quarta-feira, 2 de junho de 2010

Elba Ramalho estreia turnê no Rio

A rotina é pesada: 20 shows de duas horas cada, em 27 dias. Quando junho chega, Elba Ramalho só tem tempo para uma coisa: sua turnê de São João, que começa hoje com show na Fundição Progresso. Mas é viajando e cantando por aí que a cantora Elba Ramalho se realiza, há 30 anos.

— Tem que estar muito preparada, mas eu aguento. Faço do palco o meu Carnaval e me divirto — conta a cantora, devota, segundo ela, não só de São João como de todos os santos.

Talvez esteja aí o segredo da enorme força da cantora, que afirma ser muito religiosa e diz não se abater facilmente. Mesmo tendo descoberto um câncer de mama há dois meses, Elba não perdeu a alegria.

— Uma amiga minha falou que se estivesse no meu lugar, já teria se revoltado, esperniado. Eu disse: “Pois eu não”. Estou serena. Como descobri bem no início, ele (o tumor) ainda não tinha virado um terror. O médico recomendou que antes que virasse uma coisa muito agressiva, eu o tirasse. Foi o que fiz — lembra ela, que esclarece: — “Não estou fazendo quimioterapia, nem vou precisar fazer. O nódulo era muito pequenininho e os exames constataram baixíssima malignidade, o tratamento é virar a página e seguir a vida.

E isso a paraibana sabe fazer bem. Com a turnê junina começando hoje, Elba sacode a poeira, dá a volta por cima e faz show na Fundição Progresso. Depois, segue para o Sul, São Paulo e Belo Horizonte e Nordeste.

— Canto de tudo, de “Banho de cheiro” a “Bate coração”, passando por “Amor com café”, “Chão de giz” e “Chorando e cantando”. Inclusive canções de que gosto, mas nunca gravei, como “Ele tá de olho é na butique dela”. E se tiver algum artista na plateia eu puxo para cantar junto — diz.

No repertório, ela também inclui canções do seu novo DVD, “Elba 30 anos”, em comemoração aos seus 30 anos de carreira. O álbum, gravado no mês passado, tem lançamento marcado para o segundo semestre deste ano.

— Foram 18 músicos, 8 bailarinos e vários convidados num palco em Recife. Está incrível — garante ela, que com esse tempo de estrada, coleciona histórias de sucesso, mas lembra também de algumas desagradáveis:

— Eu sofri muito preconceito no começo, mas não guardei mágoa nenhuma nesses 30 anos. Não é superioridade, apenas um jeito que encontrei de ser. Já ouvi muitas coisas grosseiras sobre o meu trabalho, mas ao invés de me revoltar, rezava para essas pessoas. E fui conquistando uma por uma. Tem que ter uma compreensão absurda para não sofrer na vida, seja na minha ou em qualquer profissão.Hoje eu tenho muito mais domínio sobre a minha arte. A gente não perde a emoção, mas adquire uma técnica com a maturidade — analisa.

Certa de seu talento e de sua popularidade, a forrozeira que já cantou para plateias de até 100 pessoas, hoje lota grandes casas de espetáculos. Nos shows que faz durante sua turnê de São João, ela chega a reunir 150 mil.

— Eu tenho um grande público e já perdi a conta de há quantos anos me apresento sem a preocupação de quantas pessoas vão me assistir. Sempre está lotado. Mas lá no começo, quando ainda eram poucos na plateia, aí é que eu fazia mesmo um show maravilhoso. Pois sabia que aqueles poucos representavam muitos — conta a cantora, que se diz sem frescuras:

— Vim de uma escola de Teatro, de onde os atores são mais envolvidos com a produção e despreocupados em ter público ou não. Eu gosto é do povo. Não tenho frescura de diva. Se precisar, até hoje varro o palco.
E não tem época melhor para se sentir do povo do que esta. A partir da semana que vem, quando a maratona junina estará a pleno vapor, Elba se transforma na rainha de São João e vai ao público nordestino, que a consagrou, levar o seu forró e a sua alegria de cantar e viver. Seja em Caruaru (PE), onde é a principal atração, ou Aracajú (SE), local em que encerra a temporada, não importa. É de estar perto do público que ela gosta.

— Estas são festas populares, porta aberta para a população. Não paga para entrar, nem para dançar. Eu acho que deveria ter uma festa dessas aqui no Rio. Dessas de rua, tradicional. Não temos o Sambódromo aqui? No mês de junho, ele poderia se transformar no Forródromo... Que tal? Uma semana com o melhor do forró. Eu sei que os jovens gostam. Eles curtem dançar agarradinho.

Está dada a dica!

Fonte: Extra Online

Um comentário:

Anônimo disse...

MINHA QUERIDA E LINDA ELBA!!
ALIÁS MINHA NÃO!NOSSA!
NOSSA NORDESTINA E BRASILEIRA!
EU LEIO ESTAS TUAS PALAVRAS E ME ENCHE DE ORGULHO TER UMA UMA BELA E FORMOSA MULHER E CANTORA!!
VC É UM EXEMPLO DE LUTA E DE VITORIA!!
TANTAS SAUDADES DE VC MINHA ESTRELA QUERIDA!!MT PAZ E SAIBA QUE SEU FÃ TE AMA MUITO!BJS!