Em um ambiente cercado de cores e brilhos, a festa levou onze mil foliões ao Chevrolet Hall, em noite dedicada ao frevo, aos ritmos locais e à celebração do Carnaval Multicultural
Contando com a participação de onze mil foliões, entre recifenses e visitantes, a 47ª edição do Baile Municipal – promovido pela Prefeitura do Recife, sob coordenação da primeira-dama, Marília Bezerra -, fez do Chevrolet Hall um enorme palco da expressão cultural pernambucana, neste sábado (26). Em uma noite dedicada ao frevo, aos ritmos locais e à celebração da multiculturalidade, a orquestra do Maestro Duda, André Rio, Alceu Valença, Elba Ramalho, Ivete Sangalo, SpokFrevo Orquestra, Almir Rouche e Marrom Brasileiro deram tom e acorde à festa que dá as boas-vindas ao Carnaval da capital pernambucana.
Em um ambiente cercado de cores e brilhos, a cenografia do Baile foi totalmente inspirada nas obras da artista plástica pernambucana Tereza Costa Rêgo, uma das homenageadas do Carnaval Multicultural 2011. Desde o espaço externo do edifício, a atmosfera brincante fez as honras da casa, onde piratas, colombinas, reis egípcios, personagens hollywoodianos e até faunos podiam registrar, em fotografia, suas presenças na festa.
No palco, a orquestra do Maestro Duda – também homenageado do Carnaval do Recife – fez a abertura dos shows, convidando cada um dos presentes a vibrar com os sons dos variados tipos de frevo. Em seguida André Rio animou os fantasiados, e falou do seu contentamento em participar do Baile Municipal. “É com alegria que divido com vocês a honra de participar desse espetáculo”, disse. Já Alceu Valença levou o público ao delírio, ao som de grandes sucessos, como “Bicho Maluco Beleza” e “Diabo Louro”. “A festa está excepcional. Não poderia estar melhor”, afirmou o empresário Francisco Figueiredo. Para a atendente Margarete Euzébio, a impressão não foi diferente. “O Municipal está maravilhoso. É a melhor prévia do Recife”, garantiu.
Brilho – Recebida com muitos aplausos, Elba Ramalho levou ao Baile um vasto repertório, incluindo o clássico frevo de Capiba, “Voltei Recife”. Sem hesitar, a cantora também entoou “A Praieira”, de Chico Science, levando o público ao delírio. Outro ponto alto da noite foi o dueto entre Elba e Spok, o que, segundo ela, só veio consolidar a relação de amizade. “Sou meio madrinha dele e hoje nós concretizamos e oficializamos essa união, em uma noite muito especial”, enfatizou a artista.
E foi Elba quem convidou a entrar no palco a cantora baiana, Ivete Sangalo. Trajando um vestido que trazia nas costas a bandeira do Estado, Sangalo não fugiu à regra e cantou o ritmo mais conhecido da Cidade, fazendo referência às próprias raízes. “Minha mãe era pernambucana, lembro dela dançando o frevo. Portanto, a minha história com Pernambuco é linda, nada mais justo do que estar aqui com vocês”, afirmou. Mas Ivete também emplacou hits como “Dalila” e “Arerê” e justificou a mudança do estilo musical: “Peço licença ao frevo e vou tocar um negócio da Bahia, porque baianos e pernambucanos são apaixonados e vivem em um só coração”.
Dando continuidade ao festejo e abrilhantando a madrugada, a SpockFrevo Orquestra, Almir Rouche e Marrom Brasileiro fizeram o público ferver até pouco mais das 4h da manhã.
Balanço – Ao final do Baile e muito animado, o secretário de Cultura do Recife, Renato L, fez um pequeno resumo sobre o evento. “O Municipal foi ótimo. Excelente infra-estrutura, o mais bonito cenário que o Baile já teve, programação musical de qualidade. Saindo agora dessa festa tão bonita estou energizado, pronto para o Carnaval”, assegurou.
“A Prefeitura está de parabéns pelo grandioso presente dado à população pernambucana e a quem veio visitar a Cidade. Foi uma festa belíssima em vários aspectos, seja pela participação dos grandes artistas da terra, seja pela participação do povo, sempre simpático e receptivo. O Municipal foi uma demonstração de alegria, paz e harmonia, entre os pernambucanos, foi um espetáculo lindo, eu amei. Não tenho a menor dúvida de que no ano que vem estarei de volta”, afirmou a turista sergipana Rita Alves.
Fonte: Prefeitura de Recife
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
Em show com Elba no Recife, Ivete usa bandeira pernambucana como capa
As duas cantoras se apresentaram juntas no tradicional Baile Municipal do Recife, neste sábado, 26.
Ivete Sangalo e Elba Ramalho se apresentaram juntas no Baile Municipal do Recife, que aconteceu neste sábado, 26, em uma casa de shows da capital pernambucana. Enquanto Elba escolheu um figurino luxuoso e cheio de brilhos e penas, feito por Ary Rodrigues, Ivete optou por um vestido curtinho azul básico e usou uma bandeira pernambucana como capa.
Fonte: EGO
Ivete Sangalo e Elba Ramalho se apresentaram juntas no Baile Municipal do Recife, que aconteceu neste sábado, 26, em uma casa de shows da capital pernambucana. Enquanto Elba escolheu um figurino luxuoso e cheio de brilhos e penas, feito por Ary Rodrigues, Ivete optou por um vestido curtinho azul básico e usou uma bandeira pernambucana como capa.
Elba e Ivete conversam no camarim
E se apresentam juntas
Fonte: EGO
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
800 mil pessoas prestigiaram as Virgens de Verdade Abraça Brasil 2011
O bloco Virgens de Verdade se uniu ao projeto Abraça Brasil e criou uma nova agremiação, o Virgens de Verdade Abraça Brasil, que realizou sua prévia nesse último domingo (20/02), a partir das 9h. Mais de 800 mil pessoas foram prestigiar o evento na beira-mar de Olinda.
Ao todo, 600 artistas e músicos participaram da iniciativa, como a cantora paraibana Elba Ramalho, que contagiou o público ao som de ritmos regionais, além de homenagear o frevo ao lado do cantor André Rio. Outras atrações de peso animaram a festa, como Alceu Valença, Almir Rouche, João do Morro, Calypso, Spok Frevo Orquestra, Aviões do Forró, Boi Garantido, Boi Caprichoso e inúmeros outros.
O prefeito de Olinda, Renildo Calheiros, também prestigiou o Virgens de Verdade Abraça Brasil, ao ritmo do samba de Neguinho da Beija-Flor, uma das grandes atrações do evento. A festa teve um investimento na ordem de R$ 3 milhões, sendo estimada a geração de 2 mil empregos diretos e mais de 5 mil indiretos.
A irreverência tomou conta da festa. Milhares de foliões se fantasiaram e caíram na folia, a exemplo do grupo inspirado em Lady Gaga. O evento percorreu 3,5 km, com a saída do Clube Atlântico, no Carmo, e a apoteose na Rua Otaviano Pessoa Monteiro.
O Virgens de Verdade Abraça Brasil contou com pronto atendimento médico, 122 banheiros químicos em todo o trajeto, 15 cabines de segurança, dois quiosques de informação e apoio, um efetivo de 1500 policiais e 400 pontos de alimentação e bebida. Além disso, 150 garis trabalharam na varrição e lavagem do local para garantir a limpeza da cidade no final da festa.
Fonte: Carnaval de Olinda
Ao todo, 600 artistas e músicos participaram da iniciativa, como a cantora paraibana Elba Ramalho, que contagiou o público ao som de ritmos regionais, além de homenagear o frevo ao lado do cantor André Rio. Outras atrações de peso animaram a festa, como Alceu Valença, Almir Rouche, João do Morro, Calypso, Spok Frevo Orquestra, Aviões do Forró, Boi Garantido, Boi Caprichoso e inúmeros outros.
O prefeito de Olinda, Renildo Calheiros, também prestigiou o Virgens de Verdade Abraça Brasil, ao ritmo do samba de Neguinho da Beija-Flor, uma das grandes atrações do evento. A festa teve um investimento na ordem de R$ 3 milhões, sendo estimada a geração de 2 mil empregos diretos e mais de 5 mil indiretos.
A irreverência tomou conta da festa. Milhares de foliões se fantasiaram e caíram na folia, a exemplo do grupo inspirado em Lady Gaga. O evento percorreu 3,5 km, com a saída do Clube Atlântico, no Carmo, e a apoteose na Rua Otaviano Pessoa Monteiro.
O Virgens de Verdade Abraça Brasil contou com pronto atendimento médico, 122 banheiros químicos em todo o trajeto, 15 cabines de segurança, dois quiosques de informação e apoio, um efetivo de 1500 policiais e 400 pontos de alimentação e bebida. Além disso, 150 garis trabalharam na varrição e lavagem do local para garantir a limpeza da cidade no final da festa.
Fonte: Carnaval de Olinda
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
Elba Ramalho passeia com as três filhas no Rio
Cantora esteve em um shopping de São Conrado nesta quinta-feira, 17.
Elba Ramalho foi a um shopping em São Conrado, na Zona Sul do Rio, com as três filhas, Maria Esperança, Maria Clara e Maria Paula, nesta quinta-feira, 17. Simpáticas, as meninas posaram para foto com a mãe.
Elba Ramalho foi a um shopping em São Conrado, na Zona Sul do Rio, com as três filhas, Maria Esperança, Maria Clara e Maria Paula, nesta quinta-feira, 17. Simpáticas, as meninas posaram para foto com a mãe.
Elba Ramalho com as filhas, Maria Esperança, Maria Clara e Maria Paula
A cantora posa com as filhas
Fonte: EGO
Margareth Menezes recebe Elba Ramalho em ensaio do Afropop
Artistas fazem dueto de 'O que é o que é', de Gonzaguinha
ReduzirNormalAumentarImprimirA cantora Margareth Menezes recebeu, nessa quarta-feira (16), Elba Ramalho, Tatau e a banda Muzenza no ensaio do Movimento Afropop Brasileiro, com o tema Preto & Branco, no Largo Pedro Archanjo (Pelourinho).
A artista abriu a apresentação entoando um cântico em iorubá, acompanhada apenas por uma percussionista da banda Didá. Depois cantou sucessos da carreira como Dandalunda e Toté de Maianga. Com Tatau, a cantora fez dueto em Mal Acostumado, Pra te abençoar e Bom Demais. Com a Muzenza, ela cantou Dança de Yaô e um pout pourri de samba-reggae. Já com Elba Ramalho, dividiu a interpretação de O que é o que é, de Gonzaguinha. "Para mim, é uma honra receber Elba aqui. Além de amiga querida, ela é uma das maiores cantoras do Brasil", disse Margareth.
Elba Ramalho agitou o público com canções como De volta pro meu aconchego, Frevo Mulher, Banho de Cheiro e Xote das Meninas. Depois elas cantaram juntas É D´Oxum e a Muzenza retornou ao palco para cantar, com Elba e Margareth, as músicas Toté de Maianga, Dandalunda e Selei, aposta de Margareth para o Carnaval. A cantora encerrou o evento sozinha, cantando O quereres e Andança.
Fonte: Diversão Terra
ReduzirNormalAumentarImprimirA cantora Margareth Menezes recebeu, nessa quarta-feira (16), Elba Ramalho, Tatau e a banda Muzenza no ensaio do Movimento Afropop Brasileiro, com o tema Preto & Branco, no Largo Pedro Archanjo (Pelourinho).
A artista abriu a apresentação entoando um cântico em iorubá, acompanhada apenas por uma percussionista da banda Didá. Depois cantou sucessos da carreira como Dandalunda e Toté de Maianga. Com Tatau, a cantora fez dueto em Mal Acostumado, Pra te abençoar e Bom Demais. Com a Muzenza, ela cantou Dança de Yaô e um pout pourri de samba-reggae. Já com Elba Ramalho, dividiu a interpretação de O que é o que é, de Gonzaguinha. "Para mim, é uma honra receber Elba aqui. Além de amiga querida, ela é uma das maiores cantoras do Brasil", disse Margareth.
Elba Ramalho agitou o público com canções como De volta pro meu aconchego, Frevo Mulher, Banho de Cheiro e Xote das Meninas. Depois elas cantaram juntas É D´Oxum e a Muzenza retornou ao palco para cantar, com Elba e Margareth, as músicas Toté de Maianga, Dandalunda e Selei, aposta de Margareth para o Carnaval. A cantora encerrou o evento sozinha, cantando O quereres e Andança.
Fonte: Diversão Terra
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
Rapidinhas: Preparativos para o Carnaval 2011
Verde Neon: O estilista de Elba Ramalho, o paraibano Ary Rodrigues, passou uns dias com a cantora em Trancoso, preparando seu visual do carnaval. O verde neon com grandes cristais deve ser o vestido de Elba no Baile Municipal.
O look do Galo: Elba Ramalho está pensando em cada detalhe na sua participação no trio elétrico da Prefeitura do Recife que sai no Galo da Madrugada. Elba e o seu estilista paraibano Ary Rodrigues estão testando cores também para o figurino dos bailarinos, que juntos formarão um visual harmonioso. Vestidos com cinturas marcadas é a escolha do look de Elba para o carnaval, sempre com as pernas de fora.
Geraldo no Galo: Elba Ramalho terá reforço de peso no trio elétrico da Prefeitura do Recife, no Galo da Madrugada. Durante o trajeto, a cantora contará com a presença de Geraldinho Azevedo, com quem promete entoar ótimos duetos de frevo. Os dois são velhos amigos e já estão ensaiando um belo repertório, recheados de canções de Capiba, Antonio Maria, Alceu Valença, Nando Cordel e do próprio Geraldinho.
Dueto de divas: Elba e Ivete Sangalo escolhem o repertório do show que farão no Municipal. Reunindo sucesso das duas, como Banho de Cheiro e Frevo Mulher, de Elba, e em ritmo de frevo Aceleraê e Dalila, de Ivete Sangalo.
Fonte: João Alberto e Roberta Jungmann
O look do Galo: Elba Ramalho está pensando em cada detalhe na sua participação no trio elétrico da Prefeitura do Recife que sai no Galo da Madrugada. Elba e o seu estilista paraibano Ary Rodrigues estão testando cores também para o figurino dos bailarinos, que juntos formarão um visual harmonioso. Vestidos com cinturas marcadas é a escolha do look de Elba para o carnaval, sempre com as pernas de fora.
Geraldo no Galo: Elba Ramalho terá reforço de peso no trio elétrico da Prefeitura do Recife, no Galo da Madrugada. Durante o trajeto, a cantora contará com a presença de Geraldinho Azevedo, com quem promete entoar ótimos duetos de frevo. Os dois são velhos amigos e já estão ensaiando um belo repertório, recheados de canções de Capiba, Antonio Maria, Alceu Valença, Nando Cordel e do próprio Geraldinho.
Dueto de divas: Elba e Ivete Sangalo escolhem o repertório do show que farão no Municipal. Reunindo sucesso das duas, como Banho de Cheiro e Frevo Mulher, de Elba, e em ritmo de frevo Aceleraê e Dalila, de Ivete Sangalo.
Fonte: João Alberto e Roberta Jungmann
Elba circula em shopping carioca
Nessa terça-feira (15), várias celebridades resolveram tirar o dia para passear no shopping Fashion Mall, no Rio de Janeiro. Mariana Rios e Di Ferrero, vocalista do NxZero, circularam de mãos dadas pelo local. A atriz fazia bolas de chiclete e caiu na risada ao notar a presença dos fotógrafos. Eles namoram desde abril de 2009.
Acompanhada de Claudia Jimenez, Carolina Dieckmann aproveitou o dia para fazer compras. Quem também estava por lá era a cantora Elba Ramalho. Simpática, ela deu uma pausa no passeio para posar para os paparazzi.
Já Danielle Winits, grávida de seis meses, circulou na companhia da mãe, sem o marido, Jonatas Faro.
Fonte: Diversão Terra
Fonte: Diversão Terra
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
Uma semana, dois encontros com Elba
Na última semana tive a chance de assistir a dois shows diferentes de Elba.
O primeiro deles foi no domingo, dia 06 de fevereiro. Era o último show da muitíssimo bem sucedida temporada paulistana de lançamento do cd/DVD Marco Zero ao Vivo. Elba lotou o Sesc Vila Mariana durante quatro noites, com ingressos já esgotados uma semana antes das apresentações. Os shows de Elba em teatros são sempre deslumbrantes e esse não foi diferente; a cantora deixou seu público encantado e extasiado durante as exatas duas horas e quarenta minutos (!!!!!!) de duração da apresentação. Acompanhada de acordeon, teclados, baixo, violões/guitarras, bateria e percussão, Elba entrou no palco linda, em um vestido branco de penas, numa versão arrebatadora de Lamento Sertanejo, canção esta que sempre que ela decide interpretar, o faz de forma cada vez mais pungente, emocionada e precisa, mesclando as tintas dos lamentos dos retirantes com a alegria que estas mesmas pessoas também trazem em suas veias... A segunda canção foi Anunciação, com uma pegada bastante forte e vigorosa da banda e da cantora, que nesta apresentação dançou como há muito eu não via! Força também é a palavra mais precisa para definir a perfomance de Elba e seus músicos em Banquete de Signos; o novo arranjo, feito para o DVD, realmente funciona muito bem e impressiona! Haja talento em cena! Da cantora e da banda! Momento arrebatador, assim como a swingada versão de Morena de Angola, outro grande momento do espetáculo.
Por estar lançando um DVD comemorativo dos 30 anos de carreira, o repertório do show foi escolhido de forma a fazer um passeio por diversos momentos da trajetória de Elba. Além das já citadas, estiveram presentes Gostoso Demais (momento em que ela aproveitou para agradecer o carinho do público durante todos esses anos, para falar da importância de Dominguinhos em sua carreira e para pedir que mandássemos boas vibrações para o músico, que acabou de passar por um problema delicado de saúde); a sempre oportuna e sincera homenagem a obra de Accioly Neto, com Espumas ao Vento, Lembrança de um Beijo e A Natureza das Coisas (antes de apresentar esta canção, falou do quanto ficou feliz em ter conquistado, com um disco totalmente independente como Qual o Assunto que Mais Lhe Interessa?, um prêmio tão importante como o Grammy Latino. Disse que, para ela, isso foi a confirmação de que é possível trabalhar sem a pressão das multinacionais e ainda assim ter a oportunidade de estar entre os indicados – e os vencedores – de prêmios musicais tão importantes); a deslumbrante Pavão Mysteriozo (detalhe curioso é que Elba antes de cantar essa canção perguntou aflita para o maestro Zé Américo Bastos: será que eu consigo? E ele disse sorrindo: consegue... É que desde a véspera, ela estava apresentando um pequeno problema vocal... Se havia mesmo algum problema, ela tirou de letra completamente...Quisera eu cantar tão bem uma canção tão difícil... Só Elba mesmo! Bacana também que ao falar de Ednardo, fez questão de citar todos os nordestino que vieram para o sudeste nos anos 1970 tentar um espaço na música e, dentre estes, destacou Amelinha, para a qual pediu uma salva de palmas da platéia e disse que ela precisa voltar a cena urgentemente!). No repertório também figuraram diversos forrós, para o deleite do público que vai a loucura com a forrozeira Elba... Desta seara mostrou Fuxico, Bate Coração, Baião, Asa Branca, Na Base da Chinela, Eu Só Quero um Xodó, Qui Nem Jiló, entre outras. Apresentou ainda De Volta pro Aconchego e Chão de Giz, dois de suas maiores sucessos em todos estes anos de estrada. Também no set-list, Veja (Margarida) (canção composta em São Paulo, por Vital Farias, em meados da década de 70, quando ele e Elba integravam o grupo de teatro Chegança de Luiz Mendonça). Teve ainda o sempre belo set Chico Buarque de Hollanda, com O Meu Amor (precedida da divertida história da seleção de Elba para o elenco da Ópera do Malandro e do primeiro encontro entre ela e Chico no teatro), Palavra de Mulher (precedida por revelações hilárias de Elba sobre os bastidores do filme Ópera do Malandro, dos ataques de estrelismo do diretor, que assustava todo o elenco com seus gritos e brigava muito com a figurinista porque ela deixava Elba muito bonita e ele a queria feia... Disse ainda que ela está no escuro em todas as suas cenas; que não acenderam as luzes dela até hoje no filme, já que não podia aparecer mais que Cláudia Ohana que era mulher do diretor... Disse que a ênfase dada a personagem de Cláudia era tanta, as cenas eram tão fechadas na atriz, que o elenco criou o slogan “Fechadinha na Claudinha”... Disse que hoje Ruy Guerra, o diretor, é um grande amigo, mas que na época foi muito difícil trabalhar com ele... O que dava força para ela não desistir era o bom-humor e a irreverência de Ney Latorraca, que contagiava a todos) e Folhetim (com Elba descendo até a platéia e levando todos ao delírio com sua presença cênica incomparável e sua simpatia).
Depois de mais de duas horas de show, perguntou se o público estava cansado... É claro que a resposta foi não, e ela então anunciou que havia uma cantora na platéia, com a qual queria muito dividir o palco... Era Mariana Aydar que subiu ao palco e após reverenciar Elba como uma de suas referências artísticas e musicais, cantou com ela Onde Está Você (canção que Elba disse ter ouvido primeiramente na voz de Mariana, sem nem saber que era ela. Depois de um tempo, a ouviu com Dominguinhos e esqueceu de perguntar o nome e o autor... Tempos depois, em Trancoso, ouviu uma voz cantando tal canção e percebeu que era Mariana). Depois, Mariana cantou sozinha Feira de Mangaio, enquanto Elba se juntou aos instrumentistas de sua banda e arrasou no triângulo. Depois da canja da jovem cantora, nossa Leoa do Nordeste partiu para festa e encerrou a bela noite de festa e cultura nordestina com Banho de Cheiro, Festa do Interior e Frevo Mulher. Antes de sair do palco, um belíssimo agradecimento a Virgem Maria com uma versão linda, quase a capela, do clássico Nossa Senhora de Roberto Carlos. Mais um show memorável dentre tantos outros nestes trinta e tantos anos de palco!
Preciso destacar ainda que, a cada show que assisto, fico mais encantado com a forma como Elba trata seu público... Seu carinho e atenção para com as pessoas que foram até o teatro vê-la chegam a ser comoventes... Neste show em especial, por exemplo, havia, na primeira fila, uma moça com um bebê no colo; uma garotinha de alguns meses de vida. Na segunda música Elba viu a criança e se derreteu toda, dizendo que era linda e que estava com pena de sujeitar aquela criança a uma “porrada sonora” daquela... Mas a criança nem ligou... Ficou quietinha o show todo e quando todos se levantaram para dançar, no final do espetáculo, a mãe a pegou no colo e também começou a dançar perto da beira do palco... Elba não teve dúvidas e foi até lá dar um beijo na bebezinha. Depois, na fila dos autógrafos e fotos, lá estava a mãe e sua bebê para falar com Elba. Quando ela as viu disse: estou encantada com este bebê, posso segurar um pouco? E, por alguns instantes, Elba parou de dar autógrafos e ficou ninando e acariciando, em seu colo, aquela bela garotinha, que tão novinha já teve a oportunidade de ganhar um carinho de uma diva da MPB que, de tão humana e tão especial, se torna, a cada dia, mais divina! Ah Elba, se todos fossem iguais a você!!
O segundo show que assisti foi na quinta-feira, dia 10 de fevereiro. Elba veio, mais uma vez, se apresentar em Jundiaí-SP, cidade onde nasci e sempre morei. O show foi em uma casa noturna bastante badalada por aqui, mas que nunca tinha trazido nenhum artista desse porte; o foco da casa é a música eletrônica. Segundo a organização, foram colocados a venda apenas 400 ingressos que, com certeza, pela quantidade de pessoas que estavam presentes no show, foram todos vendidos. O VR CLUB, casa noturna em questão, de fato não tem uma estrutura muito adequada para shows deste tamanho... O palco era minúsculo e improvisado, o teto do ambiente muito baixo, a acústica também não é das melhores... Mas Elba, com sempre, conseguiu tirar isso tudo de letra e brilhar como sempre! A cantora havia prometido em uma entrevista para um jornal local que colocaria todo mundo pra dançar... Mas fez mais do que isso... Incendiou o público extremamente caloroso que não se importou de ficar tão apertado em um local tão quente, numa noite de temperatura altíssima e nem de ficar acordado até tão tarde em plena quinta-feira. Elba fez um show extremamente alto-astral, transformando o templo da música eletrônica num autêntico arrasta-pé nordestino e enfileirando um forró atrás do outro. No repertório, canções como Onde Está Você, Anunciação, Espumas ao Vento, Lembrança de Um Beijo, A Natureza das Coisas, Vida de Viajante, Homem com H, Qui Nem Jiló, Eu Só Quero um Xodó, Na Base da Chinela, Fuxico, Bate Coração, Baião, É Só Você Querer, Aconchego, Chão de Giz, Banho de Cheiro, Frevo Mulher, Xote das Meninas... Atendeu ainda dois pedidos do público: Frisson (que há muito tempo ela não cantava) e Dia Branco e mostrou sua versão para Esqueça, clássico de Roberto Carlos que ela gravou no cd/DVD Emoções Sertanejas. O público cantava todas! Era só Elba apontar o microfone que o coral era tão possante que a estrela, se quisesse, nem precisaria mais cantar... Poderia deixar que o seu embevecido público cantasse para ela ouvir! Mais uma vez Elba estava com um pique surpreendente, dançando muito e rodopiando tanto os cabelos que mais parecia uma garotinha de quinze anos do que uma jovem senhora de quase sessenta! Nossa cantora continua o mesmo furacão da alegria de trinta e tantos anos atrás, só que agora com a voz cada vez mais lapidada e cristalina! O público, que no final ainda foi brindado com uma versão de Nossa Senhora de Roberto Carlos, foi para casa encantado com o brilho, o talento e a beleza (estes foram alguns dos adjetivos que ouvi enquanto estava na fila da saída) dessa estrela de primeira grandeza da MPB!
Só mais uma observação: acho que meu coração está bem forte, porque se não tivesse, com certeza, teria tido um treco neste show. Enquanto cantava Fuxico, Elba percebeu uma certa pessoa na segunda fila, colada no palco, cantando a canção toda (como esta é mais nova, poucos a conheciam). E ela não teve dúvidas: no refrão colocou o microfone na boca dessa pessoa e ficou revezando: ela cantava uma frase e deixava essa pessoa cantar a outra... Advinha quem era essa tal pessoa? Exatamente... Esta pessoa era eu! Nem acredito que cantei com a Elba!!! E no final ainda ganhei um elogio: muito bem! Sempre gostei muito de cantar, canto em diversos corais e sempre brinquei que meu sonho era cantar com a Elba... Nem preciso dizer o quanto este dia foi especial para mim, não é?
Créditos: Gabriel Lima
O primeiro deles foi no domingo, dia 06 de fevereiro. Era o último show da muitíssimo bem sucedida temporada paulistana de lançamento do cd/DVD Marco Zero ao Vivo. Elba lotou o Sesc Vila Mariana durante quatro noites, com ingressos já esgotados uma semana antes das apresentações. Os shows de Elba em teatros são sempre deslumbrantes e esse não foi diferente; a cantora deixou seu público encantado e extasiado durante as exatas duas horas e quarenta minutos (!!!!!!) de duração da apresentação. Acompanhada de acordeon, teclados, baixo, violões/guitarras, bateria e percussão, Elba entrou no palco linda, em um vestido branco de penas, numa versão arrebatadora de Lamento Sertanejo, canção esta que sempre que ela decide interpretar, o faz de forma cada vez mais pungente, emocionada e precisa, mesclando as tintas dos lamentos dos retirantes com a alegria que estas mesmas pessoas também trazem em suas veias... A segunda canção foi Anunciação, com uma pegada bastante forte e vigorosa da banda e da cantora, que nesta apresentação dançou como há muito eu não via! Força também é a palavra mais precisa para definir a perfomance de Elba e seus músicos em Banquete de Signos; o novo arranjo, feito para o DVD, realmente funciona muito bem e impressiona! Haja talento em cena! Da cantora e da banda! Momento arrebatador, assim como a swingada versão de Morena de Angola, outro grande momento do espetáculo.
Por estar lançando um DVD comemorativo dos 30 anos de carreira, o repertório do show foi escolhido de forma a fazer um passeio por diversos momentos da trajetória de Elba. Além das já citadas, estiveram presentes Gostoso Demais (momento em que ela aproveitou para agradecer o carinho do público durante todos esses anos, para falar da importância de Dominguinhos em sua carreira e para pedir que mandássemos boas vibrações para o músico, que acabou de passar por um problema delicado de saúde); a sempre oportuna e sincera homenagem a obra de Accioly Neto, com Espumas ao Vento, Lembrança de um Beijo e A Natureza das Coisas (antes de apresentar esta canção, falou do quanto ficou feliz em ter conquistado, com um disco totalmente independente como Qual o Assunto que Mais Lhe Interessa?, um prêmio tão importante como o Grammy Latino. Disse que, para ela, isso foi a confirmação de que é possível trabalhar sem a pressão das multinacionais e ainda assim ter a oportunidade de estar entre os indicados – e os vencedores – de prêmios musicais tão importantes); a deslumbrante Pavão Mysteriozo (detalhe curioso é que Elba antes de cantar essa canção perguntou aflita para o maestro Zé Américo Bastos: será que eu consigo? E ele disse sorrindo: consegue... É que desde a véspera, ela estava apresentando um pequeno problema vocal... Se havia mesmo algum problema, ela tirou de letra completamente...Quisera eu cantar tão bem uma canção tão difícil... Só Elba mesmo! Bacana também que ao falar de Ednardo, fez questão de citar todos os nordestino que vieram para o sudeste nos anos 1970 tentar um espaço na música e, dentre estes, destacou Amelinha, para a qual pediu uma salva de palmas da platéia e disse que ela precisa voltar a cena urgentemente!). No repertório também figuraram diversos forrós, para o deleite do público que vai a loucura com a forrozeira Elba... Desta seara mostrou Fuxico, Bate Coração, Baião, Asa Branca, Na Base da Chinela, Eu Só Quero um Xodó, Qui Nem Jiló, entre outras. Apresentou ainda De Volta pro Aconchego e Chão de Giz, dois de suas maiores sucessos em todos estes anos de estrada. Também no set-list, Veja (Margarida) (canção composta em São Paulo, por Vital Farias, em meados da década de 70, quando ele e Elba integravam o grupo de teatro Chegança de Luiz Mendonça). Teve ainda o sempre belo set Chico Buarque de Hollanda, com O Meu Amor (precedida da divertida história da seleção de Elba para o elenco da Ópera do Malandro e do primeiro encontro entre ela e Chico no teatro), Palavra de Mulher (precedida por revelações hilárias de Elba sobre os bastidores do filme Ópera do Malandro, dos ataques de estrelismo do diretor, que assustava todo o elenco com seus gritos e brigava muito com a figurinista porque ela deixava Elba muito bonita e ele a queria feia... Disse ainda que ela está no escuro em todas as suas cenas; que não acenderam as luzes dela até hoje no filme, já que não podia aparecer mais que Cláudia Ohana que era mulher do diretor... Disse que a ênfase dada a personagem de Cláudia era tanta, as cenas eram tão fechadas na atriz, que o elenco criou o slogan “Fechadinha na Claudinha”... Disse que hoje Ruy Guerra, o diretor, é um grande amigo, mas que na época foi muito difícil trabalhar com ele... O que dava força para ela não desistir era o bom-humor e a irreverência de Ney Latorraca, que contagiava a todos) e Folhetim (com Elba descendo até a platéia e levando todos ao delírio com sua presença cênica incomparável e sua simpatia).
Depois de mais de duas horas de show, perguntou se o público estava cansado... É claro que a resposta foi não, e ela então anunciou que havia uma cantora na platéia, com a qual queria muito dividir o palco... Era Mariana Aydar que subiu ao palco e após reverenciar Elba como uma de suas referências artísticas e musicais, cantou com ela Onde Está Você (canção que Elba disse ter ouvido primeiramente na voz de Mariana, sem nem saber que era ela. Depois de um tempo, a ouviu com Dominguinhos e esqueceu de perguntar o nome e o autor... Tempos depois, em Trancoso, ouviu uma voz cantando tal canção e percebeu que era Mariana). Depois, Mariana cantou sozinha Feira de Mangaio, enquanto Elba se juntou aos instrumentistas de sua banda e arrasou no triângulo. Depois da canja da jovem cantora, nossa Leoa do Nordeste partiu para festa e encerrou a bela noite de festa e cultura nordestina com Banho de Cheiro, Festa do Interior e Frevo Mulher. Antes de sair do palco, um belíssimo agradecimento a Virgem Maria com uma versão linda, quase a capela, do clássico Nossa Senhora de Roberto Carlos. Mais um show memorável dentre tantos outros nestes trinta e tantos anos de palco!
Preciso destacar ainda que, a cada show que assisto, fico mais encantado com a forma como Elba trata seu público... Seu carinho e atenção para com as pessoas que foram até o teatro vê-la chegam a ser comoventes... Neste show em especial, por exemplo, havia, na primeira fila, uma moça com um bebê no colo; uma garotinha de alguns meses de vida. Na segunda música Elba viu a criança e se derreteu toda, dizendo que era linda e que estava com pena de sujeitar aquela criança a uma “porrada sonora” daquela... Mas a criança nem ligou... Ficou quietinha o show todo e quando todos se levantaram para dançar, no final do espetáculo, a mãe a pegou no colo e também começou a dançar perto da beira do palco... Elba não teve dúvidas e foi até lá dar um beijo na bebezinha. Depois, na fila dos autógrafos e fotos, lá estava a mãe e sua bebê para falar com Elba. Quando ela as viu disse: estou encantada com este bebê, posso segurar um pouco? E, por alguns instantes, Elba parou de dar autógrafos e ficou ninando e acariciando, em seu colo, aquela bela garotinha, que tão novinha já teve a oportunidade de ganhar um carinho de uma diva da MPB que, de tão humana e tão especial, se torna, a cada dia, mais divina! Ah Elba, se todos fossem iguais a você!!
O segundo show que assisti foi na quinta-feira, dia 10 de fevereiro. Elba veio, mais uma vez, se apresentar em Jundiaí-SP, cidade onde nasci e sempre morei. O show foi em uma casa noturna bastante badalada por aqui, mas que nunca tinha trazido nenhum artista desse porte; o foco da casa é a música eletrônica. Segundo a organização, foram colocados a venda apenas 400 ingressos que, com certeza, pela quantidade de pessoas que estavam presentes no show, foram todos vendidos. O VR CLUB, casa noturna em questão, de fato não tem uma estrutura muito adequada para shows deste tamanho... O palco era minúsculo e improvisado, o teto do ambiente muito baixo, a acústica também não é das melhores... Mas Elba, com sempre, conseguiu tirar isso tudo de letra e brilhar como sempre! A cantora havia prometido em uma entrevista para um jornal local que colocaria todo mundo pra dançar... Mas fez mais do que isso... Incendiou o público extremamente caloroso que não se importou de ficar tão apertado em um local tão quente, numa noite de temperatura altíssima e nem de ficar acordado até tão tarde em plena quinta-feira. Elba fez um show extremamente alto-astral, transformando o templo da música eletrônica num autêntico arrasta-pé nordestino e enfileirando um forró atrás do outro. No repertório, canções como Onde Está Você, Anunciação, Espumas ao Vento, Lembrança de Um Beijo, A Natureza das Coisas, Vida de Viajante, Homem com H, Qui Nem Jiló, Eu Só Quero um Xodó, Na Base da Chinela, Fuxico, Bate Coração, Baião, É Só Você Querer, Aconchego, Chão de Giz, Banho de Cheiro, Frevo Mulher, Xote das Meninas... Atendeu ainda dois pedidos do público: Frisson (que há muito tempo ela não cantava) e Dia Branco e mostrou sua versão para Esqueça, clássico de Roberto Carlos que ela gravou no cd/DVD Emoções Sertanejas. O público cantava todas! Era só Elba apontar o microfone que o coral era tão possante que a estrela, se quisesse, nem precisaria mais cantar... Poderia deixar que o seu embevecido público cantasse para ela ouvir! Mais uma vez Elba estava com um pique surpreendente, dançando muito e rodopiando tanto os cabelos que mais parecia uma garotinha de quinze anos do que uma jovem senhora de quase sessenta! Nossa cantora continua o mesmo furacão da alegria de trinta e tantos anos atrás, só que agora com a voz cada vez mais lapidada e cristalina! O público, que no final ainda foi brindado com uma versão de Nossa Senhora de Roberto Carlos, foi para casa encantado com o brilho, o talento e a beleza (estes foram alguns dos adjetivos que ouvi enquanto estava na fila da saída) dessa estrela de primeira grandeza da MPB!
Só mais uma observação: acho que meu coração está bem forte, porque se não tivesse, com certeza, teria tido um treco neste show. Enquanto cantava Fuxico, Elba percebeu uma certa pessoa na segunda fila, colada no palco, cantando a canção toda (como esta é mais nova, poucos a conheciam). E ela não teve dúvidas: no refrão colocou o microfone na boca dessa pessoa e ficou revezando: ela cantava uma frase e deixava essa pessoa cantar a outra... Advinha quem era essa tal pessoa? Exatamente... Esta pessoa era eu! Nem acredito que cantei com a Elba!!! E no final ainda ganhei um elogio: muito bem! Sempre gostei muito de cantar, canto em diversos corais e sempre brinquei que meu sonho era cantar com a Elba... Nem preciso dizer o quanto este dia foi especial para mim, não é?
Créditos: Gabriel Lima
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
"Filha do sertão” agita Jundiaí
Show de Elba Ramalho faz parte da comemoração dos 30 anos de carreira, com o repertório que gerou um CD e um DVD chamado “Marco Zero”, gravados no Recife
Em um espaço de Jundiaí conhecido pela música eletrônica, por onde passam DJs acostumados a tocar o que rola em boates e festas do mundo todo, a cantora Elba Ramalho, que se intitula “filha do sertão nordestino”, faz um show nesta quinta-feira, a partir das 23h, em Jundiaí.
“A intenção é justamente essa, a de buscar novos públicos e outros ritmos musicais”, explica o empresário Diones Silva, 22, proprietário do VR Club, localizado na Chácara Urbana. A cantora traz para a cidade o show de lançamento do CD e DVD “Marco Zero”, gravado no Recife para celebrar seus 30 anos de carreira.
Com capacidade para 500 pessoas, a casa deve limitar os ingressos a 400 na noite desta quinta-feira. A intenção é que haja espaço e conforto para quem quiser dançar ao som de Elba.
“As pessoas que já comparam ingressos são mais velhas, em comparação àquelas que geralmente frequentam a casa”, afirma Diones. “Afinal, nosso ‘carro-chefe’ é a música eletrônica.”
A casa abre às 21h e Elba deve subir ao palco - próximo ao público, o que possibilidade um contato “cara a cara” com a cantora - por volta das 23h30.
No repertório, músicas que estabeleceram a carreira da artista estarão no VR, como “Anunciação”, canção consagrada de Alceu Valença, “Leão do Norte”, tradução do amor mútuo entre a cantora e o povo pernambucano, e também “Banquete dos signos”, “Gostoso demais”, “Canta coração”, “Admirável gado novo”, “Chão de giz” e “Tropicana”.
Com Elba vem uma equipe seleta de músicos, que inclui um tecladista, guitarrista, baixista e outros.
O show dura até duas horas e ainda é incerto se Elba receberá os fãs para fotos e autógrafos, segundo sua assessoria de imprensa. Como se trata de um show, o VR utilizará um palco maior que o convencional, explica Diones.
“Já trouxe outros shows maiores, de algumas duplas de sertanejo universitário, e é inegável que a Elba esteja entre os maiores”, disse.
O empresário afirma também que, em pouco mais de um ano de existência do VR, somente há quatro meses a casa começou a investir em atrações que escapem das apresentações dos DJs.
Dos 400 ingressos disponíveis, já foram vendidos mais da metade. Os ingressos antecipados saem a R$ 60 às mulheres e R$ 70 aos homens. Na hora, se a bilheteria ajudar, mulheres pagarão R$ 70 e, os homens, R$ 100.
Expectativa
“A casa será aberta para 400 pessoas, mas tem capacidade para 500. A intenção é que as pessoas tenham espaço para dançar e conforto. Durante o show, Elba Ramalho estará muito próxima do público, quase cara a cara com as pessoas e os fãs adoram”
Dione Silva, 22
SERVIÇO:
VR Club
O local abre às 21h e o show de Elba Ramalho está previsto para começar às 23h30.
Em um espaço de Jundiaí conhecido pela música eletrônica, por onde passam DJs acostumados a tocar o que rola em boates e festas do mundo todo, a cantora Elba Ramalho, que se intitula “filha do sertão nordestino”, faz um show nesta quinta-feira, a partir das 23h, em Jundiaí.
“A intenção é justamente essa, a de buscar novos públicos e outros ritmos musicais”, explica o empresário Diones Silva, 22, proprietário do VR Club, localizado na Chácara Urbana. A cantora traz para a cidade o show de lançamento do CD e DVD “Marco Zero”, gravado no Recife para celebrar seus 30 anos de carreira.
Com capacidade para 500 pessoas, a casa deve limitar os ingressos a 400 na noite desta quinta-feira. A intenção é que haja espaço e conforto para quem quiser dançar ao som de Elba.
“As pessoas que já comparam ingressos são mais velhas, em comparação àquelas que geralmente frequentam a casa”, afirma Diones. “Afinal, nosso ‘carro-chefe’ é a música eletrônica.”
A casa abre às 21h e Elba deve subir ao palco - próximo ao público, o que possibilidade um contato “cara a cara” com a cantora - por volta das 23h30.
No repertório, músicas que estabeleceram a carreira da artista estarão no VR, como “Anunciação”, canção consagrada de Alceu Valença, “Leão do Norte”, tradução do amor mútuo entre a cantora e o povo pernambucano, e também “Banquete dos signos”, “Gostoso demais”, “Canta coração”, “Admirável gado novo”, “Chão de giz” e “Tropicana”.
Com Elba vem uma equipe seleta de músicos, que inclui um tecladista, guitarrista, baixista e outros.
O show dura até duas horas e ainda é incerto se Elba receberá os fãs para fotos e autógrafos, segundo sua assessoria de imprensa. Como se trata de um show, o VR utilizará um palco maior que o convencional, explica Diones.
“Já trouxe outros shows maiores, de algumas duplas de sertanejo universitário, e é inegável que a Elba esteja entre os maiores”, disse.
O empresário afirma também que, em pouco mais de um ano de existência do VR, somente há quatro meses a casa começou a investir em atrações que escapem das apresentações dos DJs.
Dos 400 ingressos disponíveis, já foram vendidos mais da metade. Os ingressos antecipados saem a R$ 60 às mulheres e R$ 70 aos homens. Na hora, se a bilheteria ajudar, mulheres pagarão R$ 70 e, os homens, R$ 100.
Expectativa
“A casa será aberta para 400 pessoas, mas tem capacidade para 500. A intenção é que as pessoas tenham espaço para dançar e conforto. Durante o show, Elba Ramalho estará muito próxima do público, quase cara a cara com as pessoas e os fãs adoram”
Dione Silva, 22
SERVIÇO:
VR Club
O local abre às 21h e o show de Elba Ramalho está previsto para começar às 23h30.
A casa noturna fica na rua Eduardo Tomanik, 565, Chácara Urbana. Informações: (11) 4521-5084
Fonte: Rede Bom Dia
Fonte: Rede Bom Dia
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
Elba Ramalho e Ivete Sangalo cantam juntas no 47º Baile Municipal do Recife
Prefeito do Recife confirma Ivete no Municipal e justifica a escolha da cantora
"Não tem o que justificar", respondeu a primeira-dama Marília Bezerra quando questionada sobre o convite feito a Ivete Sangalo para cantar no 47º Baile Municipal do Recife: "Ivete é uma artista brasileira de dimensão internacional. Ela ganhou o título de cidadã pernambucana. É uma pessoa que vende bem o carnaval."
A Prefeitura do Recife anunciou a programação do baile em entrevista coletiva cedida na manhã desta terça. "Vamos acabar com essa coisa de música de um local ou de outro. O carnaval do Recife é multicultural", afirmou o prefeito João da Costa. "Essa rivalidade cultural entre Pernambuco e Bahia, que já existiu, está vencida. Não cabe essa pergunta: Por que Ivete Sangalo?"
"Eu acho que a música tem esse poder de unir várias culturas", defendeu Elba Ramalho, que também vai cantar na festa e estava presente na coletiva. Segundo ela, "a música de Ivete tem tudo a ver com frevo pernambucano, que chegou na Bahia e influenciou os artistas de lá. Ivete me disse que o sonho dela era tocar no carnaval de Pernambuco."
Ivete Sangalo exigiu, por contrato, que só estará no palco quando Elba Ramalho também estiver. Segundo Marília, foi Elba quem convenceu Ivete a participar do Baile Municipal do Recife. "Trazer Ivete para o municipal era um sonho meu. Tentei em 2009 e 2010 e não consegui. Conseguimos agora graças ao intermédio de Elba", revelou a primeira-dama.
O 47º Baile Municipal do Recife ocorre no dia 26 de fevereiro no Chevrolet Hall, a partir das 19h. Além de Elba e Ivete, sobem ao palco os cantores Alceu Valença, Marrom Brasileiro, André Rio, Claudionor Germano, Almir Rouche e as orquestras dos maestros Duda (homenageado do carnaval do Recife em 2011) e Spok.
Os ingressos estão à venda a partir de quarta e a renda será revertida para o Hospital Infantil Maria Lucinda, o Instituto Passo de Anjo e as obras ligadas ao Instituto de Assistência Social e Cidadania da Prefeitura do Recife.
A decoração foi projetada pela equipe do arquiteto Carlos Augusto Lira, que, na coletiva, também deu sua opinião sobre a cantora baiana: "Esse baile precisa de dinheiro e Ivete vai trazer esse retorno."
Os ingressos para o 47º Baile Municipal do Recife estarão à venda em cinco pontos: quiosques no Paço Alfândega e no Shopping Boa Vista e nas lojas Tribos dos shoppings Recife, Tacaruna e Shopping Plaza. As entradas individuais custam R$ 50 e as mesas para quatro pessoas custam R$ 600. O valor pode ser dividido em 5 vezes no HiperCard.
Fonte: Diario de Pernambuco
"Não tem o que justificar", respondeu a primeira-dama Marília Bezerra quando questionada sobre o convite feito a Ivete Sangalo para cantar no 47º Baile Municipal do Recife: "Ivete é uma artista brasileira de dimensão internacional. Ela ganhou o título de cidadã pernambucana. É uma pessoa que vende bem o carnaval."
A Prefeitura do Recife anunciou a programação do baile em entrevista coletiva cedida na manhã desta terça. "Vamos acabar com essa coisa de música de um local ou de outro. O carnaval do Recife é multicultural", afirmou o prefeito João da Costa. "Essa rivalidade cultural entre Pernambuco e Bahia, que já existiu, está vencida. Não cabe essa pergunta: Por que Ivete Sangalo?"
"Eu acho que a música tem esse poder de unir várias culturas", defendeu Elba Ramalho, que também vai cantar na festa e estava presente na coletiva. Segundo ela, "a música de Ivete tem tudo a ver com frevo pernambucano, que chegou na Bahia e influenciou os artistas de lá. Ivete me disse que o sonho dela era tocar no carnaval de Pernambuco."
Ivete Sangalo exigiu, por contrato, que só estará no palco quando Elba Ramalho também estiver. Segundo Marília, foi Elba quem convenceu Ivete a participar do Baile Municipal do Recife. "Trazer Ivete para o municipal era um sonho meu. Tentei em 2009 e 2010 e não consegui. Conseguimos agora graças ao intermédio de Elba", revelou a primeira-dama.
O 47º Baile Municipal do Recife ocorre no dia 26 de fevereiro no Chevrolet Hall, a partir das 19h. Além de Elba e Ivete, sobem ao palco os cantores Alceu Valença, Marrom Brasileiro, André Rio, Claudionor Germano, Almir Rouche e as orquestras dos maestros Duda (homenageado do carnaval do Recife em 2011) e Spok.
Os ingressos estão à venda a partir de quarta e a renda será revertida para o Hospital Infantil Maria Lucinda, o Instituto Passo de Anjo e as obras ligadas ao Instituto de Assistência Social e Cidadania da Prefeitura do Recife.
A decoração foi projetada pela equipe do arquiteto Carlos Augusto Lira, que, na coletiva, também deu sua opinião sobre a cantora baiana: "Esse baile precisa de dinheiro e Ivete vai trazer esse retorno."
Os ingressos para o 47º Baile Municipal do Recife estarão à venda em cinco pontos: quiosques no Paço Alfândega e no Shopping Boa Vista e nas lojas Tribos dos shoppings Recife, Tacaruna e Shopping Plaza. As entradas individuais custam R$ 50 e as mesas para quatro pessoas custam R$ 600. O valor pode ser dividido em 5 vezes no HiperCard.
Fonte: Diario de Pernambuco
sábado, 5 de fevereiro de 2011
Elba Ramalho recebeu Elza Soares em seu projeto musical de Trancoso no dia 1 de fevereiro
Elba Ramalho faz cena diferente na ferveção do Verão em Trancoso. A artista que é tão querida no balneário chique do Sul da Bahia a ponto de ser considerada uma nativa, leva visual jazzístico para o show desta terça-feira. Junto com a amiga Elza Soares, as duas se vestem como as divas da música negra que cantavam nos dancings de Chicago, com a direito a botas e roupa preta simulando couro, para cantarem juntas.
A novidade surgiu no Rio de Janeiro, quando Elba e Elza fizeram participação especial no show “Nas Ondas da Ro Ro” , para comemoração do aniversário de Ângela Ro Ro. Tudo aconteceu no Espaço Acústica, no centrão do Rio de Janeiro. Nem precisa contar que foi o visual das duas que roubou a cena na noite carioca.
Fonte:Tribuna da Bahia
Gabriel Lima para o Leoa do Nordeste
A novidade surgiu no Rio de Janeiro, quando Elba e Elza fizeram participação especial no show “Nas Ondas da Ro Ro” , para comemoração do aniversário de Ângela Ro Ro. Tudo aconteceu no Espaço Acústica, no centrão do Rio de Janeiro. Nem precisa contar que foi o visual das duas que roubou a cena na noite carioca.
Fonte:Tribuna da Bahia
Gabriel Lima para o Leoa do Nordeste
Elba e mais dez cantoras de MPB abrem o carnaval do Recife
A abertura do Carnaval do Recife marcada para a sexta-feira, dia 4 de março, homenageará as mulheres.
O espetáculo musical dirigido pelo artista pernambucano Lenine, chamado “Sob o mesmo Céu - Mulheres do Brasil”, contará com a participação de 11 cantoras. Maria Gadú, Marina Lima, Fernanda Takai, Zélia Duncan, Céu, Karina Buhr, Roberta Sá, Mariana Aydar, Isaar, Nena Queiroga e Elba Ramalho, já confirmaram presença no show de abertura.
Cada uma das artistas vai cantar uma música de seu repertório e em seguida, duas canções típicas do Carnaval de Pernambuco.
Antes da apoteose, mantém-se a tradição do encontro de 500 batuqueiros de diversos maracatus, regidos por Naná Vasconcelos. Este ano, a novidade é a participação de caboclinhos, afoxés e da corte do maracatu.
Cada uma das artistas vai cantar uma música de seu repertório e em seguida, duas canções típicas do Carnaval de Pernambuco.
Antes da apoteose, mantém-se a tradição do encontro de 500 batuqueiros de diversos maracatus, regidos por Naná Vasconcelos. Este ano, a novidade é a participação de caboclinhos, afoxés e da corte do maracatu.
Artistas confirmados no Carnaval do Recife
Entre as principais atrações divulgadas, ontem, pela Prefeitura do Recife estão confirmados nomes que já são cativos da festa como Otto, Lenine, Vanessa da Mata, Marcelo D2, Nação Zumbi, Mart’nália, Jorge Aragão e Antônio Carlos Nóbrega, que se apresentarão em alternados no palco principal do Carnaval recifense, o Marco Zero.
Na terça-feira, 8 de março, Dia Internacional da Mulher, o encerramento de homenagens será com Elba Ramalho e Alceu Valença, e o encontro de maestros do frevo como Ademir Araújo, Clóvis Pereira, Duda, Edson Rodrigues, Zé Menezes, Nunes, Forró, Fábio César, Lurdinha Nóbrega e Carmen Lúcia.
Fonte: Blog Fernanda Tavares
Entre as principais atrações divulgadas, ontem, pela Prefeitura do Recife estão confirmados nomes que já são cativos da festa como Otto, Lenine, Vanessa da Mata, Marcelo D2, Nação Zumbi, Mart’nália, Jorge Aragão e Antônio Carlos Nóbrega, que se apresentarão em alternados no palco principal do Carnaval recifense, o Marco Zero.
Na terça-feira, 8 de março, Dia Internacional da Mulher, o encerramento de homenagens será com Elba Ramalho e Alceu Valença, e o encontro de maestros do frevo como Ademir Araújo, Clóvis Pereira, Duda, Edson Rodrigues, Zé Menezes, Nunes, Forró, Fábio César, Lurdinha Nóbrega e Carmen Lúcia.
Fonte: Blog Fernanda Tavares
Gabriel Lima para o Leoa do Nordeste
Cantora paraibana lança CD/DVD de 30 anos de carreira no Sesc
Quando estou no palco, dou o que tenho de melhor", diz Elba Ramalho
Elba Ramalho está comemorando 30 anos de carreira com o CD/DVD Marco Zero.
Ela lança esse novo trabalho com uma temporada no Sesc Vila Mariana que rola desta quinta (3) a domingo (6).
Em entrevista ao R7, a consagrada cantora paraibana fala sobre o novo trabalho, carreira, projetos e muito mais.
R7 -Como surgiu a ideia de gravar esse CD/DVD comemorativo de 30 anos de carreira em Recife? Você havia pensado em outros possíveis lugares antes de confirmar esse?
Elba Ramalho - Meu pai era pernambucano, meu maior fã-clube é de Pernambuco, trabalho o Carnaval inteiro lá e tenho muita identificação com todo o povo local. Provavelmente é o Estado em que mais faço shows. O tempo todo eu ficava pensando em outras opções, mas o Marco Zero, em Recife, é um lugar muito especial. Já fiz diversos shows ali para grandes multidões e definitivamente, me sinto em casa. Felizmente, a decisão foi acertada.
R7 - Você cantou para públicos imensos durante vários momentos de sua carreira, mas como foi gravar esse DVD perante 100 mil pessoas que estavam ali especialmente para te ver?
Elba - Sempre encaro as plateias como amigos. E cantar em Recife é como encontrar um velho amigo. Admito que estava um pouco nervosa, não pelo público, mas pelas decisões. Será que o figurino é o mais adequado? Será que o repertório expressa meus 30 anos de carreira? Um nervosismo natural.
R7 - Como foi feita a seleção dos convidados especiais?
Elba - De forma muito espontânea. Chamei os amigos, pessoas que fazem parte da minha trajetória. Não foi simplesmente por afinidade musical. Queria me cercar das pessoas de que gosto.
R7 - Deve ter sido difícil selecionar o repertório para esse DVD, levando-se em conta a sua extensa discografia. Que critérios você seguiu? O que eventualmente você lamenta ter deixado de fora?
Elba - Foi muito difícil e prefiro acreditar que acertei mais do que errei. Cheguei a ensaiar algumas músicas que não entraram como Ouro Puro e Felicidade Urgente, mas o show ficaria com quatro horas de duração! Tive que cortar algumas canções queridas.
R7- Você provavelmente conseguiu a maior parte de seus fãs através dos shows, sempre repletos de energia. Como você faz para manter seus shows sempre atrativos?
Elba - Faço exatamente o que sempre fiz. Quando estou no palco, dou o que eu tenho de melhor em mim, devo este respeito ao público. Sempre vou me esforçar ao máximo. Acho engraçado quando gerações bem mais jovens comentam: “ Eu não sabia que o show da Elba era tão bom !” Há 30 anos que me esforço para fazer sempre um bom show.
R7 - No dia 17 de agosto deste ano, você fará 60 anos de idade. Como encara esse momento em sua vida?
Elba - Com a naturalidade necessária. Procuro ver tudo de bom que aprendi nessa trajetória e procuro evoluir sempre. Temos nossas falhas e defeitos, mas tenho orgulho do caminho que percorri.
R7 - Seu primeiro LP, Ave de Prata, saiu em 1979. Como você avalia esse disco, analisando-o agora, após tantos anos? Quais são as suas marcas registradas, em relação aos outros que você lançou posteriormente?
Elba - Acho que foi o disco certo,no momento certo, para o público certo. Acho que também contei com uma boa dose de sorte de principiante. Como sou intérprete, escolho o que eu quero cantar. Tenho centenas de opções para escolher a canção que eu acho mais bonita. Não canto por cantar, canto por que quero cantar aquela música. Isso sempre fez muita diferença.
R7 - Quando você gravou seu primeiro disco, ainda vivíamos o auge do formato vinil. Desde então, muita coisa aconteceu. Como você encara as possibilidades atuais, incluindo internet etc?
Elba -Tudo tem dois lados. Em termos de mercado, a situação é de caos. Não existe mais mercado. O CD se tornou um cartão de visita. É um instrumento necessário. Um longo caminho ainda deve ser percorrido para regularizar esta questão de download gratuito ou não. A internet é uma ferramenta maravilhosa. Abre o mundo de forma irrestrita, a música também se tornou mais popular, mais acessível e com mais visibilidade.
R7 - Você viveu o auge da indústria fonográfica no Brasil. Hoje, vende-se muito menos discos do que antigamente. A que você atribui a queda desse mercado? A culpa seria só da pirataria? E como você fez para se adaptar a esses novos tempos?
Elba - A tecnologia mudou, os hábitos também mudaram e as possibilidades se multiplicaram. O mercado ficou estagnado e não se preparou para esta evolução. Acabou sendo engolido. A culpa não é só da pirataria, que se utilizou de um rombo que a indústria da música deixou. Antigamente, para se gravar um disco, você precisa ser descoberto por uma gravadora. Hoje em dia, qualquer pessoa grava em casa, até mesmo com um computador caseiro. É um leque de possibilidades muito grande. Existem dois lados da moeda. Faço uma boa música, coloco no Youtube e posso me transformar num sucesso de uma hora para outra. Isto é genial.
R7- Como avalia a experiência de seu próprio selo fonográfico?
Elba - Eu tenho o meu selo e as coisas não são fáceis, por que vender disco não é fácil hoje em dia. Por outro lado, eu gravo o meu disco da maneira que eu quero, a hora que eu quero; exatamente do jeito que eu quiser. Não existe mais a gravadora pressionando.
R7 - Como será a sua temporada em São Paulo, no Sesc Vila Mariana?
Elba - Vou mostrar boa parte do repertório do CD e DVD. Acho ótimo cantar em teatros. Tenho toda uma relação muito especial com os teatros. A atriz sempre está presente. É claro que vou aproveitar o teatro e fazer meus números de platéia.
R7 - Além de divulgar esse novo CD/DVD, quais são seus projetos para 2011?
Elba - Quero muito preparar um trabalho baseado na obra de Chico Buarque. Tenho várias idéias, mas nada definido ainda.
R7 -Um dos projetos mais marcantes de sua carreira foi O Grande Encontro. Pensa em fazer mais alguma coisa do gênero no futuro?
Elba - Sim. Foi um momento muito especial e marcante. Se não for possível reviver aquela formação, que venham outros encontros.
R7 - Para você, qual foi o disco mais importante de sua carreira? Justifique a opção.
Elba - Não vou escolher um disco. Vou contar uma situação que igualmente foi marcante e me trouxe muitas alegrias. O meu primeiro disco independente foi o Qual o Assunto que Mais lhe Interessa? , uma ousadia, um disco de sonoridade diferente, com raízes sempre brasileiras, que me deu o maior Prêmio da Indústria da Música que é o Grammy Latino. No ano seguinte, lancei Balaio de Amor, um disco totalmente diferente do anterior. Repleto de xotes, forrós e canções tipicamente nordestinas, O resultado ? Ganhei outro Grammy Latino. Meus dois últimos discos me deram estes grandes prêmios.
Fonte: Portal R7 - 3 de fevereiro de 2011
Gabriel Lima para o Looa do Nordeste
Elba Ramalho está comemorando 30 anos de carreira com o CD/DVD Marco Zero.
Ela lança esse novo trabalho com uma temporada no Sesc Vila Mariana que rola desta quinta (3) a domingo (6).
Em entrevista ao R7, a consagrada cantora paraibana fala sobre o novo trabalho, carreira, projetos e muito mais.
R7 -Como surgiu a ideia de gravar esse CD/DVD comemorativo de 30 anos de carreira em Recife? Você havia pensado em outros possíveis lugares antes de confirmar esse?
Elba Ramalho - Meu pai era pernambucano, meu maior fã-clube é de Pernambuco, trabalho o Carnaval inteiro lá e tenho muita identificação com todo o povo local. Provavelmente é o Estado em que mais faço shows. O tempo todo eu ficava pensando em outras opções, mas o Marco Zero, em Recife, é um lugar muito especial. Já fiz diversos shows ali para grandes multidões e definitivamente, me sinto em casa. Felizmente, a decisão foi acertada.
R7 - Você cantou para públicos imensos durante vários momentos de sua carreira, mas como foi gravar esse DVD perante 100 mil pessoas que estavam ali especialmente para te ver?
Elba - Sempre encaro as plateias como amigos. E cantar em Recife é como encontrar um velho amigo. Admito que estava um pouco nervosa, não pelo público, mas pelas decisões. Será que o figurino é o mais adequado? Será que o repertório expressa meus 30 anos de carreira? Um nervosismo natural.
R7 - Como foi feita a seleção dos convidados especiais?
Elba - De forma muito espontânea. Chamei os amigos, pessoas que fazem parte da minha trajetória. Não foi simplesmente por afinidade musical. Queria me cercar das pessoas de que gosto.
R7 - Deve ter sido difícil selecionar o repertório para esse DVD, levando-se em conta a sua extensa discografia. Que critérios você seguiu? O que eventualmente você lamenta ter deixado de fora?
Elba - Foi muito difícil e prefiro acreditar que acertei mais do que errei. Cheguei a ensaiar algumas músicas que não entraram como Ouro Puro e Felicidade Urgente, mas o show ficaria com quatro horas de duração! Tive que cortar algumas canções queridas.
R7- Você provavelmente conseguiu a maior parte de seus fãs através dos shows, sempre repletos de energia. Como você faz para manter seus shows sempre atrativos?
Elba - Faço exatamente o que sempre fiz. Quando estou no palco, dou o que eu tenho de melhor em mim, devo este respeito ao público. Sempre vou me esforçar ao máximo. Acho engraçado quando gerações bem mais jovens comentam: “ Eu não sabia que o show da Elba era tão bom !” Há 30 anos que me esforço para fazer sempre um bom show.
R7 - No dia 17 de agosto deste ano, você fará 60 anos de idade. Como encara esse momento em sua vida?
Elba - Com a naturalidade necessária. Procuro ver tudo de bom que aprendi nessa trajetória e procuro evoluir sempre. Temos nossas falhas e defeitos, mas tenho orgulho do caminho que percorri.
R7 - Seu primeiro LP, Ave de Prata, saiu em 1979. Como você avalia esse disco, analisando-o agora, após tantos anos? Quais são as suas marcas registradas, em relação aos outros que você lançou posteriormente?
Elba - Acho que foi o disco certo,no momento certo, para o público certo. Acho que também contei com uma boa dose de sorte de principiante. Como sou intérprete, escolho o que eu quero cantar. Tenho centenas de opções para escolher a canção que eu acho mais bonita. Não canto por cantar, canto por que quero cantar aquela música. Isso sempre fez muita diferença.
R7 - Quando você gravou seu primeiro disco, ainda vivíamos o auge do formato vinil. Desde então, muita coisa aconteceu. Como você encara as possibilidades atuais, incluindo internet etc?
Elba -Tudo tem dois lados. Em termos de mercado, a situação é de caos. Não existe mais mercado. O CD se tornou um cartão de visita. É um instrumento necessário. Um longo caminho ainda deve ser percorrido para regularizar esta questão de download gratuito ou não. A internet é uma ferramenta maravilhosa. Abre o mundo de forma irrestrita, a música também se tornou mais popular, mais acessível e com mais visibilidade.
R7 - Você viveu o auge da indústria fonográfica no Brasil. Hoje, vende-se muito menos discos do que antigamente. A que você atribui a queda desse mercado? A culpa seria só da pirataria? E como você fez para se adaptar a esses novos tempos?
Elba - A tecnologia mudou, os hábitos também mudaram e as possibilidades se multiplicaram. O mercado ficou estagnado e não se preparou para esta evolução. Acabou sendo engolido. A culpa não é só da pirataria, que se utilizou de um rombo que a indústria da música deixou. Antigamente, para se gravar um disco, você precisa ser descoberto por uma gravadora. Hoje em dia, qualquer pessoa grava em casa, até mesmo com um computador caseiro. É um leque de possibilidades muito grande. Existem dois lados da moeda. Faço uma boa música, coloco no Youtube e posso me transformar num sucesso de uma hora para outra. Isto é genial.
R7- Como avalia a experiência de seu próprio selo fonográfico?
Elba - Eu tenho o meu selo e as coisas não são fáceis, por que vender disco não é fácil hoje em dia. Por outro lado, eu gravo o meu disco da maneira que eu quero, a hora que eu quero; exatamente do jeito que eu quiser. Não existe mais a gravadora pressionando.
R7 - Como será a sua temporada em São Paulo, no Sesc Vila Mariana?
Elba - Vou mostrar boa parte do repertório do CD e DVD. Acho ótimo cantar em teatros. Tenho toda uma relação muito especial com os teatros. A atriz sempre está presente. É claro que vou aproveitar o teatro e fazer meus números de platéia.
R7 - Além de divulgar esse novo CD/DVD, quais são seus projetos para 2011?
Elba - Quero muito preparar um trabalho baseado na obra de Chico Buarque. Tenho várias idéias, mas nada definido ainda.
R7 -Um dos projetos mais marcantes de sua carreira foi O Grande Encontro. Pensa em fazer mais alguma coisa do gênero no futuro?
Elba - Sim. Foi um momento muito especial e marcante. Se não for possível reviver aquela formação, que venham outros encontros.
R7 - Para você, qual foi o disco mais importante de sua carreira? Justifique a opção.
Elba - Não vou escolher um disco. Vou contar uma situação que igualmente foi marcante e me trouxe muitas alegrias. O meu primeiro disco independente foi o Qual o Assunto que Mais lhe Interessa? , uma ousadia, um disco de sonoridade diferente, com raízes sempre brasileiras, que me deu o maior Prêmio da Indústria da Música que é o Grammy Latino. No ano seguinte, lancei Balaio de Amor, um disco totalmente diferente do anterior. Repleto de xotes, forrós e canções tipicamente nordestinas, O resultado ? Ganhei outro Grammy Latino. Meus dois últimos discos me deram estes grandes prêmios.
Fonte: Portal R7 - 3 de fevereiro de 2011
Gabriel Lima para o Looa do Nordeste
Elba, 30 anos de alegria e forró
Cantora celebra três décadas de carreira, com um DVD em que pontua suas principais referências nordestinas
03 de fevereiro de 2011 Lauro Lisboa Garcia - O Estado de S.Paulo
Em março de 2010 Elba Ramalho reuniu mais de 100 mil pessoas na praça do Marco Zero, centro histórico do Recife, para comemorar 30 anos de carreira e gravar um DVD/CD ao vivo. O número redondo era meramente simbólico, já que a cantora lançou o primeiro álbum, Ave de Prata, em 1979, e iniciou as atividades artísticas, no teatro antes da música, bem antes. Nomes fundamentais na história artística de Elba, que completa 60 anos em agosto, compareceram ao show no Recife, entre eles Zé Ramalho e Geraldo Azevedo, que muito ensinaram de música a ela. Lenine, Chico César, Alcione e o maestro Spok também marcaram presença na festa. Nos shows que Elba traz a São Paulo a partir de hoje não vai ser possível contar com nenhum desses convidados, mas a celebração continua.
Naturalmente, há uma grande diferença entre cantar para uma multidão e interpretar o mesmo repertório na dimensão reduzida de um teatro. Mas Elba é escolada em dominar qualquer tipo de plateia, fazendo algumas mudanças no roteiro do show. "O público de São Paulo é sempre muito receptivo a tudo", observa. Clássicos de seu repertório, como Leão do Norte (Lenine/Paulo César Pinheiro), Chão de Giz (Zé Ramalho) e De Volta pro Aconchego (Dominguinhos/Nando Cordel) batem ponto.
"Mas também vou cantar Canção da Despedida (Geraldo Azevedo/Geraldo Vandré) e algumas músicas de Chico Buarque, que não estão no DVD", diz a cantora. "A gente sempre inventa, né? É uma história longa, de 30 anos, então tem muita coisa lá, esquecida, que a gente às vezes lembra e quer fazer. Mas vou tentar manter algumas coisas que são bacanas e estão no DVD. Acho que as pessoas, mesmo sentadas num teatro, vão esperando essa verve, essa alegria que tem no meu trabalho também. O público vai sabendo que vou cantar forró e gosta de cantar junto."
Referência nordestina. Nessas três décadas, marcadas por muitos êxitos populares, muita água rolou na trajetória de Elba, com passagem por algumas gravadoras, mudanças constantes no mercado, etc. Mas o que fica bem claro - e confirmado no registro do show repleto de baião, xaxado, frevo, ciranda, coco, toada - é a firmeza com que a cantora e atriz paraibana se mantém ligada às origens nordestinas e seu manancial de riquezas musicais. "Como intérprete, elejo a canção mais bonita", diz ela no DVD.
Em tempos idos, ela já gravou discos cantando reggae, pop latino e música francesa, mas reatou os laços com o Nordeste num dos melhores álbuns de sua carreira, Leão do Norte (1996), e dali seguiu no mesmo veio, sem erro. Como Pernambuco é retratado na canção, em que mistura os ritmos frevo, caboclinho e maracatu, ela é uma espécie de "Leoa do Norte", síntese contemporânea e bandeira de uma identidade cultural expandida entre a Bahia de Carlinhos Brown e o Maranhão de Zeca Baleiro.
"Acho que as incursões dos artistas por outras coisas vêm de forma natural. A gente se sente mais livre para criar, para ousar, para conhecer outros compositores, independentemente dos estilos musicais", diz. "Mas essa coisa original que tem dentro da gente, que vem de uma cultura tão forte como a do Nordeste, nos mantém muito ligada a ela. Mesmo que a gente vá pro Caribe e cante uma salsa, ou vá para o lado do jazz e cante um blues, a gente acaba sempre se encontrando com Luiz Gonzaga em algum ponto. Por mais variante que tenha no meu trabalho, o público me tem como referência nordestina."
Na época pré-Leão do Norte, a gravadora queria que ela atingisse outro tipo de público enveredando pelo romantismo, mas não aquele que há no Dominguinhos de Gostoso Demais, por exemplo. "Achei então que era hora de voltar àquilo que tinha me dado régua e compasso." A propósito, ela está com um CD novo já gravado, previsto para sair no segundo semestre. Chama-se Forró Brasileiro e tem uma maioria de canções inéditas.
ELBA RAMALHO
Sesc Vila Mariana. Rua Pelotas, 141, telefone 5080-3000. 5ª a sáb., às 21 h; dom., às 18 h. R$ 40.
ELBA - MARCO ZERO AO VIVO
Biscoito Fino
DVD gravado no Recife, com 24 músicas
R$ 44,90
Fonte: Jornal o Estado de São Paulo
A DIVA DO AGRESTE
Em 1978, Chico Buarque defendia o sotaque nordestino da jovem Elba Ramalho na montagem da sua Ópera do Malandro, no Teatro Ginástico, no Rio. Havia quem achasse que o estilo agreste de Elba não combinava bem com um musical sobre a malandragem carioca. "Mas ele queria mesmo é que eu cantasse rasgado, gritado." Lá se vão 33 anos, e o canto rasgado da ex-pastora agora é parte do DNA da MPB. "Tenho orgulho de poder entender Tom Jobim e Jackson do Pandeiro; eu me reflito em muitos espelhos." / JOTABÊ MEDEIROS
Fonte: Coluna Direto da Fonte de 30 de janeiro de 2011 - Jornal O Estado de São Paulo
03 de fevereiro de 2011 Lauro Lisboa Garcia - O Estado de S.Paulo
Em março de 2010 Elba Ramalho reuniu mais de 100 mil pessoas na praça do Marco Zero, centro histórico do Recife, para comemorar 30 anos de carreira e gravar um DVD/CD ao vivo. O número redondo era meramente simbólico, já que a cantora lançou o primeiro álbum, Ave de Prata, em 1979, e iniciou as atividades artísticas, no teatro antes da música, bem antes. Nomes fundamentais na história artística de Elba, que completa 60 anos em agosto, compareceram ao show no Recife, entre eles Zé Ramalho e Geraldo Azevedo, que muito ensinaram de música a ela. Lenine, Chico César, Alcione e o maestro Spok também marcaram presença na festa. Nos shows que Elba traz a São Paulo a partir de hoje não vai ser possível contar com nenhum desses convidados, mas a celebração continua.
Naturalmente, há uma grande diferença entre cantar para uma multidão e interpretar o mesmo repertório na dimensão reduzida de um teatro. Mas Elba é escolada em dominar qualquer tipo de plateia, fazendo algumas mudanças no roteiro do show. "O público de São Paulo é sempre muito receptivo a tudo", observa. Clássicos de seu repertório, como Leão do Norte (Lenine/Paulo César Pinheiro), Chão de Giz (Zé Ramalho) e De Volta pro Aconchego (Dominguinhos/Nando Cordel) batem ponto.
"Mas também vou cantar Canção da Despedida (Geraldo Azevedo/Geraldo Vandré) e algumas músicas de Chico Buarque, que não estão no DVD", diz a cantora. "A gente sempre inventa, né? É uma história longa, de 30 anos, então tem muita coisa lá, esquecida, que a gente às vezes lembra e quer fazer. Mas vou tentar manter algumas coisas que são bacanas e estão no DVD. Acho que as pessoas, mesmo sentadas num teatro, vão esperando essa verve, essa alegria que tem no meu trabalho também. O público vai sabendo que vou cantar forró e gosta de cantar junto."
Referência nordestina. Nessas três décadas, marcadas por muitos êxitos populares, muita água rolou na trajetória de Elba, com passagem por algumas gravadoras, mudanças constantes no mercado, etc. Mas o que fica bem claro - e confirmado no registro do show repleto de baião, xaxado, frevo, ciranda, coco, toada - é a firmeza com que a cantora e atriz paraibana se mantém ligada às origens nordestinas e seu manancial de riquezas musicais. "Como intérprete, elejo a canção mais bonita", diz ela no DVD.
Em tempos idos, ela já gravou discos cantando reggae, pop latino e música francesa, mas reatou os laços com o Nordeste num dos melhores álbuns de sua carreira, Leão do Norte (1996), e dali seguiu no mesmo veio, sem erro. Como Pernambuco é retratado na canção, em que mistura os ritmos frevo, caboclinho e maracatu, ela é uma espécie de "Leoa do Norte", síntese contemporânea e bandeira de uma identidade cultural expandida entre a Bahia de Carlinhos Brown e o Maranhão de Zeca Baleiro.
"Acho que as incursões dos artistas por outras coisas vêm de forma natural. A gente se sente mais livre para criar, para ousar, para conhecer outros compositores, independentemente dos estilos musicais", diz. "Mas essa coisa original que tem dentro da gente, que vem de uma cultura tão forte como a do Nordeste, nos mantém muito ligada a ela. Mesmo que a gente vá pro Caribe e cante uma salsa, ou vá para o lado do jazz e cante um blues, a gente acaba sempre se encontrando com Luiz Gonzaga em algum ponto. Por mais variante que tenha no meu trabalho, o público me tem como referência nordestina."
Na época pré-Leão do Norte, a gravadora queria que ela atingisse outro tipo de público enveredando pelo romantismo, mas não aquele que há no Dominguinhos de Gostoso Demais, por exemplo. "Achei então que era hora de voltar àquilo que tinha me dado régua e compasso." A propósito, ela está com um CD novo já gravado, previsto para sair no segundo semestre. Chama-se Forró Brasileiro e tem uma maioria de canções inéditas.
ELBA RAMALHO
Sesc Vila Mariana. Rua Pelotas, 141, telefone 5080-3000. 5ª a sáb., às 21 h; dom., às 18 h. R$ 40.
ELBA - MARCO ZERO AO VIVO
Biscoito Fino
DVD gravado no Recife, com 24 músicas
R$ 44,90
Fonte: Jornal o Estado de São Paulo
A DIVA DO AGRESTE
Em 1978, Chico Buarque defendia o sotaque nordestino da jovem Elba Ramalho na montagem da sua Ópera do Malandro, no Teatro Ginástico, no Rio. Havia quem achasse que o estilo agreste de Elba não combinava bem com um musical sobre a malandragem carioca. "Mas ele queria mesmo é que eu cantasse rasgado, gritado." Lá se vão 33 anos, e o canto rasgado da ex-pastora agora é parte do DNA da MPB. "Tenho orgulho de poder entender Tom Jobim e Jackson do Pandeiro; eu me reflito em muitos espelhos." / JOTABÊ MEDEIROS
Fonte: Coluna Direto da Fonte de 30 de janeiro de 2011 - Jornal O Estado de São Paulo
Gabriel Lima para o Leoa do Nordeste
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
Elba Ramalho lança CD de 30 anos de carreira em SP
Elba, que completa 60 anos em agosto, comemora êxitos da carreira
Elba Ramalho reuniu em março do ano passado mais de 100 mil pessoas na praça do Marco Zero, centro histórico do Recife, para comemorar 30 anos de carreira e gravar um DVD/CD ao vivo. O número redondo era meramente simbólico, já que a cantora lançou o primeiro álbum, Ave de Prata, em 1979, e iniciou as atividades artísticas no teatro, antes da música. Nomes fundamentais na história artística de Elba, que completa 60 anos em agosto, compareceram ao show no Recife, entre eles Zé Ramalho e Geraldo Azevedo. Lenine, Chico César, Alcione e o maestro Spok também marcaram presença na festa. Nos shows que Elba traz a São Paulo a partir de hoje não será possível contar com nenhum desses convidados, mas a celebração continua.
Naturalmente, há uma grande diferença entre cantar para uma multidão e interpretar o mesmo repertório na dimensão reduzida de um teatro. Mas Elba é escolada em dominar qualquer tipo de plateia, fazendo algumas mudanças no roteiro do show. "O público de São Paulo é sempre muito receptivo a tudo", observa. Clássicos de seu repertório, como Leão do Norte (Lenine/Paulo César Pinheiro), Chão de Giz (Zé Ramalho) e De Volta pro Aconchego (Dominguinhos/Nando Cordel) batem ponto.
"Mas também vou cantar Canção da Despedida (Geraldo Azevedo/Geraldo Vandré) e algumas músicas de Chico Buarque, que não estão no DVD", diz a cantora. "A gente sempre inventa, né? É uma história longa, de 30 anos, então tem muita coisa lá, esquecida, que a gente às vezes lembra e quer fazer. Mas vou tentar manter algumas coisas que são bacanas e estão no DVD. Acho que as pessoas, mesmo sentadas num teatro, vão esperando essa verve, essa alegria que tem no meu trabalho também. O público vai sabendo que vou cantar forró e gosta de cantar junto."
Nessas três décadas, marcadas por muitos êxitos populares, muita água rolou na trajetória de Elba. Mas o que fica bem claro - e confirmado no registro do show repleto de baião, xaxado, frevo, ciranda, coco, toada - é a firmeza com que a cantora e atriz paraibana se mantém ligada às origens nordestinas e seu manancial de riquezas musicais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
SERVIÇO:
Elba Ramalho - Sesc Vila Mariana
(Rua Pelotas, 141). Telefone (011) 5080-3000.
5ª a sáb., às 21 h; dom., às 18 h. R$ 40.
Fonte: Estadão
Elba Ramalho reuniu em março do ano passado mais de 100 mil pessoas na praça do Marco Zero, centro histórico do Recife, para comemorar 30 anos de carreira e gravar um DVD/CD ao vivo. O número redondo era meramente simbólico, já que a cantora lançou o primeiro álbum, Ave de Prata, em 1979, e iniciou as atividades artísticas no teatro, antes da música. Nomes fundamentais na história artística de Elba, que completa 60 anos em agosto, compareceram ao show no Recife, entre eles Zé Ramalho e Geraldo Azevedo. Lenine, Chico César, Alcione e o maestro Spok também marcaram presença na festa. Nos shows que Elba traz a São Paulo a partir de hoje não será possível contar com nenhum desses convidados, mas a celebração continua.
Naturalmente, há uma grande diferença entre cantar para uma multidão e interpretar o mesmo repertório na dimensão reduzida de um teatro. Mas Elba é escolada em dominar qualquer tipo de plateia, fazendo algumas mudanças no roteiro do show. "O público de São Paulo é sempre muito receptivo a tudo", observa. Clássicos de seu repertório, como Leão do Norte (Lenine/Paulo César Pinheiro), Chão de Giz (Zé Ramalho) e De Volta pro Aconchego (Dominguinhos/Nando Cordel) batem ponto.
"Mas também vou cantar Canção da Despedida (Geraldo Azevedo/Geraldo Vandré) e algumas músicas de Chico Buarque, que não estão no DVD", diz a cantora. "A gente sempre inventa, né? É uma história longa, de 30 anos, então tem muita coisa lá, esquecida, que a gente às vezes lembra e quer fazer. Mas vou tentar manter algumas coisas que são bacanas e estão no DVD. Acho que as pessoas, mesmo sentadas num teatro, vão esperando essa verve, essa alegria que tem no meu trabalho também. O público vai sabendo que vou cantar forró e gosta de cantar junto."
Nessas três décadas, marcadas por muitos êxitos populares, muita água rolou na trajetória de Elba. Mas o que fica bem claro - e confirmado no registro do show repleto de baião, xaxado, frevo, ciranda, coco, toada - é a firmeza com que a cantora e atriz paraibana se mantém ligada às origens nordestinas e seu manancial de riquezas musicais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
SERVIÇO:
Elba Ramalho - Sesc Vila Mariana
(Rua Pelotas, 141). Telefone (011) 5080-3000.
5ª a sáb., às 21 h; dom., às 18 h. R$ 40.
Fonte: Estadão
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
Elba confirmada no Baile Municipal do Recife
Elba Ramalho é a primeira grande atração confirmada no próximo Baile Municipal, além da Orquestra do Maestro Spock, que já é um dos ingredientes principais da grande prévia, dia 26 de fevereiro.
Uma das grandes preocupações da primeira-dama Marília Bezerra para este ano é reforçar a estrutura de climatização do Chevrolet Hall, para acabar terminantemente com o calor que castigou os foliões nos últimos anos, durante o baile.
Fonte: Blog João Alberto
Fonte: Blog João Alberto
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