu repertório (Dominguinhos, Nando Cordel, Antonio barros, Cecéu) e outros por ganharem visibilidade melhor (Xico Bezerra, Fábio Simões, Petrúcio Amorim e Cezinha do acordem, co-produtor). Catorze canções praticamente inéditas no sul. Diz ser um disco de amor, cheio de recados para quem gosta de dançar. Então, tá!

Elba, aliás, nunca se distanciou do solo quente embora em seus discos releia ritmos e gêneros nordestinos com solavancos contemporâneos. Ao trinômonio zabumba-triângulo-sanfona ela acrescenta elementos ao seu entorno sem, no entanto, render-se aos desaforos do mainstream.

As referências continuam intactas. Em seu canto e modo de entender música incidem verticalmente Marinês e sua gente, Luiz Gonzaga – claro – e Jackson do Pandeiro.

Não há mais o canto rasgado; vibratos não mais crepitam. A voz de Elba ganhou sustança e conforto. “Aprendi a explorar outras regiões vocais, o grave e o médio. A ansiedade da iniciante, que arriscava tudo, deu lugar para uma artista mais serena e dona da arte do seu ofício”, afirma no material de divulgação.

A cantriz que encantou Buarque -
Paraibana de Conceição do Piancó e modelada em Campina Grande, Elba Maria Nunes Ramalho subiu pela primeira vez num palco aos 14 anos. Declamou “Evocação do Recife”, de Manoel Bandeira. Até tentou concluir Economia e Sociologia. Deixou pra lá.

Em 1974, foi convidada para ser crooner na temporada carioca do Quinteto Violado. Terminada a missão, não quis voltar para casa. No Rio de Janeiro – tempos difíceis, várias vezes frisou em entrevistas -, pisou os palcos crus dos teatros muitas e muitas

vezes. A arte como essência e sobrevivência. Os deuses abençoam quem se doa em gestos e falas e luzes e coxias.

Os caminhos se abriram, a partir de “Ópera do Malandro”, de Chico Buarque, onde interpretava a prostituta Lúcia. A montagem transformou-se em filme e lá estava ela, a Elba.

Buarque encantou-se com as faíscas cênicas da atriz e a convidou para duetar com Marieta Severo em “O meu amor”, no álbum do cantor e compositor de olhos de ardósia cantor e compositor lançou em 78 – aquele da capa com samambaias ao fundo, como bem se refere um amigo meu.

A “cantriz” surgiu no ano seguinte com o antológico “Ave de prata”, disco de estreia, que tomou a todos de surpresa pela contundência interpretativa: “Canta coração” (Geraldo Azevedo), “Não sonho mais” (Buarque), “Kukukaya” (Cátia de França; queria tanto saber por onde anda essa excepcional compositora) e a faixa-título de Zé Ramalho tocaram muito nas rádios. Alguém consegue cantarolar um trecho, ao menos?

Elba faz parte da mesma safra de onde saíram Fátima Guedes, Ângela Ro, Marina (atualmente Lima) e Joanna (o primeiro disco é um clássico; depois ela cismou de ser popular e perdeu a mão).

Juntas vieram num momento em que as gravadoras apostavam em nomes femininos, a exemplo de Zizi Possi, Olívia Byington, Zezé Motta (outra cantriz maravilhosa), Amelinha e Joyce (embora tivesse trabalhos anteriores, a cantora e compositora consagrou-se com essa leva). As cantoras do final da década de 70 vieram com tudo.

A tal da Elba Ramalho –
A discografia de Elba Ramalho é composta por 26 discos solos, além de três álbuns gerados de “O grande encontro”, projeto que contou com Alceu Valença (apenas no primeiro, em 1996), Geraldo Azevedo, Zé Ramalho e Elba nos outros dois álbuns, de 1997 e 2002.

A partir de “Alegria” (1982), Elba arrebatou o Brasil com “Amor com café” e “Bate coração”. No ano seguinte, “Coração Brasileiro” caiu no gosto de todos. E todos tomaram “Banho de cheiro”. Elba transformou-se numa grande vendedora de discos e, por conseqüência, incendiava plateias nos quatro costados – exterior também.

Aos poucos, Elba Ramalho foi experimentando baladas românticas (impulsionadas pelas novelas), contornos cubanos (“Devora-me”, 1993), breves recursos eletrônicos (“Baioque”, 1997, com direito a oração do “Pai Nosso” na faixa “S.O.S”, de Raul Seixas), pop comedido (“Felicidade urgente”, 1991) até se reencontrar num dos mais clássicos discos da MPB: “Leão do Norte” (1996). Foi ela quem gravou primeiramente Lenine, autor da canção-título.

Convenhamos: a cantora, algumas vezes, deu volta em círculos com projetos incolores. É o caso de “Paisagem” (1995). Mais: demorou em reler Luiz Gonzaga no austero “Elba canta Luiz” (2002). Ah, sim: lá pelas tantas juntou-se a Dominguinhos no pouco ousado “Baião de dois” (2005).

No time dos independentes, Elba reviu conceitos e lançou, em 2007, “Qual o assunto que mais lhe interessa?”. Com temas que abordam questionamentos universais, violência, solidão, amor e até direitos humanos – encobertos com rap, samples, pop rock -, Elba realizou um de seus melhores projetos. Gerou um DVD, “Raízes e antenas”, gravado ao vivo no auditório do Ibirapuera, em São Paulo.

No registro audiovisual, há um documentário em que a intérprete reconta na primeira pessoa um pouco suas origens. Encontra-se com o pai, João Nunes, dono do cinema e seresteiro que não esconde o orgulho da filha: “Hoje a vejo aqui, minha filha, cantora brilhante. Estou satisfeitíssimo”, diz. Elba a casa em Trancoso (BA) e o coração. “Sou uma pessoa simples, de origem simples. Essa memória do simples tem cheiro de pureza e disso nunca pude me desligar e nem me afastar”, declara.

Lula Queiroga, produtor e amigo de longa data, define bem a trajetória da artista paraibana. “Acho que o grande êxito se deve muito ao brilhantismo e à excelência dessa mulher danada, a tal da Elba Ramalho”.

Pergunto: Seria Elba uma força da natureza? Os mistérios que se clarifiquem!

Créditos: Gazeta do Povo/ Por: Antônio Mariano Júnior

sexta-feira, 24 de abril de 2009

O assunto que mais me interessa

Seis de julho de 1980, noite fria e um pequeno público amontoado nas grades de fronte ao palco do Ginásio da Esportiva.
A desconhecida cantora Elba Ramalho divulgava seu primeiro disco - lançado em 1979 e intitulado Ave de Prata - aos jundiaienses. Havia os que não sabiam ao certo quem era a tal cantora, outros achavam que estavam indo ao show da Amelinha, intérprete que também despontava no início daquela década. E uma minoria, talvez, na qual eu me encaixava, tinha na ponta da língua a letra de todas as músicas e no coração o inconformismo da confusão entre uma e outra, afinal... eram muito diferentes! Inconformismo de fã!
Bastou adentrar ao palco e fazer trinar seu timbre marcante e pouco comum à época, para que corpos e corações se aquecessem num passe de dança. Tudo era novidade: a presença de palco, a interpretação com forte apelo cênico, a rascância da voz, a mensagem contida na maneira de dizer versos misturados a letras, somando-se ao impacto do traje, e a apresentação de repertório genuinamente nordestino. Um cenário inusitado para um público paulista-conservador.
O início de sua carreira não foi nada tranqüilo. Inúmeras críticas partiam, desde ilustres desconhecidos, até os ditos abalizados no assunto. E todos se equiparavam no tocante a uma questão: não compreendiam a essência do trabalho de Elba, seu objetivo principal; não ouviam o que de relevante ecoava junto àquela voz ávida por trazer novas mensagens. Gralha gritante, Tina Turner do sertão, Rita Lee da Caatinga, Madonna do agreste e inúmeros outros apelidos recheavam as colunas de revistas e jornais que comentavam seu trabalho.
Seus companheiros contribuíram para o movimento que despontava no cenário musical brasileiro no início dos anos 80, mas foi Elba a responsável pela quebra de paradigmas, abalando conceitos e pré-conceitos, mesmo estando numa situação quase nada favorável: mulher, nordestina e oriunda de Conceição do Vale do Piancó, cidade com vinte mil habitantes, no estado da Paraíba.
Abriu caminhos para uma nova maneira de cantar e interpretar, o que foi seguido por tantas outras posteriormente.
Com sua garra, humildade e perseverança, Elba conseguiu convencer, definitivamente, a crítica, em 1983, com o lançamento de Coração Brasileiro, um dos marcos de sua carreira. Capa da Veja, recorde de público e de temporada, tanto no Rio como em São Paulo, não havia como não reconhecer que seu trabalho, muito mais do que uma novidade, trazia sinceridade, conteúdo e coerência. Além de talentosa, Elba é uma artista inteligente e procurou sempre ser fiel às propostas enraizadas à sua Terra Natal, mesmo trabalhando para multinacionais.
Com este show, voltou a Jundiaí. No mesmo palco, porém com uma produção mais recheada.
Esteve aqui, ainda, em outras oportunidades, e por várias vezes pude conferir suas apresentações e entrevistas, ao longo de seus quase trinta anos de carreira. No entanto, vendo-a no último dia três de maio, no Teatro Polytheama, divulgando seu mais recente trabalho, Qual o assunto que mais lhe interessa?, pude constatar que sua essência não mudou, o que dificilmente ocorre com a maioria dos artistas. Mesmo tendo de se ajustar à demanda do mercado voraz, parece continuar não fazendo concessões, principalmente porque é ela, atualmente, quem determina que rumo vai tomar a carreira, já que dispensou os patrões.
Foi muito bom revê-la e relembrar que em 1979 eu iniciava minha empreitada pela complexa Música Popular Brasileira e qualquer má influência poderia ser fatal. E Elba foi minha maior influência. Posso afirmar que com ela vieram outras oportunidades: conhecer profundamente a obra de Chico Buarque; interessar-me por teatro; ler grandes poetas como João Cabral de Melo Neto e Manuel Bandeira; valorizar a arte popular brasileira; entender a diversidade dos ritmos oriundos do nordeste, tais como baião, xote, maracatu, xaxado, frevo; ter acesso a grandes compositores (velhos e novos) e suas maravilhosas poesias e cantigas; adquirir o gosto por cantar; respeitar o diverso; e entender que em músicas de ritmo alegre, também, algumas vezes, pode haver conteúdo.
Penso que minha geração foi privilegiada, pois por mais que tentemos buscar qualidade e conteúdo no que se vende hoje, por aí, quase nada sobra na peneira. Com isto, as novíssimas gerações não têm idéia do que seja ritmo... será que já ouviram falar em ciranda?; não são seletivos ou criteriosos, porque o censo crítico foi engolido pelo consumismo. A música, o conhecimento, a arte, a cultura, tudo parece ter se transformado em cifrão. Resta o saudosismo.

Créditos: Renata Iacovino, cantora, escritora e poetisa
Gabriel Lima para o Leoa do Nordeste

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Novidades no Leoa do Nordeste

É com muita prazer que venho através deste post comunicar a todos vocês leitores do Leoa do Nordeste, que a partir de hoje teremos um grande colaborador e parceiro no nosso blog, o meu amigo Gabriel Lima. Gabriel é grande fã da Elba e participante assíduo de sua comunidade no Orkut, ele sempre escreve textos excelentes sobre seus shows e discos. Há algum tempo já vínhamos publicando os seus textos neste blog, porém, a partir de agora ele será nosso colaborador oficial. É com muita alegria que lhe dou as boas vindas Gabriel!


Jorge Luiz B. Barros.


E com a palavra Gabriel Lima:


"Sou Gabriel Loureiro de Lima, nasci e moro em Jundiaí-SP. Sou fã e acompanho o trabalho de Elba desde os 3 anos de idade - por incrível que pareça. O primeiro disco da Elba Ramalho que comprei - na verdade fiz meu pai comprar para mim porque gostava muito de ouvir Banho de Cheiro nas rádios - foi Coração Brasileiro em 1983, através do qual conheci o trabalho dessa incrível cantora. Desde então sou fã incondicional da Leoa do Nordeste; tenho todos os trabalhos lançados por ela ao longo de seus 30 anos de carreira e, sempre que posso, vou aos shows prestigiá-la pessoalmente".


Créditos: Leoa do Nordeste

Projeto outras Bossas relembra sucessos de Elba

O projeto Outras Bossas- Grandes Intérpretes, homenageou Elba Ramalho na última semana em Brasília. A cantora Sheilami e o músico Marcos Farias (teclados e acordeon) prestaram homenagem à Elba Ramalho nos dias 16 e 17 de abril no Café Cultural
Sheilami e Marcos Farias têm intimidade com a cultura nordestina. Sheilami já gravou um disco produzido por Osvaldinho do Acordeon, e a convite do mestre Dominguinhos, percorreu vários estados nordestinos acompanhando o músico. Marcos Farias é afilhado de batismo de Luiz Gonzaga e filho de Marinês e Abdias. Traz consigo muita experiência como músico, produtor, arranjador e diretor musical em grandes gravadoras. Participou de trilhas sonoras de novelas da Rede Globo e já acompanhou vários artistas consagrados nacionalmente, entre eles a própria Elba Ramalho.

Créditos: Caixa Econômica Federal
Gabriel Lima para o Leoa do Nordeste

terça-feira, 21 de abril de 2009

"Esse ano comemoro 30 anos de carreira e continuo com o mesmo pique de antes"

Em entrevista à Jovem Pan, no mês passado a cantora falau sobre a expectativa do público para os shows no Tom Jazz, em São Paulo e ainda, sobre os seus novos projetos. Nesta versão acústica, a cantora dividiu o palco apenas com dois músicos. Marcos Arcanjo, no violão e Cezinha, no acordeon.
“Esse ano eu comemoro 30 anos de carreira. Com mais de 200 participações, shows no mundo todo e continuo com o mesmo pique de antes”, revelou a cantora sobre sua carreira.
Vencedora do Grammy Latino, em 2008, Elba ressaltou que sempre trabalhou bastante de carnaval a carnaval e fica muito feliz com o reconhecimento do público. Baixe e ouça a entrevista completa.

Créditos: Jovem Pan

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Ping-Pong com Elba

O que vale a pena sempre: Amar incondicionalmente.
O que nunca vale a pena: Mentir.
Pode contar comigo para uma ação fraterna, uma boa reza, uma parceria...
Nunca espere de mim que eu decline da verdade.
A alegria da vida: Família, fazer o que gosto, viver, amar...
Um bom papo: Com Lenine. É sempre instigante, inteligente e divertido.
O CD que você está escutando agora: O meu que vai ser lançado em breve, "Balaio de amor".
O melhor show da sua vida: Gilberto Gil em "Refazenda".
A sua diva da MPB: Elizeth Cardoso.
Qual a música do seu repertório de que você mais gosta? "Chão de giz", "Aconchego", "Banho de cheiro".
Com quem você gostaria de cantar/compor? De cantar com Maria Bethânia.
Que música você queria ter feito? "Ave Maria" de Bach e Gounod.
Qual a primeira lembrança musical que você tem? Tocando bateria numa banda de rock aos 14 anos.
O que você busca na arte? A realização pessoal, a transcendência...
Qual é a música da sua vida? São muitas... talvez "Aconchego".
Que música você gostaria de dedicar à pessoa amada? "É só você querer", do meu novo disco "Balaio de amor".
Três músicas que você quer ouvir na MPB FM: "Paciência" do Lenine; "Sentimento" do Chico Buarque; e "Doce de Coco" com Elizeth Cardoso.
Seu programa preferido na MPB FM: Todos.

Créditos: MPB Brasil

'Balaio' de Elba roda na trilha da novela das 19h

Com título extraído de um verso da faixa Oferendar (Xico Bizerra), o CD de xotes e de baiões românticos de Elba Ramalho, Balaio de Amor, já tem música em rotação na trilha da nova novela das 19h da Rede Globo, Caras & Bocas. Trata-se de É Só Você Querer, terna canção de Nando Cordel, gravada pela cantora em dueto com Cezinha, o acordeonista que produziu o álbum - "um disco de amor, cheio de recados para quem gosta de dançar e que mostra uma alegria essencialmente nordestina", nas palavras de Elba, reproduzidas no texto de apresentação do CD. A gravadora Biscoito Fino promete vender o disco (co--produzido por Elba) a partir de 27 de abril de 2009. Balaio de Amor festeja 30 anos de carreira fonográfica da cantora, cujo primeiro disco, Ave de Prata, foi lançado em 1979.

Créditos: Notas Musicais

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Apresentação do 'Balaio' de Elba

Elba inicia as comemorações dos 30 anos de carreira em álbum que reúne baiões e xotes de compositores pós-Luiz Gonzaga

Ao lançar em 1979, seu primeiro álbum “Ave de Prata”, Elba Ramalho ingressava pela porta da frente no cenário cultural brasileiro. O Brasil estava diante de uma nova artista, de verve expressionista, extremamente original e de performances incendiárias. Elba firmou-se e nunca mais saiu do seleto time principal da MPB.

Passadas três décadas, Elba alcançou muito mais que os horizontes do sertão. A intérprete de sucesso, com seis discos de platina e 13 de ouro acumulados, celebra sua trajetória com o disco “Balaio de Amor” (Biscoito Fino), uma ode ao Nordeste de compositores pós-Luiz Gonzaga.

Elba define o CD como uma homenagem ao baião e ao xote que, assim como o samba, têm a essência na brasilidade. “São canções que sobreviverão porque fazem parte da tradição de um povo”, afirma a cantora. Além disso, acrescenta, são músicas românticas, relativamente simples, mas de uma poesia muita rica. . “É um deleite para os ouvintes mais atentos. Um disco de amor, cheio de recados para quem gosta de dançar e que mostra uma alegria essencialmente nordestina. Tem muita sensibilidade.”, define.

Em “Balaio de Amor”, Elba retoma uma das principais características de sua carreira: a aposta em talentosos compositores, principalmente da Paraíba e de Pernambuco. Foi a intérprete quem primeiro gravou uma canção de Lenine e ajudou a projetar com registros antológicos Geraldo Azevedo, Belchior, Chico César, Lula Queiroga e outros. Produzido pelo compositor e músico Cezinha, o CD reúne uma boa safra de canções recentes, com belas melodias e letras poéticas, compostas por artistas que dificilmente rompem a barreira geográfica nordestina.

A cantora privilegiou selecionar canções que soassem praticamente inéditas nas demais regiões do país. “Algumas destas músicas são conhecidas pelos nordestinos e o povo acompanha as letras. Sempre fiz bem este trânsito do Nordeste com os outros cantos brasileiros, em meio a essa geografia imensa”.

De compositores já consagrados no eixo Centro-Sul do país, apenas duas faixas de Dominguinhos e uma de Nando Cordel. Do sanfoneiro, com quem já dividiu um álbum, registrou “Riso Cristalino”, parceria com Climério Ferreira, em que o compositor leva o acordeon com Cezinha e divide, com seu timbre grave, o vocal com Elba, e “Ilusão Nada Demais”, esta com Fausto Nilo, que conta com o sax soprano indefectível de Leo Gandelman.

Parceiro de Dominguinhos em dois supersucessos de Elba Ramalho; “Gostoso Demais” e “De Volta pro meu Aconchego”, Nando Cordel contribui com “É só Você Querer”, gravada em duo com Cezinha e já incluída na novela da 19h. da Rede Globo, Caras e Bocas. Com introdução lenta e dedilhada ao violão, a melódica composição conta com belo arranjo de cordas e samplers de cordas e já entra de antemão para o time de grandes canções românticas interpretadas por Elba.

Os demais compositores, que fecham as 14 faixas do CD, são em grande parte responsáveis pela renovação do forró – hoje já tão diversificado em subgêneros, como o pé-de-serra, o de latada e o universitário –, mas sempre calcado no tripé: sanfona, triângulo e zabumba. A base sonora clássica, comandada por Cezinha, é reforçada pela banda formada basicamente por guitarra/violão (Marcos Arcanjo), bateria (Tostão Queiroga), percussão (Anjo Caldas), pad (Zé Américo) e contrabaixo/baixo acústico (Fofão).

As participações do maestro Spok no sax alto, que comanda a orquestra pernambucana que leva seu nome, assim como Nilsinho, da Trombonada e outros dois músicos no, trompete e sax tenor são os responsáveis pelos naipes de metais injetados em “Não Lhe Solto Mais” (Antonio Barros/Ceceu), “Se Tu Quiser” (Xico Bezerra) e “Bebedouro”, esta última embalada pelo refrão radiofônico: “não suporto mais estas dúvidas. Minhas dúvidas”.

“Fuxico”, do compositor do sertão do Araripe Flávio Leandro já com oito CDs gravados, abre o disco como legítima representante do legado de Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro. Em “Um Baião Chamado Saudade”, da dupla pernambucana Petrônio Amorim e Rogério Rangel, a sanfona chorada abriga os versos que falam de amor e perguntam “como tirar do coração o que não sai da cabeça”. A canção “Recado”, por sua vez, de Cezinha e Fábio Simões, é considerada pela cantora como uma das mais bonitas do disco. O título do álbum foi pincelado da faixa “Oferendar” (Xico Bezerra) que lança o verso inspirador: “cantando um balaio de amor pra dar”.

No balaio de Elba, os forrós ganham as nuances da intérprete singular que nunca abandonou a veia de atriz, a mesma que no passado abriu o caminho para a cantora. É no canto que Elba transparece a experiência de quem já percorreu os mais diversos palcos e amadureceu a voz. “Há 30 anos, quando lancei ‘Ave de Prata’ a intérprete vibrante e de timbre marcante já estava lá, mas aprendi a explorar outras regiões vocais; o grave e o médio. A ansiedade da iniciante, que arriscava tudo, deu lugar para uma artista mais serena e dona da arte do seu ofício”, avalia, com satisfação.

Créditos: Biscoito Fino

Elba Ramalho empolga plateia carioca com show acústico

Após levantar o público paulistano, na noite de terça-feira (14), Elba Ramalho empolgou a plateia do Teatro Rival, no Rio com um show acústico bastante animado. A cantora interpretou ritmos nordestinos como xote, baião, frevo e ciranda, e arrancou muitos aplausos.

Créditos: O Fuxico

quarta-feira, 15 de abril de 2009

O canto torto de Elba cresce em show acústico

"...Eu quero que esse canto torto feito faca corte a carne de vocês", perfurou a voz de Elba Ramalho, em diálogo com a guitarra de Marcos Arcanjo, ao reviver A Palo Seco (Belchior), o primeiro grande número do show acústico que a cantora estreou na noite de ontem, 14 de abril de 2009. Maturado pelos 30 e poucos anos de uma carreira urdida com sonho e sangue, o canto torto de Elba brilha neste espetáculo mais íntimo e pessoal. Elba entrou mal em cena, cantando Como 2 e 2 (Caetano Veloso), mas logo encontrou seu tom e seu público. O resultado foi um show cativante que, mesmo após duas horas de duração, deixou na platéia um gosto de quero mais e teve o mérito de apresentar músicas do ainda inédito CD Balaio de Amor, nas lojas no início de maio pela gravadora Biscoito Fino. Me Dá seu Coração (Accioly Neto) e É Só Você Querer (Nando Cordel) sinalizaram a pegada popular do vindouro disco de xotes, toadas e baiões de (fortes) tonalidades românticas.
A intérprete divide a cena com trio azeitado. Além de cantar É Só Você Querer em dueto com Elba, entrando no jogo de sedução proposto pela cantora e soltando sua voz que evoca o timbre de Dominguinhos, Cezinha do Acordeom se mostra seguro na sanfona, instrumento que se destaca na releitura de Gostoso Demais, a toada de Dominguinhos e Nando Cordel na qual a cantora injeta a pegada do xote e do baião. Marcos Arcanjo responde pela guitarra, pelo violão e pelos arranjos. Elber Caldas, o Anjo, comanda a percussão sutil e suave. Entrosado, o trio arma a cama para que Elba deite e role em roteiro que evita os hits obrigatórios (Chão de Giz e Banho de Cheiro, no fim, são as exceções) em favor de um repertório inédito da voz da intérprete. Entre músicas do estupendo álbum Qual o Assunto que Mais lhe Interessa? (2007), como Noite Severina e A Natureza das Coisas, Elba cai dengosa no samba de Bororó (Curare), veste bem a Camisa Amarela de Ary Barroso e reafirma sua vivacidade ao saborear o já mastigado Chiclete com Banana. No tabuleiro da paraibana, tem também Doce de Coco - o choro de Jacob do Bandolim letrado por Hermínio Bello de Carvalho - e blues, Miss Celie's Blues, tema herdado do show Popular Brasileira (1989).
Na sequência, ainda surpreendente, Elba tenta esboçar paralelo entre as obras de Chico Buarque e Cole Porter antes de emparelhar Todo o Sentimento - num arranjo inspirado que abre espaço para intervenções do violão de Arcanjo e do acordeom de Cezinha - e Ev'ry Time We Say Goodbye, que, na voz curtida da intérprete, quase vira uma daquelas toadas melancólicas de Dominguinhos. De quem, aliás, Elba revive Retrato da Vida, bissexta parceria do sanfoneiro com Djavan. É um número de voz-e-acordeom, assim como Dia Branco é o momento voz-e-violão. Em forma vocal, sem precisar baixar os tons, a atriz que virou cantora revive ainda cenas de sua história teatral com Chico Buarque. O Meu Amor, Palavra de Mulher e Folhetim formam o que Elba chama em cena de "trilogia de Chico". Novidade na voz da artista, a abolerada Folhetim é pretexto para que a intérprete desça do palco e mexa com os homens da platéia. No fim, Elba ainda tira um coelho do Cartola e entoa O Mundo É um Moinho para deleite da platéia carioca. Menos perfurante do que na estreia fonográfica da artista, há 30 anos, o canto torto de Elba somente cresceu com o tempo. A ponto de hoje não precisar de produções retumbantes como as dos (ótimos) shows do passado para segurar a atenção da platéia...

Créditos: Notas Musicais/ Foto: Mauro Ferreira

Cantora faz show intimista e intepreta sucessos de nomes consagrados que a influenciaram

O palco do Sesc Vila Mariana recebe a cantora Elba Ramalho para três apresentações na série Influências. A cantora faz show acústico especial com os maiores sucessos dos 30 anos de carreira, repletos de xotes, forrós e xaxados.Ela também interpreta canções de artistas que a inspiraram como Chico Buarque, Luiz Gonzaga, Belchior, Dominguinhos, Zé Ramalho, Alceu Valença, Chico César e Caetano Veloso.O público pode esperar também por sucessos como Anunciação, Chão de Giz, Frevo Mulher, Saudade D´Ocê, Gostoso Demais, Dia Branco, De Volta Pro Aconchego, Xodó, entre outros. Ela é acompanhada por César Silveira (acordeon), Elder Caldas (percussão) e Marcos Arcanjo (guitarra e violão).

SERVIÇO:
Local: Teatro do Sesc Vila Mariana
Preço(s):R$ 40,00.
Data(s):17, 18 e 19 de abril de 2009.
Horário(s): Sexta e sábado, 21h; domingo, 18h.

Créditos: Guia da Semana

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Elba relembra os tempos da "Ópera do Malandro"

Foi com a primeira montagem do musical de Chico Buarque inspirado em Brecht, Weill e Gay que a carreira de Elba Ramalho despontou. A cantora e atriz falou à Deutsche Welle sobre suas memórias daquele tempo.

A cantora paraibana Elba Ramalho subiu ao alto escalão da MPB no final dos anos 1970, década em que o chamado "sul maravilha", Rio de Janeiro e São Paulo, foi invadido por artistas nordestinos de grande inventividade.
Gente como Alceu Valença, Raimundo Fagner, Geraldo Azevedo, Zé Ramalho, Ednardo e Belchior passou a dar as cartas no novo cenário musical pós-tropicalista, recolocando o Nordeste dos pioneiros Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro e João do Vale na ordem do dia.
Mas, por mais que munida de um repertório corajoso, que ia de Elomar a Walter Franco, foi no carioca Chico Buarque que Elba Ramalho teve sua maior referência. Ele foi seu principal anfitrião quando ela entrou no Teatro Ginástico, no Rio de Janeiro, para encarnar Lúcia, uma prostituta da Lapa da década de 1940, na Ópera do Malandro que Chico recriara dos alemães Brecht e Weill, e do inglês John Gay, autor da Ópera dos Mendigos de 1728.
Quando foi aceita para compor o elenco do musical brasileiro, Elba Ramalho não fazia idéia de que sua vida iria mudar para sempre. A partir do momento em que encontrou Chico Buarque, Elba deslanchou de vez, atuando também no vanguardista Teatro do Ornitorrinco canta Brecht e Weill, dirigido por Cacá Rosset e montado no Teatro Tablado, no Rio de Janeiro.

Deutsche Welle: Que lembranças você guarda da Ópera do Malandro?

Elba Ramalho: Tenho muitas lembranças e todas elas boas, porque fazer a peça foi um momento muito marcante para mim. A atuação no espetáculo foi um divisor de águas na minha carreira, porque foi ali que cheguei no limite de decidir trilhar um novo caminho, motivada pela aproximação com Chico Buarque, pela minha estreia como cantora no disco dele (de 1978) cantando O Meu Amor, e como consequência da minha atuação com Marieta Severo.
Até hoje, canto O Meu Amor nos shows e o filme [de Ruy Guerra] que veio depois da peça também foi marcante. Assim como o encontro com Cacá Rosset e com Luiz Antônio Martinez Corrêa, que gerou o Ornitorrinco Canta Brecht e Weill, espetáculo que a gente acabou fazendo às segundas e terças-feiras.
Contracenar com todo aquele elenco da Ópera do Malandro –como Ary Fontoura, Maria Alice Vergueiro e Marieta Severo, e a própria amizade com o Chico – foi uma coisa bastante importante, que eu tenho sacramentada no meu coração.

Você já conhecia Chico Buarque antes de fazer a Ópera do Malandro?

Não, eu o conheci no palco do Teatro Ginástico, no primeiro encontro do elenco com ele. Estávamos todos os atores, todos da orquestra e o autor da peça. Chico olhou para mim e falou, "oi, você é a Lúcia?". E eu respondi, "não, eu sou a Elba". Aí foi um nervosismo só, porque eu me preparei para dar uma resposta boa e não falar besteira [risos]. Hoje eu me divirto quando conto essa história.

O que você fazia profissionalmente na época em que entrou no elenco?

Eu já era atriz. Faço teatro desde criança na Paraíba. Quando fiz a Ópera, eu já tinha 26 anos, mas nunca tinha tido oportunidade de fazer uma peça que tivesse tanta projeção na mídia, de contracenar com Marieta Severo, e de estar numa peça de Chico Buarque. Chico é Chico, a vida toda foi assim, mas naquele ano de 1978 havia muita expectativa porque ele vendia milhões de discos. Fazer parte daquele elenco foi realmente um privilégio, um upgrade na minha carreira.

Quando o musical estreou, o Brasil ainda estava amargando a ditadura militar. Vocês sofreram algum tipo de pressão por parte dos "homens da lei"?

De eles participarem dos ensaios, não, pois isso já havia acabado, embora a censura ainda atuasse camufladamente. Mas a Ópera do Malandro teve problemas com a censura, sim. Na canção O Meu Amor, por exemplo, Chico teve que trocar alguns versos, como "de me beijar o sexo/ e o mundo sai rodando/ e tudo vai ficando/ solto e desconexo".
A censura não aceitou, e ele teve que trocar para "de me deixar em brasa/ desfruta do meu corpo/ como se o meu corpo/ fosse a sua casa". Mas não havia mais aquela opressão da presença deles no ambiente onde a gente estava fazendo o espetáculo. Eu até vivi isso antes, mas, salvo engano, não na época da Ópera do Malandro.

Você desempenhou o papel da prostituta Lúcia. Quem escolheu o personagem, você mesma ou o Chico?

Eu fui chamada para fazer o personagem pelo diretor do espetáculo, o Luiz Antonio. Depois, no cinema, quando o Chico me convidou para fazer o filme, ele trocou meu personagem, que acabou virando Margô. Ele próprio falou que ia aumentar o texto e a minha atuação e acabou compondo Palavra de Mulher, que também é um momento inesquecível na minha carreira musical.

Além do dueto com Marieta Severo em O Meu Amor, você cantava alguma outra canção na peça?

Só no final do espetáculo, quando todo mundo cantava junto uma saudação ao malandro.

É curioso que você nunca tenha gravado a música Geni e o Zepelim, que fazia parte da trilha sonora da peça e era o clímax de seus shows no começo de carreira.

É, eu realmente não cheguei a gravar essa música. No teatro, ela era muito forte. Mas cheguei a gravar outra da trilha, que era Se Eu Fosse Teu Patrão, que cantei [em 1983] junto com o Chico. Eu tive vários encontros com ele gravados, como Não Sonho Mais, que ele fez para um outro filme [República dos Assassinos, de Miguel Faria Jr.], e que eu acabei incluindo no meu primeiro disco.

Você também é uma atriz de grande prestígio, que tem inclusive em comum com Chico Buarque o fato de ter trabalhado em Morte e Vida Severina, de João Cabral de Mello Neto. Você acha que tomou a decisão certa ao priorizar a carreira de cantora, deixando as artes dramáticas para segundo plano?

Eu tinha que fazer música de alguma forma. Não poderia continuar só no teatro, a música tinha que acontecer na minha vida. Eu estou muito feliz com a escolha que fiz, que era a que eu tinha mesmo que fazer e que deu certo. Gosto de cantar, me realizo assim, e eu posso utilizar todos os elementos da dramaturgia, a liberdade cênica, a capacidade de improvisação que o teatro também sugere para os meus espetáculos como cantora. Tenho feito isso sempre.

O musical ainda percorreu diversas cidades do Brasil, depois da estreia no Rio de Janeiro. Por quanto tempo você atuou no elenco?

Por um ano. Na remontagem, eu já não participava mais. O tempo em que eu fiquei na peça foi quando ela estava no Rio. Quando ela foi para São Paulo, eu já tinha saído.

Você concorda que a trilha sonora conseguiu superar a qualidade da adaptação que Chico Buarque fez da peça de Bertolt Brecht e Kurt Weill?

Sim.

Hoje em dia, Chico Buarque anda mais entretido com a literatura do que com música ou teatro. Qual a faceta dele que você mais admira?

Eu gosto do Chico de qualquer jeito. Eu o acho um gênio. É o maior compositor do Brasil. Sua dramaturgia e seus romances também são excelentes. Só tenho elogios para ele, que é uma pessoa muito boa, desprovida de todo tipo de pretensão e de preconceito.

Créditos: DW-WORLD.DE/ Autor: Felipe Tadeu/ Revisão: Rodrigo Rimon Abdelmalack

domingo, 12 de abril de 2009

De xote a Quincy Jones

Novidades aguardam os fãs que forem conferir as apresentações de Elba Ramalho no Teatro Rival. A cantora incluiu no repertório faixas do disco Balaio de Amor, ainda inédito. Entram no roteiro xotes e baiões românticos, além de duas parcerias de Nando Cordel e Dominguinhos. Ao lado de Cezinha (acordeom), Marcos Arcanjo (violão e guitarra) e Elder Caldas (percussão), a paraibana promete lembrar as marcantes Palavra de Mulher, de Chico Buarque, e Dia Branco, de Geraldo Azevedo, e ousar com canções dos americanos Quincy Jones e John Pennell.

Serviço:
16 anos.

Teatro Rival Petrobras (450 lugares).
Rua Álvaro Alvim, 33, Cinelândia, 2240-4469, Metrô Cinelândia.
Reservas, 2240-4469.
Terça (14) a quinta (16), 19h30. R$ 50,00 (setor B) e R$ 60,00 (setor A). Bilheteria: 13h30/19h30 (seg. a qui.).
http://www.rivalbr.com.br/

Créditos: Veja Online

Rapidinhas

Renato Filho: A imagem a cima fará parte do encarte de Balaio de Amor, segundo uma nota publicada no Blog Estúdio Online do Mauro Ferreira, mais uma foto do belo ensaio feito por Renato Filho.

Fôlego grande: Depois de animar uma multidão na Arena da Paixão (em Fazenda Nova - PE) dia 04, Elba Ramalho ainda arranjou fôlego para cantar até às 5h da manhã na Pousada da Paixão. Na plateia, hóspedes e elenco do espetáculo da Paixão de Cristo.

São João 2009: Já está confirmada a presença de Elba no São João de Caruaru - PE (intitulado o maior do mundo), que neste ano terá 45 dias de muita festa, a abertura fica por conta da Leoa do Nordeste e será dia 30 de Maio.
Créditos: Estúdio Online/ Leoa do Nordeste

sábado, 11 de abril de 2009

Elba, Mulher Maçã e Creidi, alegram festa da AMICCA

Creidi, a presidente da AMICCA Tia Iara, e Elba Ramalho na festa

Eles estiveram na comemoração da Páscoa da AMICCA, Amigos da Infância com Câncer.
Elba Ramalho, o ator Charles Davis como Creidi, a faxineira do funk, e a Mulher Maçã, fizeram a alegria das crianças da AMICCA (Amigos da Infância com Câncer), nesta terça-feira, 7. Eles estiveram na festa da Páscoa da entidade que tem sede no bairro de Botafogo, Zona Sul do Rio.

Créditos: Ego

quinta-feira, 2 de abril de 2009

1º Ano do Leoa do Nordeste

Há exatamente um ano atrás, no dia 2 de Abril, entrava online o Blog Leoa do Nordeste. Nascido com a intenção de ser um Fã-blog (ou simplesmente manter informados todos que curtem Elba), que sempre trouxesse as novidades e notícias em torno da carreira e vida da nossa grande estrela, dia a dia (ou até mesmo durante longos intervalos), conforme os acontecimentos fossem surgindo. E é claro trazendo as notícias atualizadas do mundo da internet e sempre tentando repassar para os leitores com a mesma velocidade que as coisas acontecem.
Gostaria desde já de deixar um muito obrigado a todos que de certa forma participam do nosso espaço, sempre fazendo elogios, comentando os posts, que com essa postagem chega ao número 141, aos que me linkam/citam... me mandam e-mails e até mesmo aos que não gostam do blog, e fazem sua visitinha diária (sempre tem né?) e especialmente a Elba por existir em nossas vidas, e nos presentear com sua arte, sem ela com certeza nada disso seria possível.

Em breve, para comemorar o primeiro ano de vida do Blog, lançarei uma promoção, aguardem as novidades.

Um grande abraço a todos
Jorge Luiz B. Barros.

Créditos: Leoa do Nordeste

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Momento paparazzo

Elba Ramalho passeia checando celular em Ipanema no Rio de Janeiro, a cantora foi clicada nesta quarta-feira, 01/04

A cantora Elba Ramalho foi clicada passeando por Ipanema, Zona Sul do Rio, nesta quarta-feira, 1. Mas parece que ela só não conseguiu relaxar mais porque passou boa parte checando seu celular.

Créditos: Ego

Rapidinhas Especiais

Ensaio: O fotografo Renato Filho foi buscar inspiração no seu próprio trabalho para o ensaio do novo Cd de Elba, essa primeira foto foi feita para um de seus calendários, bacana né? Para conhecer um pouco mais do seu trabalho, é só dá uma passadinha no site Stud1um vale a pena conferir.

Festa: Amanhã o dia de festa é para o nosso Blog, exatamente no dia 02/04/2008 foi ao ar o primeiro post do Leoa do Nordeste, com o simples intuito de manter sempre informados todos que curtem a carreira da grande estrela Elba Ramalho. E que tal começarmos a comemorar preparando um drink bem especial?


Drink “Bate Coração” – Elba Ramalho
Ingredientes:
Run Branco – 50 ml
Suco Laranja – 50 ml
Suco Pêssego – 50 ml
Groselha – 01 lance
Gelo – 5 cubos.
Modo de Preparo:
Na preparação, os sucos são colocados um a um, primeiro o de laranja, depois o de pêssego, depois o Run junto com o gelo e o lance de Groselha.

Elba saboreia o drink Bate Coração, ao lado de Tony e Geraldinho.

Créditos: Leoa do Nordeste/ Ron Montilla

Show Raízes e Antenas registrado em belas fotos

Para começar o mês de Abril com o pé direito, coloco aqui no nosso espaço, dois grandes momentos do belíssimo show Raízes e Antenas. Para baixar as fotos em alta resolução, dá uma passadinha no site da Opus Promoções.


Créditos: Fotos Fabrício Barreto