Mas aconteceu. Já quase no fim da apresentação, o Vivo Rio virou uma escuridão novamente. Desta vez, a plateia, irritada com a falta de respeito com a artista, começou a cantar "Banho de cheiro". Elba, que já se encaminhava para a coxia, parou para escutar a homenagem - iluminada apenas por pequenas lanternas nas mãos de assistentes de palco. Ao fim da música e da salva de palmas, a cantora - sem microfone - puxou o sucesso "De volta pro aconchego", que o público entoou num coro de arrepiar. Vendo que a luz não voltaria, Elba decidiu continuar o show, com o auxílio apenas das lanterninhas. Posicionou um banquinho bem na beira do palco, pegou seu violão, e começou a tocar e cantar "Chão de giz", acompanhada pela banda - toda enfileirada na beira do palco, para que pelo menos os espectadores mais próximos pudessem escutá-los. E a plateia foi ao delírio.
A luz acabou voltando. E a cantora interpretou as três últimas músicas com pouquíssimos recursos de iluminação, com medo de sobrecarregar o sistema mais uma vez. O público nem teve forças para pedir o bis: o ar-condicionado também foi desligado para evitar um novo apagão. O show terminou quente, mas não como deveria. Elba não merecia tantos contratempos numa noite especial como essa, em que ela celebrava seus 30 anos de carreira. Mas seus fãs saíram ainda mais fãs, pelo profissionalismo e pelo respeito ao público que ela demonstrou.
A falta de luz acabou ofuscando uma bela homenagem que Elba prestou durante a apresentação. Emocionada, ela revelou a morte de seu pai, João, aos 93 anos, na última quinta-feira. E interpretou uma valsa ("Dúvida") que contou ter aprendido com ele quando era criança, e que foi cantada por ela e pelos irmãos durante o funeral, na Paraíba.
Fonte: Extra
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