Os fãs da cantora Elba Ramalho ganharão um grande presente na tarde desse sábado, 30, a partir das 15h. A paraibana, que participa da abertura oficial do São João de Caruaru, estará presenteando o público com uma tarde de autógrafos no escritório da Compesa, em Caruaru. O evento é direcionado aos clientes da companhia.
Elba lançou um novo trabalho a pouco com canções românticas que promete mexer com o coração dos apaixonados nesse dia dos namorados. Mas, quando a cantora pisa na terra de Vitalino, o repertório é inteiramente dedicado ao forró.
A cantora participa, na noite do sábado, da abertura oficial dos festejos juninos da Capital do Forró, e junto a ela também estarão se apresentando no Parque de Eventos os cantores Herbert Lucena, Fagner e a banda Rei do Cangaço.
O escritório da Compesa, onde acontecerá a tarde de autógrafos, está localizado na Estação Shopping (Av. Frei Caneca ,s/nº - Centro – Caruaru), próximo a Estação Ferroviária.
Créditos: Caruaru 360 Graus
quarta-feira, 27 de maio de 2009
Troféu Gonzagão homenageia 15 artistas em CG nesta terça-feira
Flávio José e Elba Ramalho serão homenageados por valorizarem a música do Rei do Baião.
Embora tenha nascido em Pernambuco, Luiz Gonzaga é amado pelos paraibanos e o carinho dos campinenses parece ser ainda maior pelo Rei do Baião. O amor pelo artista é tão grande que devido ao seu talento e carisma ele ganhou uma estátua de bronze às margens do Açude Velho, cartão-postal de Campina Grande, que mostra o tamanho do carinho campinense pelo velho Lula.
E como homenagear o Rei nunca é demais, foi lançado, no último dia 14 o Troféu Gonzagão, que vai homenagear aquele que continua sendo um dos maiores ícones da música regional.
O troféu será entregue nesta terça-feira, no Centro de Convenções Raimundo Asfora, do Garden Hotel, às 20h, em evento para convidados, autoridades e a imprensa paraibana, a 15 artistas que conviveram e/ou exaltaram a música de Luiz Gonzaga, num reconhecimento e fortalecimento do grande valor dos destaques da nossa música.
Entre esses artistas estão nomes consagrados e da nova geração, como Elba Ramalho, Cesinha, Genival Lacerda, Os Três do Nordeste, Flávio José, Nando Cordel, Santana, Petrúcio Amorim, Pinto do Acordeon, Amazan, Ton Oliveira, Biliu de Campina, Ladja Betânia, João Gonçalves, entre outros.
O projeto, idealizado pelo casal Ajalmar Maia e Rilávia Cardoso, vem sendo realizado há mais de dez anos na cidade, sempre homenageando ícones da música regional com visibilidade local, nacional e internacional. O objetivo é manter a tradição e resgatar a música Nordestina, em especial o Forró.
Empresários de casas de shows do país inteiro são esperados para o evento, que deve reunir mais de 50 artistas. Na ocasião, os participantes vão assistir a um vídeo, sobre a trajetória do Rei do Baião, além das músicas de Luiz Gonzaga que serão interpretadas por músicos da região. Os 30 anos de carreira da cantora Elba Ramalho também serão comemorados durante o evento.
Rilávia Cardoso contou que o evento vai resgatar a memória de Luiz Gonzaga. “Gonzaga foi um homem que teve acesso a presidentes da República e pôs em prática uma grande política de assistencialismo para os irmãos nordestinos. Foi ele quem colocou sentimento e credibilidade a ritmos como o forró e baião, que levou a música da gente para o mundo inteiro”, enfatizou.
Ela explicou ainda que Luiz Gonzaga foi o escolhido de 2009, por ser um artista difundido no mundo inteiro e criador deste gênero musical. “As letras das suas músicas mostram o sofrimento dos nordestinos, o apelo sentimental da sua música se constitui numa verdadeira tribuna do povo nordestino”, comentou.
Também falando sobre a importância do prêmio, Ajalmar Maia disse que “nossa intenção é que ele (o Troféu Gonzagão) tome uma dimensão nacional, pois o Nordeste não costuma receber prêmios, então queremos que os grandes centros tomem conhecimento de nossa música, que ela seja vista pelo Sul de uma maneira melhor”, explicou.
O evento tem como parceiro a Federação das Indústrias do Estado da Paraíba, e como maior incentivador o presidente da Fiep, Francisco de Assis Benevides Gadelha. O apoio para realização está sendo do Governo do Estado, Prefeitura Municipal de Campina Grande, Facisa, Sebrae, Fiep/Sesi e Centro de Ortodontia Integrado, entre outros.
projetos
Ajalmar Maia e Rilávia Cardoso, organizadores do Troféu Gonzagão, pretendem alçar voos bem maiores, que engloba desde a criação de um estúdio digital subsidiado, para que os artistas de menor visibilidade possam ter seus trabalhos gravados com qualidade, até uma campanha de divulgação nacional e internacional do nosso autêntico forró.
Segundo o casal, a indústria da música e do entretenimento pode trazer desenvolvimento econômico e social, gerando emprego e renda em várias esferas. Para conseguir realizar estes novos desafios, ambos estão captando novos parceiros e buscando recursos para a concretização desses projetos.
Créditos: Paraíba 1
Gabriel Lima para o Leoa do Nordeste
Embora tenha nascido em Pernambuco, Luiz Gonzaga é amado pelos paraibanos e o carinho dos campinenses parece ser ainda maior pelo Rei do Baião. O amor pelo artista é tão grande que devido ao seu talento e carisma ele ganhou uma estátua de bronze às margens do Açude Velho, cartão-postal de Campina Grande, que mostra o tamanho do carinho campinense pelo velho Lula.
E como homenagear o Rei nunca é demais, foi lançado, no último dia 14 o Troféu Gonzagão, que vai homenagear aquele que continua sendo um dos maiores ícones da música regional.
O troféu será entregue nesta terça-feira, no Centro de Convenções Raimundo Asfora, do Garden Hotel, às 20h, em evento para convidados, autoridades e a imprensa paraibana, a 15 artistas que conviveram e/ou exaltaram a música de Luiz Gonzaga, num reconhecimento e fortalecimento do grande valor dos destaques da nossa música.
Entre esses artistas estão nomes consagrados e da nova geração, como Elba Ramalho, Cesinha, Genival Lacerda, Os Três do Nordeste, Flávio José, Nando Cordel, Santana, Petrúcio Amorim, Pinto do Acordeon, Amazan, Ton Oliveira, Biliu de Campina, Ladja Betânia, João Gonçalves, entre outros.
O projeto, idealizado pelo casal Ajalmar Maia e Rilávia Cardoso, vem sendo realizado há mais de dez anos na cidade, sempre homenageando ícones da música regional com visibilidade local, nacional e internacional. O objetivo é manter a tradição e resgatar a música Nordestina, em especial o Forró.
Empresários de casas de shows do país inteiro são esperados para o evento, que deve reunir mais de 50 artistas. Na ocasião, os participantes vão assistir a um vídeo, sobre a trajetória do Rei do Baião, além das músicas de Luiz Gonzaga que serão interpretadas por músicos da região. Os 30 anos de carreira da cantora Elba Ramalho também serão comemorados durante o evento.
Rilávia Cardoso contou que o evento vai resgatar a memória de Luiz Gonzaga. “Gonzaga foi um homem que teve acesso a presidentes da República e pôs em prática uma grande política de assistencialismo para os irmãos nordestinos. Foi ele quem colocou sentimento e credibilidade a ritmos como o forró e baião, que levou a música da gente para o mundo inteiro”, enfatizou.
Ela explicou ainda que Luiz Gonzaga foi o escolhido de 2009, por ser um artista difundido no mundo inteiro e criador deste gênero musical. “As letras das suas músicas mostram o sofrimento dos nordestinos, o apelo sentimental da sua música se constitui numa verdadeira tribuna do povo nordestino”, comentou.
Também falando sobre a importância do prêmio, Ajalmar Maia disse que “nossa intenção é que ele (o Troféu Gonzagão) tome uma dimensão nacional, pois o Nordeste não costuma receber prêmios, então queremos que os grandes centros tomem conhecimento de nossa música, que ela seja vista pelo Sul de uma maneira melhor”, explicou.
O evento tem como parceiro a Federação das Indústrias do Estado da Paraíba, e como maior incentivador o presidente da Fiep, Francisco de Assis Benevides Gadelha. O apoio para realização está sendo do Governo do Estado, Prefeitura Municipal de Campina Grande, Facisa, Sebrae, Fiep/Sesi e Centro de Ortodontia Integrado, entre outros.
projetos
Ajalmar Maia e Rilávia Cardoso, organizadores do Troféu Gonzagão, pretendem alçar voos bem maiores, que engloba desde a criação de um estúdio digital subsidiado, para que os artistas de menor visibilidade possam ter seus trabalhos gravados com qualidade, até uma campanha de divulgação nacional e internacional do nosso autêntico forró.
Segundo o casal, a indústria da música e do entretenimento pode trazer desenvolvimento econômico e social, gerando emprego e renda em várias esferas. Para conseguir realizar estes novos desafios, ambos estão captando novos parceiros e buscando recursos para a concretização desses projetos.
Créditos: Paraíba 1
Gabriel Lima para o Leoa do Nordeste
terça-feira, 26 de maio de 2009
Elba fala dos novos projetos
PARAIBANA avisou que vai gravar DVD em praça pública
A Rádio Folha FM 96,7 recebeu na tarde de ontem, no programa Tema Livre, com Lina Fernandes, a cantora Elba Ramalho. Em um bate-papo descontraído ela falou sobre seus trinta anos de carreira, do São João e dos novos projetos. Além disso, recebeu o carinho dos fãs, que fizeram questão de participar do programa por e-mail. E, esses já podem ficar atentos, Elba desembarca nesse sábado em Caruaru, onde participa da abertura da festa de São João, dividindo a noite com nomes como Herbert Lucena, Fagner e o Rei do Cangaço.
Um dos pontos altos da entrevista foi o momento em que Elba falou sobre seu novo trabalho escolhido para marcar esse 30 anos, o CD “Balaio de amor”, com a produção do sanfoneiro Cezinha - um dos integrantes da banda - e da própria cantora. Mas ela garante que as comemorações não param por aí. Para o segundo semestre, mais precisamente entre agosto e setembro, a paraibana planeja gravar um DVD em praça pública. Como palco escolheu o Recife. “Quero fazer uma festa bem popular, com vários convidados. Se eu puder trazer de Chico a Jorge de Altinho, eles estarão todos lá”, cogitou.
Para o final desse ano, pretende gravar um disco em homenagem ao seu primo, Zé Ramalho, ou então a Chico Buarque. “Estou deixando que os internautas decidam, mas parece que Zé está ganhando. Mas, esse propósito de cantar só Chico é uma coisa que não me foge a idéia”, disse. Segundo Elba, os dois a acompanham durante esses trinta anos. “A música ‘Ave de Prata’ é de Zé Ramalho e a minha estreia como cantora foi cantando Chico que também foi uma pessoa que me deu muita força”, contou.
Créditos: Folha de Pernambuco
A Rádio Folha FM 96,7 recebeu na tarde de ontem, no programa Tema Livre, com Lina Fernandes, a cantora Elba Ramalho. Em um bate-papo descontraído ela falou sobre seus trinta anos de carreira, do São João e dos novos projetos. Além disso, recebeu o carinho dos fãs, que fizeram questão de participar do programa por e-mail. E, esses já podem ficar atentos, Elba desembarca nesse sábado em Caruaru, onde participa da abertura da festa de São João, dividindo a noite com nomes como Herbert Lucena, Fagner e o Rei do Cangaço.
Um dos pontos altos da entrevista foi o momento em que Elba falou sobre seu novo trabalho escolhido para marcar esse 30 anos, o CD “Balaio de amor”, com a produção do sanfoneiro Cezinha - um dos integrantes da banda - e da própria cantora. Mas ela garante que as comemorações não param por aí. Para o segundo semestre, mais precisamente entre agosto e setembro, a paraibana planeja gravar um DVD em praça pública. Como palco escolheu o Recife. “Quero fazer uma festa bem popular, com vários convidados. Se eu puder trazer de Chico a Jorge de Altinho, eles estarão todos lá”, cogitou.
Para o final desse ano, pretende gravar um disco em homenagem ao seu primo, Zé Ramalho, ou então a Chico Buarque. “Estou deixando que os internautas decidam, mas parece que Zé está ganhando. Mas, esse propósito de cantar só Chico é uma coisa que não me foge a idéia”, disse. Segundo Elba, os dois a acompanham durante esses trinta anos. “A música ‘Ave de Prata’ é de Zé Ramalho e a minha estreia como cantora foi cantando Chico que também foi uma pessoa que me deu muita força”, contou.
Créditos: Folha de Pernambuco
Elba Ramalho lança álbum em comemoração aos 30 anos de carreira
Novo trabalho, ao lado do sanfoneiro Cezinha, reúne composições de compositores contemporâneos de Pernambuco e clássicos como Dominguinhos e Petrúcio Amorim
30 anos de carreira, 30 anos de sucesso. A homenageada do São João da Capitá deste ano, a cantora Elba Ramalho, mostrou o novo trabalho, ao lado do sanfoneiro Cezinha, em uma noite de festa junto aos fãs na última segunda-feira (25), no Recife.
Celulares e máquinas fotográficas a postos. Ver Elba Ramalho cantando assim, tão pertinho é um privilégio para esses fãs que foram participar do lançamento de um novo trabalho, "Balaio de Amor". O aniversário é da cantora, mas a homenagem foi para o Nordeste. São composições recentes de artistas da região.
“São releituras, eu não quis complicar muito, quis saudar minha nação nordestina, porque sempre fui reconhecida no país e fora dele como uma cantora que tem o Nordeste no seu coração”, disse a cantora.
São 14 músicas que mostram a renovação do forró, feitas para embalar as festas de São João que vêm por aí. “Trouxe compositores contemporâneos de Pernambuco, e outros clássicos, como Dominguinhos”, diz Elba Ramalho. “Tem Petrúcio Amorim, Acioly Neto... Essa foi minha forma de saudar o público que sempre me acompanhou”.
Créditos: PE 360 Graus
30 anos de carreira, 30 anos de sucesso. A homenageada do São João da Capitá deste ano, a cantora Elba Ramalho, mostrou o novo trabalho, ao lado do sanfoneiro Cezinha, em uma noite de festa junto aos fãs na última segunda-feira (25), no Recife.
Celulares e máquinas fotográficas a postos. Ver Elba Ramalho cantando assim, tão pertinho é um privilégio para esses fãs que foram participar do lançamento de um novo trabalho, "Balaio de Amor". O aniversário é da cantora, mas a homenagem foi para o Nordeste. São composições recentes de artistas da região.
“São releituras, eu não quis complicar muito, quis saudar minha nação nordestina, porque sempre fui reconhecida no país e fora dele como uma cantora que tem o Nordeste no seu coração”, disse a cantora.
São 14 músicas que mostram a renovação do forró, feitas para embalar as festas de São João que vêm por aí. “Trouxe compositores contemporâneos de Pernambuco, e outros clássicos, como Dominguinhos”, diz Elba Ramalho. “Tem Petrúcio Amorim, Acioly Neto... Essa foi minha forma de saudar o público que sempre me acompanhou”.
Créditos: PE 360 Graus
segunda-feira, 25 de maio de 2009
Elba Ramalho deve produzir DVD
Elba Ramalho completa 30 anos de carreira
Intérprete de sucesso, com seis discos de platina e 13 de ouro acumulados, Elba Ramalho completa 30 anos de carreira e celebra sua trajetória com o álbum “Balaio de Amor”. A cantora trará novidades, um DVD está em seus planos.
O novo show traz repertório baseado no recém-lançado disco repleto de xotes e baiões que tem produção dela e do sanfoneiro Cesinha.
Em “Balaio de Amor”, Elba retoma uma das principais características de sua carreira: a aposta em talentosos compositores, principalmente da Paraíba e de Pernambuco. Os forrós ganham as nuances da intérprete singular que nunca abandonou a veia de atriz, a mesma que no passado abriu o caminho para a cantora.
Filha do sertão nordestino e dona de um timbre inconfundível, Elba Ramalho concedeu entrevista exclusiva ao Kboing, confira:
Kboing – Foi contracenando no teatro que surgiu a sua oportunidade de ingressar na carreira musical? Conte nos um pouquinho desse início.
Elba Ramalho – O teatro foi a base, o esteio para os outros caminhos musicais que se definiram ao longo da minha vida. Desde o inicio na Paraíba, como integrante do Coral falado Manuel Bandeira e depois com o grupo de teatro Chegança com o grande diretor Luis Mendonça até a atuação na peça de Chico Buarque, "A Ópera do Malandro", tudo me serviu de escola para o que sou hoje. Digamos, uma cantriz, mistura de cantora e atriz.
Kboing – Como foi a produção do disco “Bailão de Amor”, lançado este ano, que é assinada por você e o sanfoneiro Cezinha?
Elba Ramalho – Sim, produzimos juntos e tudo foi sugerido pelo Cezinha, desde os compositores às canções escolhidas. Busquei os compositores que mais têm se destacado nesses últimos anos no nordeste, como Acioly Neto, Xico Bezerra, Maciel Melo, Nando Cordel, Terezinha do Acordeon, Cezinha...Queria gravar um disco romântico, com os ritimos que mais gosto de cantar: xotes e baiões. Convidamos Dominguinhos para cantar e o próprio Cezinha canta a música "É só você querer, comigo".
Kboing – Nesse último álbum você se voltou aos compositores nordestinos. Qual foi a intenção em valorizar o trabalho de sua terra?
Elba Ramalho – O nordeste está presente em minha vida como fonte de inspiração e nutriente para o meu canto. Os costumes, as festas tradicionais, como o São João, os ritimos, a alegria contagiante dos forrós...Tem muita gente boa que faz música de qualidade e sabe traduzir nossos costumes e nossa cultura de maneira expressiva. Tenho de registrar isso em DVD. Cezinha tem me mostrado essa musicalidade. Vamos acolher e selecionar essa visão no DVD.
Kboing – Elba você gravou dois CDs antológico com músicas de Gonzagão e Dominguinhos. Essas reafirmações das suas raízes têm sido algo planejado ou vem da sua intuição artística?
Elba Ramalho – Prefiro dizer que sou bastante intuitiva quanto a criação e formulação do meu trabalho. Mas, me sinto envolvida e responsável pelo segmento e manutenção da nossa cultura. A memória precisa ser preservada e nossos ícones, como Gonzaga e Dominguinhos eternizados na nossa história.
Kboing – Por que a expressão de Elba Ramalho a Rainha do Nordeste?
Elba Ramalho – Não sou rainha de nada e nunca ratifiquei esse título, dado carinhosamente pela imprensa e pelos fãs.
Kboing – Você nota alguma diferença do seu público nas diferentes regiões onde realiza seus shows?
Elba Ramalho – Não posso distinguir ou mensurar o público por região ou reação. Todos são especiais e me recebem com atenção e carinho. Cada platéia manifesta-se de um jeito particular e isso é instigante para qualquer artista.
Kboing – Qual é o seu segredo para manter o sucesso ao longo desses 30 anos de carreira?
Elba Ramalho – Não tem segredo, tem trabalho, verdade, originalidade. Sou sempre fiel as minhas raizes e levo a sério tudo que faço. No início desse mês, após um show de lançamento que fiz na Moder Sound, no Rio de Janeiro, com a casa estourando de gente e muita energia boa, ouvi da diretora artística da Biscoito Fino, gravadora que lança meu CD, o seguinte:" Existem cantoras que são só estrelas, outras que são só artistas. Você consegue ser as duas coisas. Parabéns!" Bom, talvez isso defina a razão do sucesso nesses trinta anos de estrada.
Kboing – Além do lançamento de “Bailão de Amor”, os fãs podem esperar mais alguma coisa especial para a comemoração de 30 anos de sua carreira?
Elba Ramalho – Talvez faça outros projetos no segundo semestre, mas prefiro focar agora no novo disco, "Balaio de Amor". Ainda está quentinho e cheio de coisas boas a oferecer a meu público.
Kboing – Musicalmente falando, o que você ainda não fez e tem vontade fazer?
Elba Ramalho – Cantar a obra de Chico Buarque, de Zé Ramalho. Gravar com a Orquestra do Maestro Spok frevos de Recife. Gravar mais um CD em homenagem a Nosaa Senhora...Tantos sonhos...E tantos compositores pra gente interpretar. O tempo é rei, e saberá inspirar, como o sol que brilha na estrada e ainda não passamos.
Kboing – A cantora Elba Ramalho é considerada pela opinião pública uma artista politizada. Qual a sua opinião sobre como o país vem enfrentando essa crise econômica mundial
Elba Ramalho – A crise mundial já estava anunciada há muito tempo. Os equívocos cometidos pelos chefes das grandes potências mundiais, a arbitrariedade de uns, as iniquidades de outros deixaram o mundo doente, carente e repleto de injustiças. Essa crise não é passageira como muitos tentam afirmar e só tende a crescer e espalhar mais desemprego e instabilidade social. O Brasil tem muitos problemas, mas é fortalecido pelas inúmeras possibilidades de desenvolvimento econômico prevista pelos entendidos no assunto, a médio e longo prazo.
Kboing – Deixe uma mensagem para seus fãs.
Elba Ramalho – Queridos amigos de estrada, fãs, afins ou não, ouçam meu novo disco, "Balaio de Amor" e se deliciem com o repertório lindo e apaixonado que embala nosso coração. Obrigada por me possibilitarem estar aqui trinta anos depois, cantando, dançando e espalhando alegria pelo mundo. Nenhuma honra deve ser minha, senão o talento que Deus me deu, a luz que desce do Seu Coração para iluminar as trevas e dissipar as quimeras. Paz, bem e amor!
Créditos: Kboing
Gabriel Lima para o Leoa do Nordeste
Intérprete de sucesso, com seis discos de platina e 13 de ouro acumulados, Elba Ramalho completa 30 anos de carreira e celebra sua trajetória com o álbum “Balaio de Amor”. A cantora trará novidades, um DVD está em seus planos.
O novo show traz repertório baseado no recém-lançado disco repleto de xotes e baiões que tem produção dela e do sanfoneiro Cesinha.
Em “Balaio de Amor”, Elba retoma uma das principais características de sua carreira: a aposta em talentosos compositores, principalmente da Paraíba e de Pernambuco. Os forrós ganham as nuances da intérprete singular que nunca abandonou a veia de atriz, a mesma que no passado abriu o caminho para a cantora.
Filha do sertão nordestino e dona de um timbre inconfundível, Elba Ramalho concedeu entrevista exclusiva ao Kboing, confira:
Kboing – Foi contracenando no teatro que surgiu a sua oportunidade de ingressar na carreira musical? Conte nos um pouquinho desse início.
Elba Ramalho – O teatro foi a base, o esteio para os outros caminhos musicais que se definiram ao longo da minha vida. Desde o inicio na Paraíba, como integrante do Coral falado Manuel Bandeira e depois com o grupo de teatro Chegança com o grande diretor Luis Mendonça até a atuação na peça de Chico Buarque, "A Ópera do Malandro", tudo me serviu de escola para o que sou hoje. Digamos, uma cantriz, mistura de cantora e atriz.
Kboing – Como foi a produção do disco “Bailão de Amor”, lançado este ano, que é assinada por você e o sanfoneiro Cezinha?
Elba Ramalho – Sim, produzimos juntos e tudo foi sugerido pelo Cezinha, desde os compositores às canções escolhidas. Busquei os compositores que mais têm se destacado nesses últimos anos no nordeste, como Acioly Neto, Xico Bezerra, Maciel Melo, Nando Cordel, Terezinha do Acordeon, Cezinha...Queria gravar um disco romântico, com os ritimos que mais gosto de cantar: xotes e baiões. Convidamos Dominguinhos para cantar e o próprio Cezinha canta a música "É só você querer, comigo".
Kboing – Nesse último álbum você se voltou aos compositores nordestinos. Qual foi a intenção em valorizar o trabalho de sua terra?
Elba Ramalho – O nordeste está presente em minha vida como fonte de inspiração e nutriente para o meu canto. Os costumes, as festas tradicionais, como o São João, os ritimos, a alegria contagiante dos forrós...Tem muita gente boa que faz música de qualidade e sabe traduzir nossos costumes e nossa cultura de maneira expressiva. Tenho de registrar isso em DVD. Cezinha tem me mostrado essa musicalidade. Vamos acolher e selecionar essa visão no DVD.
Kboing – Elba você gravou dois CDs antológico com músicas de Gonzagão e Dominguinhos. Essas reafirmações das suas raízes têm sido algo planejado ou vem da sua intuição artística?
Elba Ramalho – Prefiro dizer que sou bastante intuitiva quanto a criação e formulação do meu trabalho. Mas, me sinto envolvida e responsável pelo segmento e manutenção da nossa cultura. A memória precisa ser preservada e nossos ícones, como Gonzaga e Dominguinhos eternizados na nossa história.
Kboing – Por que a expressão de Elba Ramalho a Rainha do Nordeste?
Elba Ramalho – Não sou rainha de nada e nunca ratifiquei esse título, dado carinhosamente pela imprensa e pelos fãs.
Kboing – Você nota alguma diferença do seu público nas diferentes regiões onde realiza seus shows?
Elba Ramalho – Não posso distinguir ou mensurar o público por região ou reação. Todos são especiais e me recebem com atenção e carinho. Cada platéia manifesta-se de um jeito particular e isso é instigante para qualquer artista.
Kboing – Qual é o seu segredo para manter o sucesso ao longo desses 30 anos de carreira?
Elba Ramalho – Não tem segredo, tem trabalho, verdade, originalidade. Sou sempre fiel as minhas raizes e levo a sério tudo que faço. No início desse mês, após um show de lançamento que fiz na Moder Sound, no Rio de Janeiro, com a casa estourando de gente e muita energia boa, ouvi da diretora artística da Biscoito Fino, gravadora que lança meu CD, o seguinte:" Existem cantoras que são só estrelas, outras que são só artistas. Você consegue ser as duas coisas. Parabéns!" Bom, talvez isso defina a razão do sucesso nesses trinta anos de estrada.
Kboing – Além do lançamento de “Bailão de Amor”, os fãs podem esperar mais alguma coisa especial para a comemoração de 30 anos de sua carreira?
Elba Ramalho – Talvez faça outros projetos no segundo semestre, mas prefiro focar agora no novo disco, "Balaio de Amor". Ainda está quentinho e cheio de coisas boas a oferecer a meu público.
Kboing – Musicalmente falando, o que você ainda não fez e tem vontade fazer?
Elba Ramalho – Cantar a obra de Chico Buarque, de Zé Ramalho. Gravar com a Orquestra do Maestro Spok frevos de Recife. Gravar mais um CD em homenagem a Nosaa Senhora...Tantos sonhos...E tantos compositores pra gente interpretar. O tempo é rei, e saberá inspirar, como o sol que brilha na estrada e ainda não passamos.
Kboing – A cantora Elba Ramalho é considerada pela opinião pública uma artista politizada. Qual a sua opinião sobre como o país vem enfrentando essa crise econômica mundial
Elba Ramalho – A crise mundial já estava anunciada há muito tempo. Os equívocos cometidos pelos chefes das grandes potências mundiais, a arbitrariedade de uns, as iniquidades de outros deixaram o mundo doente, carente e repleto de injustiças. Essa crise não é passageira como muitos tentam afirmar e só tende a crescer e espalhar mais desemprego e instabilidade social. O Brasil tem muitos problemas, mas é fortalecido pelas inúmeras possibilidades de desenvolvimento econômico prevista pelos entendidos no assunto, a médio e longo prazo.
Kboing – Deixe uma mensagem para seus fãs.
Elba Ramalho – Queridos amigos de estrada, fãs, afins ou não, ouçam meu novo disco, "Balaio de Amor" e se deliciem com o repertório lindo e apaixonado que embala nosso coração. Obrigada por me possibilitarem estar aqui trinta anos depois, cantando, dançando e espalhando alegria pelo mundo. Nenhuma honra deve ser minha, senão o talento que Deus me deu, a luz que desce do Seu Coração para iluminar as trevas e dissipar as quimeras. Paz, bem e amor!
Créditos: Kboing
Gabriel Lima para o Leoa do Nordeste
Identidade Discreta
O prazer de ouvir a Elba Ramalho mais regional se renova em ´Balaio de Amor´ (Biscoito Fino)
Artista como poucas do cenário musical brasileiro, Elba Ramalho comemora 30 anos de trajetória musical afirmando sua regionalidade e experiência. ´Balaio de Amor´, produzido pelo acordeonista Cezinha, seu namorado, apresenta uma intérprete que tempera bem suas matrizes sonoras com sua maturidade musical. Em xotes, baiões e canções de alguns velhos conhecidos e novos compositores nordestinos, Elba mostra-se feliz, de volta às suas origens, mesmo que isto pareça limitar sua criação, há muito não atrelada apenas à regionalidade. Intérprete universal que Elba se comprova, de maneira mais evidente, numa parceria do velho amigo Dominguinhos com o cearense Fausto Nilo. No texto do encarte do CD, Elba fala na ´nação nordestina´, título de um álbum do primo Zé Ramalho. Identidade que ela preserva em tudo o que faz, até por isso mesmo, com a discrição dos sábios.
Com participações de Dominguinhos e Spok Frevo Orquestra, o álbum reapresenta a Elba mais lírica em relação ao estilo mais agitado, ´enérgico´, a que muita gente ainda associa sua música. Uma Elba senhora de sua voz. De sua obra. De sua identidade. Que chega a soltar seu xote mais firme, em duo com Dominguinhos, em ´Riso Cristalino´ – sucesso do sanfoneiro pernambucano em parceria com Climério Ferreira – e ainda em ´Não lhe solto mais´ – dos velhos amigos paraibanos Antônio Barros e Cecéu, gravados por eles e Jorge de Altinho –, em um dos poucos arranjos diferencias desta sua performance, com a Spok Frevo Orquestra dando um discreto ´tempero´ de gafieira à sua regionalidade. Há também um cuidado em cantar um repertório que saia do óbvio, como em ´Me dá meu coração´ (Accioly Neto). Paradoxalmente, ao menos para seu público mais recente, esta dedicação à linguagem que Elba de certa forma deixou em segundo plano nos últimos anos pode até soar deslocada. Mas quem a escuta com mais regularidade sabe que ela sempre é fiel às suas origens, mesmo quando se dedicou a projetos que ´atualizaram´ sua música.
Amorosos e burilados
Em ´Balaio de Amor´ predomina aquele romantismo característico de projetos mais antigos da cantora, onde o xote e o baião marcavam presença entre canções de um lirismo mais brejeiro, universal. ´É só você querer´ (Nando Cordel), da trilha da novela ´Caras e Bocas´, é um xote com direito ao esperado duo de Elba com Cezinha. Já ´Recado´ (Cezinha/Fábio Simões) tem outra instrumentação mais ousada, com o acordeonista experimentando uma harmonia mais moderna, sutil, alinhavada com o rhodes de Zé Americo Bastos. ´D´estar´ (Eliezer Setton) é outro xote-canção em que a base de Cezinha, Anjo Caldas (percussão) e Fernando Gaby (baixo) mais o vocal de Elba, Jussara e Jurema Lourenço mantém-se fiel à tradição, mas surpreende pela condução próxima ao tango e pelo uso, no título, de uma expressão popular do praticamente desconhecida pela mídia-público do Sul.
O baile amoroso de Elba também dá início à festa em ´Fuxico´ (Flávio Leandro) e ´Um baião chamado saudade´ (Petrúcio Amorim/Rogério Rangel). Nesse balanço, somos presenteados também com ´Oferendar´ (Xico Bizerra/Flávio Leandro), de onde vem o título do disco, mas, nesse seguimento amoroso, nenhuma é mais feliz do que o choro, quase tango, ´Ilusão Nada Mais´ (Dominguinhos/Fausto Nilo), com sax soprano de Leo Gandelman, Cesinha e piano de Zé Américo a ornamentar o belo arranjo, a bela letra, mundana, lírica. Esta, sim, a grande música do disco, moderna, quase fora do seu contexto.
Nesta seqüência final, quatro canções mais buriladas confirmam a proposta discretamente renovadora de Elba, neste reencontro com sua identidade. O coro e os requintes vocais de Elba amenizam a pisada de ´Se tu quiser´ (Xico Bizerra), xote que ganha corpo mais universal ao arranjo de metais de Enok Chagas. Na mesma linha, novamente com a afinação de Elba desfrutando de sua experiência e da (discreta) guitarra do filho Luã Ramalho Mattar, ´Seu aconchego´ (Terezinha do Acordeon/Júnior Vieira) chama para a paz. ´Bebedouro´ (Maciel Melo/Anchieta Dali) tem o frescor de uma artista que transita bem com o pop, novamente com metais em outras levadas, do forró à salsa, sob arranjo de Nilsinho Amarante. Elba leve e solta, a falar de umas dúvidas quase alegres. Como em ´Quem é você´ (Jorge de Altinho), ela volta à matriz romântica de sua MPB, mesmo em dia com a cadência tradicional nordestina. Sem encher-se de convidados, nem esbaldar-se como em ´Flor da Paraíba´, mas contando com um repertório talhado por seu próprio conhecimento do assunto, Elba comprova sua identidade de maneira discreta e coerente.
FIQUE POR DENTRO Uma nordestina rara com raízes e antenas
Dirigir-se à Nação Nordestina com toda essa placidez é tarefa que, aos 57 anos, Elba Ramalho tira de letra. Poderia promover um disco mais vibrante, como o show em dezembro do ano passado, no Kukukaya. Mas ela prefere dosar sua experiência. Antes de iniciar sua trajetória no musical ´Morte e Vida Severina´, ela já mostrava seu talento dramático em Campina Grande. Ainda ali próximo à cidade natal, Conceição, tocou bateria no grupo As Brasas. Estudou Sociologia e Economia. Sem diplomas, atuou em ´Ópera do Malandro´, de Chico Buarque, no palco e no cinema. Em 79, revelou-se cantora com ´Ave Rara´. Superou a imagem da aridez nordestina em álbuns dos anos 90 e 2000, mantendo sua identidade, como comprovou também no DVD ´Raízes e Antenas´, ano passado.
Créditos: Diário do Nordeste
Artista como poucas do cenário musical brasileiro, Elba Ramalho comemora 30 anos de trajetória musical afirmando sua regionalidade e experiência. ´Balaio de Amor´, produzido pelo acordeonista Cezinha, seu namorado, apresenta uma intérprete que tempera bem suas matrizes sonoras com sua maturidade musical. Em xotes, baiões e canções de alguns velhos conhecidos e novos compositores nordestinos, Elba mostra-se feliz, de volta às suas origens, mesmo que isto pareça limitar sua criação, há muito não atrelada apenas à regionalidade. Intérprete universal que Elba se comprova, de maneira mais evidente, numa parceria do velho amigo Dominguinhos com o cearense Fausto Nilo. No texto do encarte do CD, Elba fala na ´nação nordestina´, título de um álbum do primo Zé Ramalho. Identidade que ela preserva em tudo o que faz, até por isso mesmo, com a discrição dos sábios.
Com participações de Dominguinhos e Spok Frevo Orquestra, o álbum reapresenta a Elba mais lírica em relação ao estilo mais agitado, ´enérgico´, a que muita gente ainda associa sua música. Uma Elba senhora de sua voz. De sua obra. De sua identidade. Que chega a soltar seu xote mais firme, em duo com Dominguinhos, em ´Riso Cristalino´ – sucesso do sanfoneiro pernambucano em parceria com Climério Ferreira – e ainda em ´Não lhe solto mais´ – dos velhos amigos paraibanos Antônio Barros e Cecéu, gravados por eles e Jorge de Altinho –, em um dos poucos arranjos diferencias desta sua performance, com a Spok Frevo Orquestra dando um discreto ´tempero´ de gafieira à sua regionalidade. Há também um cuidado em cantar um repertório que saia do óbvio, como em ´Me dá meu coração´ (Accioly Neto). Paradoxalmente, ao menos para seu público mais recente, esta dedicação à linguagem que Elba de certa forma deixou em segundo plano nos últimos anos pode até soar deslocada. Mas quem a escuta com mais regularidade sabe que ela sempre é fiel às suas origens, mesmo quando se dedicou a projetos que ´atualizaram´ sua música.
Amorosos e burilados
Em ´Balaio de Amor´ predomina aquele romantismo característico de projetos mais antigos da cantora, onde o xote e o baião marcavam presença entre canções de um lirismo mais brejeiro, universal. ´É só você querer´ (Nando Cordel), da trilha da novela ´Caras e Bocas´, é um xote com direito ao esperado duo de Elba com Cezinha. Já ´Recado´ (Cezinha/Fábio Simões) tem outra instrumentação mais ousada, com o acordeonista experimentando uma harmonia mais moderna, sutil, alinhavada com o rhodes de Zé Americo Bastos. ´D´estar´ (Eliezer Setton) é outro xote-canção em que a base de Cezinha, Anjo Caldas (percussão) e Fernando Gaby (baixo) mais o vocal de Elba, Jussara e Jurema Lourenço mantém-se fiel à tradição, mas surpreende pela condução próxima ao tango e pelo uso, no título, de uma expressão popular do praticamente desconhecida pela mídia-público do Sul.
O baile amoroso de Elba também dá início à festa em ´Fuxico´ (Flávio Leandro) e ´Um baião chamado saudade´ (Petrúcio Amorim/Rogério Rangel). Nesse balanço, somos presenteados também com ´Oferendar´ (Xico Bizerra/Flávio Leandro), de onde vem o título do disco, mas, nesse seguimento amoroso, nenhuma é mais feliz do que o choro, quase tango, ´Ilusão Nada Mais´ (Dominguinhos/Fausto Nilo), com sax soprano de Leo Gandelman, Cesinha e piano de Zé Américo a ornamentar o belo arranjo, a bela letra, mundana, lírica. Esta, sim, a grande música do disco, moderna, quase fora do seu contexto.
Nesta seqüência final, quatro canções mais buriladas confirmam a proposta discretamente renovadora de Elba, neste reencontro com sua identidade. O coro e os requintes vocais de Elba amenizam a pisada de ´Se tu quiser´ (Xico Bizerra), xote que ganha corpo mais universal ao arranjo de metais de Enok Chagas. Na mesma linha, novamente com a afinação de Elba desfrutando de sua experiência e da (discreta) guitarra do filho Luã Ramalho Mattar, ´Seu aconchego´ (Terezinha do Acordeon/Júnior Vieira) chama para a paz. ´Bebedouro´ (Maciel Melo/Anchieta Dali) tem o frescor de uma artista que transita bem com o pop, novamente com metais em outras levadas, do forró à salsa, sob arranjo de Nilsinho Amarante. Elba leve e solta, a falar de umas dúvidas quase alegres. Como em ´Quem é você´ (Jorge de Altinho), ela volta à matriz romântica de sua MPB, mesmo em dia com a cadência tradicional nordestina. Sem encher-se de convidados, nem esbaldar-se como em ´Flor da Paraíba´, mas contando com um repertório talhado por seu próprio conhecimento do assunto, Elba comprova sua identidade de maneira discreta e coerente.
FIQUE POR DENTRO Uma nordestina rara com raízes e antenas
Dirigir-se à Nação Nordestina com toda essa placidez é tarefa que, aos 57 anos, Elba Ramalho tira de letra. Poderia promover um disco mais vibrante, como o show em dezembro do ano passado, no Kukukaya. Mas ela prefere dosar sua experiência. Antes de iniciar sua trajetória no musical ´Morte e Vida Severina´, ela já mostrava seu talento dramático em Campina Grande. Ainda ali próximo à cidade natal, Conceição, tocou bateria no grupo As Brasas. Estudou Sociologia e Economia. Sem diplomas, atuou em ´Ópera do Malandro´, de Chico Buarque, no palco e no cinema. Em 79, revelou-se cantora com ´Ave Rara´. Superou a imagem da aridez nordestina em álbuns dos anos 90 e 2000, mantendo sua identidade, como comprovou também no DVD ´Raízes e Antenas´, ano passado.
Créditos: Diário do Nordeste
sexta-feira, 22 de maio de 2009
Elba Ramalho é uma das estrelas do Viradão Carioca
Elba Ramalho, Beth Carvalho, Blitz, DJ Marlboro e Rodrigo Maranhão são alguns dos nomes já confirmados na primeira edição do Viradão Carioca, versão da Virada Cultural criada pela Secretaria de Cultura da cidade do Rio. Cerca de 300 atrações - não só de música, mas também de teatro, artes plásticas e cinema - estão programadas para as mais de 48 horas de Viradão, que vai da noite de 5 de junho à do dia 7.
A secretária Jandira Feghali, que divulgou ontem a programação, disse que tudo foi organizado em apenas dois meses. O objetivo era realizar os eventos ainda no primeiro semestre, para marcar "uma nova gestão, uma nova política". "Começamos a pensar no início do ano. A inspiração é na virada paulista, mas é completamente diferente. Aqui serão todas as linguagens artísticas, e na cidade inteira", explicou.
Serão quatro os palcos principais: Praça Quinze, no centro, Cidade do Samba, também no centro, Santa Cruz, na zona oeste, e Madureira, na zona norte. Eventos ao ar livre, todos de graça, serão levados à Lapa, à Copacabana e a outros pontos do centro e zona norte. O palco da Praça Quinze terá como atrações astros de diversos estilos musicais, entre eles o samba, o funk e a MPB. O local também abrigará a abertura oficial do evento, na noite de 5 de junho, com apresentações de Dudu Nobre e Martnália. Já no palco de Santa Cruz, serão homenageados grandes maestros da música brasileira, como Tom Jobim, Nelson Cavaquinho e Heitor Villa-Lobos. Na Cidade do Samba, o público vai poder conferir apresentações que irão mostrar como o samba se misturou a outros ritmos. Para o palco da quadra da Portela, estão programados shows em homenagem ao rei do baião, Luiz Gonzaga. Entre as atrações estão Elba Ramalho, na sexta-feira à noite, e Alceu Valença, no sábado à tarde. A abertura será na Praça Quinze, com Mart''nália. A prefeitura espera que esta seja apenas a primeira de uma série de edições. "A sala de visita do carioca é a rua. Nosso lema é a cultura como um direito à cidade e ocupar os espaços públicos é um passo em direção a isso", disse Jandira. Estão sendo investidos R$ 2 milhões públicos. A TV Globo é parceira e arcará com parte dos cachês dos artistas.
Créditos: Jornal Estado de S. Paulo/ IG (Último Segundo)
Gabriel Lima para o Leoa do Nordeste
A secretária Jandira Feghali, que divulgou ontem a programação, disse que tudo foi organizado em apenas dois meses. O objetivo era realizar os eventos ainda no primeiro semestre, para marcar "uma nova gestão, uma nova política". "Começamos a pensar no início do ano. A inspiração é na virada paulista, mas é completamente diferente. Aqui serão todas as linguagens artísticas, e na cidade inteira", explicou.
Serão quatro os palcos principais: Praça Quinze, no centro, Cidade do Samba, também no centro, Santa Cruz, na zona oeste, e Madureira, na zona norte. Eventos ao ar livre, todos de graça, serão levados à Lapa, à Copacabana e a outros pontos do centro e zona norte. O palco da Praça Quinze terá como atrações astros de diversos estilos musicais, entre eles o samba, o funk e a MPB. O local também abrigará a abertura oficial do evento, na noite de 5 de junho, com apresentações de Dudu Nobre e Martnália. Já no palco de Santa Cruz, serão homenageados grandes maestros da música brasileira, como Tom Jobim, Nelson Cavaquinho e Heitor Villa-Lobos. Na Cidade do Samba, o público vai poder conferir apresentações que irão mostrar como o samba se misturou a outros ritmos. Para o palco da quadra da Portela, estão programados shows em homenagem ao rei do baião, Luiz Gonzaga. Entre as atrações estão Elba Ramalho, na sexta-feira à noite, e Alceu Valença, no sábado à tarde. A abertura será na Praça Quinze, com Mart''nália. A prefeitura espera que esta seja apenas a primeira de uma série de edições. "A sala de visita do carioca é a rua. Nosso lema é a cultura como um direito à cidade e ocupar os espaços públicos é um passo em direção a isso", disse Jandira. Estão sendo investidos R$ 2 milhões públicos. A TV Globo é parceira e arcará com parte dos cachês dos artistas.
Créditos: Jornal Estado de S. Paulo/ IG (Último Segundo)
Gabriel Lima para o Leoa do Nordeste
quinta-feira, 21 de maio de 2009
Disco 'Balaio de Amor' marca os 30 anos de carreira de Elba
O amor não tem regras claras, mas antes de sair da vida de alguém deveria ficar combinado uma última troca de olhares. Afinal, todo sentimento intenso começa com olhos cheios de paixão.
Na prática não é bem assim, mas, na hora do adeus, tudo se torna relevante e, mais do que saber de quem é a culpa, um último olhar poderia deixar a porta entreaberta. É por essa porta que a cantora Elba Ramalho entra com o seu ''Balaio de Amor'', CD que marca os 30 anos de carreira e o primeiro pela Biscoito Fino.
Sempre na mídia tanto por ser uma das grandes expressões da música brasileira - em 2008, Elba faturou o Grammy na Categoria Regional Comtemporâneo - como pelas fofocas em torno da vida pessoal, a cantora diz que o novo disco é amoroso e cheio de olhares.
Mesmo que diga que não quer ser alvo dos fofoqueiros, Elba, 57 anos, não escapou de render comentários sobre um relacionamento com o músico e compositor Cezinha do Acordeon, de 24 anos, que produziu o CD.
Sobre o pernambucano, considerado um dos maiores sanfoneiros da atualidade, apadrinhado de Dominguinhos, a cantora afirma, no encarte do CD: ''A ele toda a minha gratidão e o beijo mais doce. Obrigada por traduzir meus sentimentos em um disco tão bonito''.
O ''Balaio'' traz um time que dispensa apresentações formado ainda pelo próprio Dominguinhos, que também canta em ''Riso Cristalino'', numa parceria com Climério Ferreira; e a composição de Nando Cordel, ''É Só Você Querer'', com participação de Cezinha e sua voz grave. Aliás, Dominguinhos e Cordel são responsáveis por dois grandes sucessos de Elba: ''Gostoso Demais'' e ''De Volta pro Meu Aconchego''.
''O meu amor é seu/É só você querer/Eu faço qualquer coisa/Pra ficar com você'', diz a letra de ''É Só Você Querer'', que ainda fala em dar o coração e o que mais o objeto de desejo sonhar. A cantora quis lançar um CD com canções que, apesar de conhecidas dos nordestinos, parecessem inéditas nas demais regiões.
São xotes e baiões compostos por Accioly Neto, Xico Bezerra, Maciel Melo e Petrúcio Amorim. ''Diga aonde foi que eu errei/Aonde vacilei/Fiquei de fora/Se foi tudo ilusão/Me dá meu coração/Que eu vou embora'', diz ''Me Dá Meu Coração'', de Accioly Neto, uma fatia dessa seleção.
Essa característica de dar oportunidade a compositores tornou Elba a primeira intérprete de Lenine, ajudando também a projetar Geraldo Azevedo, Belchior, Chico César e Lula Queiroga.
Algumas das 14 faixas do CD representam a renovação do forró, que hoje tem subgêneros, como o pé-de-serra, de latada e o universitário, mas sempre na base da sanfona, triângulo e zabumba.
No disco, a formação clássica é reforçada por uma banda formada por Marcos Arcanjo (guitarra e violão); Tostão Queiroga (bateria); Anjo Caldas (percussão); Zé Américo (pad) e Fofão (contrabaixo e baixo acústico).
As participações nordestinas no CD não se resumem ainda as do maestro Spok, no sax alto, que comanda a orquestra pernambucana que leva o seu nome, mas também agregam o compositor do sertão do Araripe, Flávio Leandro, um dos legítimos representantes do legado de Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro.
É de Leandro os versos que capitulam um último olhar no CD: ''O meu amor.../Por causa de uma coisa à toa/Trocou o nosso ninho/Que era coisa boa/Por uma indiferença/Que não tem mais fim''.
Créditos: Folha de Londrina
Gabriel Lima para o Leoa do Nordeste
Na prática não é bem assim, mas, na hora do adeus, tudo se torna relevante e, mais do que saber de quem é a culpa, um último olhar poderia deixar a porta entreaberta. É por essa porta que a cantora Elba Ramalho entra com o seu ''Balaio de Amor'', CD que marca os 30 anos de carreira e o primeiro pela Biscoito Fino.
Sempre na mídia tanto por ser uma das grandes expressões da música brasileira - em 2008, Elba faturou o Grammy na Categoria Regional Comtemporâneo - como pelas fofocas em torno da vida pessoal, a cantora diz que o novo disco é amoroso e cheio de olhares.
Mesmo que diga que não quer ser alvo dos fofoqueiros, Elba, 57 anos, não escapou de render comentários sobre um relacionamento com o músico e compositor Cezinha do Acordeon, de 24 anos, que produziu o CD.
Sobre o pernambucano, considerado um dos maiores sanfoneiros da atualidade, apadrinhado de Dominguinhos, a cantora afirma, no encarte do CD: ''A ele toda a minha gratidão e o beijo mais doce. Obrigada por traduzir meus sentimentos em um disco tão bonito''.
O ''Balaio'' traz um time que dispensa apresentações formado ainda pelo próprio Dominguinhos, que também canta em ''Riso Cristalino'', numa parceria com Climério Ferreira; e a composição de Nando Cordel, ''É Só Você Querer'', com participação de Cezinha e sua voz grave. Aliás, Dominguinhos e Cordel são responsáveis por dois grandes sucessos de Elba: ''Gostoso Demais'' e ''De Volta pro Meu Aconchego''.
''O meu amor é seu/É só você querer/Eu faço qualquer coisa/Pra ficar com você'', diz a letra de ''É Só Você Querer'', que ainda fala em dar o coração e o que mais o objeto de desejo sonhar. A cantora quis lançar um CD com canções que, apesar de conhecidas dos nordestinos, parecessem inéditas nas demais regiões.
São xotes e baiões compostos por Accioly Neto, Xico Bezerra, Maciel Melo e Petrúcio Amorim. ''Diga aonde foi que eu errei/Aonde vacilei/Fiquei de fora/Se foi tudo ilusão/Me dá meu coração/Que eu vou embora'', diz ''Me Dá Meu Coração'', de Accioly Neto, uma fatia dessa seleção.
Essa característica de dar oportunidade a compositores tornou Elba a primeira intérprete de Lenine, ajudando também a projetar Geraldo Azevedo, Belchior, Chico César e Lula Queiroga.
Algumas das 14 faixas do CD representam a renovação do forró, que hoje tem subgêneros, como o pé-de-serra, de latada e o universitário, mas sempre na base da sanfona, triângulo e zabumba.
No disco, a formação clássica é reforçada por uma banda formada por Marcos Arcanjo (guitarra e violão); Tostão Queiroga (bateria); Anjo Caldas (percussão); Zé Américo (pad) e Fofão (contrabaixo e baixo acústico).
As participações nordestinas no CD não se resumem ainda as do maestro Spok, no sax alto, que comanda a orquestra pernambucana que leva o seu nome, mas também agregam o compositor do sertão do Araripe, Flávio Leandro, um dos legítimos representantes do legado de Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro.
É de Leandro os versos que capitulam um último olhar no CD: ''O meu amor.../Por causa de uma coisa à toa/Trocou o nosso ninho/Que era coisa boa/Por uma indiferença/Que não tem mais fim''.
Créditos: Folha de Londrina
Gabriel Lima para o Leoa do Nordeste
24ª edição da Noite Cultural T-Bone com Elba Ramalho
O Açougue T-Bone e a Petrobras apresentam a 24ª edição da Noite Cultural T-Bone que será realizada no próximo dia 28 de maio, na comercial da 312 norte, a partir das 19 horas, com a participação da cantora ELBA RAMALHO que celebra seus 30 anos de carreira com o álbum “Balaio de Amor”. O CD traz canções românticas que fazem reverência ao xote e ao baião, uma ode ao Nordeste de compositores pós-Luiz Gonzaga. O palco será dividido com a BANDA CAPITAL URBANA e com o músico GEORGE DURAND. Entrada franca!
Histórico
Realizada duas vezes por ano, na última quinta-feira do mês de maio e de setembro, a Noite Cultural T-Bone é projeto consolidado pelo público brasiliense. Desde 2003, faz parte do Calendário Cultural Oficial do Distrito Federal (LEI Nº 3.193/03).
Em 1998, ano da primeira edição do projeto, a Noite Cultural foi realizada dentro do açougue e contou com trinta pessoas. Desde então, já participaram mais de 150 mil pessoas e mais de 500 artistas como Moraes Moreira, Chico César, Guilherme Arantes, Célia Porto, Tom Zé, Manassés, João Donato, Flávio Venturine, Geraldo Azevedo, Jorge Mautner, Nelson Jacobina, Geraldo Azevedo, Belchior, Erasmo Carlos, Banda Blitz, Alceu Valença, entre outros, em celebração à arte na comercial da 312 da Asa Norte.
Elba Ramalho celebra seus 30 anos de carreira com o álbum “Balaio de Amor” com canções românticas que fazem reverência ao xote e ao baião, uma ode ao Nordeste de compositores pós-Luiz Gonzaga.
Banda Capital Urbana – Banda brasiliense que homenageia o melhor do rock nacional, com maior ênfase nos anos 80/90, e presta homenagem à Brasília, cidade conhecida por lançar com mérito vários grupos de rock nas últimas duas décadas. É composta por Paulo Mesquita (vocal), Marcio Martins (baixo), Thiago Corteletti (guitarra) e Everton (bateria).
George Durand – Show “Brasileiramente” com cançoes dos seus três CD's: “GEORGE DURAND” (1998); “LIMIAR” (2002) e “QUATRO ELEMENTOS” (2007). Na essência deste trabalho uma perfeita combinação de influências: samba, repente, baião, bossa-nova, jazz e também com canções de Luiz Melodia, Gonzaguinha, Ednardo e Luiz Gonzaga.
Saxofonista João Maria apresentará repertório variado dos anos 60/70, jazz, blues e MPB. Já tocou na abertura de vários shows com astros da música nacional como Elza Soares, Wanderleia, Agnaldo Rayol, Fábio Junior, entre outros.
Patrocínio:
Petrobras
Apoio:
Secretaria de Cultura do Distrito Federal
Informações:
Apresentação: Miquéias Paz
Assessoria de Imprensa T-Bone: Francisca Azevedo 61 8432-3669
Serviço:
Data: 28 de maio de 2009
Horário: 19 horas
Local: Comercial da 312 Norte
Indicativa: livre
Créditos:T-Bone
Gabriel Lima para o Leoado Nordeste
Histórico
Realizada duas vezes por ano, na última quinta-feira do mês de maio e de setembro, a Noite Cultural T-Bone é projeto consolidado pelo público brasiliense. Desde 2003, faz parte do Calendário Cultural Oficial do Distrito Federal (LEI Nº 3.193/03).
Em 1998, ano da primeira edição do projeto, a Noite Cultural foi realizada dentro do açougue e contou com trinta pessoas. Desde então, já participaram mais de 150 mil pessoas e mais de 500 artistas como Moraes Moreira, Chico César, Guilherme Arantes, Célia Porto, Tom Zé, Manassés, João Donato, Flávio Venturine, Geraldo Azevedo, Jorge Mautner, Nelson Jacobina, Geraldo Azevedo, Belchior, Erasmo Carlos, Banda Blitz, Alceu Valença, entre outros, em celebração à arte na comercial da 312 da Asa Norte.
Elba Ramalho celebra seus 30 anos de carreira com o álbum “Balaio de Amor” com canções românticas que fazem reverência ao xote e ao baião, uma ode ao Nordeste de compositores pós-Luiz Gonzaga.
Banda Capital Urbana – Banda brasiliense que homenageia o melhor do rock nacional, com maior ênfase nos anos 80/90, e presta homenagem à Brasília, cidade conhecida por lançar com mérito vários grupos de rock nas últimas duas décadas. É composta por Paulo Mesquita (vocal), Marcio Martins (baixo), Thiago Corteletti (guitarra) e Everton (bateria).
George Durand – Show “Brasileiramente” com cançoes dos seus três CD's: “GEORGE DURAND” (1998); “LIMIAR” (2002) e “QUATRO ELEMENTOS” (2007). Na essência deste trabalho uma perfeita combinação de influências: samba, repente, baião, bossa-nova, jazz e também com canções de Luiz Melodia, Gonzaguinha, Ednardo e Luiz Gonzaga.
Saxofonista João Maria apresentará repertório variado dos anos 60/70, jazz, blues e MPB. Já tocou na abertura de vários shows com astros da música nacional como Elza Soares, Wanderleia, Agnaldo Rayol, Fábio Junior, entre outros.
Patrocínio:
Petrobras
Apoio:
Secretaria de Cultura do Distrito Federal
Informações:
Apresentação: Miquéias Paz
Assessoria de Imprensa T-Bone: Francisca Azevedo 61 8432-3669
Serviço:
Data: 28 de maio de 2009
Horário: 19 horas
Local: Comercial da 312 Norte
Indicativa: livre
Créditos:T-Bone
Gabriel Lima para o Leoado Nordeste
terça-feira, 19 de maio de 2009
Elba Ramalho já garantiu presença no Ensaios de São João
No repertório de Elba canções do seu mais novo disco Balaio de Amor, lançado mês passado em comemoração os 30 anos de carreira
A cantora Elba Ramalho estará em Salvador dia 22 de maio para um show de participação no Ensaio de São João da Estakazero. No repertório canções do seu mais novo disco Balaio de Amor, lançado mês passado pela Biscoito Fino em comemoração os 30 anos de carreira.
Ente as inéditas, muitos xotes e baiões, mas também sucessos como “Bate Coração”, “Forró do Poeirão” e “Eu Quero Meu Amor”. Além do som da paraibana e da Banda Estakazero, anfitriã da festa, o público irá dançar com o trio de forrozeiros Os 3 Matutos, aula de dança com o grupo Cabrueira, Cangaia de Jegue e cantores do axé que terão o desafio de cantar com arranjos feitos pela sanfona e acordeom.
Créditos: Ibahia
Gabriel Lima para o Leoa do Nordeste
A cantora Elba Ramalho estará em Salvador dia 22 de maio para um show de participação no Ensaio de São João da Estakazero. No repertório canções do seu mais novo disco Balaio de Amor, lançado mês passado pela Biscoito Fino em comemoração os 30 anos de carreira.
Ente as inéditas, muitos xotes e baiões, mas também sucessos como “Bate Coração”, “Forró do Poeirão” e “Eu Quero Meu Amor”. Além do som da paraibana e da Banda Estakazero, anfitriã da festa, o público irá dançar com o trio de forrozeiros Os 3 Matutos, aula de dança com o grupo Cabrueira, Cangaia de Jegue e cantores do axé que terão o desafio de cantar com arranjos feitos pela sanfona e acordeom.
Créditos: Ibahia
Gabriel Lima para o Leoa do Nordeste
Nova Enquete
Paraibana arretada Elba chega aos 30 anos de carreira com 30 discos
Não são todos artistas que conseguem a proeza de Elba Ramalho: chegar aos 30 discos em 30 anos de carreira. A diferença é que a cantora paraibana, mesmo tendo passado alguns anos em branco, conseguia manter a sua média com outros em que lançava até dois discos. Neste ano mesmo ela, que acaba de lançar "Balaio do de Amor", com 14 canções inéditas, promete lançar outro projeto especial enfocando as crias de um grande compositor. "Ainda estamos definindo se será Chico Buarque ou Zé Ramalho", diz. Ambos, é bom que se diga, têm importância fundamental na vida da cantora: o primeiro, por presenteá-la com o papel de Lúcia na peça "Ópera do Malandro (e com a canção "O Meu Amor, dividida com Marieta Severo na trilha e no disco da montagem), em 1978, e Zé, por ser primo e pelas canções que já lhe presenteou. Elba, aliás, inicia a contagem das três décadas a partir de seu próprio disco, o excelente "Ave de Prata", de 1979, que deve fazer parte do pacotes de LPs e CDs lançados pela Sony Music na série "Meu Primeiro Disco".
Enquete
Vamos lançar uma nova enquete aqui no blog, dessa vez para sabermos a opinião dos fãs a respeito do possível próximo lançamento da Elba. Qual o cantor/compositor que deve ser homenageado com um disco gravado por Elba, totalmente dedicado a sua obra, Zé ou Chico?
Créditos: Diário de S. Paulo/ Leoa do Nordeste
Não são todos artistas que conseguem a proeza de Elba Ramalho: chegar aos 30 discos em 30 anos de carreira. A diferença é que a cantora paraibana, mesmo tendo passado alguns anos em branco, conseguia manter a sua média com outros em que lançava até dois discos. Neste ano mesmo ela, que acaba de lançar "Balaio do de Amor", com 14 canções inéditas, promete lançar outro projeto especial enfocando as crias de um grande compositor. "Ainda estamos definindo se será Chico Buarque ou Zé Ramalho", diz. Ambos, é bom que se diga, têm importância fundamental na vida da cantora: o primeiro, por presenteá-la com o papel de Lúcia na peça "Ópera do Malandro (e com a canção "O Meu Amor, dividida com Marieta Severo na trilha e no disco da montagem), em 1978, e Zé, por ser primo e pelas canções que já lhe presenteou. Elba, aliás, inicia a contagem das três décadas a partir de seu próprio disco, o excelente "Ave de Prata", de 1979, que deve fazer parte do pacotes de LPs e CDs lançados pela Sony Music na série "Meu Primeiro Disco".
Enquete
Vamos lançar uma nova enquete aqui no blog, dessa vez para sabermos a opinião dos fãs a respeito do possível próximo lançamento da Elba. Qual o cantor/compositor que deve ser homenageado com um disco gravado por Elba, totalmente dedicado a sua obra, Zé ou Chico?
Créditos: Diário de S. Paulo/ Leoa do Nordeste
segunda-feira, 18 de maio de 2009
Noite de autógrafos em Salvador e Recife
Os fãs não podem perder! Será na Livraria Saraiva das respectivas cidades. Acontecerá em Salvador no dia 21 de maio, e no Recife, dia 25.
Qual fã não quer ter seu Balaio de Amor autografado por Elba Ramalho e Cezinha? Aproveite esta oportunidade única e anote o horário e o local da noite de autógrafos em sua cidade:
Dia 21 de maio, em Salvador
às 19h na Livraria Saraiva - Shopping Salvador
Av. Tancredo Neves S/N
Mais informações: (71) 3341-7020
Dia 25 de maio, no Recife
às 19h na Livraria Saraiva - Recife Shopping
Rua Padre Carapuceiro, 777 - Boa Viagem
Mais informações: (81) 3464-9393
Créditos: Site Oficial
Qual fã não quer ter seu Balaio de Amor autografado por Elba Ramalho e Cezinha? Aproveite esta oportunidade única e anote o horário e o local da noite de autógrafos em sua cidade:
Dia 21 de maio, em Salvador
às 19h na Livraria Saraiva - Shopping Salvador
Av. Tancredo Neves S/N
Mais informações: (71) 3341-7020
Dia 25 de maio, no Recife
às 19h na Livraria Saraiva - Recife Shopping
Rua Padre Carapuceiro, 777 - Boa Viagem
Mais informações: (81) 3464-9393
Créditos: Site Oficial
Elba Ramalho e Geraldo Azevedo no Canto da Ema
Dupla relembra clássicos da carreira e novas canções em show para a ONG Bate Coração
Elba Ramalho e Geraldo Azevedo comandam a noite da próxima terça (19), no Canto da Ema. A renda do show será revertida para a ONG Bate Coração, criada pela cantora. Os músicos se unem para relembrar xotes, baiões e forrós sempre lembrados pelo público.
Clássicos consagrados como Anunciação, Chão de Giz, Frevo Mulher, Saudade D´Ocê, Gostoso Demais, Táxi Lunar, Dia Branco, De Volta Pro Aconchego, Xodó, Dois Para Sempre e A Natureza Das Coisas não ficam de fora.
Do novo trabalho de Elba, Balaio de Amor, a plateia pode esperar as músicas Riso Cristalino, Fuxico, Um Baião Chamado Saudade, Seu Aconchego, Se Tu Quiser, Ilusão Nada Mais e É Só Você Querer.
Serviço:
Local: Canto da Ema
Preço(s): R$ 30,00.
Data(s): 19 de maio de 2009.
Horário(s): Terça, 22h30.
Créditos: Guia da Semana
Elba Ramalho e Geraldo Azevedo comandam a noite da próxima terça (19), no Canto da Ema. A renda do show será revertida para a ONG Bate Coração, criada pela cantora. Os músicos se unem para relembrar xotes, baiões e forrós sempre lembrados pelo público.
Clássicos consagrados como Anunciação, Chão de Giz, Frevo Mulher, Saudade D´Ocê, Gostoso Demais, Táxi Lunar, Dia Branco, De Volta Pro Aconchego, Xodó, Dois Para Sempre e A Natureza Das Coisas não ficam de fora.
Do novo trabalho de Elba, Balaio de Amor, a plateia pode esperar as músicas Riso Cristalino, Fuxico, Um Baião Chamado Saudade, Seu Aconchego, Se Tu Quiser, Ilusão Nada Mais e É Só Você Querer.
Serviço:
Local: Canto da Ema
Preço(s): R$ 30,00.
Data(s): 19 de maio de 2009.
Horário(s): Terça, 22h30.
Créditos: Guia da Semana
quinta-feira, 14 de maio de 2009
Elba Ramalho se apresenta amanhã em Rio Preto
Ela tem um ar místico. Uma longa madeixa loira e cacheada. Um gingado, uma mistura de xote, forró, frevo, baião, pastoril e maracatu, totalmente nordestina. No palco, Elba Ramalho é única. Com saia rodada, na maioria das vezes, como uma Clara Nunes moderna, logo a cantora se solta no palco, rodopia, samba, gira os braços tal qual cantoras inesquecíveis e manda olhares sedutores para o público que elogia sua boa forma aos 57 anos. Sua energia cativa até quem não gosta de seu estilo. Há 30 anos, desde o lançamento do CD de estreia, “Ave de Prata”, de 1979, a cantora tem ocupado posição de destaque na canção brasileira. Amparada por 15 LPs e 15 CDs, e pela boa receptividade por onde passa, a cantora faz show amanhã, no Sesc Rio Preto. A apresentação está marcada para as 21h30, no Ginásio de Esportes. Os preços dos ingressos são R$ 7,5 (comerciários), R$ 15 (meia) e R$ 30 (inteira). No sábado, é a vez de Catanduva receber Elba.
O show acontece na área externa do Sesc, a partir das 21 horas. “É um momento muito especial da minha carreira que compartilho com o público de Rio Preto. Estou no auge da maturidade, num estágio de delicadeza, onde olho para trás e vejo um livro escrito com letras douradas, com alguns equívocos, mas com um carreira sólida”, revela Elba por telefone ao Diário. No show Elba Ramalho apresenta músicas do novo CD, “Balaio de Amor”, como “É só você querer”, de Nando Cordel, “Fuxico”, de Flávio Leandro, “Um baião chamado saudade”, de Petrúcio Amorim e Rogério Rangel e também “Oferendar”, de Xico Bizerra e Flávio Leandro. Para contemplar o público que prefere o repertório de seus maiores sucessos, Elba Ramalho tem um bloco do show dedicado a eles, cantando “Gostoso Demais”, de Dominguinhos, “De Volta pro Aconchego”, de Dominguinhos e Nando Cordel.
O cardápio musical traz ainda “Saudade D’Ocê”, de Vital Farias. “Quero apresentar a vocês uma nova safra de canções de compositores ótimos, bastante conhecidos no nordeste, mas sem tanta projeção no sudeste. Estou abrindo espaço para eles e para mim. Estou retomando uma das minhas características, que é apostar em compositores talentosos, principalmente da Paraíba e de Pernambuco”, diz. A banda mostra o desejo da cantora de se entregar às baladas românticas sem se afastar dos primeiros trabalhos. A base sonora clássica comandada por Cezinha, acordeonista pernambucano de 24 anos e atual namorado, que Elba considera um mestre no instrumento, é reforçada pela banda formada basicamente por guitarra/violão de Marcos Arcanjo, bateria de Tostão Queiroga, percussão de Anjo Caldas, pad de Zé Américo e contrabaixo/baixo acústico de Fofão, que dá suporte para que Elba mantenha o brilho de iniciante e contagie o público por onde passa. África, Suíça e Israel são os países que puderam curtir seu ritmo.
Fãs
Na espera do show, a estudante Paola dos Santos, de 18 anos, é só elogios à nova incursão da intérprete de sucesso, com seis discos de platina e 13 de ouro acumulados. “Escutei a voz de Elba pela primeira vez na casa de uma amiga. Gosto muito de seu descolamento para os ritmos nordestinos. Isso faz dela uma das únicas grandes representantes da tradição cultural daquela região”, revela a estudante Paola, que faz faculdade em São Paulo, mas já está com a passagem marcada para retornar a Rio Preto, só para assistir ao show. Quem já garantiu presença na apresentação de Elba em Catanduva é a estudante Luciana Vieira Campos, de 18 anos. “Estou muito ansiosa para assistir Elba. Espero ver uma cantora de passos e gestos sincronizados com as canções embaladas pelo ritmo nordestino”, afirma Luciana, que faz questão de contar que xote, frevo e maracatu lhe são familiares. “Sou filha de baianos. Cresci ouvindo essa mistura”, conta.
Novos rumos
A cantora que viveu durante muitos anos em seu refúgio de Trancoso, na Bahia, mudou-se para o Rio de Janeiro, num espaço paradisíaco, entre a Pedra da Gávea e uma mata fechada. Lugar perfeito para pensar no futuro e finalizar seus trabalhos. Aliás, foi lá, em estúdio dentro da sua casa, que gravou seus dois últimos discos. O mais recente, “Balaio de Amor”, formatado em apenas sete dias. O crédito de toda essa transformação pode ser dado ao namorado Cezinha, 33 anos mais novo que a cantora. Ela, que tem energia de sobra, encontrou no músico a disposição para complementar a vontade de gravar o DVD “Balaio de Amor”, no Recife Antigo, com participação de compositores que fizeram parte de sua carreira. “O Nordeste é rico. Em todas as esquinas há manifestações de cultura, é fonte de inspiração que permanece viva sempre, além da forte tradição junina. Tenho de registrar isso em DVD. Cezinha tem me mostrado essa musicalidade. Vamos acolher e selecionar essa visão no DVD”, revela Elba.
Serviço:
Elba Ramalho - Comemorando 30 anos de carreira”. Show amanhã, às 21h30, no Ginásio de Esportes do Sesc Rio Preto. Ingressos a R$ 7,50, R$ 15 e R$ 30. Informações pelo telefone (17) 3216-9300.
Créditos: Diário Web
O show acontece na área externa do Sesc, a partir das 21 horas. “É um momento muito especial da minha carreira que compartilho com o público de Rio Preto. Estou no auge da maturidade, num estágio de delicadeza, onde olho para trás e vejo um livro escrito com letras douradas, com alguns equívocos, mas com um carreira sólida”, revela Elba por telefone ao Diário. No show Elba Ramalho apresenta músicas do novo CD, “Balaio de Amor”, como “É só você querer”, de Nando Cordel, “Fuxico”, de Flávio Leandro, “Um baião chamado saudade”, de Petrúcio Amorim e Rogério Rangel e também “Oferendar”, de Xico Bizerra e Flávio Leandro. Para contemplar o público que prefere o repertório de seus maiores sucessos, Elba Ramalho tem um bloco do show dedicado a eles, cantando “Gostoso Demais”, de Dominguinhos, “De Volta pro Aconchego”, de Dominguinhos e Nando Cordel.
O cardápio musical traz ainda “Saudade D’Ocê”, de Vital Farias. “Quero apresentar a vocês uma nova safra de canções de compositores ótimos, bastante conhecidos no nordeste, mas sem tanta projeção no sudeste. Estou abrindo espaço para eles e para mim. Estou retomando uma das minhas características, que é apostar em compositores talentosos, principalmente da Paraíba e de Pernambuco”, diz. A banda mostra o desejo da cantora de se entregar às baladas românticas sem se afastar dos primeiros trabalhos. A base sonora clássica comandada por Cezinha, acordeonista pernambucano de 24 anos e atual namorado, que Elba considera um mestre no instrumento, é reforçada pela banda formada basicamente por guitarra/violão de Marcos Arcanjo, bateria de Tostão Queiroga, percussão de Anjo Caldas, pad de Zé Américo e contrabaixo/baixo acústico de Fofão, que dá suporte para que Elba mantenha o brilho de iniciante e contagie o público por onde passa. África, Suíça e Israel são os países que puderam curtir seu ritmo.
Fãs
Na espera do show, a estudante Paola dos Santos, de 18 anos, é só elogios à nova incursão da intérprete de sucesso, com seis discos de platina e 13 de ouro acumulados. “Escutei a voz de Elba pela primeira vez na casa de uma amiga. Gosto muito de seu descolamento para os ritmos nordestinos. Isso faz dela uma das únicas grandes representantes da tradição cultural daquela região”, revela a estudante Paola, que faz faculdade em São Paulo, mas já está com a passagem marcada para retornar a Rio Preto, só para assistir ao show. Quem já garantiu presença na apresentação de Elba em Catanduva é a estudante Luciana Vieira Campos, de 18 anos. “Estou muito ansiosa para assistir Elba. Espero ver uma cantora de passos e gestos sincronizados com as canções embaladas pelo ritmo nordestino”, afirma Luciana, que faz questão de contar que xote, frevo e maracatu lhe são familiares. “Sou filha de baianos. Cresci ouvindo essa mistura”, conta.
Novos rumos
A cantora que viveu durante muitos anos em seu refúgio de Trancoso, na Bahia, mudou-se para o Rio de Janeiro, num espaço paradisíaco, entre a Pedra da Gávea e uma mata fechada. Lugar perfeito para pensar no futuro e finalizar seus trabalhos. Aliás, foi lá, em estúdio dentro da sua casa, que gravou seus dois últimos discos. O mais recente, “Balaio de Amor”, formatado em apenas sete dias. O crédito de toda essa transformação pode ser dado ao namorado Cezinha, 33 anos mais novo que a cantora. Ela, que tem energia de sobra, encontrou no músico a disposição para complementar a vontade de gravar o DVD “Balaio de Amor”, no Recife Antigo, com participação de compositores que fizeram parte de sua carreira. “O Nordeste é rico. Em todas as esquinas há manifestações de cultura, é fonte de inspiração que permanece viva sempre, além da forte tradição junina. Tenho de registrar isso em DVD. Cezinha tem me mostrado essa musicalidade. Vamos acolher e selecionar essa visão no DVD”, revela Elba.
Serviço:
Elba Ramalho - Comemorando 30 anos de carreira”. Show amanhã, às 21h30, no Ginásio de Esportes do Sesc Rio Preto. Ingressos a R$ 7,50, R$ 15 e R$ 30. Informações pelo telefone (17) 3216-9300.
Créditos: Diário Web
quarta-feira, 13 de maio de 2009
O Balaio de Amor de Elba
Elba Ramalho lança álbum em parceria com o namorado, o músico Cezinha, para celebrar os seus 30 anos de carreira e fala sobre a adoção da terceira filha, Paulinha, de seis anos
O novo disco de Elba Ramalho, de 57 anos, celebra não apenas as três décadas de carreira da cantora, mas também seu casamento musical com o acordeonista Cezar Oliveira, o Cezinha, que assina também a produção e os arranjos do álbum batizado de Balaio de Amor. O músico pernambucano de 24 anos, que namora Elba há cerca de oito meses, foi determinante na concepção da obra. "O Cezar me apresentou praticamente o repertório inteiro, me mostrando compositores que eu não conhecia de fato ou só conhecia superficialmente.
Ele ainda trouxe uma sonoridade nova, proveniente do seu estilo de tocar acordeão, que é um diferencial", exalta Elba. O disco foi concebido e gravado na casa da cantora, no bairro carioca do Joá, onde ela tem um estúdio e hospeda Cezinha quando ele está na cidade. O resultado, segundo Elba, espelha bem o seu estado de espírito atual. "É um disco leve, delicado e romântico. Um disco para dançar e tocar o coração. Todo mundo gosta disso, né? Somos todos carentes de afeto."
Elba e Cezinha fazem questão de frisar que são apenas namorados e não pensam em oficializar a união. "Não tem nenhum plano de casamento. A gente só se casou na música, no palco. Ela mora aqui no Rio e eu no Recife, com meus pais", diz o músico. Por conta do lançamento do disco, a cantora já vem se deixando fotografar ao lado do namorado, o que era impensável no começo da relação, iniciada em setembro do ano passado, semanas depois de ela anunciar sua separação do empresário Gaetano Lopes, com quem foi casada por 12 anos. "Meu namoro com o Cezar não tem relação alguma com minha separação. É uma história completamente diferente, uma história de muita afinidade por conta da música. Lógico que ele é um homem bonito e encantador, mas a gente prefere dizer apenas que ele toca e eu canto."
No balanço dos seus 30 anos, Elba só se altera quando lhe perguntam se ela não sente-se atualmente um pouco à margem dos holofotes em relação às cantoras de gerações mais novas da MPB. Ela argumenta que faz 15 shows por mês, sempre em casas lotadas, seja no Brasil ou no Exterior, e que nunca recebeu tantas críticas positivas quanto agora. "Talvez eu não esteja sendo a marqueteira que outras cantoras estão sendo. Mas não estou no Faustão todo domingo por opção minha. Eu poderia estar fazendo um "Banho de Cheiro" a cada ano. Seria fácil, mas não sou clichê e estou feliz com a condução da minha carreira e com o meu público, que não é nada inexpressivo." No momento, o casal e a banda vêm preparando o repertório para a maratona de festas juninas no Nordeste.
A ideia é mesclar as canções de Balaio de Amor com clássicos da própria Elba e do forró, um gênero ao qual ela não dedicava um disco desde 1998, quando lançou Flor da Paraíba. Isso é só o começo, a celebração dos 30 anos vai ser extensa, com gravação de DVD em praça pública, dois discos e uma grande festa com convidados com os quais já cantou. "Vai ser lindo levar o Chico Buarque para cantar "O Meu Amor' comigo, reunir minhas amigas de palco, como Margareth Menezes, Ivete Sangalo... os meus queridos Geraldo Azevedo, Alceu Valença e todo mundo", planeja a cantora.
Casa cheia
Além de celebrar as três décadas de estrada, Elba comemora também a integração de Paulinha, de seis anos, à família desde o final do ano passado. É a terceira filha adotiva da cantora - que já tem Maria Clara, de sete anos, e Maria Esperança, de dois anos, - e a quarta do clã, que inclui o filho Luã, de 21 anos. Elba ajudava financeiramente a família de Paula havia cinco anos, para que a mãe não a abandonasse e à irmã, Maria Eduarda. Mesmo com as contribuições mensais da cantora, as meninas foram colocadas em um orfanato e passaram um ano dizendo para as assistentes sociais que tinham a cantora como madrinha, sem serem levadas a sério. Até que em meados de 2008, uma das funcionárias do orfanato resolveu ligar para Elba e comentar a situação.
Ela não titubeou, pegou imediatamente um avião para Minas Gerais e entrou com um processo de adoção da caçula, Paulinha, enquanto uma amiga paulistana fazia o mesmo com Maria Eduarda. "Elas sofreram muito, passaram um ano chorando e já iam ser destinadas à adoção, quando eu as reencontrei", lembra. A guarda ainda não é definitiva, mas a menina já mora com Elba e frequenta a mesma escola que suas novas irmãs. "Sou apaixonada pelas meninas. E ai de quem me disser que elas não são minhas. Sou mãe com todas as letras e me orgulho das crianças", enfatiza a cantora.
Créditos: ISTOÉ Gente
O novo disco de Elba Ramalho, de 57 anos, celebra não apenas as três décadas de carreira da cantora, mas também seu casamento musical com o acordeonista Cezar Oliveira, o Cezinha, que assina também a produção e os arranjos do álbum batizado de Balaio de Amor. O músico pernambucano de 24 anos, que namora Elba há cerca de oito meses, foi determinante na concepção da obra. "O Cezar me apresentou praticamente o repertório inteiro, me mostrando compositores que eu não conhecia de fato ou só conhecia superficialmente.
Ele ainda trouxe uma sonoridade nova, proveniente do seu estilo de tocar acordeão, que é um diferencial", exalta Elba. O disco foi concebido e gravado na casa da cantora, no bairro carioca do Joá, onde ela tem um estúdio e hospeda Cezinha quando ele está na cidade. O resultado, segundo Elba, espelha bem o seu estado de espírito atual. "É um disco leve, delicado e romântico. Um disco para dançar e tocar o coração. Todo mundo gosta disso, né? Somos todos carentes de afeto."
Elba e Cezinha fazem questão de frisar que são apenas namorados e não pensam em oficializar a união. "Não tem nenhum plano de casamento. A gente só se casou na música, no palco. Ela mora aqui no Rio e eu no Recife, com meus pais", diz o músico. Por conta do lançamento do disco, a cantora já vem se deixando fotografar ao lado do namorado, o que era impensável no começo da relação, iniciada em setembro do ano passado, semanas depois de ela anunciar sua separação do empresário Gaetano Lopes, com quem foi casada por 12 anos. "Meu namoro com o Cezar não tem relação alguma com minha separação. É uma história completamente diferente, uma história de muita afinidade por conta da música. Lógico que ele é um homem bonito e encantador, mas a gente prefere dizer apenas que ele toca e eu canto."
No balanço dos seus 30 anos, Elba só se altera quando lhe perguntam se ela não sente-se atualmente um pouco à margem dos holofotes em relação às cantoras de gerações mais novas da MPB. Ela argumenta que faz 15 shows por mês, sempre em casas lotadas, seja no Brasil ou no Exterior, e que nunca recebeu tantas críticas positivas quanto agora. "Talvez eu não esteja sendo a marqueteira que outras cantoras estão sendo. Mas não estou no Faustão todo domingo por opção minha. Eu poderia estar fazendo um "Banho de Cheiro" a cada ano. Seria fácil, mas não sou clichê e estou feliz com a condução da minha carreira e com o meu público, que não é nada inexpressivo." No momento, o casal e a banda vêm preparando o repertório para a maratona de festas juninas no Nordeste.
A ideia é mesclar as canções de Balaio de Amor com clássicos da própria Elba e do forró, um gênero ao qual ela não dedicava um disco desde 1998, quando lançou Flor da Paraíba. Isso é só o começo, a celebração dos 30 anos vai ser extensa, com gravação de DVD em praça pública, dois discos e uma grande festa com convidados com os quais já cantou. "Vai ser lindo levar o Chico Buarque para cantar "O Meu Amor' comigo, reunir minhas amigas de palco, como Margareth Menezes, Ivete Sangalo... os meus queridos Geraldo Azevedo, Alceu Valença e todo mundo", planeja a cantora.
Casa cheia
Além de celebrar as três décadas de estrada, Elba comemora também a integração de Paulinha, de seis anos, à família desde o final do ano passado. É a terceira filha adotiva da cantora - que já tem Maria Clara, de sete anos, e Maria Esperança, de dois anos, - e a quarta do clã, que inclui o filho Luã, de 21 anos. Elba ajudava financeiramente a família de Paula havia cinco anos, para que a mãe não a abandonasse e à irmã, Maria Eduarda. Mesmo com as contribuições mensais da cantora, as meninas foram colocadas em um orfanato e passaram um ano dizendo para as assistentes sociais que tinham a cantora como madrinha, sem serem levadas a sério. Até que em meados de 2008, uma das funcionárias do orfanato resolveu ligar para Elba e comentar a situação.
Ela não titubeou, pegou imediatamente um avião para Minas Gerais e entrou com um processo de adoção da caçula, Paulinha, enquanto uma amiga paulistana fazia o mesmo com Maria Eduarda. "Elas sofreram muito, passaram um ano chorando e já iam ser destinadas à adoção, quando eu as reencontrei", lembra. A guarda ainda não é definitiva, mas a menina já mora com Elba e frequenta a mesma escola que suas novas irmãs. "Sou apaixonada pelas meninas. E ai de quem me disser que elas não são minhas. Sou mãe com todas as letras e me orgulho das crianças", enfatiza a cantora.
Créditos: ISTOÉ Gente
Rapidinhas
Dia brasileiro nos EUA: O show Brazilian Day, marcado para início de setembro em Nova York, com promoção da Globo, já tem seus convidados definidos.
Além dos sertanejos Victor e Léo, estarão se apresentando para os brasileiros que vivem nos Estados Unidos, Marcelo D2, Arlindo Cruz, Alcione, Elba Ramalho e Carlinhos Brown.
Elba no Vídeo Show: A cantora irá participar do quadro “Segue a Trilha” no programa que será exibido nesta quarta-feira (13), a partir das 13h45, na TV Globo.
No quadro “Segue a Trilha”, Elba irá lembrar de canções suas eternizadas em trilhas de novelas da Rede Globo. E são muitas! Desde De volta ao aconchego, da trilha da novela Roque Santeiro, a Amplidão, de Páginas da Vida, até É só você querer.
Créditos: Cosmo/ Site Oficial
Além dos sertanejos Victor e Léo, estarão se apresentando para os brasileiros que vivem nos Estados Unidos, Marcelo D2, Arlindo Cruz, Alcione, Elba Ramalho e Carlinhos Brown.
Elba no Vídeo Show: A cantora irá participar do quadro “Segue a Trilha” no programa que será exibido nesta quarta-feira (13), a partir das 13h45, na TV Globo.
No quadro “Segue a Trilha”, Elba irá lembrar de canções suas eternizadas em trilhas de novelas da Rede Globo. E são muitas! Desde De volta ao aconchego, da trilha da novela Roque Santeiro, a Amplidão, de Páginas da Vida, até É só você querer.
Créditos: Cosmo/ Site Oficial
Elba Ramalho é flagrada aos beijos com o namorado
Casal trocou carinhos na noite desta terça-feira, 12, no Leblon
O clima esquentou na noite desta terça-feira, 12, no Leblon, Zona Sul do Rio. Elba Ramalho foi flagrada aos beijos com o namorado, o músico Cezinha do Acordeon. O casal não fez nenhuma questão de esconder o clima de romance.
Créditos: Ego
O clima esquentou na noite desta terça-feira, 12, no Leblon, Zona Sul do Rio. Elba Ramalho foi flagrada aos beijos com o namorado, o músico Cezinha do Acordeon. O casal não fez nenhuma questão de esconder o clima de romance.
Créditos: Ego
segunda-feira, 11 de maio de 2009
Making of da sessão de fotos de Elba
Fotos feitas por Eva Duarte,durante o ensaio fotográfico realizado para o CD Balaio de Amor.
Eva foi responsável pelos lindos detalhes em origami na cabeça, pulseiras, os aplicados no vestido e também no balanço do cenário.
Parabéns pelo seu belo trabalho Eva, interessados em conhecer mais do trabalho dela? É só clicar aqui e conferir uma infinidade de coisas bonitas no Blog Dobrinhas.
Créditos: Fotos Eva Duarte/ Leoa do Nordeste
Garota propaganda
Por onde passa para divulgar o novo CD Balaio de Amor, Elba Ramalho rasga elogios ao fotógrafo pernambucano Renato Filho, responsável pela capa, contra-capa e recheio do encarte do álbum e que ela divulgando como o "gênio da fotografia brasileira". Foi assim, no Sem Censura, Mais Você, Entre Aspas (Globo News), e outros. Renato não só clicou Elba, mas também foi responsável pela concepção artística do CD. A cantora, inspirada no Calendário 2006 do fotógrafo, que ela folheou no atelier de Eduardo Ferreira, pediu uma produção de boneca de pano, dia e noite, e assim foi feito.
Créditos: Pe 360 Graus
Créditos: Pe 360 Graus
Biscoito Fino entra no terreno popular com Elba
O recente lançamento pela Biscoito Fino do CD comemorativo dos 30 anos de carreira de Elba Ramalho, Balaio de Amor, impõe curioso desafio à mais importante gravadora indie do mercado fonográfico brasileiro: fazer o disco de Elba (em foto de Renato Filho) chegar ao seu principal público-alvo. Parece fácil, mas pode vir a ser difícil se não houver alteração na rota de distribuição. Até então, a Biscoito Fino sempre lançou CDs e DVDs dirigidos às chamadas elites. Até mesmo os recentes álbuns de Maria Bethânia e Chico Buarque - as duas maiores estrelas da companhia - foram trabalhos que não miravam o chamado povão. Não é o caso de Balaio de Amor, álbum em que Elba faz pulsar novamente sua veia popular com a gravação de canções e xotes românticos de pegada mais simples (nem por isso menos interessante). No seu nicho de mercado, centrado nas classes A e B, a Biscoito Fino sempre encontrou um público disposto a pagar mais por um produto de qualidade mais apurada. Inclusive na parte gráfica. Gente habituada a comprar discos pela internet. Mas o CD de Elba precisa chegar em outras classes e meios para encontrar o seu público. Se a gravadora vencer esse desafio, todos têm a ganhar...
Créditos: Notas Musicais
Créditos: Notas Musicais
Elba todo amor
Há dois anos, Elba Ramalho, 57, lançava um disco antenado, pop e contemporâneo. Produzido por Lula Queiroga, entre outros, Qual O Assunto Que Mais Lhe Interessa? rendeu à cantora paraibana seu primeiro Grammy Latino, um tremendo reconhecimento para quem faz música no Brasil.
O Grammy marca, segundo Elba, uma fase esplendorosa em sua carreira. “Estou na fase de cantar. Eu acho que estou cantando melhor do que nunca. E isso para mim é uma honra. A crítica, o público... todo mundo está falando que eu estou no auge da minha maturidade”, conta a própria Elba, por telefone, do Rio, ao JORNAL DA PARAÍBA.
É nesse alto astral que ela coroa seus 30 anos de carreira. E para celebrar o momento, lança um disco de forró, um disco de forró arretado. Balaio de Amor, que sai pela Biscoito Fino, é um álbum que, de acordo com a própria Elba, celebra o amor. “Desta vez, eu queria saudar o amor. Fazer um disco que pudesse ser romântico, que pudesse ser popular e pudesse animar o São João de cada pessoa aí do Nordeste”, conta Elba, que emenda: “Porque a música popular é a forma do meu trabalho”.
O amor vem da nova paixão da cantora: o sanfoneiro pernambucano Cézar Thomaz, o Cezinha, 24. Cezinha, ex-discípulo de Dominguinhos (a voz do jovem é igual à do mestre, diga-se de passagem) está na banda de Elba desde julho do ano passado e topou produzir o novo álbum da cantora, junto com ela.
“O Cézar foi o esteio desse disco”, assume Elba. “Muitos dos compositores que estão no CD, foi ele quem me apresentou”, continha. “Na verdade, o Cézar me inspirou muito nesse disco, me acompanhou, me direcionou, arranjou as músicas, fez o disco. Na verdade, eu queria dar esse destaque a ele, esse músico jovem muito talentoso”.
Cézar vem de uma família humilde do Recife. Começou a tocar sanfona, sozinho, aos 13 anos e logo já sustentava a família de oito pessoas com sua música. Caiu nas graças de Dominguinhos, que apresentou o jovem músico à Elba já há alguns anos. Em 2008, com a saída de Toninho Ferragutti, e de passagem por Recife, Elba lembrou-se do prodígio sanfoneiro e convidou-o a integrar seu grupo.
Cezinha reuniu um time de compositores de primeira para Elba cantar. É gente da nova geração, que brota tanto em Pernambuco, como aqui na Paraíba. Estão lá Xico Bezerra (“Se tu quiser”), Petrício Amorim e Rogério Rangel (“Um baião chamado saudade”), Maciel Melo e Anchieta Dali (“Bebedouro”), Flávio Leandro (“Fuxico”) e Accioly Neto (“Me dá meu coração”), entre outros.
“Eu queria mostrar que ainda é possível fazer um disco de qualidade, sem ser apelativo. Mostrar que tem gente nova, talentosa, aparecendo, e que não são bandas de quinta categoria fazendo um forró leviano e pornográfico. Queria fazer um disco para resgatar o que é bom, para a gente não matar a memória e não matar a honra da música nordestina”, discursou.
Balaio de Amor é um disco simples, de raiz. É a voz de Elba, a sanfona de Cezinha (que ainda canta com Elba em “É só você querer”, canção inédita de Nando Cordel), zabumba e triângulo (com um pouco de guitarra, baixo, bateria...). O mestre Dominguinhos dá o ar da graça em “Riso Cristalino”, parceria dele com Climério Ferreira, e além da nova geração, a cantora resgata o clássico “Não lhe solto mais”, de Antonio Barros e Cecéu. Bom todo, Balaio... é sim um disco simples e cativante.
Cantora quer lançar outro disco ainda este ano
Os 30 anos de carreira de Elba, no entanto, não irão se resumir a um bom álbum. Ao JORNAL DA PARAÍBA, a cantora revelou que, para o segundo semestre, quer lançar um outro disco. “Estou entre um tributo ao Chico Buarque, que está comemorando 30 anos do disco A Ópera do Malandro, que marcou minha estreia, ou então Elba Canta Zé Ramalho, que é um pedido dos fãs”, adiantou.
Por enquanto, certo mesmo é o disco que une Elba Ramalho e a Spok Frevo Orquestra, do Recife, programado para o carnaval do ano que vem. É, Elba está com todo gás.
Créditos: Jornal da Paraíba
O Grammy marca, segundo Elba, uma fase esplendorosa em sua carreira. “Estou na fase de cantar. Eu acho que estou cantando melhor do que nunca. E isso para mim é uma honra. A crítica, o público... todo mundo está falando que eu estou no auge da minha maturidade”, conta a própria Elba, por telefone, do Rio, ao JORNAL DA PARAÍBA.
É nesse alto astral que ela coroa seus 30 anos de carreira. E para celebrar o momento, lança um disco de forró, um disco de forró arretado. Balaio de Amor, que sai pela Biscoito Fino, é um álbum que, de acordo com a própria Elba, celebra o amor. “Desta vez, eu queria saudar o amor. Fazer um disco que pudesse ser romântico, que pudesse ser popular e pudesse animar o São João de cada pessoa aí do Nordeste”, conta Elba, que emenda: “Porque a música popular é a forma do meu trabalho”.
O amor vem da nova paixão da cantora: o sanfoneiro pernambucano Cézar Thomaz, o Cezinha, 24. Cezinha, ex-discípulo de Dominguinhos (a voz do jovem é igual à do mestre, diga-se de passagem) está na banda de Elba desde julho do ano passado e topou produzir o novo álbum da cantora, junto com ela.
“O Cézar foi o esteio desse disco”, assume Elba. “Muitos dos compositores que estão no CD, foi ele quem me apresentou”, continha. “Na verdade, o Cézar me inspirou muito nesse disco, me acompanhou, me direcionou, arranjou as músicas, fez o disco. Na verdade, eu queria dar esse destaque a ele, esse músico jovem muito talentoso”.
Cézar vem de uma família humilde do Recife. Começou a tocar sanfona, sozinho, aos 13 anos e logo já sustentava a família de oito pessoas com sua música. Caiu nas graças de Dominguinhos, que apresentou o jovem músico à Elba já há alguns anos. Em 2008, com a saída de Toninho Ferragutti, e de passagem por Recife, Elba lembrou-se do prodígio sanfoneiro e convidou-o a integrar seu grupo.
Cezinha reuniu um time de compositores de primeira para Elba cantar. É gente da nova geração, que brota tanto em Pernambuco, como aqui na Paraíba. Estão lá Xico Bezerra (“Se tu quiser”), Petrício Amorim e Rogério Rangel (“Um baião chamado saudade”), Maciel Melo e Anchieta Dali (“Bebedouro”), Flávio Leandro (“Fuxico”) e Accioly Neto (“Me dá meu coração”), entre outros.
“Eu queria mostrar que ainda é possível fazer um disco de qualidade, sem ser apelativo. Mostrar que tem gente nova, talentosa, aparecendo, e que não são bandas de quinta categoria fazendo um forró leviano e pornográfico. Queria fazer um disco para resgatar o que é bom, para a gente não matar a memória e não matar a honra da música nordestina”, discursou.
Balaio de Amor é um disco simples, de raiz. É a voz de Elba, a sanfona de Cezinha (que ainda canta com Elba em “É só você querer”, canção inédita de Nando Cordel), zabumba e triângulo (com um pouco de guitarra, baixo, bateria...). O mestre Dominguinhos dá o ar da graça em “Riso Cristalino”, parceria dele com Climério Ferreira, e além da nova geração, a cantora resgata o clássico “Não lhe solto mais”, de Antonio Barros e Cecéu. Bom todo, Balaio... é sim um disco simples e cativante.
Cantora quer lançar outro disco ainda este ano
Os 30 anos de carreira de Elba, no entanto, não irão se resumir a um bom álbum. Ao JORNAL DA PARAÍBA, a cantora revelou que, para o segundo semestre, quer lançar um outro disco. “Estou entre um tributo ao Chico Buarque, que está comemorando 30 anos do disco A Ópera do Malandro, que marcou minha estreia, ou então Elba Canta Zé Ramalho, que é um pedido dos fãs”, adiantou.
Por enquanto, certo mesmo é o disco que une Elba Ramalho e a Spok Frevo Orquestra, do Recife, programado para o carnaval do ano que vem. É, Elba está com todo gás.
Créditos: Jornal da Paraíba
sábado, 9 de maio de 2009
30 Anos de Amor
2009: Há exatos 30 anos, a música brasileira foi surpreendida por um furação, por uma mensageira da alegria vinda das bandas da Paraíba, uma AVE DE PRATA que resolvera deixar em segundo plano sua promissora carreira de atriz para enveredar pelos caminhos da música. E essa paraibana arretada trouxe em seu matulão canções com o cheiro do CAPIM DO VALE, com os sabores do sertão nordestino, com os espinhos da caatinga, as cores das festas de São João e do carnaval. E trouxe ao eixo Rio-São Paulo a poesia, a harmonia de mestres até então desconhecidos ou pouco valorizados por aqui, como Elomar, Vital Farias, Pedro Osmar, Jatobá, dentre tantos outros. E essa foi a missão, a profissão de fé de ELBA em todos esses anos: cantar o seu povo, revelar para o grande público compositores e poetas e, acima de tudo, defender e transmitir a cultura nordestina (e por que não dizer a cultura brasileira em geral) com uma verdade jamais vista. Como não podia deixar de ser, Elba resolveu comemorar seus trinta anos de estrada (na verdade muitos mais; afinal são trinta anos apenas de gravação do primeiro disco) novamente glorificando suas origens, o seu povo. E fez isso com a maior ALEGRIA, deixando aflorar seus sentimentos, seu CORAÇÃO BRASILEIRO, presenteando seus fãs que a acompanharam em toda essa caminhada com um trabalho DO JEITO QUE A GENTE GOSTA.
A primeira música ouvida por quem coloca o novo cd de Elba para tocar é a deliciosa Fuxico (Flávio Leandro) que fala de um grande amor que acabou, como tantos por aí, por causa de um fuxico, uma coisa a toa, mas que jamais será esquecido por quem foi abandonado injustamente... O clima de amores desfeitos, dores de amor e saudades continua com a belíssima canção Um Baião Chamado Saudade (Petrúcio Amorim e Rogério Rangel); na qual, sabiamente, os compositores e a cantora questionam: “como tirar do coração o que não sai da cabeça”. E essa canção, com seu arranjo atraente e delicado, dificilmente sairá da cabeça (e do coração) dos ouvintes de Elba, que, na seqüência, nos encanta com seu dueto amoroso com Dominguinhos em um clássico desse grande mestre de Garanhuns e de Climério Ferreira: Riso Cristalino. A canção combina demais com Elba, cujo olhar, realmente, “não leva jeito de chorar”; muito pelo contrário, ela quer é botar FOGO NA MISTURA com a dançante Não Lhe Solto Mais (Antonio Barros & Cecéu). Impossível não REMEXER ao som da voz de Elba, temperada com o arranjo de metais envenenados e cada vez mais competentes dos meninos da Spok Frevo Orquestra e de Nilsinho da Trombonada. Quem, a essa altura, já afastou os móveis da sala e caiu no forró, pode agora relaxar ou dançar agarradinho a próxima canção: a romântica Me Dá Meu Coração (Accioly Neto), uma das tantas belas canções de amores desfeitos presentes nesse novo disco de Elba. Mas, há também declarações a amores, aparentemente, correspondidos, em canções que caíram como uma luva para a fase atual da mulher Elba Maria Nunes Ramalho. Em Oferendar (Xico Bizerra & Flávio Leandro), o apaixonado se declara de uma forma extremamente poética: “deixa eu fecundar tua semente, no ventre de uma chuva fina e a cada manhã meu amor te oferendar”. E tudo com o auxílio luxuoso de Lui Coimbra no violoncelo. Na seqüência, É Só Você Querer (Nando Cordel), uma das canções românticas mais lindas já gravadas por Elba durante todos esses anos. O dueto da cantora com seu “parceiro de todas as horas”, Cezinha, emociona. E o que dizer de Recado (Cezinha & Fábio Simões)? Quem ouvir, certamente, entenderá o recado de certo sanfoneiro virtuose para sua musa inspiradora... Musa essa que também inspira o Brasil há três décadas... E que confessa que não é mesmo de ficar sofrendo muito tempo por um amor que já acabou: “sozinha eu não fico não” ela canta em D´Estar (Eliezer Setton). Na próxima canção do disco, ELBA deixa aflorar seu lado cantriz na belissimamente dramática Ilusão Nada Mais (Dominguinhos & Fausto Nilo), que nos remete as grandes canções de amores não correspondidos ou terminados compostas por mestres da mpb dos anos 30 e 40. A cantora dilacera o coração cantando: “Preste atenção que eu estou cantando, Enquanto choro, Com frases de botequim. É mesmo assim a realidade, Dá vontade de chorar no fim”. Para dar um charme todo especial, há ainda a participação do sax de Léo Gandeman. Essa canção é, sem dúvida, um belo FRUTO que Elba nos oferece nesse disco tão especial... O clima do cd volta a ficar leve e dançante na deliciosa Se Tu Quiser (Xico Bizerra), mais uma das canções iluminadas pelos metais da Spok e da Trombonada. Outra bela declaração de amor para namorar e dançar agarradinho... A canção seguinte, Meu Aconchego (Terezinha do Acordeon & Junior Vieira), ao meu ver, parece um pedido de Elba para que nós, fãs, continuemos sempre a apoiando e torcendo por ela: “Canto como canta o sabiá, O curió e o poeta beija-flor. Quero prá sempre desfrutar, Seu aconchego, sua paz e seu amor. Se estou triste você chora, Se estou feliz sorri comigo. Sei que nunca vai embora, É seguro o seu abrigo”. A penúltima canção é outro forró arretado e incendiário: Bebedouro (Maciel Melo & Anchieta Dali); pra dançar muito no próximo São João sertão a fora... O cd termina com Quem é Você (Jorge de Altinho), que nos dá a sensação de ter sido escolhida para agradecer a um certo anjo que apareceu recentemente na vida de Elba e a deixou ainda mais feliz... O ouvinte que chegar até aqui terá conhecido mais um excelente trabalho de uma das mais importantes cantoras da música POPULAR BRASILEIRA e, com certeza ficará ansioso para ver ELBA AO VIVO interpretando esse belíssimo repertório de amor, transbordando FELICIDADE URGENTE, com sua presença de palco incomparável, seu perfume de rosas e todo seu ENCANTO.
Não posso falar nas comemorações dos trinta anos de carreira dessa guerreira sem destacar sua coragem, sua firmeza em seus princípios artísticos e musicais; Elba nunca teve medo de nada, não mudou seu estilo, seu repertório para agradar a ninguém. Muito pelo contrário; sempre ousou, sempre entrou na jaula dos leões (críticos e tanta gente que tentou minimizar seu talento) com determinação e com força quase que dizendo: DEVORA-ME. Fez questão de levar para o estúdio e para os palcos a sua natureza, a sua PAISAGEM com a força de um autêntico LEÃO DO NORTE. Desde que deixou sua terra natal, Conceição, sonhava com um “lugar no sol de Ipanema, Cinema e Televisão”, como dizia Chico Buarque em sua bela canção BAIOQUE, e a FLOR DA PARAÍBA conseguiu tudo isso e muito mais com garra, determinação, caráter e, acima de tudo, trabalho e verdade. Sua energia SOLAR se tornou marca registrada no mundo todo; mostrou que é uma cantora completa e não somente uma forrozeira: canta o nordeste, mas também canta qualquer canção do mundo que lhe emocione; é CIRANDEIRA, CANTA LUIZ, mas também canta Chico Buarque, Cole Porter, Gershwin, Quincy Jones, Billie Holyday... Assistir e ouvir ELBA AO VIVO é embarcar num carrossel de emoções, formado sempre por belas canções. Está sempre disposta a compartilhar, a fazer parcerias – ELBA E DOMINGUINHOS, por exemplo . E como todo grande artista, está sempre questionando: ei, você aí: QUAL O ASSUNTO QUE MAIS LHE INTERESSA? Para Elba, nesse tempo todo de carreira o assunto que mais lhe interessou foi o amor, um BALAIO DE AMOR...
Créditos: Gabriel Lima
A primeira música ouvida por quem coloca o novo cd de Elba para tocar é a deliciosa Fuxico (Flávio Leandro) que fala de um grande amor que acabou, como tantos por aí, por causa de um fuxico, uma coisa a toa, mas que jamais será esquecido por quem foi abandonado injustamente... O clima de amores desfeitos, dores de amor e saudades continua com a belíssima canção Um Baião Chamado Saudade (Petrúcio Amorim e Rogério Rangel); na qual, sabiamente, os compositores e a cantora questionam: “como tirar do coração o que não sai da cabeça”. E essa canção, com seu arranjo atraente e delicado, dificilmente sairá da cabeça (e do coração) dos ouvintes de Elba, que, na seqüência, nos encanta com seu dueto amoroso com Dominguinhos em um clássico desse grande mestre de Garanhuns e de Climério Ferreira: Riso Cristalino. A canção combina demais com Elba, cujo olhar, realmente, “não leva jeito de chorar”; muito pelo contrário, ela quer é botar FOGO NA MISTURA com a dançante Não Lhe Solto Mais (Antonio Barros & Cecéu). Impossível não REMEXER ao som da voz de Elba, temperada com o arranjo de metais envenenados e cada vez mais competentes dos meninos da Spok Frevo Orquestra e de Nilsinho da Trombonada. Quem, a essa altura, já afastou os móveis da sala e caiu no forró, pode agora relaxar ou dançar agarradinho a próxima canção: a romântica Me Dá Meu Coração (Accioly Neto), uma das tantas belas canções de amores desfeitos presentes nesse novo disco de Elba. Mas, há também declarações a amores, aparentemente, correspondidos, em canções que caíram como uma luva para a fase atual da mulher Elba Maria Nunes Ramalho. Em Oferendar (Xico Bizerra & Flávio Leandro), o apaixonado se declara de uma forma extremamente poética: “deixa eu fecundar tua semente, no ventre de uma chuva fina e a cada manhã meu amor te oferendar”. E tudo com o auxílio luxuoso de Lui Coimbra no violoncelo. Na seqüência, É Só Você Querer (Nando Cordel), uma das canções românticas mais lindas já gravadas por Elba durante todos esses anos. O dueto da cantora com seu “parceiro de todas as horas”, Cezinha, emociona. E o que dizer de Recado (Cezinha & Fábio Simões)? Quem ouvir, certamente, entenderá o recado de certo sanfoneiro virtuose para sua musa inspiradora... Musa essa que também inspira o Brasil há três décadas... E que confessa que não é mesmo de ficar sofrendo muito tempo por um amor que já acabou: “sozinha eu não fico não” ela canta em D´Estar (Eliezer Setton). Na próxima canção do disco, ELBA deixa aflorar seu lado cantriz na belissimamente dramática Ilusão Nada Mais (Dominguinhos & Fausto Nilo), que nos remete as grandes canções de amores não correspondidos ou terminados compostas por mestres da mpb dos anos 30 e 40. A cantora dilacera o coração cantando: “Preste atenção que eu estou cantando, Enquanto choro, Com frases de botequim. É mesmo assim a realidade, Dá vontade de chorar no fim”. Para dar um charme todo especial, há ainda a participação do sax de Léo Gandeman. Essa canção é, sem dúvida, um belo FRUTO que Elba nos oferece nesse disco tão especial... O clima do cd volta a ficar leve e dançante na deliciosa Se Tu Quiser (Xico Bizerra), mais uma das canções iluminadas pelos metais da Spok e da Trombonada. Outra bela declaração de amor para namorar e dançar agarradinho... A canção seguinte, Meu Aconchego (Terezinha do Acordeon & Junior Vieira), ao meu ver, parece um pedido de Elba para que nós, fãs, continuemos sempre a apoiando e torcendo por ela: “Canto como canta o sabiá, O curió e o poeta beija-flor. Quero prá sempre desfrutar, Seu aconchego, sua paz e seu amor. Se estou triste você chora, Se estou feliz sorri comigo. Sei que nunca vai embora, É seguro o seu abrigo”. A penúltima canção é outro forró arretado e incendiário: Bebedouro (Maciel Melo & Anchieta Dali); pra dançar muito no próximo São João sertão a fora... O cd termina com Quem é Você (Jorge de Altinho), que nos dá a sensação de ter sido escolhida para agradecer a um certo anjo que apareceu recentemente na vida de Elba e a deixou ainda mais feliz... O ouvinte que chegar até aqui terá conhecido mais um excelente trabalho de uma das mais importantes cantoras da música POPULAR BRASILEIRA e, com certeza ficará ansioso para ver ELBA AO VIVO interpretando esse belíssimo repertório de amor, transbordando FELICIDADE URGENTE, com sua presença de palco incomparável, seu perfume de rosas e todo seu ENCANTO.
Não posso falar nas comemorações dos trinta anos de carreira dessa guerreira sem destacar sua coragem, sua firmeza em seus princípios artísticos e musicais; Elba nunca teve medo de nada, não mudou seu estilo, seu repertório para agradar a ninguém. Muito pelo contrário; sempre ousou, sempre entrou na jaula dos leões (críticos e tanta gente que tentou minimizar seu talento) com determinação e com força quase que dizendo: DEVORA-ME. Fez questão de levar para o estúdio e para os palcos a sua natureza, a sua PAISAGEM com a força de um autêntico LEÃO DO NORTE. Desde que deixou sua terra natal, Conceição, sonhava com um “lugar no sol de Ipanema, Cinema e Televisão”, como dizia Chico Buarque em sua bela canção BAIOQUE, e a FLOR DA PARAÍBA conseguiu tudo isso e muito mais com garra, determinação, caráter e, acima de tudo, trabalho e verdade. Sua energia SOLAR se tornou marca registrada no mundo todo; mostrou que é uma cantora completa e não somente uma forrozeira: canta o nordeste, mas também canta qualquer canção do mundo que lhe emocione; é CIRANDEIRA, CANTA LUIZ, mas também canta Chico Buarque, Cole Porter, Gershwin, Quincy Jones, Billie Holyday... Assistir e ouvir ELBA AO VIVO é embarcar num carrossel de emoções, formado sempre por belas canções. Está sempre disposta a compartilhar, a fazer parcerias – ELBA E DOMINGUINHOS, por exemplo . E como todo grande artista, está sempre questionando: ei, você aí: QUAL O ASSUNTO QUE MAIS LHE INTERESSA? Para Elba, nesse tempo todo de carreira o assunto que mais lhe interessou foi o amor, um BALAIO DE AMOR...
Créditos: Gabriel Lima
Filho de Elba Ramalho toca com a mãe
Filho mais velho de Elba Ramalho, Luã, de 21 anos, já tinha participado do último disco da cantora, mas ainda timidamente: gravou apenas alguns trechos de guitarra numa música. Dois anos depois, ele se sentiu pronto para encarar desafio um pouco maior: tocar uma canção inteira — a clássica “De volta pro meu aconchego” — no CD “Balaio de amor”, que festeja os 30 anos de carreira da mãe e acaba de ser lançado.
— Não foi programado. Como gravei em casa, toda hora ele entrava no estúdio. Aí, chamei: “Luã, toca aqui!”. E ele tocou mesmo — conta Elba, aos 57 anos, cheia de orgulho do primogênito, fruto do casamento com o ator Maurício Mattar: — Luã sempre gostou de música, tem talento. Quero muito que ele entre na minha banda.
Luã sabe da vontade da mãe e já conversou com ela sobre o assunto. Mas ainda acha que é cedo:
— Ela quer porque quer que eu toque na banda. Eu também. Só não entrei ainda porque sinto que tenho que estudar mais. É uma responsabilidade muito grande.
Por isso, no fim do mês, Luã embarca para os EUA. Vai frequentar uma das mais prestigiadas escolas de música do mundo, a Berklee College of Music, em Boston.
— É doloroso, fico triste, já estou com saudades. Mas é o futuro do meu filho. Luã tem que ter as experiências dele, assim como tive as minhas quando saí da Paraíba — diz Elba, que terá um Dia das Mães especial amanhã, ainda com Luã em casa, e com suas outras três filhas, Maria Clara, Maria Esperança e Maria Paula: — Será maravilhoso estar com eles todos juntos.
Créditos: Extra
Gabriel Lima para o Leoa do Nordeste
— Não foi programado. Como gravei em casa, toda hora ele entrava no estúdio. Aí, chamei: “Luã, toca aqui!”. E ele tocou mesmo — conta Elba, aos 57 anos, cheia de orgulho do primogênito, fruto do casamento com o ator Maurício Mattar: — Luã sempre gostou de música, tem talento. Quero muito que ele entre na minha banda.
Luã sabe da vontade da mãe e já conversou com ela sobre o assunto. Mas ainda acha que é cedo:
— Ela quer porque quer que eu toque na banda. Eu também. Só não entrei ainda porque sinto que tenho que estudar mais. É uma responsabilidade muito grande.
Por isso, no fim do mês, Luã embarca para os EUA. Vai frequentar uma das mais prestigiadas escolas de música do mundo, a Berklee College of Music, em Boston.
— É doloroso, fico triste, já estou com saudades. Mas é o futuro do meu filho. Luã tem que ter as experiências dele, assim como tive as minhas quando saí da Paraíba — diz Elba, que terá um Dia das Mães especial amanhã, ainda com Luã em casa, e com suas outras três filhas, Maria Clara, Maria Esperança e Maria Paula: — Será maravilhoso estar com eles todos juntos.
Créditos: Extra
Gabriel Lima para o Leoa do Nordeste
sexta-feira, 8 de maio de 2009
Balaio de amor valoriza o forró de Pernambuco
Balaio de amor é, antes de tudo, o disco de uma mulher apaixonada. A parceria com Cezinha (os dois assinam a produção do disco) está refletida em todo o trabalho, da capa ao repertório, essencialmente de xotes românticos. Neste caso, o xote com letras de amor não se torna redundante ou repetitivo, como acontece na maioria dos que fazem o pé-de-serra atualmente. Não se torna porque é um disco conceitual. A intenção era reunir canções de amor para celebrar o momento. Sem esquecer que o tratamento que Elba Ramalho dá ao que canta revaloriza as composições. Uma das melhores cantoras do País, que forjou um estilo próprio de cantar (seguido por muitas cantoras pernambucanas, ou que atuam no Estado), Elba, nos dois últimos discos juntou-se à turma de Lula Queiroga & Cia., uma linha de montagem de grandes composições, ótimas produções, habilidosos instrumentistas. Os metais do disco foram gravados no estúdio da Luni, enquanto Tostão Queiroga está em várias faixas.
A sanfona de Cezinha é a viga mestra que segura estas 14 canções, uma delas, Recado, foi composta por ele e Fábio Simões. Quase todas as faixas têm fogo para disparar nas paradas, caso sejam tocadas no rádio (o que a própria Elba acha que vai acontecer pouco). Ela trabalha Fuxico (Flávio Leandro), porém a mais fácil de pegar é Riso cristalino, que tem a marca registrada de um mestre do gênero, Dominguinhos (em parceria com Climério Ferreira).
Este disco celebra mais do que 30 anos de carreira, é também a celebração de um novo amor, o que fica explícito na apresentação assinada por Elba no encarte: “A sanfona está nas mão de um jovem e brilhante músico. Cezinha, também produtor deste disco e parceiro de todas as horas. A ele toda a minha gratidão e o beijo mais doce. Obrigada por traduzir meus sentimentos em um disco tão bonito... Com amor e paixão! Assim se faz a história de um povo, de uma nação”.
Com pique todo, 57 anos (58 em agosto), Elba tem engatilhados mais outros projetos, um álbum com canções de um só autor – ou Chico Buarque ou Zé Ramalho. “Estou na dúvida, mas será de um desses dois”, diz Elba, que já começou a pré-produção de mais um DVD, último e maior projeto da celebração dos 30 anos de carreira e que será gravado no Recife. “Vou fazer um show no Marco Zero e convidar as pessoas que contribuíram para eu chegar aqui, Chico Buarque, um monte de gente”, diz Elba, que tem mais projetos pernambucanos. “Tenho muita afinidade com os pernambucanos, fui das primeiras a gravar Lula Queiroga e a trabalhar com Spok. Pretendo fazer um disco com ele e a orquestra, só com clássicos do Carnaval de Pernambuco”.
O disco Balaio de amor é o primeiro projeto da comemoração, que culminará com a gravação de um DVD na Praça do Marco Zero.
Elba Ramalho conta os anos de sua carreira a partir de 1979, quando gravou O meu amor, de Chico Buarque, um dueto com Marieta Severo incluído no disco anual do compositor. Naquele mesmo ano ela lançaria seu primeiro disco individual, Ave de prata. “Chico foi meu padrinho no Rio. Fiz parte do elenco da primeira montagem de A ópera do malandro e ele me deu música inédita para meu álbum de estréia”, conta a cantora, em entrevista por telefone.
Embora ela tenha participado de shows do Quinteto Violado já em 1974, Elba está este ano celebrando 30 anos de carreira, e o primeiro passo na comemoração é uma volta às suas origens pernambucanas (o Estado natal do pai dela), com Balaio de amor (Biscoito Fino), disco que tem um repertório quase todo assinado por autores de Pernambuco. Mas esta pernambucanidade toda tem uma explicação. A dica para as canções que Elba gravou foram passadas pelo seu atual companheiro, o sanfoneiro e cantor Cezinha. “Sou meio pernambucana, mas confesso que a maioria destas músicas foi Cezinha que me apresentou. Ele, que é um ótimo intrumentista, possui uma grande sensibilidade para o que é bom. Foi por ele que conheci Xico Bizerra, Rogério Rangel. Maciel (Melo), eu já conhecida, já havia gravado. O lado mais positivo deste trabalho é que muitos destes compositores agora vão ser conhecidos fora do Nordeste, então eu trago eles para outra vitrine, revestindo suas canções, que já são conhecida aqui, com uma nova roupagem”.
Das 14 faixas de Balaio de amor, muitas vêm sendo cantadas no Nordeste nas vozes de Santanna, Irah Caldeira, Maciel Melo, Rogério Rangel e Josildo Sá. São assinadas por nomes como Petrúcio Amorim, Flávio Leandro, Terezinha do Acordeom e Jorge de Altinho, fazendo de Elba Ramalho praticamente mais um membro da Sociedade dos Forrozeiros Pé-de-Serra e Ai, à qual grande parte deles está filiada. É também uma acertada estratégia, já que quando fizer o primeiro show do disco, na abertura do São João de Caruaru, o público vai conhecer quase todo o repertório, que tem xotes de sucesso como Me dá meu coração (Accioly Neto), ou Se tu quiser (Xico Bizerra).
Vale ressaltar a gravadora pela qual está sendo lançado o disco, a Biscoito Fino, que hoje abriga a fina flor da música popular brasileira, e agora lança um disco de forró. “Conheço Olívia (Hime) há anos. Dei o disco para Olívia e pedi que ela ficasse à vontade, que me ligasse dali a três dias. Ela ligou. Isso é muito interessante porque levo meu trabalho para uma casa que tem artistas que fazem música classe A, e eu levo meu trabalho tanto para este público quanto para um público popular, então a Biscoito é importante por permitir esta abertura”, comenta Elba.
Presença certa nos festejos juninos da Capital do Agreste, a cantora não esconde que gostou da decisão da prefeitura da cidade, que vetou da programação a grande maioria das bandas de fuleiragem music: “Nada contra as bandas, mas achei a decisão altamente salutar. Acho que elas descaracterizam a festa, e é preciso preservar a cultura nordestina. Além do que elas fazem uma coisa apelativa e não é bem isso que se entende como representação cultural, é feito no Carnaval se lançar marchinhas com apelação nas letras”.
Voltando aos 30 anos, ela comenta que, com Balaio de amore os autores incluídos no disco, está começando a comemorar a efeméride saudando a nação nordestina: “E aquele lado (referindo-se às letras das bandas) não é nossa cultura, queria que fosse também um disco romântico”, continua Elba Ramalho.
Créditos: Jornal do Commercio
Gabriel Lima para o Leoa do Nordeste
A sanfona de Cezinha é a viga mestra que segura estas 14 canções, uma delas, Recado, foi composta por ele e Fábio Simões. Quase todas as faixas têm fogo para disparar nas paradas, caso sejam tocadas no rádio (o que a própria Elba acha que vai acontecer pouco). Ela trabalha Fuxico (Flávio Leandro), porém a mais fácil de pegar é Riso cristalino, que tem a marca registrada de um mestre do gênero, Dominguinhos (em parceria com Climério Ferreira).
Este disco celebra mais do que 30 anos de carreira, é também a celebração de um novo amor, o que fica explícito na apresentação assinada por Elba no encarte: “A sanfona está nas mão de um jovem e brilhante músico. Cezinha, também produtor deste disco e parceiro de todas as horas. A ele toda a minha gratidão e o beijo mais doce. Obrigada por traduzir meus sentimentos em um disco tão bonito... Com amor e paixão! Assim se faz a história de um povo, de uma nação”.
Com pique todo, 57 anos (58 em agosto), Elba tem engatilhados mais outros projetos, um álbum com canções de um só autor – ou Chico Buarque ou Zé Ramalho. “Estou na dúvida, mas será de um desses dois”, diz Elba, que já começou a pré-produção de mais um DVD, último e maior projeto da celebração dos 30 anos de carreira e que será gravado no Recife. “Vou fazer um show no Marco Zero e convidar as pessoas que contribuíram para eu chegar aqui, Chico Buarque, um monte de gente”, diz Elba, que tem mais projetos pernambucanos. “Tenho muita afinidade com os pernambucanos, fui das primeiras a gravar Lula Queiroga e a trabalhar com Spok. Pretendo fazer um disco com ele e a orquestra, só com clássicos do Carnaval de Pernambuco”.
O disco Balaio de amor é o primeiro projeto da comemoração, que culminará com a gravação de um DVD na Praça do Marco Zero.
Elba Ramalho conta os anos de sua carreira a partir de 1979, quando gravou O meu amor, de Chico Buarque, um dueto com Marieta Severo incluído no disco anual do compositor. Naquele mesmo ano ela lançaria seu primeiro disco individual, Ave de prata. “Chico foi meu padrinho no Rio. Fiz parte do elenco da primeira montagem de A ópera do malandro e ele me deu música inédita para meu álbum de estréia”, conta a cantora, em entrevista por telefone.
Embora ela tenha participado de shows do Quinteto Violado já em 1974, Elba está este ano celebrando 30 anos de carreira, e o primeiro passo na comemoração é uma volta às suas origens pernambucanas (o Estado natal do pai dela), com Balaio de amor (Biscoito Fino), disco que tem um repertório quase todo assinado por autores de Pernambuco. Mas esta pernambucanidade toda tem uma explicação. A dica para as canções que Elba gravou foram passadas pelo seu atual companheiro, o sanfoneiro e cantor Cezinha. “Sou meio pernambucana, mas confesso que a maioria destas músicas foi Cezinha que me apresentou. Ele, que é um ótimo intrumentista, possui uma grande sensibilidade para o que é bom. Foi por ele que conheci Xico Bizerra, Rogério Rangel. Maciel (Melo), eu já conhecida, já havia gravado. O lado mais positivo deste trabalho é que muitos destes compositores agora vão ser conhecidos fora do Nordeste, então eu trago eles para outra vitrine, revestindo suas canções, que já são conhecida aqui, com uma nova roupagem”.
Das 14 faixas de Balaio de amor, muitas vêm sendo cantadas no Nordeste nas vozes de Santanna, Irah Caldeira, Maciel Melo, Rogério Rangel e Josildo Sá. São assinadas por nomes como Petrúcio Amorim, Flávio Leandro, Terezinha do Acordeom e Jorge de Altinho, fazendo de Elba Ramalho praticamente mais um membro da Sociedade dos Forrozeiros Pé-de-Serra e Ai, à qual grande parte deles está filiada. É também uma acertada estratégia, já que quando fizer o primeiro show do disco, na abertura do São João de Caruaru, o público vai conhecer quase todo o repertório, que tem xotes de sucesso como Me dá meu coração (Accioly Neto), ou Se tu quiser (Xico Bizerra).
Vale ressaltar a gravadora pela qual está sendo lançado o disco, a Biscoito Fino, que hoje abriga a fina flor da música popular brasileira, e agora lança um disco de forró. “Conheço Olívia (Hime) há anos. Dei o disco para Olívia e pedi que ela ficasse à vontade, que me ligasse dali a três dias. Ela ligou. Isso é muito interessante porque levo meu trabalho para uma casa que tem artistas que fazem música classe A, e eu levo meu trabalho tanto para este público quanto para um público popular, então a Biscoito é importante por permitir esta abertura”, comenta Elba.
Presença certa nos festejos juninos da Capital do Agreste, a cantora não esconde que gostou da decisão da prefeitura da cidade, que vetou da programação a grande maioria das bandas de fuleiragem music: “Nada contra as bandas, mas achei a decisão altamente salutar. Acho que elas descaracterizam a festa, e é preciso preservar a cultura nordestina. Além do que elas fazem uma coisa apelativa e não é bem isso que se entende como representação cultural, é feito no Carnaval se lançar marchinhas com apelação nas letras”.
Voltando aos 30 anos, ela comenta que, com Balaio de amore os autores incluídos no disco, está começando a comemorar a efeméride saudando a nação nordestina: “E aquele lado (referindo-se às letras das bandas) não é nossa cultura, queria que fosse também um disco romântico”, continua Elba Ramalho.
Créditos: Jornal do Commercio
Gabriel Lima para o Leoa do Nordeste
quinta-feira, 7 de maio de 2009
Um balaio de forró e de amor
Elba Ramalho completa em 2009 trinta anos de carreira com pelo menos dois feitos dos quais poderá se orgulhar. O primeiro é ter lançado, no mínimo, um disco de carreira a cada ano, ao longo dessas três décadas. O outro motivo é que ela, por mais que desde sempre tenha sido "a" voz feminina do forró, somente agora dedica-se com mais carinho e atenção aos compositores nordestinos. No CD Balaio de amor (de produção independente, posteriormente lançado pela Biscoito Fino) ela canta Flávio Leandro (Fuxico), Petrúcio Amorim e Rogério Rangel (Um baião chamado saudade), Accioly Neto (Me dá meu coração), Nando Cordel (É só você querer), Terezinha do Acordeon (Seu aconchego), Jorge de Altinho (Quem é você), entre outros.
A maioria desses autores não era lembrada por uma das cantoras que mais divulga o forró no Brasil. O mérito artístico vai também para Cezinha do Acordeon, parceiro de Elba, na vida e no trabalho. Produtor do CD, junto com ela, foi Cezinha quem a apresentou aos "novos" compositores. Ele conveceu Elba de que as músicas, algumas já gravadas por outras vozes, ganhariam uma projeção muito maior na sua voz.
Entre uma e outra taça de vinho, nos intervalos de shows ou em casa, Cezinha tocava e cantava para Elba os compositores que achava que ela fosse gostar. "Essa parceria veio de forma leve, apaixonada, como eu gosto de ser e viver. Pra mim a supresa de ter Cezinha foi bacana, reencontrá-lo e ver o potencial de músico que ele tem. A música dele é muito forte. Tem um futuro brilhante", elogia a cantora e namorada. Ela conta que, por meio do músico, passou a conhecer o dia a dia da cultura pernambucana. "Cezar me motivou, me levou aos lugares, me apresentou as músicas, só escolhi duas, a dele (Recado, com Fábio Simões) e o choro de Dominguinhos (Ilusão nada mais, com Fausto Nilo). As outras vieram pela sua voz, assim como toda produção e os arranjos", conta.
Dessa forma foi escolhido o repertório, de um CD bem São João, com a cara de Elba, da capa aos embalos: xotes e baiões, alguns mais lentos e românticos. Cantorias de um sertão pop inventado. Muito bem representado nas fotos de Renato Filho, quando concebeu a arte do CD. O estilista Eduardo Ferreira fez o figurino de Elba também nessa linha. Foram usados adereços da olindense Eva Duarte (que misteriosamente não teve seu nome nos créditos do trabalho).
Um motivo real da satisfação da cantora com o novo disco tem a ver com o sucesso da música É só você querer. O xote está na trilha da novela global das sete e é uma das mais pedidas do show. O marido é aplaudidíssimo em todas as apresentações, conta Elba. Ela não economiza no elogio quando o assunto é Cezinha. Conta que, depois dele, se transformou como pessoa e artista. "A música é muito forte na minha vida, então ter uma parceria com um músico, conviver com ele o tempo todo, faz a música acontecer sempre, no sofá, na cama, na rede. Tem sido muito inspirador. Ele é extraordinário", rasga Elba.
Outro ganho foi a relação firmada com seus conterrâneos nordestinos. "Fico feliz agora quando alguém fala do Rogério Rangel. Petrúcio conhecia pouco, do Xico era fã. Maciel é meu amigo. Terezinha, não conhecia. Flávio Leandro eu conhecia, mas não tanto a obra. Quando conhecia, não sabia que era dele. Tinha cruzado com eles todos, mas de forma displicente. Amizade selada mesmo só com Dominguinhos, Nando e Maciel. Agora é com todo mundo", vibra a cantora. A turnê de Balaio de amor começa oficialmente no dia 30 de maio, abrindo o São João de Caruaru.
Créditos: Diário de Pernambuco
A maioria desses autores não era lembrada por uma das cantoras que mais divulga o forró no Brasil. O mérito artístico vai também para Cezinha do Acordeon, parceiro de Elba, na vida e no trabalho. Produtor do CD, junto com ela, foi Cezinha quem a apresentou aos "novos" compositores. Ele conveceu Elba de que as músicas, algumas já gravadas por outras vozes, ganhariam uma projeção muito maior na sua voz.
Entre uma e outra taça de vinho, nos intervalos de shows ou em casa, Cezinha tocava e cantava para Elba os compositores que achava que ela fosse gostar. "Essa parceria veio de forma leve, apaixonada, como eu gosto de ser e viver. Pra mim a supresa de ter Cezinha foi bacana, reencontrá-lo e ver o potencial de músico que ele tem. A música dele é muito forte. Tem um futuro brilhante", elogia a cantora e namorada. Ela conta que, por meio do músico, passou a conhecer o dia a dia da cultura pernambucana. "Cezar me motivou, me levou aos lugares, me apresentou as músicas, só escolhi duas, a dele (Recado, com Fábio Simões) e o choro de Dominguinhos (Ilusão nada mais, com Fausto Nilo). As outras vieram pela sua voz, assim como toda produção e os arranjos", conta.
Dessa forma foi escolhido o repertório, de um CD bem São João, com a cara de Elba, da capa aos embalos: xotes e baiões, alguns mais lentos e românticos. Cantorias de um sertão pop inventado. Muito bem representado nas fotos de Renato Filho, quando concebeu a arte do CD. O estilista Eduardo Ferreira fez o figurino de Elba também nessa linha. Foram usados adereços da olindense Eva Duarte (que misteriosamente não teve seu nome nos créditos do trabalho).
Um motivo real da satisfação da cantora com o novo disco tem a ver com o sucesso da música É só você querer. O xote está na trilha da novela global das sete e é uma das mais pedidas do show. O marido é aplaudidíssimo em todas as apresentações, conta Elba. Ela não economiza no elogio quando o assunto é Cezinha. Conta que, depois dele, se transformou como pessoa e artista. "A música é muito forte na minha vida, então ter uma parceria com um músico, conviver com ele o tempo todo, faz a música acontecer sempre, no sofá, na cama, na rede. Tem sido muito inspirador. Ele é extraordinário", rasga Elba.
Outro ganho foi a relação firmada com seus conterrâneos nordestinos. "Fico feliz agora quando alguém fala do Rogério Rangel. Petrúcio conhecia pouco, do Xico era fã. Maciel é meu amigo. Terezinha, não conhecia. Flávio Leandro eu conhecia, mas não tanto a obra. Quando conhecia, não sabia que era dele. Tinha cruzado com eles todos, mas de forma displicente. Amizade selada mesmo só com Dominguinhos, Nando e Maciel. Agora é com todo mundo", vibra a cantora. A turnê de Balaio de amor começa oficialmente no dia 30 de maio, abrindo o São João de Caruaru.
Créditos: Diário de Pernambuco
quarta-feira, 6 de maio de 2009
Elba Ramalho no Mais Você
Ana Maria recebeu, nesta quarta-feira, uma cantora que está completando 30 anos de carreira: Elba Ramalho!
Logo no início da conversa, a cantora falou sobre sua relação com Gaetano, com quem conviveu por 12 anos. “Temos filhos, compartilhamos várias coisas e somos seres humanos. Por isso temos o dever de manter uma relação saudável, de amigos. Então a separação foi tranquila, muito tranquila. Pra mim é uma história que já passou. Virei a página. Ele continua a vida dele e eu continuo a minha. Quando há necessidade em relação às filhas, a gente se fala”, disse Elba.
Elba falou também o que mudou em sua carreira com o passar dos anos. “Antes eu era cheia de energia, mas de imaturidade também. Os anos me deram mais sabedoria, menos ansiedade. Hoje eu tenho todos os sonhos dentro de mim, mas me sinto tranquila e fazendo o que gosto”, explicou.
A cantora contou ainda os seus segredos de beleza. “Corro, faço meditação e assim o dia já fica bem melhor pra mim. Já fiz um peeling no rosto também, que foi muito bom”, disse.
A pedido da Ana, Elba cantou “Ave Maria” durante o café. “A oração me traz paz e me conduz a bons caminhos”, disse.
Ana perguntou se Elba tiraria alguma “página” da sua vida, caso ela fosse um livro. “Tiraria, mas é um segredo meu. A gente, quando está no auge da juventude, faz coisas que depois reflete e vê que foram equívocos. Mas são coisas que fazem parte da natureza humana”, concluiu.
Créditos: Mais Você
Logo no início da conversa, a cantora falou sobre sua relação com Gaetano, com quem conviveu por 12 anos. “Temos filhos, compartilhamos várias coisas e somos seres humanos. Por isso temos o dever de manter uma relação saudável, de amigos. Então a separação foi tranquila, muito tranquila. Pra mim é uma história que já passou. Virei a página. Ele continua a vida dele e eu continuo a minha. Quando há necessidade em relação às filhas, a gente se fala”, disse Elba.
Elba falou também o que mudou em sua carreira com o passar dos anos. “Antes eu era cheia de energia, mas de imaturidade também. Os anos me deram mais sabedoria, menos ansiedade. Hoje eu tenho todos os sonhos dentro de mim, mas me sinto tranquila e fazendo o que gosto”, explicou.
A cantora contou ainda os seus segredos de beleza. “Corro, faço meditação e assim o dia já fica bem melhor pra mim. Já fiz um peeling no rosto também, que foi muito bom”, disse.
A pedido da Ana, Elba cantou “Ave Maria” durante o café. “A oração me traz paz e me conduz a bons caminhos”, disse.
Ana perguntou se Elba tiraria alguma “página” da sua vida, caso ela fosse um livro. “Tiraria, mas é um segredo meu. A gente, quando está no auge da juventude, faz coisas que depois reflete e vê que foram equívocos. Mas são coisas que fazem parte da natureza humana”, concluiu.
Créditos: Mais Você
Elba Ramalho celebra 30 anos de carreira com o novo álbum, Balaio de Amor
Elba Ramalho anda cada vez mais tranquila na forma de encarar a sua arte. Prova disso é que a cantora comemora os seus merecidos 30 anos de carreira fonográfica sem qualquer tipo de alarde. A artista, que desde o lançamento do disco Ave de Prata, em 1979, se tornou uma das grandes referências da música nordestina, sem perder a comunicação com o universal, celebra fazendo o que gosta.
No ano especial, ela coloca nas lojas o álbum Balaio de Amor, com canções românticas que fazem reverência ao xote e ao baião. “Pensei em várias coisas, mas nem almejava fazer algo diferenciado. Queria, contudo, que ficasse com essa cara, com essa veia, essa vibe, com destaque para a nação nordestina. Muita coisa acontece no Nordeste e não ganha destaque no País”, diz Elba, em entrevista por telefone.
Diversas canções foram apresentadas à cantora pelo produtor e músico Cezinha, que divide os créditos do álbum com a artista. “Aos poucos fui conhecendo estas composições. Muitas destas músicas já foram gravadas, mas o Cezar disse que com a minha voz chegariam de uma outra forma”. Todo o trabalho foi concebido em Recife, incluindo o projeto gráfico diferenciado.
Balaio de Amor é o primeiro álbum da cantora que sai pela gravadora Biscoito Fino. Elba tentou lançar o disco anterior, Qual o Assunto que Mais Lhe Interessa, pelo selo, mas a parceria só saiu desta vez. “Tinha conversado com a EMI, com a Universal, mas mandei o trabalho para a Biscoito e acabou saindo por ela. Foi uma opção minha. Achei que tinha a cara da gravadora. E eles viram, através das minhas mãos, uma oportunidade de se tornar mais popular, já que canto para grandes plateias”, diz.
Carreira – Com os 30 anos de estrada, Elba diz que, ao pensar no início, percebe o quanto amadureceu e ganhou tranquilidade. “O começo era o tempo da ansiedade, da dinamite. Quando deixava o palco não conseguia nem dormir. Mas com o tempo veio a fase do autoconhecimento, o fato de me tornar vegetariana... Tudo isso foi somando. Meu primeiro disco é marcante, mas, se você for reparar, é outra voz. Descobri formas de trabalhar os meus graves. Me reconheço como uma cantora madura e vivo o tempo da delicadeza”, explica.
Para a paraibana, toda a conquista profissional foi com base em muito trabalho e perseverança. “Digo que procurei tinta de ouro para escrever esse livro. Durante todos estes anos mantive a minha integridade acima de tudo. Muito foi explorado da minha vida pessoal”. E completa: “Hoje eu tenho sabedoria, sem a ansiedade de ser a melhor, de estar na mídia ou de que todos gostem de mim. Só espero que sejam honestos e que me respeitem”.
Elba também comenta sobre as dificuldades que enfrentou pelo fato de ser nordestina. “Venci a mim mesma, as adversidades, dificuldades. Mas todos passaram por isso, o João Gilberto, o Caetano... Vencemos porque conseguimos ser verdadeiros. Enfrentei muito preconceito, levei muita pedra. Mas tudo se transformou em castelo. Aprendi bastante e a minha nordestinidade prevaleceu”.
A turnê de Balaio de Amor começa oficialmente no dia 30 de maio com o início dos festejos juninos em Caruaru. Elba lembra que, neste ano, as bandas de “forró estilizado” estão proibidas de participar da festa.
“Tem uma geração que eu recebo com carinho, que é o forró universitário. No Falamansa, por exemplo, o Tato não é nem um grande cantor, mas é bom compositor. Trouxe um público jovem e valoriza a tradição. Agora tem esse outro segmento que eu não sei o que é, porque não é forró. Eu nem falo em quantidade, porque eles têm público, mas falo de qualidade. Eu não coloco na vitrola para a minha filha ouvir. Não posso falar para ela: olha, essa é a música da gente, como a que foi feita pelo seu Luiz (Gonzaga). As letras são terríveis e desqualificam o trabalho. Mas não quero que estas bandas deixem de existir. Só quero que existam no seu lugar”, considera. A cantora recorda uma noite junina que dividiu no ano passado com alguns grupos. “Eu me deprimi e perguntei: o que está acontecendo com o meu povo?”.
Créditos: A Tarde
No ano especial, ela coloca nas lojas o álbum Balaio de Amor, com canções românticas que fazem reverência ao xote e ao baião. “Pensei em várias coisas, mas nem almejava fazer algo diferenciado. Queria, contudo, que ficasse com essa cara, com essa veia, essa vibe, com destaque para a nação nordestina. Muita coisa acontece no Nordeste e não ganha destaque no País”, diz Elba, em entrevista por telefone.
Diversas canções foram apresentadas à cantora pelo produtor e músico Cezinha, que divide os créditos do álbum com a artista. “Aos poucos fui conhecendo estas composições. Muitas destas músicas já foram gravadas, mas o Cezar disse que com a minha voz chegariam de uma outra forma”. Todo o trabalho foi concebido em Recife, incluindo o projeto gráfico diferenciado.
Balaio de Amor é o primeiro álbum da cantora que sai pela gravadora Biscoito Fino. Elba tentou lançar o disco anterior, Qual o Assunto que Mais Lhe Interessa, pelo selo, mas a parceria só saiu desta vez. “Tinha conversado com a EMI, com a Universal, mas mandei o trabalho para a Biscoito e acabou saindo por ela. Foi uma opção minha. Achei que tinha a cara da gravadora. E eles viram, através das minhas mãos, uma oportunidade de se tornar mais popular, já que canto para grandes plateias”, diz.
Carreira – Com os 30 anos de estrada, Elba diz que, ao pensar no início, percebe o quanto amadureceu e ganhou tranquilidade. “O começo era o tempo da ansiedade, da dinamite. Quando deixava o palco não conseguia nem dormir. Mas com o tempo veio a fase do autoconhecimento, o fato de me tornar vegetariana... Tudo isso foi somando. Meu primeiro disco é marcante, mas, se você for reparar, é outra voz. Descobri formas de trabalhar os meus graves. Me reconheço como uma cantora madura e vivo o tempo da delicadeza”, explica.
Para a paraibana, toda a conquista profissional foi com base em muito trabalho e perseverança. “Digo que procurei tinta de ouro para escrever esse livro. Durante todos estes anos mantive a minha integridade acima de tudo. Muito foi explorado da minha vida pessoal”. E completa: “Hoje eu tenho sabedoria, sem a ansiedade de ser a melhor, de estar na mídia ou de que todos gostem de mim. Só espero que sejam honestos e que me respeitem”.
Elba também comenta sobre as dificuldades que enfrentou pelo fato de ser nordestina. “Venci a mim mesma, as adversidades, dificuldades. Mas todos passaram por isso, o João Gilberto, o Caetano... Vencemos porque conseguimos ser verdadeiros. Enfrentei muito preconceito, levei muita pedra. Mas tudo se transformou em castelo. Aprendi bastante e a minha nordestinidade prevaleceu”.
A turnê de Balaio de Amor começa oficialmente no dia 30 de maio com o início dos festejos juninos em Caruaru. Elba lembra que, neste ano, as bandas de “forró estilizado” estão proibidas de participar da festa.
“Tem uma geração que eu recebo com carinho, que é o forró universitário. No Falamansa, por exemplo, o Tato não é nem um grande cantor, mas é bom compositor. Trouxe um público jovem e valoriza a tradição. Agora tem esse outro segmento que eu não sei o que é, porque não é forró. Eu nem falo em quantidade, porque eles têm público, mas falo de qualidade. Eu não coloco na vitrola para a minha filha ouvir. Não posso falar para ela: olha, essa é a música da gente, como a que foi feita pelo seu Luiz (Gonzaga). As letras são terríveis e desqualificam o trabalho. Mas não quero que estas bandas deixem de existir. Só quero que existam no seu lugar”, considera. A cantora recorda uma noite junina que dividiu no ano passado com alguns grupos. “Eu me deprimi e perguntei: o que está acontecendo com o meu povo?”.
Créditos: A Tarde
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