domingo, 26 de dezembro de 2010

Elba comemora 30 anos de carreira com fôlego para muito mais

Cantora conta como começou e diz que tem sede de muito mais ainda

A cantora Elba Ramalho está comemorando 30 anos de carreira e garante que tem fôlego para muito mais. A data foi comemorado com um show histórico, que reuniu 100 mil pessoas no Marco Zero. Confira trechos da entrevista concedida ao repórter Sérgio Borges.

ARTISTA DESDE PEQUENA
A artista é uma ex-estudante de economia e sociologia. Mas começou a carreira artística no teatro, onde revelou a sua voz e acabou se tornando uma das maiores cantoras do Brasil. "Na verdade a Economia e a Sociologia vieram como uma alternativa para enganar meu pai (risos). Agradar, na verdade. Meu pai sempre foi muito rígido com os filhos, formou todos tem, engenheiro, médico, sociólogo, dentista. E eu não 'dava para nada', como se diz. Só dava para o teatro, para música, só queria tocar bateria, eu tinha banda. Eu vivia noutro mundo. Então meu pai exigiu a faculdade. E eu gostava também de ler, sempre fui uma adolescente pouco festeira, muito mais pretensa a intelectual. Mas infelizmente não me afinei com nenhum dos dois cursos e acabei partindo para aquilo que estava trazendo desde pequena, como projeto de vida, como sonho, que é a arte.

VERVE DE INICIANTE
Ela costuma dizer que mesmo depois de 30 anos mantém a verve de iniciante. "Tudo é uma questão de ter prazer nas coisas da vida. Não é o tempo que tira o prazer de cantar, de encenar, de ser feliz, de se relacionar com as pessoas. Eu sou uma pessoa muito alegre e muito espontânea nessa minha alegria, nessa força. É uma vitalidade natural da minha alma, do meu espírito. Eu estou envelhecendo bem, serena, tranquila, mas com uma satisfação enorme em tudo o que eu faço. Eu acho que o Gonzaga foi assim até o final da vida. E todos os artistas. Eu acho que a arte é uma coisa que está na veia, ela pulsa, ela te alimenta".

MÚSICAS QUE MARCARAM
Nesses 30 anos, duas músicas em especial marcaram a trajetória da artista. "Uma eu cantaria neste momento para o meu Nordeste: 'estou de volta para o meu aconchego...'. E a outra seria 'eu quero um banho de cheiro, eu quero um banho de lua, eu quero navegar...', essa é a minha proposta de vida, é caminhar sobre as águas todas.

PROJETOS
Sobre o futuro, ela avisa: "O sol ainda brilha na estrada e eu nunca passei. Eu quero cantar muita gente ainda, quero fazer uma homenagem ao Chico Buarque, quero cantar a obra de Geraldo, a obra de Zé... eu não sei. A gente tem muitos sonhos, muitas vontades. E a música está aí, ela é como água, brotando no chão o tempo todo, é só ir lá beber.

Fonte: PE 360 Graus

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