Elba Ramalho lança CD com músicas de Luiz Gonzaga
17/04/2002
Elba evitou os hits de propósito. Gravou O Xote das Meninas e Vem Morena e também o choro O Xamego da Guiomar e a valsa Orélia
Há muito tempo, a cantora Elba Ramalho
queria lançar um disco só com músicas de Luiz Gonzaga, o
cantor/compositor que ela mais ouviu quando criança, na Paraíba.
Ia ser no ano passado, mas Gilberto Gil foi mais rápido, gravou
os grandes sucessos do Rei do Baião e Elba adiou o projeto para
este ano. O disco Elba Canta Luiz está saindo agora, em
parceria com o sanfoneiro Dominguinhos, o mais legítimo herdeiro
de Gonzagão. Ela visita o repertório pouco conhecido de Lua e o
reveste com arranjos tradicionais, embora não tenha dispensado
as sosfisticações que acrescentou à sua música nos últimos 25
anos.
"Escolhi a simplicidade porque o Dominguinhos é uma
verdadeira orquestra. Ele fez os arranjos e dividiu a produção
comigo e, quando ouvi o que tinha preparado, não quis cobrir sua
música, pus minha voz humildemente para que todos brilhássemos
juntos", confessa Elba, com modéstia. O disco surge num momento
em que o forró ressurge com vigor em todo o País, mas ela
garante não estar aproveitando um modismo. "Luiz Gonzaga sempre
esteve na minha música, foi o que ouvi desde criança. Ele
gostava do meu trabalho e sempre o elogiava, desde que gravamos
juntos Sanfoninha Choradeira, em 1984."
Ao escolher as 13 faixas do disco, Elba evitou os hits
de propósito. Gravou O Xote das Meninas e Vem Morena,
mas preferiu o choro O Xamego da Guiomar (que canta com Zeca
Pagodinho), a valsa Orélia, o xote Aquilo Bom (Garotas
do Leblon) e O Cheiro da Carolina, porque acredita existir
uma vertente esquecida do público. "Luiz Gonzaga começou com
choros e valsas porque a música nordestina, nos anos 40, era
muito discrimidada. O repertório de sucessos do Luiz Gonzaga dá
para vários discos, mas o pouco divulgado dá para muito mais."
Elba defende que a volta do forró deve ser creditada, em
primeiro lugar, à qualidade intrínseca das músicas, mas também
ao show Grande Encontro, que ela, Alceu Valença, Geraldinho
Azevedo e Zé Ramalho fizeram no início dos anos 90, depois
transformado em disco que chegou a vender 1 milhão de
exemplares. "Houve outros fatores também: a música do Lenine, o
Chico Science com o Mangue Beat, as pessoas que iam para o sul
da Bahia de férias e dançavam a noite inteira", enumera. Ela,
que grava forrós desde seus primeiros discos, sofisticando o
gênero com teclados, sopros e eletrônica, foi econômica agora.
"Tem sopros, cavaquinhos e bandolins, mas preferi a
simplicidade, manter-me fiel ao estilo de Gonzaga, embora com
minha pulsação."
A cantora pretende em breve fazer um grande show em São
Paulo, tendo como convidados músicos que foram influenciados por
Luiz Gonzaga. No Rio, quer montar um grande arraial, como uma
prévia da turnê que fará pelo Nordeste, aproveitando as festas
juninas. A estréia vai ser em Caruaru e, em julho, o show viaja
pela Europa.
Elba já escolheu também a música que cantará nos
programas de televisão. "Será Quer Ir mais Eu?, que é um raro
frevo de Luiz Gonzaga, um lado carnavalesco pouco conhecido",
adianta ela. "Todo mundo me pede para cantar, até hoje, Banho
de Cheiro, mas agora vou passar a cantar Quer Ir mais Eu?,
que também é alegre e animado."
Fonte: Estadão
quarta-feira, 21 de março de 2012
Túnel do tempo: Elba Canta Luiz - Parte IV
Saudosas lembranças
05/05/2002
Elba Ramalho leva material de primeira na turnê que costuma fazer todo ano pelo Nordeste, durante o mês de junho: o repertório do disco Elba Canta Luiz, feito de músicas compostas por Luiz Gonzaga ou tornadas célebres na voz dele.
Desejo antigo
Forró, aliás, é o que não falta no novo disco de Elba Ramalho, produzido por ela mesma em parceria com Dominguinhos. ‘‘O projeto era um desejo antigo, mas uma coisa vai puxando outra e acabou sendo adiado. Mas eu estava comprometida no meu coração, não era nada conceitual. Queria cantar músicas conhecidas de Gonzaga e outras não tão conhecidas, mas que estavam na minha memória’’, conta Elba, que entrou em estúdio com toda concepção do disco na cabeça. Tanto que ele ficou pronto em três dias. ‘‘Nisso sou craque. Acho muito bom, um exercício que vai além do trabalho de intérprete. Por isso, resolvi produzir. Fica mais com minha cara, a gente assume os erros.’’
Por tabela, a cantora homenageou Dominguinhos ao convidá-lo para dividir o disco com ela. ‘‘Ele se somou à minha arte com seu talento. Para mim, é o sanfoneiro capaz de tocar Luiz Gonzaga com mais naturalidade.’’ Tão natural quanto foi esse disco na carreira de Elba. ‘‘Que outra cantora poderia fazer um disco com músicas de Gonzaga? Gal Costa? Marisa Monte? Não que não possam, mas não têm disposição.’’
Embora seja bastante íntima da obra de Luiz Gonzaga, Elba resolveu ouvir todos os discos do mestre antes de escolher o repertório. ‘‘Ouvia cinco CDs por dia. Eu me transportei para o Nordeste, ria mais do que chorava, porque descobria gírias que nem lembrava mais. E pensei: ‘Tô numa encrenca, porque é uma grande obra, que tem valsas, choros, e tenho a limitação do CD’. Mas acredito que ao longo dos anos revisitarei a obra de Gonzaga.’’
Interpretações vigorosas
Apesar de diversificar o repertório sempre que pode, Elba Ramalho traz o forró na veia, demonstra intimidade com o gênero, que defende ardorosamente — ‘‘acho que minimizam a estética da música nordestina, consideram música de segundo escalão. Mas Luiz Gonzaga é tão importante quanto Tom Jobim’’. Portanto, não poderia realmente ser outra cantora a prestar essa homenagem a Gonzagão. Além de exibir seu domínio musical na concepção do disco, Elba interpreta o mestre com propriedade, pondo ‘‘fogo na mistura’’ (como convém a um bom disco de forró), e sabe dosar bem clássicos do repertório de Luiz Gonzaga com curiosidades, como O Xamego da Guiomar, forró que se aproxima do samba e é exemplo das influências do músico ao chegar ao Rio. E o incendiário pot-pourri feito com Calango na Lacraia/Nega Zefa/Coco Xeem, com certeza, vai fazer as festas juninas deste ano ainda mais animadas lá para os lados de cima — dia 2 de junho, Ela começa em Caruaru (PE) sua tradicional excursão junina.
Fonte: Correio Brasiliense
05/05/2002
Elba Ramalho leva material de primeira na turnê que costuma fazer todo ano pelo Nordeste, durante o mês de junho: o repertório do disco Elba Canta Luiz, feito de músicas compostas por Luiz Gonzaga ou tornadas célebres na voz dele.
Desejo antigo
Forró, aliás, é o que não falta no novo disco de Elba Ramalho, produzido por ela mesma em parceria com Dominguinhos. ‘‘O projeto era um desejo antigo, mas uma coisa vai puxando outra e acabou sendo adiado. Mas eu estava comprometida no meu coração, não era nada conceitual. Queria cantar músicas conhecidas de Gonzaga e outras não tão conhecidas, mas que estavam na minha memória’’, conta Elba, que entrou em estúdio com toda concepção do disco na cabeça. Tanto que ele ficou pronto em três dias. ‘‘Nisso sou craque. Acho muito bom, um exercício que vai além do trabalho de intérprete. Por isso, resolvi produzir. Fica mais com minha cara, a gente assume os erros.’’
Por tabela, a cantora homenageou Dominguinhos ao convidá-lo para dividir o disco com ela. ‘‘Ele se somou à minha arte com seu talento. Para mim, é o sanfoneiro capaz de tocar Luiz Gonzaga com mais naturalidade.’’ Tão natural quanto foi esse disco na carreira de Elba. ‘‘Que outra cantora poderia fazer um disco com músicas de Gonzaga? Gal Costa? Marisa Monte? Não que não possam, mas não têm disposição.’’
Embora seja bastante íntima da obra de Luiz Gonzaga, Elba resolveu ouvir todos os discos do mestre antes de escolher o repertório. ‘‘Ouvia cinco CDs por dia. Eu me transportei para o Nordeste, ria mais do que chorava, porque descobria gírias que nem lembrava mais. E pensei: ‘Tô numa encrenca, porque é uma grande obra, que tem valsas, choros, e tenho a limitação do CD’. Mas acredito que ao longo dos anos revisitarei a obra de Gonzaga.’’
Interpretações vigorosas
Apesar de diversificar o repertório sempre que pode, Elba Ramalho traz o forró na veia, demonstra intimidade com o gênero, que defende ardorosamente — ‘‘acho que minimizam a estética da música nordestina, consideram música de segundo escalão. Mas Luiz Gonzaga é tão importante quanto Tom Jobim’’. Portanto, não poderia realmente ser outra cantora a prestar essa homenagem a Gonzagão. Além de exibir seu domínio musical na concepção do disco, Elba interpreta o mestre com propriedade, pondo ‘‘fogo na mistura’’ (como convém a um bom disco de forró), e sabe dosar bem clássicos do repertório de Luiz Gonzaga com curiosidades, como O Xamego da Guiomar, forró que se aproxima do samba e é exemplo das influências do músico ao chegar ao Rio. E o incendiário pot-pourri feito com Calango na Lacraia/Nega Zefa/Coco Xeem, com certeza, vai fazer as festas juninas deste ano ainda mais animadas lá para os lados de cima — dia 2 de junho, Ela começa em Caruaru (PE) sua tradicional excursão junina.
Fonte: Correio Brasiliense
Túnel do tempo: Elba Canta Luiz - Parte III
Elba Ramalho canta Luiz Gonzaga em SP
25/07/2002
Tamanho do texto? A A A A
O show Elba Canta Luiz, de Elba Ramalho, que chega hoje a São Paulo, vem com o aval das maiores festas de São João nordestinas, onde foi testado e aprovado por verdadeiras multidões de forrozeiros. Também pudera: o espetáculo, baseado no disco homônimo, é uma homenagem ao maior compositor e divulgador do gênero, Luiz Gonzaga, e feito pela cantora que, atualmente, talvez seja a principal intérprete feminina desse tipo de repertório.
O casamento é perfeito. Cantando Gonzagão, Elba brilha pelo suingue, pelo domínio do fraseado musical sertanejo e pela apurada noção que tem do valor que cada palavra, cada sílaba da poética nordestina, deve ganhar nas interpretações.
O álbum Elba Canta Luiz, lançado em março, privilegiou algumas canções menos lembradas do compositor, como as antigas parcerias com Miguel Lima Quer Ir Mais Eu, Xamego da Guiomar e Xamego. O show, por sua vez, incorporou também os seus grandes êxitos, como Assum Preto, Qui Nem Jiló e Asa Branca, que Elba afirma ser o "Hino Nacional nordestino". Também estão no programa algumas músicas que nunca foram cantadas pelo Rei do Baião, mas que, segundo ela, pertencem ao mesmo universo, como os sucessos Banho de Cheiro, Frevo Mulher e Leão do Norte.
Aliás, ´universo´ é uma palavra que se aproxima bastante do significado que Luiz Gonzaga tem para a cantora. "Gonzaga representa toda aquela terra do sertão, simbolizando desde a fome até a força do nordestino. Esse disco e esse show são um reencontro com a minha própria vida na Paraíba, pois eu vivia tudo aquilo que ele cantava", diz Elba.
Sua definição para a música de Gonzagão é singela e verdadeira: "Gonzagão é a delícia da simplicidade". Mas essa simplicidade não é fácil nem vulgar, o que ela deixa claro ao reproduzir o conselho que recebeu de Dominguinhos, quando começaram a pensar nos arranjos: "Não mexa nas harmonias, porque são muito mais difíceis e sofisticadas do que o povo pensa por aí".
Entusiasmada com o show, Elba elogia o projeto visual de Gabriel Villela: "Gabriel procurou enfatizar o meu lado atriz. O figurino que fez para eu usar nos espetáculo dá a idéia de uma cigana, uma retirante, uma rainha de maracatu, uma personagem circense, mas também de um arlequim ou até, conforme disse um espectador, de Nossa Senhora".
Elba também deve oferecer para o público o deleite de ouvir algumas histórias de Gonzagão, com quem conviveu bastante, inclusive recebendo dele o carinhoso apelido de "a minha segunda cachacinha" - Gonzaguinha era a primeira.
Uma dessas histórias que Elba gosta de contar é a do dia do nascimento de seu filho Luan: "Eu estava grávida de 8 meses e, para a minha surpresa, acordei com ele e o Dominguinhos no meu quarto. De alguma forma eu sabia que aquele seria um dia muito especial, o que se reforçava pelo fato de Gonzaga ficar me olhando o tempo todo, com muita ternura. Mais tarde, depois de almoçarmos uma carne-de-sol na casa de minha irmã, ele pegou a sanfona e nós ficamos dançando forró por ali até que, de repente, lá pelas 6 da tarde, minha bolsa estourou e começou aquela correria para acharmos um hospital.
Depois do parto, quando acordei, lá estavam novamente as figuras lindas de Gonzaga e Dominguinhos ao meu lado. Me lembro bem que ele se abaixou, bem perto do meu filho recém-nascido, e cantarolou: ´Cabeça grande é sinal de inteligência/Agradeço à providência ter nascido lá...´".
Fonte: Estadão
25/07/2002
Tamanho do texto? A A A A
O show Elba Canta Luiz, de Elba Ramalho, que chega hoje a São Paulo, vem com o aval das maiores festas de São João nordestinas, onde foi testado e aprovado por verdadeiras multidões de forrozeiros. Também pudera: o espetáculo, baseado no disco homônimo, é uma homenagem ao maior compositor e divulgador do gênero, Luiz Gonzaga, e feito pela cantora que, atualmente, talvez seja a principal intérprete feminina desse tipo de repertório.
O casamento é perfeito. Cantando Gonzagão, Elba brilha pelo suingue, pelo domínio do fraseado musical sertanejo e pela apurada noção que tem do valor que cada palavra, cada sílaba da poética nordestina, deve ganhar nas interpretações.
O álbum Elba Canta Luiz, lançado em março, privilegiou algumas canções menos lembradas do compositor, como as antigas parcerias com Miguel Lima Quer Ir Mais Eu, Xamego da Guiomar e Xamego. O show, por sua vez, incorporou também os seus grandes êxitos, como Assum Preto, Qui Nem Jiló e Asa Branca, que Elba afirma ser o "Hino Nacional nordestino". Também estão no programa algumas músicas que nunca foram cantadas pelo Rei do Baião, mas que, segundo ela, pertencem ao mesmo universo, como os sucessos Banho de Cheiro, Frevo Mulher e Leão do Norte.
Aliás, ´universo´ é uma palavra que se aproxima bastante do significado que Luiz Gonzaga tem para a cantora. "Gonzaga representa toda aquela terra do sertão, simbolizando desde a fome até a força do nordestino. Esse disco e esse show são um reencontro com a minha própria vida na Paraíba, pois eu vivia tudo aquilo que ele cantava", diz Elba.
Sua definição para a música de Gonzagão é singela e verdadeira: "Gonzagão é a delícia da simplicidade". Mas essa simplicidade não é fácil nem vulgar, o que ela deixa claro ao reproduzir o conselho que recebeu de Dominguinhos, quando começaram a pensar nos arranjos: "Não mexa nas harmonias, porque são muito mais difíceis e sofisticadas do que o povo pensa por aí".
Entusiasmada com o show, Elba elogia o projeto visual de Gabriel Villela: "Gabriel procurou enfatizar o meu lado atriz. O figurino que fez para eu usar nos espetáculo dá a idéia de uma cigana, uma retirante, uma rainha de maracatu, uma personagem circense, mas também de um arlequim ou até, conforme disse um espectador, de Nossa Senhora".
Elba também deve oferecer para o público o deleite de ouvir algumas histórias de Gonzagão, com quem conviveu bastante, inclusive recebendo dele o carinhoso apelido de "a minha segunda cachacinha" - Gonzaguinha era a primeira.
Uma dessas histórias que Elba gosta de contar é a do dia do nascimento de seu filho Luan: "Eu estava grávida de 8 meses e, para a minha surpresa, acordei com ele e o Dominguinhos no meu quarto. De alguma forma eu sabia que aquele seria um dia muito especial, o que se reforçava pelo fato de Gonzaga ficar me olhando o tempo todo, com muita ternura. Mais tarde, depois de almoçarmos uma carne-de-sol na casa de minha irmã, ele pegou a sanfona e nós ficamos dançando forró por ali até que, de repente, lá pelas 6 da tarde, minha bolsa estourou e começou aquela correria para acharmos um hospital.
Depois do parto, quando acordei, lá estavam novamente as figuras lindas de Gonzaga e Dominguinhos ao meu lado. Me lembro bem que ele se abaixou, bem perto do meu filho recém-nascido, e cantarolou: ´Cabeça grande é sinal de inteligência/Agradeço à providência ter nascido lá...´".
Fonte: Estadão
Túnel do tempo: Elba Canta Luiz - Parte II
Elba canta Gonzagão e diz que não precisa da "oxente music"
25/07/2002
A cantora Elba Ramalho estréia nesta sexta-feira, dia 26, em São Paulo, seu novo show, em que homenageia o rei do baião, Luiz Gonzaga.
Ela se apresentará no DirecTV Music Hall até o dia 4 de agosto, sempre aos finais de semana. No show, que tem o mesmo nome do CD gravado pela cantora para homenagear Gonzagão, ela canta clássicos da música nordestina, como 'Danado de Bom', 'Vem, Morena' e 'Quer Ir Mais Eu', com arranjos feitos por Dominguinhos.
'Elba Canta Luiz' é seu 22º trabalho de carreira, lançado pela BMG, e já vendeu mais de 100 mil cópias. Para falar sobre o novo show, a carreira e fazer um panorama da da música brasileira atual, ela participou, na tarde desta quinta-feira, às 16h, de um bate-papo no UOL.
Segundo ela, o "rei do baião" é inspirador para qualquer intérprete. "Seu Luiz é meu muso, meu ícone, ícone brasileiro, minha projeção poética (sic). Minha essência está reproduzida em minha obra", disse a cantora. No novo trabalho, Elba destaca suas preferidas, as canções "A Sorte é Cega", "Chamego da Guiomar", "Vem Morena" e "Canta Luiz", de Dominguinhos.
Elba já gravou com companheiros de música nordestina, como o primo, o compositor Zé Ramalho, e outros, como Geraldo Azevedo e Alceu Valença. O resultado deste trabalho ficou registrado na série "O Grande Encontro", que lançou três CD's. O projeto, porém, foi abandonado depois do terceiro volume. "Por mim não teria acabado, mas Alceu e o Zé quiseram dar um tempo."
Elba também respondeu sobre alguns temas polêmicos da música popular brasileira. Ela falou sobre o forró "moderno", a lei de numeração de livros e CDs e sobre o surgimento de novos cantores.
Apesar do sucesso do forró universitário ou do forró pé-de-serra, a cantora diz que prefere a tradição do forró de Gonzaga e Jackson do Pandeiro. "Eu faço o que sempre fiz: me mantenho tradicionalmente ligada ao que eu aprendi e à essência do meu jeito. Não sinto necessidade de recorrer à 'oxente music', que, particularmente, não me atrai. Com respeito ao forró universitario, é o jeito deles. O forró tem que passar por Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro e por Elba também, para ficar mais forte e verdadeiro."
Elba não concorda com a falsificação de CDs, mas diz acreditar que o público é que tem força para impedir a pirataria. "O governo para mim teve poucas manifestações, mas depende muito de o consumidor não comprar o disco pirata. O poder está na mão do povo em dizer não a tudo que não presta."
Para a cantora, "reality shows" musicais, como "Fama", da Globo, e "Popstars", do SBT, são boas oportunidades para quem quer investir na carreira musical. "Acho que são espaços novos, oportunidades únicas. No meu tempo não existia isso... Estão abrindo espaços."
Mas Elba não aproveitaria o espaço de um "reality show" para promover a carreira. "De jeito nenhum, sem chance. Primeiro não teria tempo, minha agenda é muito cheia e é uma super exposição desnecessária. Tenho meus rituais, meus fundamentos. Ali é uma brincadeira e eu não tenho muito tempo, não", explicou.
A cantora finalizou o bate-papo com uma definição sobre a lei de numeração de CDs e livros, vetada recentemente pelo presidente Fernando Henrique Cardoso. "Samba do crioulo doido, como disse a Rita Lee. Vamos chegar a um consenso no final."
Fonte Folha Online
25/07/2002
A cantora Elba Ramalho estréia nesta sexta-feira, dia 26, em São Paulo, seu novo show, em que homenageia o rei do baião, Luiz Gonzaga.
Ela se apresentará no DirecTV Music Hall até o dia 4 de agosto, sempre aos finais de semana. No show, que tem o mesmo nome do CD gravado pela cantora para homenagear Gonzagão, ela canta clássicos da música nordestina, como 'Danado de Bom', 'Vem, Morena' e 'Quer Ir Mais Eu', com arranjos feitos por Dominguinhos.
'Elba Canta Luiz' é seu 22º trabalho de carreira, lançado pela BMG, e já vendeu mais de 100 mil cópias. Para falar sobre o novo show, a carreira e fazer um panorama da da música brasileira atual, ela participou, na tarde desta quinta-feira, às 16h, de um bate-papo no UOL.
Segundo ela, o "rei do baião" é inspirador para qualquer intérprete. "Seu Luiz é meu muso, meu ícone, ícone brasileiro, minha projeção poética (sic). Minha essência está reproduzida em minha obra", disse a cantora. No novo trabalho, Elba destaca suas preferidas, as canções "A Sorte é Cega", "Chamego da Guiomar", "Vem Morena" e "Canta Luiz", de Dominguinhos.
Elba já gravou com companheiros de música nordestina, como o primo, o compositor Zé Ramalho, e outros, como Geraldo Azevedo e Alceu Valença. O resultado deste trabalho ficou registrado na série "O Grande Encontro", que lançou três CD's. O projeto, porém, foi abandonado depois do terceiro volume. "Por mim não teria acabado, mas Alceu e o Zé quiseram dar um tempo."
Elba também respondeu sobre alguns temas polêmicos da música popular brasileira. Ela falou sobre o forró "moderno", a lei de numeração de livros e CDs e sobre o surgimento de novos cantores.
Apesar do sucesso do forró universitário ou do forró pé-de-serra, a cantora diz que prefere a tradição do forró de Gonzaga e Jackson do Pandeiro. "Eu faço o que sempre fiz: me mantenho tradicionalmente ligada ao que eu aprendi e à essência do meu jeito. Não sinto necessidade de recorrer à 'oxente music', que, particularmente, não me atrai. Com respeito ao forró universitario, é o jeito deles. O forró tem que passar por Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro e por Elba também, para ficar mais forte e verdadeiro."
Elba não concorda com a falsificação de CDs, mas diz acreditar que o público é que tem força para impedir a pirataria. "O governo para mim teve poucas manifestações, mas depende muito de o consumidor não comprar o disco pirata. O poder está na mão do povo em dizer não a tudo que não presta."
Para a cantora, "reality shows" musicais, como "Fama", da Globo, e "Popstars", do SBT, são boas oportunidades para quem quer investir na carreira musical. "Acho que são espaços novos, oportunidades únicas. No meu tempo não existia isso... Estão abrindo espaços."
Mas Elba não aproveitaria o espaço de um "reality show" para promover a carreira. "De jeito nenhum, sem chance. Primeiro não teria tempo, minha agenda é muito cheia e é uma super exposição desnecessária. Tenho meus rituais, meus fundamentos. Ali é uma brincadeira e eu não tenho muito tempo, não", explicou.
A cantora finalizou o bate-papo com uma definição sobre a lei de numeração de CDs e livros, vetada recentemente pelo presidente Fernando Henrique Cardoso. "Samba do crioulo doido, como disse a Rita Lee. Vamos chegar a um consenso no final."
Fonte Folha Online
Túnel do tempo: Elba Canta Luiz
Em seu novo álbum, a cantora regrava 13 canções de Luiz Gonzaga, escolhidas entre clássicos e obras pouco conhecidas do compositor
Mônica Loureiro
28/03/2002
Desde que lançou seu primeiro disco - Ave de Prata, em 1979 - e, mesmo antes, em início de carreira nos palcos de teatro, Elba Ramalho sempre nutriu uma grande ligação com Luiz Gonzaga. Mas só agora ela concretizou um antigo sonho: gravar um disco só com o repertório do Rei do Baião. Elba Canta Luiz é um lançamento da BMG e tem 13 faixas que alternam grandes sucessos e outras pouco conhecidas do monstro sagrado da música nordestina.
"Eu nunca havia me dedicado integralmente a Gonzaga. Quando eu ia fazer, (Gilberto)Gil gravou o dele ( As Canções de Eu Tu Eles ouvir 30s ). De qualquer forma, são trabalhos diferentes - desaguamos no mesmo oceano, mas cada um por sua própria trilha", diz Elba. A cantora diz também que sempre foi muito cobrava para fazer esse tipo de trabalho. "Tenho um compromisso com Gonzaga e sempre terei. Esse é um disco mais devocional que conceitual, é uma carta de amor para ele, mostra a aluna olhando o mestre", emociona-se. A cantora faz questão de lembrar que em 1984 gravou com Gonzagão - ele, já aos 72 anos - um dos discos de maior sucesso na carreira do forrozeiro: Danado de Bom.
Em meio a onda de forró universitário, a cantora destaca que quis fazer uma obra rica em harmonia, interpretando canções compostas pelo próprio Gonzaga e outras imortalizadas por ele. As músicas foram pinçadas de uma safra que vai de 1942 (O Xamego da Guiomar) a 1984 (Danado de Bom). E o equilíbrio do repertório, entre sucessos e obscuras, é proposital: "Se fosse um disco de sucessos, só mudaria a voz. Eu nunca havia gravado nenhuma das músicas e queria um diferencial. Não sei trabalhar por caminhos óbvios. A obra dele é tão extensa - ele tem um lado de valsas e chorinhos que ninguém conhece - que pode ser que eu faça outro disco só de suas músicas", avisa.
Conforme o cantor e compositor Chico César escreveu no texto de apresentação do álbum à imprensa, "É tudo Gonzaga. Coisas que ele cantou Brasil afora e até fora do Brasil." E Elba acredita que ainda existe material inédito de Gonzaga. "Pode ser que pesquisando mais a fundo ainda se encontre algo inédito, afinal, ele tem mais de 500 músicas. O que sei é que alguns choros dele não têm letra e eu tenho a idéia de letrar essas músicas", revela.
Participações
Elba Canta Luiz tem arranjos de Dominguinhos, que toca sanfona em 11 faixas e assina duas - Sorriso Cativante (em parceria com Anastácia) eCanta Luiz (com Poeta Oliveira), uma homenagem onde ele também canta. O pot-pourri que inclui Calango da Lacraia, Nega Zefa e Coco Xeem tem participação de Fuba de Taperoá e Dió Araújo. Fuba lançou, no ano passado, um disco pelo selo de Elba. "Ele foi o primeiro lançamento. Os CDs de Renato Cigano, meu sanfoneiro, e do grupo de rock baiano Catapulta saem em breve. Para o segundo semestre, pretendo lançar mais um disco de meditação e mais para o final do ano, outro dedicado a Nossa Senhora", informa Elba.
Das participações do disco, sem dúvida a mais interessante é a de Zeca Pagodinho em O Xamego da Guiomar. "Ele é meu amigo há muito tempo, sempre frequentou minha casa, temos muito respeito um pelo outro. Isso sem contar a afinidade na malandragem...O Xamego..., um samba-calango, estava na minha memória - como todas - e achei que ficaria ótima com ele", diz. Elba conta que primeiramente gravou a música com Dominguinhos, mas quando Zeca foi cantar, não conseguiu por causa do tom. "Tivemos que marcar outra gravação. Como Dominguinhos estava viajando, chamei o Toninho Ferraguti de São Paulo. Dá para reparar que eu estou cantando mais grave", ressalta. E lembra que o dia da gravação foi uma verdadeira festa: "A churrascada durou das 9h às 21h! Ele trouxe aquela turma toda, o Arlindo Cruz, o Paulão...".
O trabalho de Domiguinhos como arranjador não fugiu do cânone sonoro imortalizado por Gonzagão. O disco se move à base de sanfonas, triângulo e zabumba, como pedem as composições do Velho Lua. "Não é questão de falta de ousadia. Apenas sinto que não se pode buscar novas fórmulas, outros arranjos para aquelas músicas que já eram tão perfeitas do jeito que vieram ao mundo. Senti que não tinhao o direito de, por exemplo, colocar uma batida eletrônica no disco", diz Elba.
Elba diz que o novo show já está montado, apenas esperando uma confirmação para o lançamento em um grande arraial no Rio. "No dia 2 de julho abro o São João em Caruaru e em julho vou à Europa", completa. Para o ano que vem, Elba pretende fazer um disco acústico com composições próprias. "Quando comecei a tocar violão, eu escrevia uma música atrás da outra. Mas depois meu senso crítico aumentou... Agora, estou tomando coragem para compor novamente", diz.
Enquanto isso, ela realiza um outro sonho, este bem mais pessoal: vai adotar uma criança. "O Luã (filho único da cantora) já está com 14 anos e eu sempre quis ter um filho com Gaetano, mas ele tem problemas, e também tem a questão da minha idade. Pensamos em fertilização, mas é um processo tão cheio de burocracias... Então, tudo estava convergindo para a adoção. Já fomos aprovados e estamos só esperando a Maria Clara chegar. O quarto dela já está pronto!", conta, feliz, a mamãe de segunda viagem.
Fonte: Clique Music
Mônica Loureiro
28/03/2002
Desde que lançou seu primeiro disco - Ave de Prata, em 1979 - e, mesmo antes, em início de carreira nos palcos de teatro, Elba Ramalho sempre nutriu uma grande ligação com Luiz Gonzaga. Mas só agora ela concretizou um antigo sonho: gravar um disco só com o repertório do Rei do Baião. Elba Canta Luiz é um lançamento da BMG e tem 13 faixas que alternam grandes sucessos e outras pouco conhecidas do monstro sagrado da música nordestina.
"Eu nunca havia me dedicado integralmente a Gonzaga. Quando eu ia fazer, (Gilberto)Gil gravou o dele ( As Canções de Eu Tu Eles ouvir 30s ). De qualquer forma, são trabalhos diferentes - desaguamos no mesmo oceano, mas cada um por sua própria trilha", diz Elba. A cantora diz também que sempre foi muito cobrava para fazer esse tipo de trabalho. "Tenho um compromisso com Gonzaga e sempre terei. Esse é um disco mais devocional que conceitual, é uma carta de amor para ele, mostra a aluna olhando o mestre", emociona-se. A cantora faz questão de lembrar que em 1984 gravou com Gonzagão - ele, já aos 72 anos - um dos discos de maior sucesso na carreira do forrozeiro: Danado de Bom.
Em meio a onda de forró universitário, a cantora destaca que quis fazer uma obra rica em harmonia, interpretando canções compostas pelo próprio Gonzaga e outras imortalizadas por ele. As músicas foram pinçadas de uma safra que vai de 1942 (O Xamego da Guiomar) a 1984 (Danado de Bom). E o equilíbrio do repertório, entre sucessos e obscuras, é proposital: "Se fosse um disco de sucessos, só mudaria a voz. Eu nunca havia gravado nenhuma das músicas e queria um diferencial. Não sei trabalhar por caminhos óbvios. A obra dele é tão extensa - ele tem um lado de valsas e chorinhos que ninguém conhece - que pode ser que eu faça outro disco só de suas músicas", avisa.
Conforme o cantor e compositor Chico César escreveu no texto de apresentação do álbum à imprensa, "É tudo Gonzaga. Coisas que ele cantou Brasil afora e até fora do Brasil." E Elba acredita que ainda existe material inédito de Gonzaga. "Pode ser que pesquisando mais a fundo ainda se encontre algo inédito, afinal, ele tem mais de 500 músicas. O que sei é que alguns choros dele não têm letra e eu tenho a idéia de letrar essas músicas", revela.
Participações
Elba Canta Luiz tem arranjos de Dominguinhos, que toca sanfona em 11 faixas e assina duas - Sorriso Cativante (em parceria com Anastácia) eCanta Luiz (com Poeta Oliveira), uma homenagem onde ele também canta. O pot-pourri que inclui Calango da Lacraia, Nega Zefa e Coco Xeem tem participação de Fuba de Taperoá e Dió Araújo. Fuba lançou, no ano passado, um disco pelo selo de Elba. "Ele foi o primeiro lançamento. Os CDs de Renato Cigano, meu sanfoneiro, e do grupo de rock baiano Catapulta saem em breve. Para o segundo semestre, pretendo lançar mais um disco de meditação e mais para o final do ano, outro dedicado a Nossa Senhora", informa Elba.
Das participações do disco, sem dúvida a mais interessante é a de Zeca Pagodinho em O Xamego da Guiomar. "Ele é meu amigo há muito tempo, sempre frequentou minha casa, temos muito respeito um pelo outro. Isso sem contar a afinidade na malandragem...O Xamego..., um samba-calango, estava na minha memória - como todas - e achei que ficaria ótima com ele", diz. Elba conta que primeiramente gravou a música com Dominguinhos, mas quando Zeca foi cantar, não conseguiu por causa do tom. "Tivemos que marcar outra gravação. Como Dominguinhos estava viajando, chamei o Toninho Ferraguti de São Paulo. Dá para reparar que eu estou cantando mais grave", ressalta. E lembra que o dia da gravação foi uma verdadeira festa: "A churrascada durou das 9h às 21h! Ele trouxe aquela turma toda, o Arlindo Cruz, o Paulão...".
O trabalho de Domiguinhos como arranjador não fugiu do cânone sonoro imortalizado por Gonzagão. O disco se move à base de sanfonas, triângulo e zabumba, como pedem as composições do Velho Lua. "Não é questão de falta de ousadia. Apenas sinto que não se pode buscar novas fórmulas, outros arranjos para aquelas músicas que já eram tão perfeitas do jeito que vieram ao mundo. Senti que não tinhao o direito de, por exemplo, colocar uma batida eletrônica no disco", diz Elba.
Elba diz que o novo show já está montado, apenas esperando uma confirmação para o lançamento em um grande arraial no Rio. "No dia 2 de julho abro o São João em Caruaru e em julho vou à Europa", completa. Para o ano que vem, Elba pretende fazer um disco acústico com composições próprias. "Quando comecei a tocar violão, eu escrevia uma música atrás da outra. Mas depois meu senso crítico aumentou... Agora, estou tomando coragem para compor novamente", diz.
Enquanto isso, ela realiza um outro sonho, este bem mais pessoal: vai adotar uma criança. "O Luã (filho único da cantora) já está com 14 anos e eu sempre quis ter um filho com Gaetano, mas ele tem problemas, e também tem a questão da minha idade. Pensamos em fertilização, mas é um processo tão cheio de burocracias... Então, tudo estava convergindo para a adoção. Já fomos aprovados e estamos só esperando a Maria Clara chegar. O quarto dela já está pronto!", conta, feliz, a mamãe de segunda viagem.
Fonte: Clique Music
terça-feira, 20 de março de 2012
'Som Brasil' homenageia música nordestina com Elba Ramalho
Primeiro 'Som Brasil' da temporada 2012 homenageia a música nordestina dos anos 70
O Nordeste dos anos 70 foi o tema escolhido para o primeiro programa da temporada 2012 de Som Brasil, da TV Globo. O programa foi gravado nesta terça-feira (20) e, com Camila Pitanga na apresentação, Elba Ramalho foi a grande convidada.
Ao contrário do ano passado, que homenageava um único compositor, o novo formato vai relembrar movimentos, épocas e gêneros da música popular brasileira. O primeiro Som Brasil do ano irá ao ar no dia 27 de abril.
"Eu me envolvi completamente, pois sou parte desse movimento e também sou intérprete dos cantores dessa época. Algo que eu admiro no Som Brasil é a liberdade que cada artista tem para criar sua interpretação das canções", explicou Elba Ramalho.
Quem também participou do programa foram os novos nomes da MPB Nuria Mallena, Karina Buhr e Zé Cafofinho e suas Correntes, que apresentou sua versão de Dona da Minha Cabeça, de Geraldo Azevedo. O compositor também estava nas gravações do programa.
Fonte: Diversão Terra
O Nordeste dos anos 70 foi o tema escolhido para o primeiro programa da temporada 2012 de Som Brasil, da TV Globo. O programa foi gravado nesta terça-feira (20) e, com Camila Pitanga na apresentação, Elba Ramalho foi a grande convidada.
Ao contrário do ano passado, que homenageava um único compositor, o novo formato vai relembrar movimentos, épocas e gêneros da música popular brasileira. O primeiro Som Brasil do ano irá ao ar no dia 27 de abril.
"Eu me envolvi completamente, pois sou parte desse movimento e também sou intérprete dos cantores dessa época. Algo que eu admiro no Som Brasil é a liberdade que cada artista tem para criar sua interpretação das canções", explicou Elba Ramalho.
Quem também participou do programa foram os novos nomes da MPB Nuria Mallena, Karina Buhr e Zé Cafofinho e suas Correntes, que apresentou sua versão de Dona da Minha Cabeça, de Geraldo Azevedo. O compositor também estava nas gravações do programa.
Fonte: Diversão Terra
quarta-feira, 14 de março de 2012
Elba Ramalho fez apresentação no Teatro Municipal de Niterói
Cantora levou para a Cidade Sorriso no último final de semana show intimista e repleto de sucessos da carreira. Confira a entrevista com a intérprete para O FLUMINENSE
Quando se fala em Elba Ramalho, a grande maioria das pessoas pensa logo em festa, animação, dança, avidez. Mas toda essa explosão de energia que o público está acostumado a ver no palco é transformada em intimismo no show acústico da cantora. E é uma Elba mais serena que os niteroienses poderam conferir pela primeira na sexta e no domingo no Teatro Municipal de Niterói. Acompanhada por Marcos Arcanjo (revezando-se entre violão e guitarra) e Mestrinho (sanfona), a paraibana lembrou seus grandes sucessos, atendeu aos pedidos da plateia e lembrou da sua estreia, trinta anos antes, quando era atriz.
A cantora começou o espetáculo com O Meu Amor, música que dividia em cena com Marieta Severo em Ópera do Malandro. Após reviver seus momentos de atriz, ela relembrou hits como Gostoso Demais, Ai Que Saudade de Ocê, Dia Branco, Chão de Giz, Canção da Despedida, Banho de Cheiro e Veja (Margarida). A apresentação fez parte do projeto Circuito Cênico MPB da empresária Rita Vilani. A seguir, Elba Ramalho fala um pouco mais sobre o show acústico e seus projetos.
ENTREVISTA
Elba Ramalho
Você é sempre muito enérgica em seus shows. Como é para você fazer um show acústico? Está sentindo muita diferença?
Não sinto muita diferença não. Um show é sempre um compromisso importante com a plateia. A minha obrigação é oferecer o melhor que posso ao público, para aquela pessoa que saiu de casa e pagou para ver um bom espetáculo. Tenho que atender à expectativa da plateia. As características são diferentes, mas a empolgação é a mesma. Como também sou atriz, cantar em um teatro maravilhoso como o Teatro Municipal de Niterói é um prazer.
Como foi a preparação desse show ao lado de Marcos Arcanjo e Erivaldo de Oliveira? Como foi feita a seleção do repertório?
Já apresentamos este show em outras ocasiões. O curioso é que não tínhamos a intenção de montar um show acústico, aconteceu de forma natural. Dentro do meu show de carreira, já tínhamos um momento acústico. Aquela hora especial para atender determinados pedidos e cantar canções como Dia Branco, Chorando e Cantando, Eternas Ondas, Vida de Gado, Veja Margarida e etc. A cada show, a parte acústica ficava maior. Então, decidimos fazer pra valer.
No show intimista, há mais interação com o público? Como o público vem reagindo aos shows? A plateia se torna cúmplice. Eu converso muito, conto várias situações do meu início de carreira e o público simplesmente adora. A reação é sempre muito positiva.
Entre as músicas que você vai cantar, está “O meu amor”. Quais são as lembranças mais fortes que vêm a sua memória quando canta ela? O que o espetáculo “Ópera do Malandro” significa para você?
Chico Buarque é um dos maiores nomes da história da nossa música. Tive a grande felicidade de me tornar cantora por intermédio do Chico. É uma honra imensa cantar Chico Buarque. As letras são densas e tem uma carga dramática muito forte. A Ópera do Malandro marca o início da minha carreira como cantora.
Ao longo de mais de 30 anos de carreira, qual momento mais marcante pretende relembrar no palco?
Esta é uma pergunta que me fazem com frequência, mas sempre penso muito antes de responder. É difícil definir o que é mais marcante. Os grandes shows no exterior? Cantar no Olympiá, em Paris? No Madison, em NYC? Bater recordes de shows no Canecão? Vender muitos discos? Ter ganho dois Grammys latinos em anos consecutivos? Sinceramente, acho que o conjunto da minha obra é consistente. Tenho orgulho da minha trajetória.
Tem alguma história com a cidade de Niterói? O público niteroiense é diferente? Tenho profunda simpatia e muitas recordações do início de carreira, quando tinha amigos que moravam em Niterói e nos reuníamos para cantar na orla. O público de Niterói é carioca. Sempre muito receptivo e participativo.
Tem algum novo projeto ou pretende realizar algum sonho profissional em breve?
Muitas ideias! Não sei bem ao certo por onde começar. É bem provável que o primeiro passo seja o lançamento de um disco que já está pronto, que se chama Forró Brasileiro.
Fonte: O Fluminense
Quando se fala em Elba Ramalho, a grande maioria das pessoas pensa logo em festa, animação, dança, avidez. Mas toda essa explosão de energia que o público está acostumado a ver no palco é transformada em intimismo no show acústico da cantora. E é uma Elba mais serena que os niteroienses poderam conferir pela primeira na sexta e no domingo no Teatro Municipal de Niterói. Acompanhada por Marcos Arcanjo (revezando-se entre violão e guitarra) e Mestrinho (sanfona), a paraibana lembrou seus grandes sucessos, atendeu aos pedidos da plateia e lembrou da sua estreia, trinta anos antes, quando era atriz.
A cantora começou o espetáculo com O Meu Amor, música que dividia em cena com Marieta Severo em Ópera do Malandro. Após reviver seus momentos de atriz, ela relembrou hits como Gostoso Demais, Ai Que Saudade de Ocê, Dia Branco, Chão de Giz, Canção da Despedida, Banho de Cheiro e Veja (Margarida). A apresentação fez parte do projeto Circuito Cênico MPB da empresária Rita Vilani. A seguir, Elba Ramalho fala um pouco mais sobre o show acústico e seus projetos.
ENTREVISTA
Elba Ramalho
Você é sempre muito enérgica em seus shows. Como é para você fazer um show acústico? Está sentindo muita diferença?
Não sinto muita diferença não. Um show é sempre um compromisso importante com a plateia. A minha obrigação é oferecer o melhor que posso ao público, para aquela pessoa que saiu de casa e pagou para ver um bom espetáculo. Tenho que atender à expectativa da plateia. As características são diferentes, mas a empolgação é a mesma. Como também sou atriz, cantar em um teatro maravilhoso como o Teatro Municipal de Niterói é um prazer.
Como foi a preparação desse show ao lado de Marcos Arcanjo e Erivaldo de Oliveira? Como foi feita a seleção do repertório?
Já apresentamos este show em outras ocasiões. O curioso é que não tínhamos a intenção de montar um show acústico, aconteceu de forma natural. Dentro do meu show de carreira, já tínhamos um momento acústico. Aquela hora especial para atender determinados pedidos e cantar canções como Dia Branco, Chorando e Cantando, Eternas Ondas, Vida de Gado, Veja Margarida e etc. A cada show, a parte acústica ficava maior. Então, decidimos fazer pra valer.
No show intimista, há mais interação com o público? Como o público vem reagindo aos shows? A plateia se torna cúmplice. Eu converso muito, conto várias situações do meu início de carreira e o público simplesmente adora. A reação é sempre muito positiva.
Entre as músicas que você vai cantar, está “O meu amor”. Quais são as lembranças mais fortes que vêm a sua memória quando canta ela? O que o espetáculo “Ópera do Malandro” significa para você?
Chico Buarque é um dos maiores nomes da história da nossa música. Tive a grande felicidade de me tornar cantora por intermédio do Chico. É uma honra imensa cantar Chico Buarque. As letras são densas e tem uma carga dramática muito forte. A Ópera do Malandro marca o início da minha carreira como cantora.
Ao longo de mais de 30 anos de carreira, qual momento mais marcante pretende relembrar no palco?
Esta é uma pergunta que me fazem com frequência, mas sempre penso muito antes de responder. É difícil definir o que é mais marcante. Os grandes shows no exterior? Cantar no Olympiá, em Paris? No Madison, em NYC? Bater recordes de shows no Canecão? Vender muitos discos? Ter ganho dois Grammys latinos em anos consecutivos? Sinceramente, acho que o conjunto da minha obra é consistente. Tenho orgulho da minha trajetória.
Tem alguma história com a cidade de Niterói? O público niteroiense é diferente? Tenho profunda simpatia e muitas recordações do início de carreira, quando tinha amigos que moravam em Niterói e nos reuníamos para cantar na orla. O público de Niterói é carioca. Sempre muito receptivo e participativo.
Tem algum novo projeto ou pretende realizar algum sonho profissional em breve?
Muitas ideias! Não sei bem ao certo por onde começar. É bem provável que o primeiro passo seja o lançamento de um disco que já está pronto, que se chama Forró Brasileiro.
Fonte: O Fluminense
Artimanha
No último final de semana de fevereiro, a cantora Elba Ramalho esteve em João Pessoa para protagonizar um ensaio fotográfico totalmente elaborado pelo seu produtor Rodrigo Farias, na Praia de Coqueirinhos. Para garantir que o trabalho saisse de primeira linha, Rodrigo recrutou dois profissionais de peso de Campina Grande, Haendel Melo, que cuidou de todo visual da cantora e Clóvis Aladim, responsável pelos cliques. Breve nós veremos o resultado.
Fonte: Celino Neto
Fonte: Celino Neto
'Bicho de teatro', Elba faz valente show acústico na raça e no improviso
Resenha de show Projeto: Circuito Cênico MPB
Título: Elba Acústico Artista: Elba Ramalho (em foto de Rodrigo Amaral)
Local: Theatro Municipal de Niterói (Niterói, RJ)
Data: 11 de março de 2012
Cotação: * * *
"Sou bicho de teatro", se autodefiniu Elba Ramalho antes de cantar Ai, Que Saudade d'Ocê (Vital Farias) em show acústico feito na noite de domingo, 11 de março de 2012, dentro do projeto Circuito Cênico MPB. A cantora se referia ao fato de estar se apresentando em teatro, o Theatro Municipal de Niterói, e à sua habilidade para se garantir em cena diante de condições adversas. De fato, Elba é artista vocacionada para o palco e foi com esse traquejo que ela fez, na raça e às vezes no improviso, bom show acústico, calcado em sucessos próprios e alheios. Por conta de compromisso profissional honrado em Natal (RN) na noite anterior, o que a fez desembarcar no Rio de Janeiro (RJ) menos de duas horas antes do show em Niterói, a intérprete entrou em cena sem estar na melhor das formas vocais - "Tô tirando (a voz) da alma", assumiu, sincera, diante do público - e sem sequer ter tido tempo para passar o som. Contudo, a voz - fria na abertura feita com Gostoso Demais (Dominguinhos e Nando Cordel) - foi ganhando corpo e calor à medida em que a apresentação foi transcorrendo. No fim, Elba - quase sempre em sintonia com os músicos Marcos Arcanjo (violão e guitarra) e Erivaldo de Oliveira (sanfona) - já tinha o público na mão. Até porque não é qualquer cantora que canta de improviso música pedida pelo público sem sair do tom. No caso, aliás, foram três músicas - Dia Branco (Geraldo Azevedo), Amplidão (Chico César) e Frisson (Tunai) - encadeadas em sequência mais informal. Em Amplidão, uma das baladas mais bonitas da lavra do atualmente subestimado Chico César, Elba esboçou na interpretação o rigor estilístico com que abordou o choro-canção Doce de Coco (Jacob do Bandolim e Hermínio Bello de Carvalho), ponto alto da apresentação. O ponto baixo foi a releitura em ritmo de xote de tema de Vander Lee, Onde Deus Possa me Ouvir. Toda a melancolia da canção se diluiu no clima forrozeiro que fez a interpretação de Elba caminhar no sentido contrário das intenções dos sensíveis versos do compositor mineiro. Elba pareceu mais à vontade ao cantar Belchior (A Palo Seco), ao reviver dois sucessos populares do compositor goiano Accioly Neto (1950 - 2000) - Espumas ao Vento e A Natureza das Coisas - e ao pegar seu violão para cantar as recorrentes Veja (Margarida) (Vital Farias) e Chão de Giz (Zé Ramalho). No fim, um bloco com músicas de Chico Buarque - cancioneiro que Elba vai revisitar em disco que tem lançamento previsto para o segundo semestre deste ano de 2012 - reiterou a sintonia entre a artista e seu público. Até porque, por ser bicho de teatro, Elba é intérprete talhada para encarar temas como O Meu Amor, Palavra de Mulher, Todo o Sentimento e Folhetim (bolero em que a mise-en-scène da artista inclui número de plateia). Elba Acústico é show de entressafra. Mas seduz porque Elba Ramalho é intérprete que sabe valorizar sua cena com sua voz valente, capaz de superar adversidades.
Fonte: Blog Notas Musicais
Título: Elba Acústico Artista: Elba Ramalho (em foto de Rodrigo Amaral)
Local: Theatro Municipal de Niterói (Niterói, RJ)
Data: 11 de março de 2012
Cotação: * * *
"Sou bicho de teatro", se autodefiniu Elba Ramalho antes de cantar Ai, Que Saudade d'Ocê (Vital Farias) em show acústico feito na noite de domingo, 11 de março de 2012, dentro do projeto Circuito Cênico MPB. A cantora se referia ao fato de estar se apresentando em teatro, o Theatro Municipal de Niterói, e à sua habilidade para se garantir em cena diante de condições adversas. De fato, Elba é artista vocacionada para o palco e foi com esse traquejo que ela fez, na raça e às vezes no improviso, bom show acústico, calcado em sucessos próprios e alheios. Por conta de compromisso profissional honrado em Natal (RN) na noite anterior, o que a fez desembarcar no Rio de Janeiro (RJ) menos de duas horas antes do show em Niterói, a intérprete entrou em cena sem estar na melhor das formas vocais - "Tô tirando (a voz) da alma", assumiu, sincera, diante do público - e sem sequer ter tido tempo para passar o som. Contudo, a voz - fria na abertura feita com Gostoso Demais (Dominguinhos e Nando Cordel) - foi ganhando corpo e calor à medida em que a apresentação foi transcorrendo. No fim, Elba - quase sempre em sintonia com os músicos Marcos Arcanjo (violão e guitarra) e Erivaldo de Oliveira (sanfona) - já tinha o público na mão. Até porque não é qualquer cantora que canta de improviso música pedida pelo público sem sair do tom. No caso, aliás, foram três músicas - Dia Branco (Geraldo Azevedo), Amplidão (Chico César) e Frisson (Tunai) - encadeadas em sequência mais informal. Em Amplidão, uma das baladas mais bonitas da lavra do atualmente subestimado Chico César, Elba esboçou na interpretação o rigor estilístico com que abordou o choro-canção Doce de Coco (Jacob do Bandolim e Hermínio Bello de Carvalho), ponto alto da apresentação. O ponto baixo foi a releitura em ritmo de xote de tema de Vander Lee, Onde Deus Possa me Ouvir. Toda a melancolia da canção se diluiu no clima forrozeiro que fez a interpretação de Elba caminhar no sentido contrário das intenções dos sensíveis versos do compositor mineiro. Elba pareceu mais à vontade ao cantar Belchior (A Palo Seco), ao reviver dois sucessos populares do compositor goiano Accioly Neto (1950 - 2000) - Espumas ao Vento e A Natureza das Coisas - e ao pegar seu violão para cantar as recorrentes Veja (Margarida) (Vital Farias) e Chão de Giz (Zé Ramalho). No fim, um bloco com músicas de Chico Buarque - cancioneiro que Elba vai revisitar em disco que tem lançamento previsto para o segundo semestre deste ano de 2012 - reiterou a sintonia entre a artista e seu público. Até porque, por ser bicho de teatro, Elba é intérprete talhada para encarar temas como O Meu Amor, Palavra de Mulher, Todo o Sentimento e Folhetim (bolero em que a mise-en-scène da artista inclui número de plateia). Elba Acústico é show de entressafra. Mas seduz porque Elba Ramalho é intérprete que sabe valorizar sua cena com sua voz valente, capaz de superar adversidades.
Fonte: Blog Notas Musicais
Elba vai de Jacob a Vander em show acústico feito no circuito fluminense
Enquanto prepara disco com regravações do farto cancioneiro de Chico Buarque, Elba Ramalho continua apresentando pelo Brasil o show Acústico, com formação reduzida atualmente aos músicos Marcos Arcanjo (violão e guitarra) e Eriberto de Oliveira (sanfona). Foi este show de entressafra que a cantora apresentou no Theatro Municipal de Niterói (RJ), em 9 e 11 de março de 2012, dentro do projeto Circuito Cênico MPB. O roteiro é flexível. No segundo dos dois shows fluminenses, a intérprete atendeu pedidos do público e cantou repertório eclético que foi de Jacob do Bandolim (1918 - 1969) a Vander Lee, passando por temas de Accioly Neto (1950 - 2000) e Chico Buarque. Eis o roteiro seguido (com improvisos) por Elba Ramalho - vista em foto de Rodrigo Amaral - na apresentação do show Acústico em Niterói, em 11 de março:
1. Gostoso Demais (Dominguinhos e Nando Cordel)
2. Morena de Angola (Chico Buarque)
3. Riso Cristalino (Dominguinhos)
4. Onde Está Você? (Zezum)
5. Onde Deus Possa me Ouvir (Vander Lee)
6. Ai, Que Saudade d'Ocê (Vital Faria)
7. A Palo Seco (Belchior)
8. Ciranda da Rosa Vermelha (Alceu Valença)
9. Espumas ao Vento (Accioly Neto)
10. Lembrança de um Beijo (Flávio José)
11. A Natureza das Coisas (Accioly Neto)
12. Canção da Despedida (Geraldo Azevedo e Geraldo Vandré)
13. Chorando e Cantando (Geraldo Azevedo e Fausto Nilo)
14. Doce de Coco (Jacob do Bandolim e Hermínio Bello de Carvalho)
15. Veja (Margarida) (Vital Farias)
16. Chão de Giz (Zé Ramalho)
17. Dia Branco (Geraldo Azevedo)
18. Amplidão (Chico César)
19. Frisson (Tunai)
20. O Meu Amor (Chico Buarque)
21. Todo o Sentimento (Chico Buarque e Cristóvão Bastos)
22. Folhetim (Chico Buarque)
Bis:
23. De Volta pro Aconchego (Dominguinhos e Nando Cordel)
24. Esqueça (Forget Him) (Mark Anthony em versão de Roberto Corte Real)
25. Banho de Cheiro (Carlos Fernando)
26. A Padroeira (Sergio Saraceni e Ronaldo Monteiro de Souza)
Fonte: Blog Notas Musicais
1. Gostoso Demais (Dominguinhos e Nando Cordel)
2. Morena de Angola (Chico Buarque)
3. Riso Cristalino (Dominguinhos)
4. Onde Está Você? (Zezum)
5. Onde Deus Possa me Ouvir (Vander Lee)
6. Ai, Que Saudade d'Ocê (Vital Faria)
7. A Palo Seco (Belchior)
8. Ciranda da Rosa Vermelha (Alceu Valença)
9. Espumas ao Vento (Accioly Neto)
10. Lembrança de um Beijo (Flávio José)
11. A Natureza das Coisas (Accioly Neto)
12. Canção da Despedida (Geraldo Azevedo e Geraldo Vandré)
13. Chorando e Cantando (Geraldo Azevedo e Fausto Nilo)
14. Doce de Coco (Jacob do Bandolim e Hermínio Bello de Carvalho)
15. Veja (Margarida) (Vital Farias)
16. Chão de Giz (Zé Ramalho)
17. Dia Branco (Geraldo Azevedo)
18. Amplidão (Chico César)
19. Frisson (Tunai)
20. O Meu Amor (Chico Buarque)
21. Todo o Sentimento (Chico Buarque e Cristóvão Bastos)
22. Folhetim (Chico Buarque)
Bis:
23. De Volta pro Aconchego (Dominguinhos e Nando Cordel)
24. Esqueça (Forget Him) (Mark Anthony em versão de Roberto Corte Real)
25. Banho de Cheiro (Carlos Fernando)
26. A Padroeira (Sergio Saraceni e Ronaldo Monteiro de Souza)
Fonte: Blog Notas Musicais
quinta-feira, 8 de março de 2012
Elba para cantar e encantar
Show intimista vai marcar passagem da cantora por Niterói
Acostumada a agitar o público com seus sucessos dançantes, Elba Ramalho chega a Niterói para apresentar seu show acústico, pela primeira vez, no Teatro Municipal. Hoje, às 21h, e domingo, às 20h, a cantora, acompanhada por apenas dois músicos, Marcos Arcanjo (se revezando entre violão e guitarra) e Mestrinho (Sanfona), lembra seus grandes sucessos, atende a pedidos da plateia e relembra a sua estreia, 30 anos antes, quando era atriz.
No roteiro da apresentação vão estar sucessos como ‘Gostoso Demais’, ‘Ai Que Saudade de Ocê’, ‘Dia Branco’, ‘Chão de Giz’, ‘Canção da Despedida’, ‘Banho de Cheiro’ e ‘Veja’ (Margarida), entre outros.
Hoje cantora, ela destaca sua participação na ‘Ópera do Malandro’. “Era só um número, mas eu arrasava”, garante uma divertida Elba emendando músicas que faziam parte do repertório da peça de Chico Buarque. O show começa com ‘O Meu Amor’, música que dividia em cena com Marieta Severo. O dueto fez sucesso e Chico convidou as duas para repetir a dobradinha em seu disco.
Fonte: O São Gonçalo
Acostumada a agitar o público com seus sucessos dançantes, Elba Ramalho chega a Niterói para apresentar seu show acústico, pela primeira vez, no Teatro Municipal. Hoje, às 21h, e domingo, às 20h, a cantora, acompanhada por apenas dois músicos, Marcos Arcanjo (se revezando entre violão e guitarra) e Mestrinho (Sanfona), lembra seus grandes sucessos, atende a pedidos da plateia e relembra a sua estreia, 30 anos antes, quando era atriz.
No roteiro da apresentação vão estar sucessos como ‘Gostoso Demais’, ‘Ai Que Saudade de Ocê’, ‘Dia Branco’, ‘Chão de Giz’, ‘Canção da Despedida’, ‘Banho de Cheiro’ e ‘Veja’ (Margarida), entre outros.
Hoje cantora, ela destaca sua participação na ‘Ópera do Malandro’. “Era só um número, mas eu arrasava”, garante uma divertida Elba emendando músicas que faziam parte do repertório da peça de Chico Buarque. O show começa com ‘O Meu Amor’, música que dividia em cena com Marieta Severo. O dueto fez sucesso e Chico convidou as duas para repetir a dobradinha em seu disco.
Fonte: O São Gonçalo
quarta-feira, 7 de março de 2012
Estória de João Joana encanta brasilienses
Um encontro entre música erudita e popular marca o início das comemorações culturais do Dia Internacional da Mulher em Brasília, em espetáculo baseado no único cordel de Carlos Drummond de Andrade
A dificuldade de ser mulher no sertão dos anos 1960 é o tema do espetáculo Estória de João Joana, que abriu, na noite dessa terça-feira (6), a programação dos eventos culturais do Governo do Distrito Federal em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março.
Com reapresentações hoje e amanhã na Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional Claudio Santoro, às 20h, a primeira apresentação do espetáculo encantou o público com as interpretações de Elba Ramalho, Alceu Valença, Geraldo Azevedo, Sérgio Ricardo, Marina Lutfi e João Gurgel.
No palco, eles foram acompanhados por 80 músicos da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro. Sob a regência do maestro Cláudio Cohen, o espetáculo contou a história relatada no único poema de cordel escrito por Carlos Drummond de Andrade. Musicado pelo cantor e compositor paulista Sérgio Ricardo, a pedido do poeta, o cordel ganhou composição orquestrada por Radamés Gnatalli.
A cantora Elba Ramalho destacou que o musical é também uma forma de preservação da obra do escritor brasileiro. “Eu venho fazer esse trabalho com muita alegria. É um cordel antigo, um poema de Carlos Drummond de Andrade, um poeta que eu admiro bastante, e as obras de qualidade a gente deve preservar”, comentou a intérprete.
O espetáculo relatou a história verídica da vida de uma menina criada pela mãe como menino. A mãe acreditava que, daquela maneira, a menina teria chances de viver com dignidade. A saga de João Joana se passou no interior do Brasil durante os anos 1960.
A apresentação composta por ritmos brasileiros como maracatu, samba e baião se dividiu em quadros, representados pelas canções. Cada um dos quadros tem uma dramaticidade específica. O espetáculo contou ainda com recitativos que surgiam como lentas melodias cantadas por um dos seis intérpretes e acompanhadas por todos em uma espécie de procissão.
Emocionada, a plateia vibrou com a canção da revelação de João como mulher. “Aquela cena imprevista; causou a maior surpresa; o que tanto se ocultara; se mostrava sem defesa; João deixara de ser João; por força da natureza”, diz o cordel. Ao final do show, quando o público pediu bis, essa foi a música escolhida pelos artistas para ser tocada novamente.
Homenagem – O show conduz a uma reflexão acerca do papel social da mulher nesta semana na qual é comemorado o Dia Internacional da Mulher. Para Marina Lutfi, cantora do musical, a história verídica é muito atual. “Essa história é antiga, mas acho que ainda hoje isso deve acontecer muito. Não é a toa que há muitos movimentos a favor das mulheres”, afirmou a cantora.
Quem não teve oportunidade de assistir ao espetáculo poderá retirar os ingressos gratuitamente na bilheteria do Teatro Nacional para o musical que será reapresentado às 20 horas.
A programação cultural Março Mulher segue durante todo o mês com shows, mostra cinematográfica, exposições, poesia e debates. O Dia Internacional das Mulheres será celebrado com o show da cantora Maria Bethânia no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, às 21h. Os ingressos deverão ser retirados gratuitamente na Secretaria de Cultura.
Fonte: Agência Brasília
A dificuldade de ser mulher no sertão dos anos 1960 é o tema do espetáculo Estória de João Joana, que abriu, na noite dessa terça-feira (6), a programação dos eventos culturais do Governo do Distrito Federal em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março.
Com reapresentações hoje e amanhã na Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional Claudio Santoro, às 20h, a primeira apresentação do espetáculo encantou o público com as interpretações de Elba Ramalho, Alceu Valença, Geraldo Azevedo, Sérgio Ricardo, Marina Lutfi e João Gurgel.
No palco, eles foram acompanhados por 80 músicos da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro. Sob a regência do maestro Cláudio Cohen, o espetáculo contou a história relatada no único poema de cordel escrito por Carlos Drummond de Andrade. Musicado pelo cantor e compositor paulista Sérgio Ricardo, a pedido do poeta, o cordel ganhou composição orquestrada por Radamés Gnatalli.
A cantora Elba Ramalho destacou que o musical é também uma forma de preservação da obra do escritor brasileiro. “Eu venho fazer esse trabalho com muita alegria. É um cordel antigo, um poema de Carlos Drummond de Andrade, um poeta que eu admiro bastante, e as obras de qualidade a gente deve preservar”, comentou a intérprete.
O espetáculo relatou a história verídica da vida de uma menina criada pela mãe como menino. A mãe acreditava que, daquela maneira, a menina teria chances de viver com dignidade. A saga de João Joana se passou no interior do Brasil durante os anos 1960.
A apresentação composta por ritmos brasileiros como maracatu, samba e baião se dividiu em quadros, representados pelas canções. Cada um dos quadros tem uma dramaticidade específica. O espetáculo contou ainda com recitativos que surgiam como lentas melodias cantadas por um dos seis intérpretes e acompanhadas por todos em uma espécie de procissão.
Emocionada, a plateia vibrou com a canção da revelação de João como mulher. “Aquela cena imprevista; causou a maior surpresa; o que tanto se ocultara; se mostrava sem defesa; João deixara de ser João; por força da natureza”, diz o cordel. Ao final do show, quando o público pediu bis, essa foi a música escolhida pelos artistas para ser tocada novamente.
Homenagem – O show conduz a uma reflexão acerca do papel social da mulher nesta semana na qual é comemorado o Dia Internacional da Mulher. Para Marina Lutfi, cantora do musical, a história verídica é muito atual. “Essa história é antiga, mas acho que ainda hoje isso deve acontecer muito. Não é a toa que há muitos movimentos a favor das mulheres”, afirmou a cantora.
Quem não teve oportunidade de assistir ao espetáculo poderá retirar os ingressos gratuitamente na bilheteria do Teatro Nacional para o musical que será reapresentado às 20 horas.
A programação cultural Março Mulher segue durante todo o mês com shows, mostra cinematográfica, exposições, poesia e debates. O Dia Internacional das Mulheres será celebrado com o show da cantora Maria Bethânia no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, às 21h. Os ingressos deverão ser retirados gratuitamente na Secretaria de Cultura.
Fonte: Agência Brasília
domingo, 4 de março de 2012
A “Estória de João Joana” reúne Elba Ramalho, Alceu Valença e Geraldo Azevedo à OSTN em homenagem à mulher.
O erudito e o popular se encontram no palco da Villa-Lobos para homenagear o Dia Internacional da Mulher quando será apresentada a “Estória de João Joana” – poema em forma de cordel escrito por Carlos Drummond de Andrade que ganhou versão musicada por Sérgio Ricardo e orquestração de Radamés Gnatalli.
Geraldo Azevedo, Elba-Ramalho e Alceu-Valença. Foto: Cristina Granato. Divulgação.
No palco a forte presença de três nordestinos que interpretam o texto de Drummond, Elba Ramalho, Alceu Valença e Geraldo Azevedo. Eles se juntam a oitenta músicos da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional, sob regência do maestro Cláudio Cohen.
Maestro Cláudio Cohen. Foto: Marcelo Dischinger.
Na estória João Joana é uma menina criada como menino pela mãe e que vive no interior do país durante os anos 60. No palco a luta pela sobrevivência ao lado da mãe ganha ênfase com a reunião de artistas de diversas formações em uma alquimia que vai da literatura à música com a alma da diversidade brasileira.
Serviço:
“Estória de João Joana” com Elba Ramalho, Alceu Valença, Geraldo Azevedo, Marina Lutfi e João Gurgel
Participação especial: Sérgio Ricardo
Orquestração: Radamés Gnatalli
Regência: Cláudio Cohen
Local: Teatro Nacional de Brasília
Dias 6, 7 e 8 março de 2012 às 20 horas
Tel: (61) 3325-6239 e (61) 3325-6256 das 12 às 20 horas.
Os ingressos só poderão ser retirados no dia do evento. A distribuição será a partir das 12h na bilheteria do teatro.
Censura Livre
Capacidade 1.307 lugares
Duração 1h10
Ficha técnica:
Direção Geral: Bete Calligaris e Ivan Fortes
Direção de Produção: Wladimir Duarte
Banda: Lui Coimbra (viola, violão, charango), Bororó (baixo), Jurim Moreira (bateria) e
Marçalzinho (percussão).
Fonte: Acha Brasília
Geraldo Azevedo, Elba-Ramalho e Alceu-Valença. Foto: Cristina Granato. Divulgação.
No palco a forte presença de três nordestinos que interpretam o texto de Drummond, Elba Ramalho, Alceu Valença e Geraldo Azevedo. Eles se juntam a oitenta músicos da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional, sob regência do maestro Cláudio Cohen.
Maestro Cláudio Cohen. Foto: Marcelo Dischinger.
Na estória João Joana é uma menina criada como menino pela mãe e que vive no interior do país durante os anos 60. No palco a luta pela sobrevivência ao lado da mãe ganha ênfase com a reunião de artistas de diversas formações em uma alquimia que vai da literatura à música com a alma da diversidade brasileira.
Serviço:
“Estória de João Joana” com Elba Ramalho, Alceu Valença, Geraldo Azevedo, Marina Lutfi e João Gurgel
Participação especial: Sérgio Ricardo
Orquestração: Radamés Gnatalli
Regência: Cláudio Cohen
Local: Teatro Nacional de Brasília
Dias 6, 7 e 8 março de 2012 às 20 horas
Tel: (61) 3325-6239 e (61) 3325-6256 das 12 às 20 horas.
Os ingressos só poderão ser retirados no dia do evento. A distribuição será a partir das 12h na bilheteria do teatro.
Censura Livre
Capacidade 1.307 lugares
Duração 1h10
Ficha técnica:
Direção Geral: Bete Calligaris e Ivan Fortes
Direção de Produção: Wladimir Duarte
Banda: Lui Coimbra (viola, violão, charango), Bororó (baixo), Jurim Moreira (bateria) e
Marçalzinho (percussão).
Fonte: Acha Brasília
Cordel sinfônico
Está de volta à cidade o musical Estória de João Joana, de Carlos Drummond de Andrade e Sérgio Ricardo
João Gurgel, Marina Lufti, Elba Ramalho, Alceu Valença, Sérgio Ricardo e Geraldo Azevedo: reencontro
Um estúdio encravado no bairro do Cosme Velho, aos pés do Cristo Redentor, foi escolhido para ser o cenário de um grande encontro entre ídolos da música brasileira. Um time do quilate de Alceu Valença, Geraldo Azevedo e Elba Ramalho, além de alguns dos mais celebrados instrumentistas do país, se reuniu para ensaiar um espetáculo já conhecido de todos. Na próxima terça-feira, eles reestreiam, em Brasília, o cordel sinfônico Estória de João Joana, o único texto do gênero escrito pelo poeta Carlos Drummond de Andrade, e musicado pelo multiartista Sérgio Ricardo.
Em 1985 e em 2001, o mesmo espetáculo foi encenado na Sala Villa Lobos, e volta à cidade no mesmo palco. Mais um detalhe: todo o elenco envolvido participou de alguma das montagens anteriores do musical. Nesta nova turnê, os filhos de Sérgio Ricardo, Marina Lufti e João Gurgel, que o acompanham em shows há mais de uma década, também fazem parte do elenco.
“Modéstia à parte, esse musical é um dos melhores trabalhos que já fiz. É um curinga para grandes momentos, quando surge uma pauta no Teatro Municipal, ou algo do gênero”, explica Sérgio Ricardo, homenageado nesta rodada de apresentações, por seus 80 anos. O trabalhou surgiu da admiração mútua entre ele e Drummond. Cantor, compositor, um dos precursores da Bossa Nova e autor de trilhas sonoras inesquecíveis do cinema nacional (entre elas Deus e o diabo na terra do sol e Terra em transe, de Glauber Rocha), ele assinou, na década de 1980, a trilha sonora do desenho animado Flicts, de Ziraldo. Drummond ouviu o trabalho, aprovou e dedicou uma crônica à composição. Daí surgiu a amizade, que acabou virando parceria. Num belo dia, Sérgio recebeu do mineiro o texto, com o pedido de que o musicasse. O resto é história.
Gripado, com dor de garganta e sem dormir, Alceu Valença (que já emprestou as cordas vocais a mais de uma apresentação da Estória de João Joana) usou a voz com moderação. Acompanhou as marcações, tirou dúvidas com o amigo Geraldo (a quem chama carinhosamente de Geraldinho) e fez graça o tempo todo. Emendou histórias hilárias, como a de um antigo episódio ocorrido com seu cabelo, “causos” pernambucanos e experiências de shows antigos. “É incrível trabalhar com o Sérgio, com poemas do Drummond, sob a orquestração original de Radamés Gnatalli. Também é muito bom, sobretudo, reencontrar amigos e antigos companheiros de banda. Esse revival vai ser sensacional”, acredita Alceu.
Raridade
Geraldinho, por sua vez, entoou com vontade todos os trechos do poema e demonstrava não ter perdido a familiaridade com a obra. O cantor nunca subiu ao palco para interpretar a saga nordestina, mas gravou em disco, ao lado de nomes como Chico Buarque e João Bosco, as palavras de Drummond na melodia de Sérgio Ricardo. Disco esse que é considerado raridade, circula como objeto de desejo entre colecionadores. “Sérgio é um mestre, que está lançando a nós esse desafio de tocar com a orquestra. Esse projeto é uma lisonja para a minha carreira”, orgulha-se.
Em Brasília, os músicos terão o acompanhamento da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional, tal qual nas apresentações anteriores. Se na noite da premiére, há quase 26 anos, o regente da noite foi Claudio Santoro, nesta montagem, a batuta ficará a cargo do maestro Cláudio Cohen, que já integrava o naipe de violinos da orquestra. Durante o ensaio, no Rio, ele acompanhou os acertos entre a banda e os cantores, anotou as entradas e adequou à partitura, para trazer as informações completas à sua sinfônica, que estará quase completa no palco, com pouco menos de 70 integrantes. Antes da estreia, a orquestra e a ala “carioca” terão três ensaios para afinar a sonoridade.
“Este projeto é importante para resgatar a obra, valorizar a literatura, os artistas e ainda homenagear a mulher”, destaca Cohen. Afinal, quando se adicionam, ao seu conjunto de músicos, pitadas de Drummond, Sérgio Ricardo, Alceu, Elba, Geraldinho e outros mestres da música nacional, a poção que resulta só pode ser mesmo mágica.
Banda
No palco, os artistas serão acompanhados pelo violonista Lui Coimbra, pelo pianista Marcelo Caldi, pelo baixo de Bororó, pelo baterista Jurim Moreira e pelo percussionista Nailson Simões. Todos integrantes da banda original.
Sertão
A história , baseada em fatos reais, chegou a ser publicada nos jornais da época. Em um lugarejo pobre e remoto, uma mulher tem uma filha, mas decide criá-la como homem, para que ela sofra menos em um ambiente machista e inóspito. O menino, batizado de João, cresce com hábitos masculinos, mas um dia, acaba parindo uma criança.
Estória de João Joana
Cordel sinfônico de Carlos Drummond de Andrade e Sérgio Ricardo, de terça (6 de março) a quinta, às 20h, na Sala Villa Lobos do Teatro Nacional (Via N2 - Setor Cultural Norte - 3325-6239). Ingressos gratuitos, retirados a partir de 12h, na bilheteria do teatro. Classificação indicativa livre.
Fonte: Correio Braziliense
João Gurgel, Marina Lufti, Elba Ramalho, Alceu Valença, Sérgio Ricardo e Geraldo Azevedo: reencontro
Um estúdio encravado no bairro do Cosme Velho, aos pés do Cristo Redentor, foi escolhido para ser o cenário de um grande encontro entre ídolos da música brasileira. Um time do quilate de Alceu Valença, Geraldo Azevedo e Elba Ramalho, além de alguns dos mais celebrados instrumentistas do país, se reuniu para ensaiar um espetáculo já conhecido de todos. Na próxima terça-feira, eles reestreiam, em Brasília, o cordel sinfônico Estória de João Joana, o único texto do gênero escrito pelo poeta Carlos Drummond de Andrade, e musicado pelo multiartista Sérgio Ricardo.
Em 1985 e em 2001, o mesmo espetáculo foi encenado na Sala Villa Lobos, e volta à cidade no mesmo palco. Mais um detalhe: todo o elenco envolvido participou de alguma das montagens anteriores do musical. Nesta nova turnê, os filhos de Sérgio Ricardo, Marina Lufti e João Gurgel, que o acompanham em shows há mais de uma década, também fazem parte do elenco.
“Modéstia à parte, esse musical é um dos melhores trabalhos que já fiz. É um curinga para grandes momentos, quando surge uma pauta no Teatro Municipal, ou algo do gênero”, explica Sérgio Ricardo, homenageado nesta rodada de apresentações, por seus 80 anos. O trabalhou surgiu da admiração mútua entre ele e Drummond. Cantor, compositor, um dos precursores da Bossa Nova e autor de trilhas sonoras inesquecíveis do cinema nacional (entre elas Deus e o diabo na terra do sol e Terra em transe, de Glauber Rocha), ele assinou, na década de 1980, a trilha sonora do desenho animado Flicts, de Ziraldo. Drummond ouviu o trabalho, aprovou e dedicou uma crônica à composição. Daí surgiu a amizade, que acabou virando parceria. Num belo dia, Sérgio recebeu do mineiro o texto, com o pedido de que o musicasse. O resto é história.
Gripado, com dor de garganta e sem dormir, Alceu Valença (que já emprestou as cordas vocais a mais de uma apresentação da Estória de João Joana) usou a voz com moderação. Acompanhou as marcações, tirou dúvidas com o amigo Geraldo (a quem chama carinhosamente de Geraldinho) e fez graça o tempo todo. Emendou histórias hilárias, como a de um antigo episódio ocorrido com seu cabelo, “causos” pernambucanos e experiências de shows antigos. “É incrível trabalhar com o Sérgio, com poemas do Drummond, sob a orquestração original de Radamés Gnatalli. Também é muito bom, sobretudo, reencontrar amigos e antigos companheiros de banda. Esse revival vai ser sensacional”, acredita Alceu.
Raridade
Geraldinho, por sua vez, entoou com vontade todos os trechos do poema e demonstrava não ter perdido a familiaridade com a obra. O cantor nunca subiu ao palco para interpretar a saga nordestina, mas gravou em disco, ao lado de nomes como Chico Buarque e João Bosco, as palavras de Drummond na melodia de Sérgio Ricardo. Disco esse que é considerado raridade, circula como objeto de desejo entre colecionadores. “Sérgio é um mestre, que está lançando a nós esse desafio de tocar com a orquestra. Esse projeto é uma lisonja para a minha carreira”, orgulha-se.
Em Brasília, os músicos terão o acompanhamento da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional, tal qual nas apresentações anteriores. Se na noite da premiére, há quase 26 anos, o regente da noite foi Claudio Santoro, nesta montagem, a batuta ficará a cargo do maestro Cláudio Cohen, que já integrava o naipe de violinos da orquestra. Durante o ensaio, no Rio, ele acompanhou os acertos entre a banda e os cantores, anotou as entradas e adequou à partitura, para trazer as informações completas à sua sinfônica, que estará quase completa no palco, com pouco menos de 70 integrantes. Antes da estreia, a orquestra e a ala “carioca” terão três ensaios para afinar a sonoridade.
“Este projeto é importante para resgatar a obra, valorizar a literatura, os artistas e ainda homenagear a mulher”, destaca Cohen. Afinal, quando se adicionam, ao seu conjunto de músicos, pitadas de Drummond, Sérgio Ricardo, Alceu, Elba, Geraldinho e outros mestres da música nacional, a poção que resulta só pode ser mesmo mágica.
Banda
No palco, os artistas serão acompanhados pelo violonista Lui Coimbra, pelo pianista Marcelo Caldi, pelo baixo de Bororó, pelo baterista Jurim Moreira e pelo percussionista Nailson Simões. Todos integrantes da banda original.
Sertão
A história , baseada em fatos reais, chegou a ser publicada nos jornais da época. Em um lugarejo pobre e remoto, uma mulher tem uma filha, mas decide criá-la como homem, para que ela sofra menos em um ambiente machista e inóspito. O menino, batizado de João, cresce com hábitos masculinos, mas um dia, acaba parindo uma criança.
Estória de João Joana
Cordel sinfônico de Carlos Drummond de Andrade e Sérgio Ricardo, de terça (6 de março) a quinta, às 20h, na Sala Villa Lobos do Teatro Nacional (Via N2 - Setor Cultural Norte - 3325-6239). Ingressos gratuitos, retirados a partir de 12h, na bilheteria do teatro. Classificação indicativa livre.
Fonte: Correio Braziliense
Elba Ramalho, Alceu Valença e Geraldo Azevedo cantam Sérgio Ricardo
Com a agenda cheia de compromissos, a cantora Elba Ramalho foi a convidada especial da apresentadora Xuxa na edição do último sábado do TV Xuxa (Rede Globo). E na próxima semana, a artista paraibana estará de volta aos palcos, cantando com os velhos amigos Alceu Valença e Geraldo Azevedo.
Acompanhado pela Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional, o trio fará uma homenagem especial em Brasília aos 80 anos do compositor Sérgio Ricardo. Os shows serão realizados na Sala Villa Lobos do Teatro Cláudio Santoro, nos dias 6, 7 e 8 (terça, quarta e quinta).
E ainda na próxima semana, Elba realizará um show acústico no Teatro Municipal de Niterói. As apresentações estão marcadas para os dias 9, 10 e 11, às 21h.
Fonte: Visto Livre
Acompanhado pela Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional, o trio fará uma homenagem especial em Brasília aos 80 anos do compositor Sérgio Ricardo. Os shows serão realizados na Sala Villa Lobos do Teatro Cláudio Santoro, nos dias 6, 7 e 8 (terça, quarta e quinta).
E ainda na próxima semana, Elba realizará um show acústico no Teatro Municipal de Niterói. As apresentações estão marcadas para os dias 9, 10 e 11, às 21h.
Fonte: Visto Livre
sábado, 3 de março de 2012
“Eu via além das paredes e sonhava com o mundo lá fora”, confessa Elba
A cantora, que participa do Projeto Nordestino Sim Senhor!, da TV Asa Branca, abriu o coração e contou detalhes do início da carreira e das participações com Luiz Gonzaga
O ABTV 1ª edição desta sexta-feira (2) exibiu entrevista com a cantora Elba Ramalho. Ela participa do Projeto Nordestino Sim Senhor!, uma iniciativa da TV Asa Branca para homenagear Luiz Gonzaga. Elba foi muito próxima do ‘Rei do Baião’ e conta, inclusive, o quanto ele foi importante para a carreira da artista.
Nossa equipe de reportagem foi até o Recife para entrevistar a cantora. Ela contou detalhes de sua vida e falou sobre o quanto difícil sua carreira até chegar onde está hoje.
“Desde que criança, no Sertão, eu já era diferente dos meus irmãos. Eu sempre via além das paredes. Eu dizia que existia outros mundos e outras pessoas. Eu sempre sonhei com o mundo lá e eu quis voar. O ser humano tem que ser livre”.
Click aqui para assistir a entrevista na íntegra.
Fonte: TV Asa Branca
O ABTV 1ª edição desta sexta-feira (2) exibiu entrevista com a cantora Elba Ramalho. Ela participa do Projeto Nordestino Sim Senhor!, uma iniciativa da TV Asa Branca para homenagear Luiz Gonzaga. Elba foi muito próxima do ‘Rei do Baião’ e conta, inclusive, o quanto ele foi importante para a carreira da artista.
Nossa equipe de reportagem foi até o Recife para entrevistar a cantora. Ela contou detalhes de sua vida e falou sobre o quanto difícil sua carreira até chegar onde está hoje.
“Desde que criança, no Sertão, eu já era diferente dos meus irmãos. Eu sempre via além das paredes. Eu dizia que existia outros mundos e outras pessoas. Eu sempre sonhei com o mundo lá e eu quis voar. O ser humano tem que ser livre”.
Click aqui para assistir a entrevista na íntegra.
Fonte: TV Asa Branca
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