quarta-feira, 4 de novembro de 2009

O Balaio de Elba

Nessa semana assisti ao novo show de Elba Ramalho, divulgação de seu novo CD, Balaio do Amor, com repertório de xotes e baiões e que marca seus 30 anos de carreira.

O show foi ótimo, com Elba cantando músicas do disco, praticamente de canções inéditas no sul, mas algumas conhecidas no nordeste, mesclada a grandes sucessos de carreira- e tudo era tão bom, que mesmo as desconhecidas pareciam clássicos de seu repertório.

Elba também abriu espaço para pedidos do público, e aí quando atendeu cantando Voa Voa Passarinho, fez graça dizendo que era a primeira música de seu primeiro disco. E como muitos dos pedidos eram de músicas de Geraldo Azevedo, brincou dizendo que o show tinha virado outro.

Cantou também no repertório do show Chão de Giz, de Zé Ramalho - o que, fora ele próprio - com méritos também para Cássia Eller - ninguém canta suas músicas tão bem como Elba. Versão matadoura.

Elba Ramalho encantou a platéia e fiquei lembrando quando, na década de 90, a Folha de S. Paulo fez um especial em seu caderno Mais sobre as cantoras mais importantes da música brasileira atuando naquele momento - e foram mais de 20 - e deixou Elba de fora.

Ela ficou ressentida e disse isso publicamente, que ela não existia para a Folha, que a Folha ignorava o seu canto.

Na época concordei com Elba Ramalho e fiz coro com sua revolta.

Assistindo ao seu estupendo show, como foi também o do ano passado, Qual o assunto que mais lhe interessa?, só pude confirmar isso mais uma vez.

Touca da Folha e um erro histórico.

Fonte: Blog Minha Insensatez de Adilson Marcelino
Gabriel Lima pra o Leoa do Nordeste

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