A festa de aniversário da Feira de São Cristóvão começa no dia 2 de setembro, com uma comemoração interna dos feirantes, e vai durar todo o mês, com festivais de gastronomia, artesanato, música, dança e literatura nordestinas. No fim de semana, a festa começa às 10 horas da manhã da sexta-feira e segue sem parar até as 22h horas de domingo. Normalmente, passam por lá 25 mil pessoas por fim de semana. “O Centro Municipal Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas, nome oficial da feira, tem duas datas para festejar em setembro, no dia 2 e dia 20, então, resolvemos que o mês inteiro deve ser de comemorações”, disse Marcus Lucenna, diretor da feira.A história começou em 2 de setembro de 1945, no fim da Segunda Guerra Mundial. Os pracinhas nordestinos que chegaram da Itália se reuniram em São Cristóvão antes de voltar para a seus Estados de origem. Neste primeiro domingo de paz após o fim do conflito mundial, o poeta Raimundo Santa Helena recitou o cordel Fim da Guerra em cima de um veículo militar. Os migrantes, então, passaram a se reunir lá para relembrar suas origens, mas ainda demorou alguns anos para a feira nordestina integrar-se à paisagem de São Cristóvão, o Bairro Imperial. “Queremos convidar todos os cariocas para prestigiar a feira que nasceu sob o signo da paz. Vai ser uma festa de paz”, disse a secretária municipal de Cultura, Jandira Feghali.
Em 20 de setembro de 2003, o Pavilhão de São Cristóvão, que havia passado por um incêndio, foi reinaugurado e a feira passou a funcionar dentro dele, que se tornou o Centro Municipal Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas, sob a responsabilidade da Prefeitura do Rio de Janeiro. A partir de 2009, sua gestão está subordinada à Secretaria Municipal de Cultura. Atualmente, o centro tem 600 barracas. De terça a quinta-feira, os restaurantes abrem para almoço, das 10h às 16h. A partir das 10h de sexta-feira até 22h de domingo, todas as barracas funcionam sem parar, animadas por trios e bandas de forró, que se apresentam nos dois palcos principais – João do Vale e Jackson do Pandeiro -, além de shows de repentistas e cordelistas, na Praça Catolé do Rocha.
Tia Maria (a feirante mais antiga e vendedora de “garrafadas” - medicamentos feitos de modo artesanal com raizes, frutas e folhas), Azulão (sanfoneiro) e Zé da Onça (repentista) fizeram parte da história da feira e estarão lá para comemorar os 64 anos do reduto da cultura nordestina no Rio de Janeiro.
PROGRAMAÇÃO ESPECIAL DE SETEMBRO - Nas sextas-feiras de setembro o público vai conferir grandes nomes do forró, um gênero musical genuinamente nordestino. A primeira atração do mês é o sanfoneiro Amazan. Com a turnê 20 Anos de Chão, o cantor de forró pé de serra vai comemorar seu aniversário de carreira junto com a feira, no dia 4, sexta-feira, às 23h. No dia 18, tem o xote de Dorgival Dantas. Ele vai tocar sucessos como Declaração e Paixão Errada, a partir das 23h. No dia 25, a cantora Elba Ramalho volta à feira para fechar o mês com chave de ouro.
SERVIÇO:
Centro Municipal Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas
Endereço: Campo de São Cristóvão, s/n
Telefone: 2580-0501
Ingresso: R$ 1
Fonte: Secretaria Municipal de Cultura
Gabriel Lima para o Leoa do Nordeste
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