
Por George Carvalho
Uma celebração. Com ingressos esgotados desde a última terça-feira (12), o que se viu no Teatro da UFPE na última sexta (15) não pode ser definido como uma simples apresentação. Elba Ramalho estava exuberante, prestes a completar 57 anos de idade neste domingo (17).
O show Raízes e Antenas traz músicas do novo cd, Qual o assunto que mais lhe interessa?, o qual traz uma mistura de ritmos e marca uma nova faze da carreira de Elba, longe das grandes gravadoras. Em um dos melhores trabalhos já realizados por ela – senão o melhor –, a paraibana reafirma a diversidade da sua musicalidade enquanto intérprete, com ritmos que transitam do samba ao frevo, do boi maranhense ao xote.
Na passagem pelo Recife, os interesses do público e da artista convergiam, tanto que a sintonia se estabeleceu logo na primeira música, que também abre o cd: Gaiola da Saudade, de Jam da Silva e Maciel Salú.
Do repertório do novo trabalho, também foram entoados Tempos Quase Modernos (Qual o assunto que mais lhe interessa?), de Roberto Mendes e Capinam; Os Beijos, de Pedro Luís e Ivan Santos; Amplidão, de Chico César; A Natureza das Coisas, do pernambucano Accioly Neto; Conceição dos Coqueiros, de Lula Queiroga, Lulu Oliveira e Alexandre Bicudo; e Noite Severina, também de Lula Queiroga, que estava na platéia e subiu ao palco, a convite de Elba, para cantar com ela essa canção.
“O tom dele é diferente, mas não tem nada não. É vingança da intérprete. Os compositores também costumam maltratar a gente, como Gonzagão em Chora Sanfoninha, Lenine em Leão do Norte e Chico Buarque em Não Sonho Mais”, brincou a cantora.
O público nem percebeu a diferença de tom e aplaudiu bastante esse que foi um dos melhores momentos do show. Grandes sucessos na voz de Elba Ramalho não ficaram de fora: Ai que saudade d’ocê, por exemplo, foi entoado à capela. Banho de Cheiro, De volta pro aconchego, Leão do Norte, Bate Coração, Dia Branco e Chão de Giz foram algumas das antigas canções selecionadas para a apresentação.
À certa altura, o show ganhou um tom mais íntimo. Elba falou da sua trajetória, do início da carreira, de como chegou ao Rio de Janeiro e conheceu Chico Buarque. Do compositor carioca, cantou O meu amor – que cantou quando interpretou o musical A Ópera do Malandro –, Folhetim e Palavra de Mulher, que foi escrita especialmente para ela durante as gravações do filme baseado na Ópera, no qual também atuou.
O amor e a admiração por Pernambuco foram reafirmados através das cirandas e canções de compositores e parceiros do estado: Dominguinhos, Lenine, Accioly Neto e Lula Queiroga. “Sempre que eu canto uma ciranda, eu pergunto se tem um pernambucano na platéia. Até em Macau, eu perguntei em inglês, porque eles não entendem português, e tinha dois pernambucanos na platéia”, contou.
E foi nesse tom de entrega, tanto do público quanto da cantora, que transcorreram as mais de duas horas de show. “Eu sempre digo que vou cantar apenas uma hora e meia, mas quando estou em Pernambuco não consigo. Aqui, o público canta com a gente. Semana passada, em Petrolina, eu fiz um show à beira do Rio São Francisco... Não dá pra controlar”, disse.
No final, bolo, flores e um ‘parabéns a você’. Numa fase profissional que é considerada uma das melhores, Elba Ramalho completa 57 anos de idade e 40 de carreira com uma disposição eletrizante, de uma artista 'antenada' que está sempre se renovando, mas com raízes bem fincadas no propósito de fazer uma boa música.
Uma celebração. Com ingressos esgotados desde a última terça-feira (12), o que se viu no Teatro da UFPE na última sexta (15) não pode ser definido como uma simples apresentação. Elba Ramalho estava exuberante, prestes a completar 57 anos de idade neste domingo (17).
O show Raízes e Antenas traz músicas do novo cd, Qual o assunto que mais lhe interessa?, o qual traz uma mistura de ritmos e marca uma nova faze da carreira de Elba, longe das grandes gravadoras. Em um dos melhores trabalhos já realizados por ela – senão o melhor –, a paraibana reafirma a diversidade da sua musicalidade enquanto intérprete, com ritmos que transitam do samba ao frevo, do boi maranhense ao xote.
Na passagem pelo Recife, os interesses do público e da artista convergiam, tanto que a sintonia se estabeleceu logo na primeira música, que também abre o cd: Gaiola da Saudade, de Jam da Silva e Maciel Salú.
Do repertório do novo trabalho, também foram entoados Tempos Quase Modernos (Qual o assunto que mais lhe interessa?), de Roberto Mendes e Capinam; Os Beijos, de Pedro Luís e Ivan Santos; Amplidão, de Chico César; A Natureza das Coisas, do pernambucano Accioly Neto; Conceição dos Coqueiros, de Lula Queiroga, Lulu Oliveira e Alexandre Bicudo; e Noite Severina, também de Lula Queiroga, que estava na platéia e subiu ao palco, a convite de Elba, para cantar com ela essa canção.
“O tom dele é diferente, mas não tem nada não. É vingança da intérprete. Os compositores também costumam maltratar a gente, como Gonzagão em Chora Sanfoninha, Lenine em Leão do Norte e Chico Buarque em Não Sonho Mais”, brincou a cantora.
O público nem percebeu a diferença de tom e aplaudiu bastante esse que foi um dos melhores momentos do show. Grandes sucessos na voz de Elba Ramalho não ficaram de fora: Ai que saudade d’ocê, por exemplo, foi entoado à capela. Banho de Cheiro, De volta pro aconchego, Leão do Norte, Bate Coração, Dia Branco e Chão de Giz foram algumas das antigas canções selecionadas para a apresentação.
À certa altura, o show ganhou um tom mais íntimo. Elba falou da sua trajetória, do início da carreira, de como chegou ao Rio de Janeiro e conheceu Chico Buarque. Do compositor carioca, cantou O meu amor – que cantou quando interpretou o musical A Ópera do Malandro –, Folhetim e Palavra de Mulher, que foi escrita especialmente para ela durante as gravações do filme baseado na Ópera, no qual também atuou.
O amor e a admiração por Pernambuco foram reafirmados através das cirandas e canções de compositores e parceiros do estado: Dominguinhos, Lenine, Accioly Neto e Lula Queiroga. “Sempre que eu canto uma ciranda, eu pergunto se tem um pernambucano na platéia. Até em Macau, eu perguntei em inglês, porque eles não entendem português, e tinha dois pernambucanos na platéia”, contou.
E foi nesse tom de entrega, tanto do público quanto da cantora, que transcorreram as mais de duas horas de show. “Eu sempre digo que vou cantar apenas uma hora e meia, mas quando estou em Pernambuco não consigo. Aqui, o público canta com a gente. Semana passada, em Petrolina, eu fiz um show à beira do Rio São Francisco... Não dá pra controlar”, disse.
No final, bolo, flores e um ‘parabéns a você’. Numa fase profissional que é considerada uma das melhores, Elba Ramalho completa 57 anos de idade e 40 de carreira com uma disposição eletrizante, de uma artista 'antenada' que está sempre se renovando, mas com raízes bem fincadas no propósito de fazer uma boa música.
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